Soufriére e Scotts Head, Dominica

A Vida que Pende da Ilha Caribenha da Natureza


A Soufriére da Selva
irmãs na Bubble Beach SPA
Abençoada Soufriére
St. Mark rumo aos Céus
Soufriére nos fundos da Dominica
soufriere-dominica-bubble-beach-spa-banhista
Baía de Soufriére
O Mural do Altar
O Forte de Scotts Head
Scotts Head
Aventuras sobre o Pôr-do-sol
Tem a fama da ilha mais selvagem das Caraíbas e, chegados ao seu fundo, continuamos a confirmá-lo. De Soufriére ao limiar habitado sul de Scotts Head, a Dominica mantém-se extrema e difícil de domar.

Já andávamos com uma semana de Dominica.

Nesse tempo, aos poucos, descemos do quase extremo norte de Portsmouth e do Parque Nacional Cabrits até meio da costa leste. Logo, cruzámos para a costa contrária.

Fizemos da capital Roseau, uma espécie de base operacional para o ocidente.

Uns dias depois, decidimo-nos a sair à descoberta dos fundos da Dominica.

A Dominica de Montanha Verdejante entre Roseau e Soufriére

A sua configuração de grande ilha-montanha luxuriante, despontada entre o Mar das Caraíbas e o oceano Atlântico faz da Dominica uma nação complicada de dotar de estradas. Uma vez mais, o trajecto pela Loubiere Road confirma-se o único possível. Às vezes, parece até inviável, conquistado à lei de dinamite às falésias abruptas.

Passamos a pedregosa Champagne Beach. A Loubiere Road torna-se ainda mais sinuosa e oscilante. Interna-se numa selva íngreme e densa que, como a víamos, até os animais terão dificuldade em habitar.

Decorridos quase vinte minutos sem vislumbrarmos o mar, atingimos um alto panorâmico. Para sul e para nosso completo deslumbre, desvendava-se uma baía imensa, fechada a leste por novas montanhas, as derradeiras da ilha, tão elevadas e verdejantes como as anteriores.

Dali, uma inesperada visão marca uma súbita diferença. Semi-escondida por copas destacadas, numa secção suavizada da encosta quase despromovida a laje, surgia um casario de todas as cores.

À Descoberta da Pitoresca Soufriére

Estávamos às portas de Soufriére. Faltava-nos dar com o litoral amornado no seu sopé.

Cruzamos a fronteira da paróquia de Saint Luke para a de Saint Mark. Instantes depois, abençoa-nos a torre de uma igreja, erguida em honra do último destes santos.

Soufriére abriga quase mil e quinhentos dominiquenses. Àquela hora da tarde, em redor do templo e no seu interior, não encontrávamos vivalma.

Sobrevoavam-nos fragatas e esquadrões de pelicanos, de olho na água translúcida ao largo. Deixamos outro deles adiantar-se.

Quando uma nuvem branca flui acima do morro bicudo que encerrava a baía e deixa o casario à sombra, damos entrada na nave deserta.

Luz filtrada pelos vitrais das janelas faz destacar um altar peculiar que nos intriga e convoca.

Centrada num expectável Cristo na Cruz, uma pintura mural ilustra as gentes e vivências da ilha, fiéis que fazem por merecer a protecção do Salvador.

À esquerda, as comunidades afro-descendentes do interior, da montanha e da selva, cultivadores de vegetais, de fruta, beneficiários da fertilidade vulcânica e tropical da ilha que celebravam ao ritmo de tambores.

À direita de Cristo, os homens do mar de Soufriére, a puxarem redes de pesca do oceano. Um estandarte que cobre o púlpito usado pelo padre promove o lema “Mordomia, um Modo de Vida”.

Com a curiosidade religiosa satisfeita, voltamos ao exterior da povoação, em busca das suas expressões mundanas.

Soufriére e o seu Bubble Beach SPA, Um Retiro Balnear e Borbulhante

Só uns poucos metros separavam a igreja da beira-mar e de um areal terroso banhado por um mar com visual de lago.

Ao pisarmos esse areal, deparamo-nos com uma estrutura balnear improvisada em madeira e pneus pintados.

Um abrigo do sol separa um vestiário de um bar providencial. Já quase sobre a linha de água, um banco identifica um ponto fotográfico.

