Zomba, Malawi

A Capital Colonial, Inaugural do Malawi


Lago Chilwa
Vista do lago Chilwa, situado a leste de Zomba
Fim do Dia II
Funcionário deixa o tribunal de Zomba, ao fim do dia
Zomba Explicada
Mural com mapa dá as coordenadas dos principais lugares da cidade
Ovos e outros
Arcadas coloridas abrigam lojas próximas do mercado de Zomba
Bicicleta a Carvão
Bicicleta carregada com lenha, próxima das William Falls
William Falls
As William Falls, queda do rio homónimo no cimo da meseta de Zomba
Memorial CCAP
Monumento da igreja CCAP
Falésias
Falésias íngremes da meseta de Zomba
Costureiro Atarefado
Costureiro no mercado
O Concelho Distrital de Zomba
O Zomba District Council
Petal and Tom
Petal, Tom e uma sua mascote, no Forest Lodge de Zomba
Lago Represado
Lago represado no cimo da meseta de Zomba.
Zomba Golf Club
O edifício colonial do Zomba Golf Club
Igreja (CCAP) Presbiteriana da África Central
A igreja de tijolinhos da CCAP
Especiarias & Afins
Vendedoras numa loja de especiarias do mercado
A Vista para leste da mesetta
Vista a partir duma vertente da meseta de Zomba
Símio ansioso por Goiabas
Macaco em busca de goiabas
Traquinada
Crianças no mercado da antiga capital do Malawi
A Lavandaria da Cidade
Uma lavandaria da cidade
Partida de Ntxuva
Jogadores de ntxuva, no mercado de Zomba
Os britânicos desenvolveram Zomba como capital dos seus territórios às margens do Lago Niassa. De 1964 a 1974, o Malawi independente estendeu-lhe o protagonismo. Com a despromoção para Lilongwe do ano seguinte, Zomba tornou-se uma cidade com arquitectura colonial prodigiosa e cenários deslumbrantes no sopé do planalto epónimo.

O quase fim de uma viagem de três horas desde a Reserva de Vida Selvagem Majete reserva-nos uma inusitada surpresa. Percorremos a estrada nacional que faz de artéria venal de Zomba.

Detemo-nos junto ao Zomba District Council, no cerne histórico e administrativo da cidade. Dali, é suposto subirmos até ao Forest Lodge. Petal e Tom, o casal que o explora, tinha-nos avisado que as aplicações de GPS não davam conta do recado.

Orientamo-nos por uma sequência de indicações que nos começam a soar a caça ao tesouro.

Pela encosta do Planalto de Zomba acima, vencemos curvas e mais curvas, tomamos desvios atrás de desvios. Por fim, entramos na floresta que acolheu o lodge.

Falésias íngremes da meseta de Zomba

Falésias íngremes da meseta de Zomba

Abrigo com Vistas Grandiosas no Forest Lodge de Zomba

Pouco depois, estamos aos cuidados de Petal e Tom que nos põem a par do passado daquele domínio e das suas normas de sustentabilidade.

Expatriados, filhos da Grã-Bretanha que em tempos colonizou o Malawi, o casal comunga de um sentido de partilha comunitária, no emprego e na formação de malawianos que habitam em redor, por norma, sem grandes oportunidades.

Tom sai para uma reunião focada em transmitir modos de exploração das terras e das florestas alternativas ao corte sistemático e desregrado que há muito desfigura a região.

Nós, saímos à descoberta.

Por trilhos que nos revelam macacos que se banqueteiam com goiabas, dezenas de aves tropicais e cenários verdejantes a perder de vista coroados por alguns dos picos cimeiros do Malawi, incluindo um vislumbre nevoento do grande monte Mulange.

Vista a partir duma vertente da meseta de Zomba

Vista a partir duma vertente próxima do Forest Lodge, acima da cidade de Zomba

O ocaso doura tudo em redor.

Receosos dos leopardos que Tom afiança já por ali ter visto, de dia, regressamos ao lodge. Jantamos que nem príncipes.

Entregamo-nos a uma amena cavaqueira com os anfitriões.

Petal, Tom e uma sua mascote, no Forest Lodge de Zomba

Petal, Tom e suas mascotes, no Forest Lodge de Zomba

Contam-nos que ambos tinham trabalhado em pubs de Southampton, que se tinham fartado e decidido visitar a família que Petal tinha no Malawi. Eram para ser três meses.

