Tequila, JaliscoMéxico

Tequila: a Destilação do Oeste Mexicano que Anima o Mundo


Arquitectura de Tequila
Tequila Tours
O Zócalo de Tequila
Banda Jalisqueña
A Paróquia Santiago Apostol
Destilação
Sala de Barricas
Bar Hiperdecorado
Herradura Deco
Calle José Cuervo
Prova Rápida
El Cuervo José Cuervo
Tequilas Várias
Jima de um Agave-Azul
Homenagem de Bronze
Mural Tahona y Fiesta
A Paróquia Santiago Apostol
Hotel de Barricas
Um Anoitecer Embarricado II
Vista Interior
Desiludidos com a falta de vinho e de aguardente, os Conquistadores do México aprimoraram a aptidão indígena milenar de produzir álcool. No século XVII, os espanhóis estavam satisfeitos com a sua pinga e começaram a exportá-la. A partir de Tequila, o pueblo, hoje, centro de região demarcada. E nome por que se tornou famosa.

Sem dúvida alguma o aroma no ar.

Se nos perguntassem o que mais nos tinha surpreendido, à descoberta de Tequila, diríamos, em concordância, que o estranho cheiro adocicado que tantas vezes sentíamos.

Já tínhamos viajado vezes sem conta por domínios tropicais pejados de cana-de-açúcar, dotados de engenhos e unidades processadoras e que disseminavam a sua fragrância particular. Aquela era, todavia, outra. Aos poucos, entranhou-se-nos nas mentes.

Chegámos a Tequila extenuados de uma longa viagem, quase toda nocturna, com partida em Mexcaltitan, no norte do estado de Nayarit, vizinho do de Jalisco que continuávamos a explorar. Instalamo-nos numa casa alugada, a alguma distância do zócalo e do centro histórico.

Na manhã seguinte, tal como temíamos, começou por nos despertar o trânsito da rua empedrada em frente. Terminou o serviço, um coro gorgolejante de uma criação de perus logo ao lado.

Tequila também é isto. Mas tanto, tanto mais.

Em época alta, visitam-na e vivem-na milhares de forasteiros por dia, boa parte deles, gringos expatriados em Guadalajara, em Puerto Vallarta e redondezas.

Em qualquer noite, o seu nome é repetido vezes sem conta em redor da Terra.

A bebida, misturada e agitada em incontáveis Margaritas, Tequila Sunrises e Bloody Marias.

Não obstante, a cidade epónima preserva um recato, uma tradicionalidade e ruralidade que só lhe reforçam o encanto.

O termo “tequila” deriva da palavra nahuatl (dialecto azteca) “tecuilan”, traduzível como “lugar de tributos”.

Tequila: do Lugarejo Azteca à Fama Planetária

Com o passar dos séculos, a história indígena, colonial e mexicana transformou a cidade de Tequila no seu próprio tributo.

Uma homenagem jalisquense e mexicana ao engenho e à criatividade humana.

E, em jeito de recompensa, ao convívio e boa-disposição.

O zócalo de Tequila é, como quase todos no México, formado por uma igreja mandada erguer em pedra pelos colonos espanhóis, irmanada com uma praça com um coreto de ferro no centro.

O inevitável letreiro tridimensional e colorido identifica o pueblo e compõe o conjunto.

No caso de Tequila, o dito letreiro tornou-se de tal forma disputado que alguns jovens filhos da terra dele fizeram mister.

Promovem-se como fotógrafos experimentados e criativos e fotografam visitantes atrás de visitantes, de todos os ângulos e mais alguns, até mesmo deitados no chão ou quase a fazerem o pino.

Os pesos mexicanos com que as gentes de fora os recompensam estimulam-nos a perseverar.

Tequila e o seu Zócalo sempre Animado

Há algo mais no zócalo da cidade que o diferencia.

Ocupam-no dezenas de bares de rua, bancas e atrelados repletos de garrafas de tequila com rótulos notórios, dos mais clássicos e sérios da Tequila añeja – maturada e com qualidade superior – a outros, juvenis e na moda.

Estes bares servem as bebidas mexicanas predilectas, micheladas, botanas e afins.

Servem, sobretudo, cantaritos, pequenos potes de barro a transbordar de uma versão popularucha de cocktails, feitos de laranjada ou gasosa de toranja, sumo de lima e laranja, gelo e, claro está, tequila.