E um rectângulo feito de cimento e sacos de areia que se interna no mar, delimita umas caldas vulcânicas borbulhantes que o amornavam e que justificam o nome inglês do lugar “Bubble Beach Spa”.

Durante algum tempo, somos os únicos a frequentá-lo. Até que, do nada, surgem duas irmãs dos seus 11 ou 12 e 15 ou 16 anos. Reguilas e irrequietas, num óbvio momento de evasão do lar e da escola.

Já em modo anfíbio, nas termas, aproveitavam para pregarem sucessivas partidas uma à outra, empurrões, amonas e beliscões. Tudo o que lhes passasse pela mente e que servisse de distração.

Sossegam um pouco quando nos veem meter na água e fazer-lhes companhia, a partir de então, intrigadas com a nossa disparidade visual, com as máquinas fotográficas que segurávamos, de onde vínhamos e o que por ali fazíamos.

Tagarelamos um pouco, com as oscilações na temperatura da água a gerarem sucessivas gargalhadas.

No entretanto, a uma hora que nos pareceu pós-laboral ou pós-escolar, um grupo de jovens expatriados afluiu à praia.

E lá inaugurou um convívio na expectativa do ocaso, regado a rum punch e a cerveja Kubuli, baptizada com o termo que os indígenas caribes davam à Dominica e que tem o mapa da ilha no centro do seu rótulo.

De Soufriére para Sul, em Busca dos Fundos da Dominica

A animação do “Bubble Beach Spa” seduzia-nos a por ali ficarmos. Por outro lado, tínhamos consciência que ainda só estávamos no cimo norte da Baía de Soufriére.

Havia uma vastidão arredondada e florestada a separar-nos do limiar meridional da ilha. Ora, tínhamos partido de Roseau com a missão fotográfica de o explorar.

De acordo, despedimo-nos das irmãs com um “até breve”, sem estarmos certos de se as voltaríamos a ver.

Retornamos ao carro. Metemo-nos na estrada marginal que acompanha a baía, pelo sopé da montanha.

Soufriére estende-se por algumas centenas de metros mais. Logo, interpomo-nos no confronto entre selva e mar, com as vagas a embaterem no paredão e, aqui e ali, a salpicarem o asfalto.

Três quilómetros e meio separavam Soufriére do fundo da Dominica. Com a distância quase completa, damos com novo casario.

O derradeiro da ilha, pertencente à aldeia piscatória que, em tempos, ali se aventurou. E que acabou por ficar: Scotts Head.

Scotts Head e o Derradeiro Casario da Dominica

Com pouco mais de 700 moradores, esta povoação deve o seu nome a George Scott, um coronel que, em 1761, participou na força expedicionária britânica que capturou a Dominica aos franceses.

E que foi promovido a governador da ilha, entre 1764 e 1767, apenas para ver os franceses recapturarem-na em 1778.

Apostado em evitar tal revés, Scott supervisionou a construção de um forte no topo da península curva nos fundos da Dominica.

É para lá que nos dirigimos primeiro, de imediato, espantados com a vista incrível sobre a terra-base em frente e, em especial, com o casario sortido que se empoleirava pela sua floresta acima.

Tanto o casario como o istmo são banhados por dois mares que, não fosse aquela faixa irrisória de ilha, se tocariam.

Do cimo da península que os indígenas Caribe tratavam por Cachacrou (“chapéu que é comido”), entre canhões e sobre uma colónia de limpa-garrafas oscilantes, admiramos o Mar das Caraíbas translúcido, a norte e a oeste.

E a sul e a leste, o ligeiramente mais agitado oceano Atlântico.

Uma família de dominiquenses, emigrados e de visita à ilha, vive um deslumbre comparável ao nosso. O deles, pejado de saudade e de emoções derivadas.

Nós, continuávamos intrigados com o porquê de aquele povoado ali se ter instalado.

A explicação obriga-nos a voltar à história de Scott e à disputa França vs Grã-Bretanha pelas Índias Ocidentais.

Scotts Head e a História Dominiquense de George Scott

Depois dos Britânicos terem tomado a ilha, os seus habitantes franceses deram um contributo à reconquista francesa. Na iminência do ataque da frota gaulesa enviada da ilha de Martinica, um grupo destemido levou a cabo uma visita à guarnição inimiga, ávida de companhia.

Como resultado, conseguiram embriagar os soldados de guarida e, não bastasse, sabotaram os canhões do forte com areia.