Acabaram por ficar.

Propuseram-se a recuperar o alojamento estatal antecessor do Forest Lodge, ao abandono, e que o governo do Malawi tinha aberto para concessão.

A recuperação da propriedade deu-lhes muito mais trabalho do que estavam a contar.

Ainda assim, continuaram-na, até conseguirem o actual lodge, com jardins e a tal floresta frondosa a envolverem uma casa de hóspedes, simples, mas decorada com critério, bela e amarela.

O Forest Lodge de Petal e Tom, na vertente florestada acima da cidade de Zomba

O Forest Lodge agora gerido por Petal e Tom, na vertente florestada acima da cidade de Zomba

Rumo às alturas da Meseta de Zomba

Foi lá que dormimos e despertámos. Re-energizados e apostados em sairmos para a descoberta de Zomba.

Começamos pelas alturas da sua meseta homónima, por uma caminhada à base das cascatas William’s por que se atira o esguio rio Mulunguzi.

As William Falls, queda do rio homónimo no cimo da meseta de Zomba

As William Falls, queda do rio homónimo no cimo da meseta de Zomba

Pelo caminho, constatamos os efeitos da deflorestação numa paisagem que a população local tem delapidado para gerar o carvão essencial ao seu dia-a-dia.

Ainda assim, afluem àquelas paragens inúmeros caminhantes atraídos pelos longos trilhos circulares. Esperam-nos vendedores locais de minerais.

Vendedores de pedras junto às William Falls

Vendedores de pedras, junto às William Falls

Sem o tempo que exigiam, revertemos rumo à base do planalto e à Zomba que, à chegada, nos tínhamos limitado a cruzar.

Pelo caminho, impressiona-nos nativos que descem do planalto para a cidade, sobrecarregados com troncos e estacas oscilantes.

Vista do lago Chilwa, situado a leste de Zomba

Vista do lago Chilwa, situado a leste de Zomba, a norte do grande Lago Malawi, também conhecido por Niassa, do lado de Moçambique

O Caminho Inverso e Inclinado para a Zomba Cidade

Detemo-nos por várias vezes, na descida para o vale.

Sempre que o fazemos, passam por nós mais uns poucos, uns atrás dos outros, numa estranha caravana de penitência forçada pela sobrevivência.

Voltamos a parar. Compramos maracujás a um dos vendedores de fruta na beira da estrada.

Admiramos formações rochosas excêntricas, palmeiras-de-areca e acácias que despontam duma selva inclinada, densa, clorofilina, escurecida pelas nuvens e bátegas que ensopam o planalto com frequência.

Vegetação tropical numa vertente da meseta de Zomba

Vegetação tropical numa vertente da meseta de Zomba

Do lado oposto da estrada e da vertente, perscrutamos o sul verde-pardo do Malawi com um casario alongado a salpicar o sopé de colinas mais próximas.

Voltamos a passar pelo desvio para o Forest Lodge.

Umas dezenas de meandros depois, reentramos na Zomba urbana que nos tinha atraído de tão longe.

Detemo-nos mesmo no fundo da descida. Dois ou três macacos apeados sobre um ervado devoram formigas de asa libertadas pelas recentes chuvas.

Nas imediações, acima de uma sebe de arbustos recortados, insinua-se um primeiro edifício colonial digno de atenção, com um frontão branco sujo e recortado.

O edifício colonial do Zomba Golf Club

O edifício colonial do Zomba Golf Club

Zomba, a Capital Colonial e Inaugural do actual Malawi

Erguido em 1923, esse edifício concentrou a vida social da cidade durante décadas a fio.

Agora, faz de sede do Zomba Gymkhana Club e dá acesso a um complexo desportivo, uma galeria de arte e café.

Um pouco mais abaixo, encontramos outro com pouco que ver.

Composto de tijolinho, o Zomba District Council resolve um sem número de questões administrativas e burocráticas.

O Zomba District Council

O Zomba District Council, dito à prova de corrupção

Para que não restem dúvidas, acima de um pórtico duplo de entrada, tem bem escarrapachado o título de “Corruption Free Zone”.