Como o veem os mexicanos, ir a Tequila e não beber um cantarito (melhor será dizer, vários) redunda numa heresia irreparável.

De acordo, na praça, nas calles em redor, cruzamo-nos com cantaritos sem conta, segurados, como dádivas, por almas ébrias, por mãos trémulas de felicidade convivial.

Amiúde, a bordo de veículos em forma de barricas em que guias credenciados lhes apresentam e explicam as peculiaridades e excentricidades do pueblo.

As Destiladoras que dão à Cidade Aroma de Agave

De tempos a tempos, volta a inebriar-lhes o olfacto o bálsamo de agave que envolve o casario multicolor, aqui e ali, embelezado por murais temáticos.

Da tequila, claro está.

Libertam o tal olor as chaminés das destiladoras seculares e conceituadas da cidade, a José Cuervo e a Sauza.

Estiveram ambas na génese da empreitada tequilera de Jalisco e do México.

São indissociáveis da fundação e notoriedade do povoado Tequila e da sua região demarcada.

Hoje, limitada ao estado de Jalisco e a umas poucas municipalidades dos de Guanajuato, Michoacán, Nayarit e Tamaulipas.

Ao longo da história, as duas famílias conviveram e enriqueceram do lucro da tequila.

As suas enormes fazendas e fábricas ainda se confrontam.

Separam-nas ruelas ou muros. As chaminés das suas destiladoras destacam-se acima do casario, como que a vigiarem a produção rival.

Incursões ao Mundo Cuervo e a Casa Sauza, as Produtoras Incontornáveis de Tequila

Visitar uma hacienda tequilera é outro dos rituais incontornáveis de Tequila. Temos a sorte de nos convidarem para périplos guiados tanto do Mundo Cuervo como no domínio vizinho e concorrente da Casa Sauza.

De ambos os lados da calle José Cuervo (promovida como a mais antiga da cidade) deslumbram-nos a colecção de calhambeques, a enorme sala de barricas e a fábrica La Rojena, (por sua vez, a mais antiga da América Latina)

E a enorme estátua do corvo negro, logo à entrada.

Ainda, a magnificência da hacienda complementar El Centenário, lugar do Museu de arte e cultura José Beckmann Gallardo.

Nesse intrincado e elegante Mundo Cuervo, prendam-nos também com uma prova aturada de tequila, em que aprendemos a destrinçar as variantes de sabor, cor e aroma entre as categorias de tequila, da mais à menos maturada: a Extra Añeja, a Añeja, a Reposada, a Joven u Oro e a Blanca, em qualquer caso, dependente da percentagem dos açucares do agave-azul empregues no fabrico.

Já nas mãos da Casa Sauza, temos o privilégio de acompanhar uma mostra de jima.

A Jima dos Agaves e a Opulência da Casa Sauza

Numa plantação de agaves-azuis nos arredores, espantamo-nos com a perícia de um jimador trajado e protegido a rigor que recorre a distintas ferramentas afiadas para colher e cortar a espinhosa (e perigosa) planta do agave-azul.

Fá-lo até que resta apenas o seu coração polpudo e açucarado que, depois de espremido, é deixado a fermentar e a destilar.

De regresso ao centro histórico de Tequila, mostram-nos os jardins e os edifícios seculares da Casa Sauza.

Incluindo o mural “Tahona y Fiesta” pintado, em 1969, por José Maria Servin e que dramatiza e surrealiza a longa e intrincada história da tequila.

Concedem-nos ainda uma passagem deslumbrante pelo interior da fábrica, com explicações meticulosas sobre os tratamentos dados em cada enorme depósito, consoante a desejada tequila final.

Trata-se de uma gestão complexa, se tivermos em conta que, com o tempo, a Casa Sauza se desdobrou em várias marcas e subnomes de produtos condizentes com a categoria da aguardente de agave-azul engarrafada.

A José Cuervo e a Casa Sauza até podem ser as produtoras mais antigas e renomeadas de Tequila.

Muitas mais ocuparam os solos ressequidos e vulcânicos em redor, cada qual com as suas próprias plantações de agave-azul.