Até ao fim desse dia, os franceses submeteram o forte e, não tarda a Dominica.

Por pouco tempo. Cinco anos mais tarde, o complexo Tratado de Versalhes, forçou-os a oferecer a Dominica aos Britânicos, algo duplamente frustrante se tivermos em conta que a ilha se situar entre duas ilhas francesas, Guadalupe e Martinica.

Com o tempo e o conformismo ao domínio britânico, as gentes e os lares da entretanto denominada Scott’s Head, continuaram a aumentar, com a vida simplificada pela pesca fácil e pelo acesso directo de ambos os mares.

A Riqueza Tropical e Caribenha da Soufriére Scotts Head Marine Reserve

Em tempos já bem posteriores à independência de Dominica, de 1978, a sua morada na Baía de Soufriére prendou-os com novos benefícios. A baía jaz sobre uma cratera vulcânica submersa.

As suas águas têm uma fauna e flora de tal maneira ricas que as autoridades dominiquenses as declararam uma reserva marinha. Hoje, a Soufriére Scotts Head Marine Reserve é procurada e percorrida por milhares de mergulhadores ansiosos.

O influxo de dinheiro que este turismo acrescentou, fez com que boa parte dos moradores tivessem abandonado a pesca ou a pratiquem apenas em momentos de evasão e lazer, algo que parecia estar para durar, quando voltamos a Soufriére e à sua pitoresca “Bubble Beach Spa”.

O ocaso a ocidente tinha-a já transformado numa completa silhueta. Composta dos muito convivas que falavam de pés na água ou se banhavam.

E a das irmãs irrequietas que, para nosso espanto, continuavam no seu corre para cá e para lá, em puxões e empurrões.

Sem razões para apressarmos o regresso a Roseau, voltamos a meter-nos naquele Mar das Caraíbas alisado e prateado. E a submeter-nos a sua companhia.

Guadalupe, Antilhas Francesas

Guadalupe: Um Caribe Delicioso, em Contra-Efeito Borboleta

Guadalupe tem a forma de uma mariposa. Basta uma volta por esta Antilha para perceber porque a população se rege pelo mote Pas Ni Problem e levanta o mínimo de ondas, apesar das muitas contrariedades.
Montserrat, Pequenas Antilhas

A Ilha do Vulcão que se Recusa a Adormecer

Abundam, nas Antilhas, os vulcões denominados Soufrière.  O de Montserrat, voltou a despertar, em 1995, e mantém-se um dos mais activos. À descoberta da ilha, reentramos na área de exclusão e exploramos as áreas ainda intocadas pelas erupções.  
Saba, Holanda

A Misteriosa Rainha Holandesa de Saba

Com meros 13km2, Saba passa despercebida até aos mais viajados. Aos poucos, acima e abaixo das suas incontáveis encostas, desvendamos esta Pequena Antilha luxuriante, confim tropical, tecto montanhoso e vulcânico da mais rasa nação europeia.
Plymouth, Montserrat

Das Cinzas às Cinzas

Erguida no sopé do monte Soufrière Hills, sobre depósitos magmáticos, a cidade solitária da ilha caribenha de Montserrat cresceu condenada. Como temido, em 1995, o também vulcão entrou num longo período eruptivo. Plymouth, é a única capital de um território político que permanece soterrada e abandonada.
Maho Beach, Sint Maarten

A Praia Caribenha Movida a Jacto

À primeira vista, o Princess Juliana International Airport parece ser apenas mais um nas vastas Caraíbas. Sucessivas aterragens a rasar a praia Maho que antecede a sua pista, as descolagens a jacto que distorcem as faces dos banhistas e os projectam para o mar, fazem dele um caso à parte.
Christiansted, St. Croix, Ilhas Virgens Americanas

Nos Fundos das Antilhas Afro-Dinamarquesas-Americanas

Em 1733, a Dinamarca comprou a ilha de Saint Croix à França, anexou-a às suas Índias Ocidentais em que, com base em Christiansted, lucrou com o trabalho de escravos trazidos da Costa do Ouro. A abolição da escravatura tornou as colónias inviáveis. E uma pechincha histórico-tropical que os Estados Unidos preservam.
Virgin Gorda, Ilhas Virgens Britânicas