Entre este concelho atarefado e o grande supermercado Chipiku, onde uma tal de Mkulicho Rd entronca na nacional M3, revela-se o domínio e a paragem frenética de todos os transportes, dos mini-buses ao estilo dos chapas moçambicanos, aos maiores autocarros.

Cruzamo-lo, a negarmos uma série apregoada de destinos com partida imediata.

Enquanto percorremos a M3, reparamos que uma armada de nuvens carregadas voltava a atacar a vertente do planalto.

Moradores conversam numa das entradas da grande mesquita de Zomba

Moradores conversam numa das entradas da grande mesquita de Zomba

Descemos uma Namiwawa Rd, de olhos postos na maior mesquita local, quando cai nova carga d’água. Sabíamos que o mercado de Zomba era coberto.

Mercado de Zomba, um Abrigo Providencial e Animado da Chuvada da Tarde

De acordo, corremos apontados ao seu abrigo.

Vendedor de artesanato, no mercado de Zomba

Vendedor de artesanato, no mercado da antiga capital do Malawi

No interior, desvendamos todo um mundo étnico e comercial.

Retidos pela intempérie, interpelamos e fotografamos vendedores de especiarias, de fruta e vegetais, jogadores de ntxuva, comerciantes de arte malawiana e costureiros.

Vendedora de vegetais no mercado de Zomba

Vendedora de vegetais na sua banca Mulungu Alinafe

Entre outros.

A molha dá tréguas.

Retomamos o périplo recém-inaugurado, com o mesmo propósito de apurarmos o que fazia de Zomba uma cidade especial do Malawi.

Tribunal Supremo do Malawi, um Pouso Predilecto dos Macacos de Zomba

Procuramos a zona do Tribunal Supremo da cidade.

De novo, não tanto pelas suas funções actuais como pelas que desempenhou durante a época colonial.

À hora a que lá chegamos, dezenas de funcionários deixam o serviço apontados aos seus lares.

Sobre os muros, os telhados altos e pátios, dezenas de macacos cirandam e saltam de pouso em pouso, como se o complexo lhes pertencesse.

Macaco em busca de goiabas

Macaco em busca de goiabas, na vertente florestada da meseta de Zomba

Habituados, os funcionários pouco lhes ligam, reagindo apenas quando se aproximam em demasia ou trepam para cima dos seus carros.

Esta inesperada coexistência deslumbra-nos. Para o que contribui a génese histórica do lugar.

Pode custar a acreditar a quem, como nós, passou pelas bem maiores cidades de Lilongwe e Blantyre.

Zomba foi a capital da África Central Britânica e do Protectorado de Nyasaland, até à independência do Malawi de 1964.

Jogadores de ntxuva, no mercado de Zomba

Jogadores concentrados nas contas exigentes duma partida de ntxuva

Na década que se seguiu, manteve-se a capital inaugural do Malawi.

Aquele mesmo complexo de edifícios invadido por símios funcionou como o Parlamento do Malawi, até 1994.

Só nessa data foi transferido para Lilongwe, a capital que sucedeu a Zomba.

Pedestres passam abaixo de um dos edifícios do Tribunal Supremo de Zomba

Pedestres passam abaixo de um dos edifícios do Tribunal Supremo de Zomba

Com os derradeiros funcionários a deixarem o Tribunal, seguranças por ele responsáveis pedem-nos com timidez que paremos de fotografar e o deixemos.

Fazemos duas ou três últimas imagens. Cumprimo-lo.

Mudamo-nos para outras paragens.

Espreitamos a igreja presbiteriana de Zomba, a maior da cidade, concorrente de fé da grande mesquita.

A igreja de tijolinhos da CCAP

A igreja de tijolinhos da CCAP –  Igreja Presbiteiana da África Central

Memorial King’s African Rifles, monumento ao Passado Bélico de Zomba

No seguimento, procuramos outro monumento incontornável, o Memorial King’s African Rifles, à imagem da igreja presbiteriana e do City Council, erguido em tijolinho.

De novo poente, o sol doura a torre de relógio coroada por um pequeno telhado. O memorial louva um regimento, criado em 1902, composto por forças auxiliares britânicas.

Criado com a incorporação de soldados provindos das colónias de Sua Majestade da África Oriental, liderados, sobretudo, por oficiais britânicos e, durante um período posterior, por um número relevante de oficiais africanos.