Paisage Agavero de Tequila: Agaves a Perder de Vista

Nos derradeiros dias passados em Tequila, deixamo-nos perder na ruta del paisage agavero da região, de tal maneira pitoresca e única que a UNESCO a classificou e faz por proteger.

Deambulamos também pelas plantações José Cuervo, numa imensidão de filas pontiagudas estendida entre o Vulcão de Tequila e a estrada Federal 15D.

Quando nisso estamos, com o sol a assentar sobre o oceano Pacífico e a fazer reluzir os agaves-azuis, inquieta-nos o que teria gerado todo aquele excêntrico mar vegetal.

As Origens Nativas e Coloniais da Tequila

Sabe-se que os indígenas olmecas, astecas e de outras etnias e sub-etnias já fermentavam o agave para produzir pulque, uma bebida sagrada a que atribuíam o seu próprio deus, Patecatl.

Ora, consolidada a conquista do México, os espanhóis depressa angustiaram com a falta do vinho com que estavam habituados a regar as refeições, e com a da aguardente que bebiam, nas mais diversas ocasiões ou até sem ocasiões, por toda a Ibéria.

Ainda tentaram substituí-los com o pulque. Só que, ao contrário dos indígenas, os espanhóis desprezavam a bebida divina.

Avessos à desistência, os invasores resolveram fazer as suas próprias experimentações de fermentação e, mais tarde, de destilação do agave.

Começaram por improvisar, com a mistura de argila com a polpa dos agaves.

Esse processo que veio a dar origem ao não menos famoso Mezcal.

A determinada altura, aperceberam-se de que o agave-azul, em particular, lhes garantia uma aguardente, mesmo se destilada de uma espécie de cacto, tão boa ou melhor que as consumidas por em Espanha.

A Tequila que é um Mezcal mas o Mezal que não pode ser Tequila

A diferença entre o Mezcal e a Tequila tem imenso que se lhe diga.

Assenta, no entanto, em duas premissas:

  1. a tequila é considerada um Mezcal.
  2. o oposto não se aplica. O Mezcal pode ser obtido de diversos agaves. Caso a matéria-prima seja apenas o agave-azul, nesse caso, estaremos a provar uma tequila, já não um Mezcal.

No início do século XVII, o Marquês de Altamira, um colono abastado, resolveu erguer uma destilaria de aguardentes de grande escala, pioneira no México.

Ao fazê-lo nas terras actuais de Tequila semeou, assim, a produção e a tradição local.

E abriu portas a sucessivas outras iniciativas que a rota comercial entre Manila (Filipinas) e o México, aberta pela Coroa Espanhola, no século anterior, quase sempre garantiu lucrativas.

Hoje, as famílias Cuervo e Sauza, que lançaram as suas próprias produções, respectivamente em 1758 e 1873, são consideradas as anciãs ainda activas da mundialmente consumida e celebrada tequila.

 

ONDE FICAR EM TEQUILA

Hotel Posada Tierra Mágica

Tel.: +52 374 742 1414

Hotel Nueve Agaves

 Tel: +52 374 688 03 96

Mendoza, Argentina

Viagem por Mendoza, a Grande Província Enóloga Argentina

Os missionários espanhóis perceberam, no século XVI, que a zona estava talhada para a produção do “sangue de Cristo”. Hoje, a província de Mendoza está no centro da maior região enóloga da América Latina.
Real de Catorce, San Luís Potosi, México

De Filão da Nova Espanha a Pueblo Mágico Mexicano

No início do século XIX, era uma das povoações mineiras que mais prata garantia à Coroa Espanhola. Um século depois, a prata tinha-se desvalorizado de tal maneira que Real de Catorce se viu abandonada. A sua história e os cenários peculiares filmados por Hollywood, cotaram-na uma das aldeias preciosas do México.
Real de Catorce, San Luís Potosi, México

A Depreciação da Prata que Levou à do Pueblo (Parte II)

Com a viragem para o século XX, o valor do metal precioso bateu no fundo. De povoação prodigiosa, Real de Catorce passou a fantasma. Ainda à descoberta, exploramos as ruínas das minas na sua origem e o encanto do Pueblo ressuscitado.
Iucatão, México