Os "Caribanhos" Divinais de Virgin Gorda

À descoberta das Ilhas Virgens, desembarcamos numa beira-mar tropical e sedutora salpicada de enormes rochedos graníticos. Os The Baths parecem saídos das Seicheles mas são um dos cenários marinhos mais exuberantes das Caraíbas.
Fort-de-France, Martinica

Liberdade, Bipolaridade e Tropicalidade

Na capital da Martinica confirma-se uma fascinante extensão caribenha do território francês. Ali, as relações entre os colonos e os nativos descendentes de escravos ainda suscitam pequenas revoluções.
Saint-Pierre, Martinica

A Cidade que Renasceu das Cinzas

Em 1900, a capital económica das Antilhas era invejada pela sua sofisticação parisiense, até que o vulcão Pelée a carbonizou e soterrou. Passado mais de um século, Saint-Pierre ainda se regenera.
Sainte-Luce, Martinica

Um Projeccionista Saudoso

De 1954 a 1983, Gérard Pierre projectou muitos dos filmes famosos que chegavam à Martinica. 30 anos após o fecho da sala em que trabalhava, ainda custava a este nativo nostálgico mudar de bobine.
Martinica, Antilhas Francesas

Caraíbas de Baguete debaixo do Braço

Circulamos pela Martinica tão livremente como o Euro e as bandeiras tricolores esvoaçam supremas. Mas este pedaço de França é vulcânico e luxuriante. Surge no coração insular das Américas e tem um delicioso sabor a África.
Soufrière, Saint Lucia

As Grandes Pirâmides das Antilhas

Destacados acima de um litoral exuberante, os picos irmãos Pitons são a imagem de marca de Saint Lucia. Tornaram-se de tal maneira emblemáticos que têm lugar reservado nas notas mais altas de East Caribbean Dollars. Logo ao lado, os moradores da ex-capital Soufrière sabem o quão preciosa é a sua vista.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Parque Nacional Gorongosa, Moçambique, Vida Selvagem, leões
Safari
PN Gorongosa, Moçambique

O Coração da Vida Selvagem de Moçambique dá Sinais de Vida

A Gorongosa abrigava um dos mais exuberantes ecossistemas de África mas, de 1980 a 1992, sucumbiu à Guerra Civil travada entre a FRELIMO e a RENAMO. Greg Carr, o inventor milionário do Voice Mail recebeu a mensagem do embaixador moçambicano na ONU a desafiá-lo a apoiar Moçambique. Para bem do país e da humanidade, Carr comprometeu-se a ressuscitar o parque nacional deslumbrante que o governo colonial português lá criara.
Jovens percorrem a rua principal de Chame, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 1º - Pokhara a ChameNepal

Por Fim, a Caminho

Depois de vários dias de preparação em Pokhara, partimos em direcção aos Himalaias. O percurso pedestre só o começamos em Chame, a 2670 metros de altitude, com os picos nevados da cordilheira Annapurna já à vista. Até lá, completamos um doloroso mas necessário preâmbulo rodoviário pela sua base subtropical.
Competição do Alaskan Lumberjack Show, Ketchikan, Alasca, EUA
Arquitectura & Design
Ketchikan, Alasca

Aqui Começa o Alasca

A realidade passa despercebida a boa parte do mundo, mas existem dois Alascas. Em termos urbanos, o estado é inaugurado no sul do seu oculto cabo de frigideira, uma faixa de terra separada dos restantes E.U.A. pelo litoral oeste do Canadá. Ketchikan, é a mais meridional das cidades alasquenses, a sua Capital da Chuva e a Capital Mundial do Salmão.
Barcos sobre o gelo, ilha de Hailuoto, Finlândia
Aventura
Hailuoto, Finlândia

Um Refúgio no Golfo de Bótnia

Durante o Inverno, a ilha de Hailuoto está ligada à restante Finlândia pela maior estrada de gelo do país. A maior parte dos seus 986 habitantes estima, acima de tudo, o distanciamento que a ilha lhes concede.
Cerimónias e Festividades
Militares

Defensores das Suas Pátrias

Mesmo em tempos de paz, detectamos militares por todo o lado. A postos, nas cidades, cumprem missões rotineiras que requerem rigor e paciência.
Sydney, cidade criminosos exemplar da Austrália, Harbour Bridge
Cidades
Sydney, Austrália