O KAR, como é também conhecido, interveio nas duas grandes guerras mundiais e em vários outros conflitos africanos.

Após a independência das colónias britânicas, os batalhões do KAR estiveram na base das forças armadas dos países emergentes.

Como aconteceu com as malawianas, por ali presentes num plano acima na encosta e que continuam a justificar a proximidade do monumento.

A torre Memorial da Guerra de Zomba

A torre Memorial de Guerra dos King’s African Rifles

Escurece.

Voltamos a cumprir a gincana sinuosa até à floresta do Forest Lodge. Petal e Tom esperam-nos.

Servem-nos chás revigorantes. Trocamos histórias de vida.

Até que todos nos rendemos ao cansaço e ao sono. Na manhã seguinte, continuamos a conversa durante e após o pequeno-almoço.

Pouco depois, partimos para as margens do rio Shire, com destino final no fabuloso Parque Nacional Liwonde.

 

Onde Ficar

Zomba Forest Lodge

Telf. e Whats App+265 (0) 888 573 325   ou   +265 (0) 884 901 709 

e-mail: [email protected]

Mais Informações sobre o Malawi

www.malawitourism.com

visitmalawi.mw

Mumbo Island, Malawi

Um Lago Malawi Só para Nós

Dista meros 10km ou 40 minutos num barco tradicional do litoral sempre concorrido de Cape MacLear. Com apenas 1km de diâmetro, a ilha Mumbo proporciona-nos um retiro ecológico memorável no imenso Lago Malawi.
PN Liwonde, Malawi

A Reanimação Prodigiosa do PN Liwonde

Durante largo tempo, a incúria generalizada e o alastrar da caça furtiva vitimaram esta reserva animal. Em 2015, a African Parks entrou em cena. Em pouco tempo, também beneficiário da água abundante do lago Malombe e do rio Chire, o Parque Nacional Liwonde tornou-se um dos mais vivos e exuberantes do Malawi.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Delta do Okavango, Nem todos os rios Chegam ao Mar, Mokoros
Safari
Delta do Okavango, Botswana

Nem Todos os Rios Chegam ao Mar

Terceiro rio mais longo do sul de África, o Okavango nasce no planalto angolano do Bié e percorre 1600km para sudeste. Perde-se no deserto do Kalahari onde irriga um pantanal deslumbrante repleto de vida selvagem.
Circuito Annapurna, Manang a Yak-kharka
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 10º: Manang a Yak Kharka, Nepal

A Caminho das Terras (Mais) Altas dos Annapurnas

Após uma pausa de aclimatização na civilização quase urbana de Manang (3519 m), voltamos a progredir na ascensão para o zénite de Thorong La (5416 m). Nesse dia, atingimos o lugarejo de Yak Kharka, aos 4018 m, um bom ponto de partida para os acampamentos na base do grande desfiladeiro.
Igreja colonial de São Francisco de Assis, Taos, Novo Mexico, E.U.A
Arquitectura & Design
Taos, E.U.A.

A América do Norte Ancestral de Taos

De viagem pelo Novo México, deslumbramo-nos com as duas versões de Taos, a da aldeola indígena de adobe do Taos Pueblo, uma das povoações dos E.U.A. habitadas há mais tempo e em contínuo. E a da Taos cidade que os conquistadores espanhóis legaram ao México, o México cedeu aos Estados Unidos e que uma comunidade criativa de descendentes de nativos e artistas migrados aprimoram e continuam a louvar.
Era Susi rebocado por cão, Oulanka, Finlandia
Aventura
PN Oulanka, Finlândia

Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
Parada e Pompa
Cerimónias e Festividades
São Petersburgo, Rússia

A Rússia Vai Contra a Maré. Siga a Marinha

A Rússia dedica o último Domingo de Julho às suas forças navais. Nesse dia, uma multidão visita grandes embarcações ancoradas no rio Neva enquanto marinheiros afogados em álcool se apoderam da cidade.
Goiás Velho, Legado da Febre do ouro, Brasil
Cidades
Goiás Velho, Brasil

Um Legado da Febre do Ouro

Dois séculos após o apogeu da prospecção, perdida no tempo e na vastidão do Planalto Central, Goiás estima a sua admirável arquitectura colonial, a riqueza supreendente que ali continua por descobrir.
Comida
Comida do Mundo

Gastronomia Sem Fronteiras nem Preconceitos

Cada povo, suas receitas e iguarias. Em certos casos, as mesmas que deliciam nações inteiras repugnam muitas outras. Para quem viaja pelo mundo, o ingrediente mais importante é uma mente bem aberta.
Casal Gótico
Cultura

Matarraña a Alcanar, Espanha

Uma Espanha Medieval

De viagem por terras de Aragão e Valência, damos com torres e ameias destacadas de casarios que preenchem as encostas. Km após km, estas visões vão-se provando tão anacrónicas como fascinantes.