O Fim do Fim do Mundo

O dia anunciado passou mas o Fim do Mundo teimou em não chegar. Na América Central, os Maias da actualidade observaram e aturaram, incrédulos, toda a histeria em redor do seu calendário.
Campeche, México

Há 200 Anos a Brincar com a Sorte

No fim do século XVIII, os campechanos renderam-se a um jogo introduzido para esfriar a febre das cartas a dinheiro. Hoje, jogada quase só por abuelitas, a loteria local pouco passa de uma diversão.
San Cristobal de las Casas a Campeche, México

Uma Estafeta de Fé

Equivalente católica da Nª Sra. de Fátima, a Nossa Senhora de Guadalupe move e comove o México. Os seus fiéis cruzam-se nas estradas do país, determinados em levar a prova da sua fé à patrona das Américas.
Champotón, México

Rodeo Debaixo de Sombreros

Champoton, em Campeche, acolhe uma feira honra da Virgén de La Concepción. O rodeo mexicano sob sombreros local revela a elegância e perícia dos vaqueiros da região.
Cobá a Pac Chen, México

Das Ruínas aos Lares Maias

Na Península de Iucatão, a história do segundo maior povo indígena mexicano confunde-se com o seu dia-a-dia e funde-se com a modernidade. Em Cobá, passámos do cimo de uma das suas pirâmides milenares para o coração de uma povoação dos nossos tempos.
Campeche, México

Campeche Sobre Can Pech

Como aconteceu por todo o México, os conquistadores chegaram, viram e venceram. Can Pech, a povoação maia, contava com quase 40 mil habitantes, palácios, pirâmides e uma arquitetura urbana exuberante, mas, em 1540, subsistiam menos de 6 mil nativos. Sobre as ruínas, os espanhóis ergueram Campeche, uma das mais imponentes cidades coloniais das Américas.
Izamal, México

A Cidade Mexicana, Santa, Bela e Amarela

Até à chegada dos conquistadores espanhóis, Izamal era um polo de adoração do deus Maia supremo Itzamná e Kinich Kakmó, o do sol. Aos poucos, os invasores arrasaram as várias pirâmides dos nativos. No seu lugar, ergueram um grande convento franciscano e um prolífico casario colonial, com o mesmo tom solar em que a cidade hoje católica resplandece.
Iucatão, México

A Lei de Murphy Sideral que Condenou os Dinossauros

Cientistas que estudam a cratera provocada pelo impacto de um meteorito há 66 milhões de anos chegaram a uma conclusão arrebatadora: deu-se exatamente sobre uma secção dos 13% da superfície terrestre suscetíveis a tal devastação. Trata-se de uma zona limiar da península mexicana de Iucatão que um capricho da evolução das espécies nos permitiu visitar.
Uxmal, Iucatão, México

A Capital Maia que Se Empilhou Até ao Colapso

O termo Uxmal significa construída três vezes. Na longa era pré-Hispânica de disputa do mundo Maia, a cidade teve o seu apogeu, correspondente ao cimo da Pirâmide do Adivinho no seu âmago. Terá sido abandonada antes da Conquista Espanhola do Iucatão. As suas ruínas são das mais intactas da Península do Iucatão.
Tulum, México

A Mais Caribenha das Ruínas Maias

Erguida à beira-mar como entreposto excepcional decisivo para a prosperidade da nação Maia, Tulum foi uma das suas últimas cidades a sucumbir à ocupação hispânica. No final do século XVI, os seus habitantes abandonaram-na ao tempo e a um litoral irrepreensível da península do Iucatão.
Mérida, México

A Mais Exuberante das Méridas

Em 25 a.C, os romanos fundaram Emerita Augusta, capital da Lusitânia. A expansão espanhola gerou três outras Méridas no mundo. Das quatro, a capital do Iucatão é a mais colorida e animada, resplandecente de herança colonial hispânica e vida multiétnica.
San Cristóbal de Las Casas, México

O Lar Doce Lar da Consciência Social Mexicana

Maia, mestiça e hispânica, zapatista e turística, campestre e cosmopolita, San Cristobal não tem mãos a medir. Nela, visitantes mochileiros e activistas políticos mexicanos e expatriados partilham uma mesma demanda ideológica.
Campeche, México

Um Bingo tão lúdico que se joga com bonecos

Nas noites de sextas um grupo de senhoras ocupam mesas do Parque Independencia e apostam ninharias. Os prémios ínfimos saem-lhes em combinações de gatos, corações, cometas, maracas e outros ícones.