De Desterro de Criminosos a Cidade Exemplar

A primeira das colónias australianas foi erguida por reclusos desterrados. Hoje, os aussies de Sydney gabam-se de antigos condenados da sua árvore genealógica e orgulham-se da prosperidade cosmopolita da megalópole que habitam.
Cacau, Chocolate, Sao Tome Principe, roça Água Izé
Comida
São Tomé e Príncipe

Roças de Cacau, Corallo e a Fábrica de Chocolate

No início do séc. XX, São Tomé e Príncipe geravam mais cacau que qualquer outro território. Graças à dedicação de alguns empreendedores, a produção subsiste e as duas ilhas sabem ao melhor chocolate.
Mar-de-Parra
Cultura
Mendoza, Argentina

Viagem por Mendoza, a Grande Província Enóloga Argentina

Os missionários espanhóis perceberam, no século XVI, que a zona estava talhada para a produção do “sangue de Cristo”. Hoje, a província de Mendoza está no centro da maior região enóloga da América Latina.
Corrida de Renas , Kings Cup, Inari, Finlândia
Desporto
Inari, Finlândia

A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
Iguana em Tulum, Quintana Roo, México
Em Viagem
Iucatão, México

A Lei de Murphy Sideral que Condenou os Dinossauros

Cientistas que estudam a cratera provocada pelo impacto de um meteorito há 66 milhões de anos chegaram a uma conclusão arrebatadora: deu-se exatamente sobre uma secção dos 13% da superfície terrestre suscetíveis a tal devastação. Trata-se de uma zona limiar da península mexicana de Iucatão que um capricho da evolução das espécies nos permitiu visitar.
Espectáculo Impressions Lijiang, Yangshuo, China, Entusiasmo Vermelho
Étnico
Lijiang e Yangshuo, China

Uma China Impressionante

Um dos mais conceituados realizadores asiáticos, Zhang Yimou dedicou-se às grandes produções ao ar livre e foi o co-autor das cerimónias mediáticas dos J.O. de Pequim. Mas Yimou também é responsável por “Impressions”, uma série de encenações não menos polémicas com palco em lugares emblemáticos.
Ocaso, Avenida dos Baobás, Madagascar
Portfólio Fotográfico Got2Globe

Dias Como Tantos Outros

Embaixada, Nikko, Spring Festival Shunki-Reitaisai, Cortejo Toshogu Tokugawa, Japão
História
Nikko, Japão

O Derradeiro Cortejo do Xogum Tokugawa

Em 1600, Ieyasu Tokugawa inaugurou um xogunato que uniu o Japão por 250 anos. Em sua homenagem, Nikko re-encena, todos os anos, a transladação medieval do general para o mausoléu faustoso de Toshogu.
Buraco Azul, ilha de Gozo, Malta
Ilhas
Gozo, Malta

Dias Mediterrânicos de Puro Gozo

A ilha de Gozo tem um terço do tamanho de Malta mas apenas trinta dos trezentos mil habitantes da pequena nação. Em duo com o recreio balnear de Comino, abriga uma versão mais terra-a-terra e serena da sempre peculiar vida maltesa.
Igreja Sta Trindade, Kazbegi, Geórgia, Cáucaso
Inverno Branco
Kazbegi, Geórgia

Deus nas Alturas do Cáucaso

No século XIV, religiosos ortodoxos inspiraram-se numa ermida que um monge havia erguido a 4000 m de altitude e empoleiraram uma igreja entre o cume do Monte Kazbek (5047m) e a povoação no sopé. Cada vez mais visitantes acorrem a estas paragens místicas na iminência da Rússia. Como eles, para lá chegarmos, submetemo-nos aos caprichos da temerária Estrada Militar da Geórgia.
Baie d'Oro, Île des Pins, Nova Caledonia
Literatura
Île-des-Pins, Nova Caledónia

A Ilha que se Encostou ao Paraíso

Em 1964, Katsura Morimura deliciou o Japão com um romance-turquesa passado em Ouvéa. Mas a vizinha Île-des-Pins apoderou-se do título "A Ilha mais próxima do Paraíso" e extasia os seus visitantes.
Mulher atacamenha, Vida nos limites, Deserto Atacama, Chile
Natureza
Deserto de Atacama, Chile

A Vida nos Limites do Deserto de Atacama

Quando menos se espera, o lugar mais seco do mundo revela novos cenários extraterrestres numa fronteira entre o inóspito e o acolhedor, o estéril e o fértil que os nativos se habituaram a atravessar.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Parques Naturais
Vulcões