Espectador, Melbourne Cricket Ground-Rules footbal, Melbourne, Australia
Desporto
Melbourne, Austrália

O Futebol em que os Australianos Ditam as Regras

Apesar de praticado desde 1841, o Futebol Australiano só conquistou parte da grande ilha. A internacionalização nunca passou do papel, travada pela concorrência do râguebi e do futebol clássico.
Caminhantes no trilho do Ice Lake, Circuito Annapurna, Nepal
Em Viagem
Circuito Annapurna: 7º - Braga - Ice Lake, Nepal

Circuito Annapurna – A Aclimatização Dolorosa do Ice Lake

Na subida para o povoado de Ghyaru, tivemos uma primeira e inesperada mostra do quão extasiante se pode provar o Circuito Annapurna. Nove quilómetros depois, em Braga, pela necessidade de aclimatizarmos ascendemos dos 3.470m de Braga aos 4.600m do lago de Kicho Tal. Só sentimos algum esperado cansaço e o avolumar do deslumbre pela Cordilheira Annapurna.
Train Fianarantsoa a Manakara, TGV Malgaxe, locomotiva
Étnico
Fianarantsoa-Manakara, Madagáscar

A Bordo do TGV Malgaxe

Partimos de Fianarantsoa às 7a.m. Só às 3 da madrugada seguinte completámos os 170km para Manakara. Os nativos chamam a este comboio quase secular Train Grandes Vibrations. Durante a longa viagem, sentimos, bem fortes, as do coração de Madagáscar.
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

A Vida Lá Fora

António do Remanso, Comunidade Quilombola Marimbus, Lençóis, Chapada Diamantina
História
Lençois da Bahia, Brasil

A Liberdade Pantanosa do Quilombo do Remanso

Escravos foragidos subsistiram séculos em redor de um pantanal da Chapada Diamantina. Hoje, o quilombo do Remanso é um símbolo da sua união e resistência mas também da exclusão a que foram votados.
Ilha do Mel, Paraná, Brasil, praia
Ilhas
Ilha do Mel, Paraná, Brasil

O Paraná Adocicado da Ilha do Mel

Situada à entrada da vasta Baía de Paranaguá, a ilha do Mel é louvada pela sua reserva natural e pelas melhores praias do estado brasileiro do Paraná. Numa delas, uma fortaleza mandada erguer por D. José I resiste ao tempo e às marés.
Quebra-Gelo Sampo, Kemi, Finlândia
Inverno Branco
Kemi, Finlândia

Não é Nenhum “Barco do Amor”. Quebra Gelo desde 1961

Construído para manter vias navegáveis sob o Inverno árctico mais extremo, o quebra-gelo Sampo” cumpriu a sua missão entre a Finlândia e a Suécia durante 30 anos. Em 1988, reformou-se e dedicou-se a viagens mais curtas que permitem aos passageiros flutuar num canal recém-aberto do Golfo de Bótnia, dentro de fatos que, mais que especiais, parecem espaciais.
Sombra vs Luz
Literatura
Quioto, Japão

O Templo de Quioto que Renasceu das Cinzas

O Pavilhão Dourado foi várias vezes poupado à destruição ao longo da história, incluindo a das bombas largadas pelos EUA mas não resistiu à perturbação mental de Hayashi Yoken. Quando o admirámos, luzia como nunca.
Ribeiro Frio, Madeira, Vereda dos Balcões,
Natureza
Parque Florestal Ribeiro Frio, Madeira

Ribeiro Frio Acima, na Senda dos Balcões

Há muito que esta região do interior elevado da Madeira tem a cargo a repopulação das trutas arco-íris da ilha. Entre os vários trilhos e levadas que confluem nos seus viveiros, o Parque Florestal Ribeiro Frio oculta panoramas grandiosos sobre o Pico Arieiro, o Pico Ruivo e o vale da Ribeira da Metade que se estende à costa norte.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Namibe, Angola, Gruta, Parque Iona
Parques Naturais
Namibe, Angola