Cidade do México, México

Alma Mexicana

Com mais de 20 milhões de habitantes numa vasta área metropolitana, esta megalópole marca, a partir do seu cerne de zócalo, o pulsar espiritual de uma nação desde sempre vulnerável e dramática.

Barrancas del Cobre, Chihuahua, México

O México Profundo das Barrancas del Cobre

Sem aviso, as terras altas de Chihuahua dão lugar a ravinas sem fim. Sessenta milhões de anos geológicos sulcaram-nas e tornaram-nas inóspitas. Os indígenas Rarámuri continuam a chamar-lhes casa.
Creel a Los Mochis, México

Barrancas de Cobre, Caminho de Ferro

O relevo da Sierra Madre Occidental tornou o sonho um pesadelo de construção que durou seis décadas. Em 1961, por fim, o prodigioso Ferrocarril Chihuahua al Pacifico foi inaugurado. Os seus 643km cruzam alguns dos cenários mais dramáticos do México.
Chihuahua, México

¡ Ay Chihuahua !

Os mexicanos adaptaram a expressão como uma das suas preferidas manifestações de surpresa. À descoberta da capital do estado homónimo do Noroeste, exclamamo-la amiúde.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Jabula Beach, Kwazulu Natal, Africa do Sul
Safari
Santa Lucia, África do Sul

Uma África Tão Selvagem Quanto Zulu

Na eminência do litoral de Moçambique, a província de KwaZulu-Natal abriga uma inesperada África do Sul. Praias desertas repletas de dunas, vastos pântanos estuarinos e colinas cobertas de nevoeiro preenchem esta terra selvagem também banhada pelo oceano Índico. Partilham-na os súbditos da sempre orgulhosa nação zulu e uma das faunas mais prolíficas e diversificadas do continente africano.
Jovens percorrem a rua principal de Chame, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 1º - Pokhara a ChameNepal

Por Fim, a Caminho

Depois de vários dias de preparação em Pokhara, partimos em direcção aos Himalaias. O percurso pedestre só o começamos em Chame, a 2670 metros de altitude, com os picos nevados da cordilheira Annapurna já à vista. Até lá, completamos um doloroso mas necessário preâmbulo rodoviário pela sua base subtropical.
Luderitz, Namibia
Arquitectura & Design
Lüderitz, Namibia

Wilkommen in Afrika

O chanceler Bismarck sempre desdenhou as possessões ultramarinas. Contra a sua vontade e todas as probabilidades, em plena Corrida a África, o mercador Adolf Lüderitz forçou a Alemanha assumir um recanto inóspito do continente. A cidade homónima prosperou e preserva uma das heranças mais excêntricas do império germânico.
Totems, aldeia de Botko, Malekula,Vanuatu
Aventura
Malekula, Vanuatu

Canibalismo de Carne e Osso

Até ao início do século XX, os comedores de homens ainda se banqueteavam no arquipélago de Vanuatu. Na aldeia de Botko descobrimos porque os colonizadores europeus tanto receavam a ilha de Malekula.
Verificação da correspondência
Cerimónias e Festividades
Rovaniemi, Finlândia

Da Lapónia Finlandesa ao Árctico, Visita à Terra do Pai Natal

Fartos de esperar pela descida do velhote de barbas pela chaminé, invertemos a história. Aproveitamos uma viagem à Lapónia Finlandesa e passamos pelo seu furtivo lar.
Kremlin de Rostov Veliky, Rússia
Cidades
Rostov Veliky, Rússia

Sob as Cúpulas da Alma Russa

É uma das mais antigas e importantes cidades medievais, fundada durante as origens ainda pagãs da nação dos czares. No fim do século XV, incorporada no Grande Ducado de Moscovo, tornou-se um centro imponente da religiosidade ortodoxa. Hoje, só o esplendor do kremlin moscovita suplanta o da cidadela da tranquila e pitoresca Rostov Veliky.
Moradora obesa de Tupola Tapaau, uma pequena ilha de Samoa Ocidental.
Comida
Tonga, Samoa Ocidental, Polinésia