Montanhas de Fogo

Rupturas mais ou menos proeminentes da crosta terrestre, os vulcões podem revelar-se tão exuberantes quanto caprichosos. Algumas das suas erupções são gentis, outras provam-se aniquiladoras.
Banco improvisado
Património Mundial UNESCO
Ilha Ibo, Moçambique

Ilha de um Moçambique Ido

Foi fortificada, em 1791, pelos portugueses que expulsaram os árabes das Quirimbas e se apoderaram das suas rotas comerciais. Tornou-se o 2º entreposto português da costa oriental de África e, mais tarde, a capital da província de Cabo Delgado, Moçambique. Com o fim do tráfico de escravos na viragem para o século XX e a passagem da capital para Porto Amélia, a ilha Ibo viu-se no fascinante remanso em que se encontra.
Sósias dos irmãos Earp e amigo Doc Holliday em Tombstone, Estados Unidos da América
Personagens
Tombstone, E.U.A.

Tombstone: a Cidade Demasiado Dura para Morrer

Filões de prata descobertos no fim do século XIX fizeram de Tombstone um centro mineiro próspero e conflituoso na fronteira dos Estados Unidos com o México. Lawrence Kasdan, Kurt Russel, Kevin Costner e outros realizadores e actores hollywoodescos tornaram famosos os irmãos Earp e o duelo sanguinário de “O.K. Corral”. A Tombstone que, ao longo dos tempos tantas vidas reclamou, está para durar.
El Nido, Palawan a Ultima Fronteira Filipina
Praias
El Nido, Filipinas

El Nido, Palawan: A Última Fronteira Filipina

Um dos cenários marítimos mais fascinantes do Mundo, a vastidão de ilhéus escarpados de Bacuit esconde recifes de coral garridos, pequenas praias e lagoas idílicas. Para a descobrir, basta uma bangka.
Kremlin de Rostov Veliky, Rússia
Religião
Rostov Veliky, Rússia

Sob as Cúpulas da Alma Russa

É uma das mais antigas e importantes cidades medievais, fundada durante as origens ainda pagãs da nação dos czares. No fim do século XV, incorporada no Grande Ducado de Moscovo, tornou-se um centro imponente da religiosidade ortodoxa. Hoje, só o esplendor do kremlin moscovita suplanta o da cidadela da tranquila e pitoresca Rostov Veliky.
Composição Flam Railway abaixo de uma queda d'água, Noruega
Sobre Carris
Nesbyen a Flam, Noruega

Flam Railway: Noruega Sublime da Primeira à Última Estação

Por estrada e a bordo do Flam Railway, num dos itinerários ferroviários mais íngremes do mundo, chegamos a Flam e à entrada do Sognefjord, o maior, mais profundo e reverenciado dos fiordes da Escandinávia. Do ponto de partida à derradeira estação, confirma-se monumental esta Noruega que desvendamos.
Intervenção policial, judeus utraortodoxos, jaffa, Telavive, Israel
Sociedade
Jaffa, Israel

Protestos Pouco Ortodoxos

Uma construção em Jaffa, Telavive, ameaçava profanar o que os judeus ultra-ortodoxos pensavam ser vestígios dos seus antepassados. E nem a revelação de se tratarem de jazigos pagãos os demoveu da contestação.
saksun, Ilhas Faroé, Streymoy, aviso
Vida Quotidiana
Saksun, StreymoyIlhas Faroé

A Aldeia Faroesa que Não Quer ser a Disneylandia

Saksun é uma de várias pequenas povoações deslumbrantes das Ilhas Faroé, que cada vez mais forasteiros visitam. Diferencia-a a aversão aos turistas do seu principal proprietário rural, autor de repetidas antipatias e atentados contra os invasores da sua terra.
Ovelhas e caminhantes em Mykines, ilhas Faroé
Vida Selvagem
Mykines, Ilhas Faroé

No Faroeste das Faroé

Mykines estabelece o limiar ocidental do arquipélago Faroé. Chegou a albergar 179 pessoas mas a dureza do retiro levou a melhor. Hoje, só lá resistem nove almas. Quando a visitamos, encontramos a ilha entregue aos seus mil ovinos e às colónias irrequietas de papagaios-do-mar.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.