Incursão ao Namibe Angolano

À descoberta do sul de Angola, deixamos Moçâmedes para o interior da província desértica. Ao longo de milhares de quilómetros sobre terra e areia, a rudeza dos cenários só reforça o assombro da sua vastidão.
Cortejo garrido
Património Mundial UNESCO
Suzdal, Rússia

Mil Anos de Rússia à Moda Antiga

Foi uma capital pródiga quando Moscovo não passava de um lugarejo rural. Pelo caminho, perdeu relevância política mas acumulou a maior concentração de igrejas, mosteiros e conventos do país dos czares. Hoje, sob as suas incontáveis cúpulas, Suzdal é tão ortodoxa quanto monumental.
ora de cima escadote, feiticeiro da nova zelandia, Christchurch, Nova Zelandia
Personagens
Christchurch, Nova Zelândia

O Feiticeiro Amaldiçoado da Nova Zelândia

Apesar da sua notoriedade nos antípodas, Ian Channell, o feiticeiro da Nova Zelândia não conseguiu prever ou evitar vários sismos que assolaram Christchurch. Com 88 anos de idade, após 23 anos de contrato com a cidade, fez afirmações demasiado polémicas e acabou despedido.
Jabula Beach, Kwazulu Natal, Africa do Sul
Praias
Santa Lucia, África do Sul

Uma África Tão Selvagem Quanto Zulu

Na eminência do litoral de Moçambique, a província de KwaZulu-Natal abriga uma inesperada África do Sul. Praias desertas repletas de dunas, vastos pântanos estuarinos e colinas cobertas de nevoeiro preenchem esta terra selvagem também banhada pelo oceano Índico. Partilham-na os súbditos da sempre orgulhosa nação zulu e uma das faunas mais prolíficas e diversificadas do continente africano.
Kirkjubour, Streymoy, Ilhas Faroé
Religião
Kirkjubour, Streymoy, Ilhas Faroé

Onde o Cristianismo Faroense deu à Costa

A um mero ano do primeiro milénio, um missionário viquingue de nome Sigmundur Brestisson levou a fé cristã às ilhas Faroé. Kirkjubour, tornou-se o porto de abrigo e sede episcopal da nova religião.
Chepe Express, Ferrovia Chihuahua Al Pacifico
Sobre Carris
Creel a Los Mochis, México

Barrancas de Cobre, Caminho de Ferro

O relevo da Sierra Madre Occidental tornou o sonho um pesadelo de construção que durou seis décadas. Em 1961, por fim, o prodigioso Ferrocarril Chihuahua al Pacifico foi inaugurado. Os seus 643km cruzam alguns dos cenários mais dramáticos do México.
Bufalos, ilha do Marajo, Brasil, búfalos da polícia de Soure
Sociedade
Ilha do Marajó, Brasil

A Ilha dos Búfalos

Uma embarcação que transportava búfalos da Índia terá naufragado na foz do rio Amazonas. Hoje, a ilha de Marajó que os acolheu tem uma das maiores manadas do mundo e o Brasil já não passa sem estes bovídeos.
Mulheres com cabelos longos de Huang Luo, Guangxi, China
Vida Quotidiana
Longsheng, China

Huang Luo: a Aldeia Chinesa dos Cabelos mais Longos

Numa região multiétnica coberta de arrozais socalcados, as mulheres de Huang Luo renderam-se a uma mesma obsessão capilar. Deixam crescer os cabelos mais longos do mundo, anos a fio, até um comprimento médio de 170 a 200 cm. Por estranho que pareça, para os manterem belos e lustrosos, usam apenas água e arrôz.
tunel de gelo, rota ouro negro, Valdez, Alasca, EUA
Vida Selvagem
Valdez, Alasca

Na Rota do Ouro Negro

Em 1989, o petroleiro Exxon Valdez provocou um enorme desastre ambientai. A embarcação deixou de sulcar os mares mas a cidade vitimada que lhe deu o nome continua no rumo do crude do oceano Árctico.
Pleno Dog Mushing
Voos Panorâmicos
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.