Pacífico XXL

Durante séculos, os nativos das ilhas polinésias subsistiram da terra e do mar. Até que a intrusão das potências coloniais e a posterior introdução de peças de carne gordas, da fast-food e das bebidas açucaradas geraram uma praga de diabetes e de obesidade. Hoje, enquanto boa parte do PIB nacional de Tonga, de Samoa Ocidental e vizinhas é desperdiçado nesses “venenos ocidentais”, os pescadores mal conseguem vender o seu peixe.
Sol e coqueiros, São Nicolau, Cabo Verde
Cultura
São Nicolau, Cabo Verde

São Nicolau: Romaria à Terra di Sodade

Partidas forçadas como as que inspiraram a famosa morna “Sodade” deixaram bem vincada a dor de ter que deixar as ilhas de Cabo Verde. À descoberta de Saninclau, entre o encanto e o deslumbre, perseguimos a génese da canção e da melancolia.
Fogo artifício de 4 de Julho-Seward, Alasca, Estados Unidos
Desporto
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
Composição sobre Nine Arches Bridge, Ella, Sri Lanka
Em Viagem
PN Yala-Ella-Candia, Sri Lanka

Jornada Pelo Âmago de Chá do Sri Lanka

Deixamos a orla marinha do PN Yala rumo a Ella. A caminho de Nanu Oya, serpenteamos sobre carris pela selva, entre plantações do famoso Ceilão. Três horas depois, uma vez mais de carro, damos entrada em Kandy, a capital budista que os portugueses nunca conseguiram dominar.
Dunas da ilha de Bazaruto, Moçambique
Étnico
Bazaruto, Moçambique

A Miragem Invertida de Moçambique

A apenas 30km da costa leste africana, um erg improvável mas imponente desponta do mar translúcido. Bazaruto abriga paisagens e gentes que há muito vivem à parte. Quem desembarca nesta ilha arenosa exuberante depressa se vê numa tempestade de espanto.
arco-íris no Grand Canyon, um exemplo de luz fotográfica prodigiosa
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 1)

E Fez-se Luz na Terra. Saiba usá-la.

O tema da luz na fotografia é inesgotável. Neste artigo, transmitimos-lhe algumas noções basilares sobre o seu comportamento, para começar, apenas e só face à geolocalização, a altura do dia e do ano.
História
São Nicolau, Cabo Verde

Fotografia dess Nha Terra São Nicolau

A voz da saudosa Cesária Verde cristalizou o sentimento dos cabo-verdianos que se viram forçados a deixar a sua ilha. Quem visita São Nicolau ou, vá lá que seja, admira imagens que a bem ilustrem, percebe porque os seus lhe chamam, para sempre e com orgulho, nha terra.
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Ilhas
Bolshoi Zayatsky, Rússia

Misteriosas Babilónias Russas

Um conjunto de labirintos pré-históricos espirais feitos de pedras decoram a ilha Bolshoi Zayatsky, parte do arquipélago Solovetsky. Desprovidos de explicações sobre quando foram erguidos ou do seu significado, os habitantes destes confins setentrionais da Europa, tratam-nos por vavilons.
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Inverno Branco
Kazbegi, Geórgia

Deus nas Alturas do Cáucaso

No século XIV, religiosos ortodoxos inspiraram-se numa ermida que um monge havia erguido a 4000 m de altitude e empoleiraram uma igreja entre o cume do Monte Kazbek (5047m) e a povoação no sopé. Cada vez mais visitantes acorrem a estas paragens místicas na iminência da Rússia. Como eles, para lá chegarmos, submetemo-nos aos caprichos da temerária Estrada Militar da Geórgia.
José Saramago em Lanzarote, Canárias, Espanha, Glorieta de Saramago
Literatura
Lanzarote, Canárias, Espanha

A Jangada de Basalto de José Saramago

Em 1993, frustrado pela desconsideração do governo português da sua obra “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”, Saramago mudou-se com a esposa Pilar del Río para Lanzarote. De regresso a esta ilha canária algo extraterrestre, reencontramos o seu lar. E o refúgio da censura a que o escritor se viu votado.
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Cruzeiro num Cargueiro

Após longa pedinchice de mochileiros, a companhia chilena NAVIMAG decidiu admiti-los a bordo. Desde então, muitos viajantes exploraram os canais da Patagónia, lado a lado com contentores e gado.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Joshua Tree Parque Nacional, Califórnia, Estados Unidos,
Parques Naturais
PN Joshua Tree, Califórnia, Estados Unidos

Os Braços Virados ao Céu do PN Joshua Tree

Chegados ao extremo sul da Califórnia, espantamo-nos com as incontáveis árvores de Josué que despontam dos desertos de Mojave e Colorado. Tal como os colonos mórmons que as terão baptizado, cruzamos e louvamos estes cenários inóspitos do Faroeste norte-americano.
Torres del Paine, Patagónia Dramática, Chile
Património Mundial UNESCO
PN Torres del Paine, Chile

A Mais Dramática das Patagónias

Em nenhuma outra parte os confins austrais da América do Sul se revelam tão arrebatadores como na cordilheira de Paine. Ali, um castro natural de colossos de granito envolto de lagos e glaciares projecta-se da pampa e submete-se aos caprichos da meteorologia e da luz.
Mascarado de Zorro em exibição num jantar da Pousada Hacienda del Hidalgo, El Fuerte, Sinaloa, México
Personagens
El Fuerte, Sinaloa, México

O Berço de Zorro

El Fuerte é uma cidade colonial do estado mexicano de Sinaloa. Na sua história, estará registado o nascimento de Don Diego de La Vega, diz-se que numa mansão da povoação. Na sua luta contra as injustiças do jugo espanhol, Don Diego transformava-se num mascarado esquivo. Em El Fuerte, o lendário “El Zorro” terá sempre lugar.
ilha Martinica, Antilhas Francesas, Caraíbas Monumento Cap 110
Praias
Martinica, Antilhas Francesas

Caraíbas de Baguete debaixo do Braço

Circulamos pela Martinica tão livremente como o Euro e as bandeiras tricolores esvoaçam supremas. Mas este pedaço de França é vulcânico e luxuriante. Surge no coração insular das Américas e tem um delicioso sabor a África.
Kirkjubour, Streymoy, Ilhas Faroé
Religião
Kirkjubour, Streymoy, Ilhas Faroé

Onde o Cristianismo Faroense deu à Costa

A um mero ano do primeiro milénio, um missionário viquingue de nome Sigmundur Brestisson levou a fé cristã às ilhas Faroé. Kirkjubour, tornou-se o porto de abrigo e sede episcopal da nova religião.
Trem do Serra do Mar, Paraná, vista arejada
Sobre Carris
Curitiba a Morretes, Paraná, Brasil

Paraná Abaixo, a Bordo do Trem Serra do Mar

Durante mais de dois séculos, só uma estrada sinuosa e estreita ligava Curitiba ao litoral. Até que, em 1885, uma empresa francesa inaugurou um caminho-de-ferro com 110 km. Percorremo-lo, até Morretes, a estação, hoje, final para passageiros. A 40km do término original e costeiro de Paranaguá.
Bar de Rua, Fremont Street, Las Vegas, Estados Unidos
Sociedade
Las Vegas, E.U.A.

O Berço da Cidade do Pecado

Nem sempre a famosa Strip concentrou a atenção de Las Vegas. Muitos dos seus hotéis e casinos replicaram o glamour de néon da rua que antes mais se destacava, a Fremont Street.
Cruzamento movimentado de Tóquio, Japão
Vida Quotidiana
Tóquio, Japão

A Noite Sem Fim da Capital do Sol Nascente

Dizer que Tóquio não dorme é eufemismo. Numa das maiores e mais sofisticadas urbes à face da Terra, o crepúsculo marca apenas o renovar do quotidiano frenético. E são milhões as suas almas que, ou não encontram lugar ao sol, ou fazem mais sentido nos turnos “escuros” e obscuros que se seguem.
Transpantaneira pantanal do Mato Grosso, capivara
Vida Selvagem
Pantanal do Mato Grosso, Brasil

Transpantaneira, Pantanal e Confins do Mato Grosso

Partimos do coração sul-americano de Cuiabá para sudoeste e na direcção da Bolívia. A determinada altura, a asfaltada MT060 passa sob um portal pitoresco e a Transpantaneira. Num ápice, o estado brasileiro de Mato Grosso alaga-se. Torna-se um Pantanal descomunal.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.