Samarcanda, Uzbequistão

Um Legado Monumental da Rota da Seda


Silhuetas Registão
Dois transeuntes atravessam a sombra na Praça do Registão, o coração histórico de Samarcanda e da dinastia fundada por Timur.
Cúpula azul
Cúpula da madraça de Tilla Qori, uma das que compõem o conjunto da praça do Registão.
Excursão feminino
Mulheres uzbeques de visita à necrópole de Shaki-Zinda.
Tigre persegue Cabra
Os famosos mosaicos do tigre, presentes na fachada das madrassas do Registão contra os preceitos do Islão.
Repouso de Saias
Mulheres de várias gerações descansam sobre um banco de jardim da Praça do Registão.
Alameda Mortuária
Mulheres passam em frente de dois mausoléus da necrópole de Shaki-Zinda.
De saída
Visitantes abandonam a necrópole de Sakhi-zida.
Corridas de carros
Crianças conduzem carros de brincar num parque contíguo à praça do Registão.
Raifa Egamnazarova
Uma babushka uzbeque obcecada por netos e crianças, descansa num banco de jardim da praça do Registão.
Crepúsculo Registão
As cores da praça do Registão sob uma luz crepuscular.
De volta ao sol
Visitantes deixam um velho edifício religioso à margem de uma madraça de Samarkanda.
Damascos, nozes e outros
Montra de frutos secos num mercado da cidade.
Pão uzbeque
Vendedoras de pão num dos mercados de Samarcanda.
Foto junto a Timur
Dois visitantes de Samarcanda fotografam-se junto à estátua do ídolo histórico nacional Timur.
Numa Penúmbra Fúnebre
Estrangeiros visitam uma sala-túmulo, numa mesquita nos arredores de Samarcanda.
Noivos sob estrelas
Noivos junto a um mural do museu dedicado ao astrónomo Ulugh Beg.
Uma necrópole Uzbeq
Edifícios de Shaki-Zinda, uma necrópole que agrupa onze mausoléus de figuras proeminentes de Samarkanda.
Em Samarcanda, o algodão é agora o bem mais transaccionado e os Ladas e Chevrolets substituíram os camelos. Hoje, em vez de caravanas, Marco Polo iria encontrar os piores condutores do Uzbequistão.

O longo Verão da Ásia Central ainda mal começou.

O sol sobe no horizonte. Reforça o dourado da cruz de oito braços da igreja ortodoxa de Santo Alexei e o verde das árvores da avenida da Universidade.

Passaram-se 21 anos desde que o Uzbequistão aproveitou a oportunidade concedida por Gorbachov e se libertou do jugo do Kremlin. Muitos russos preferiram ignorar o fluir da história. Deixaram-se ficar onde estavam.

Como um pouco por todo o país, em Samarcanda, aproveitaram a vantagem social e económica antes conquistada pelas famílias e preenchem vagas nos melhores negócios e empregos. Vemos jovens mulheres orgulhosamente louras e belas percorrer os passeios a caminho do centro, sobre saltos altos, em vestidos apertados.

E homens de porte altivo preocupados em rentabilizar os seus investimentos, sejam ainda os desenquadrados soviéticos ou os recentes da nova era do Presidente todo-poderoso Karimov.

O Velho Entreposto de Culturas e Comércio de Samarcanda

Samarcanda sempre foi tida como um cruzamento de culturas. Acolhe gente de todas as partes, a começar pelos visitantes nacionais que aproveitam os curtos períodos de férias estivais para prestarem homenagem à cidade.

estatua, Timur, heroi uzbeq, rota da seda, samarcanda, uzbequistao

Dois visitantes de Samarcanda fotografam-se junto à estátua do ídolo histórico nacional Timur.

Chegamos à extremidade nordeste da avenida e damos com a estátua imponente e negra de Timur, o emir de linhagem mongol-turca que, no século XIV, conquistou um dos maiores impérios do mundo e fundou uma dinastia islâmica ambiciosa.

Examinamo-la, sem pressas, quando três uzbeques saem de um táxi e atravessam a rotunda circundante de forma incauta.

A um deles, fotógrafo de rua, a manhã tinha começado melhor do que esperava. Os dois compatriotas estavam prestes a deixar a cidade.

Resgataram-no do seu pouso laboral para poderem levar como recordação uma imagem de companheirismo e veneração, aos pés do grande monarca, terror dos inimigos mameluques, dos otomanos e até dos Cavaleiros Hospitalários.

Praça Registão, o Monumental Legado Timurida de Samarcanda

A praça Registão, a menos de um quilómetro, celebra o esplendor da era timúrida. Quando a encontramos, recebe os afagos de um batalhão de jardineiras dedicadas e a supervisão promíscua de vários “pepinos”, como chamam os uzbeques aos polícias da sua nação, por trajarem uniformes todos verdes.

Vemos chegar grupos coloridos de peregrinos muçulmanos, entusiasmados por estarem por fim diante das madraças mais emblemáticas do místico Turquestão. Acompanhamos os seus movimentos solidários até desaparecerem através dos pórticos imponentes.

praca registao, crepusculo, noite, rota da seda, samarcanda, uzbequistao

As cores da praça do Registão sob uma luz crepuscular.

A Ulugh Beg (1417-1420) e a Sher-dor (1619-1636) foram as primeiras a ser construídas. Confrontam-se e disputam o protagonismo arquitectónico da praça com a mais jovem, a Tilya-Kori (1646-1660) que surge de frente para quem chega.

Em tempos, funcionaram como escolas islâmicas proeminentes a que a população era convocada para ouvir proclamações reais e assistir a execuções públicas.

E o Legado Astronómico do Emir Ulugh Beg

Ulugh Beg, o último dos emires da dinastia, tinha muito mais para transmitir. Além de líder, provou-se um mestre matemático e astrónomo. Transformou a sua madraça numa das melhores universidades do Oriente Muçulmano.

Construiu ainda um observatório pioneiro do Espaço.

silhuetas, praca registao, rota da seda, samarcanda, uzbequistao

Dois transeuntes atravessam a sombra na Praça do Registão, o coração histórico de Samarcanda e da dinastia fundada por Timur.

Nos nossos dias, as autoridades transformaram-no em museu, complementado com jardins desafogados que os habitantes da cidade adaptaram aos seus usos terrenos.

A Urgência Social Uzbeque do Casamento e Procriação

Juntamo-nos ao séquito de uma boda. Divertimo-nos a acompanhar os fotógrafos de serviço enquanto estes posicionam o casal contra um firmamento pintado num muro e ensaiam poses tão apaixonadas como saturadas com o véu da noiva a pairar sustentado por uma ausência ilusória de gravidade.

noivos, museu ulugh beg, rota da seda, samarcanda, uzbequistao

Noivos junto a um mural do museu dedicado ao astrónomo Ulugh Beg.

O matrimónio e as famílias sem fim são sagrados no Uzbequistão. As mulheres nativas perguntam-nos vezes sem conta se somos casados e quantos filhos temos. A resposta deixa-as quase sempre destroçadas. Algumas não se conseguem sequer conformar.

Raifa Egamnazarova mudou-se do Vale de Fergana para passar o fim-de-semana em Samarcanda. Usa um lenço branco que faz de moldura à face gasta de babusca ternurenta.

Permite que a fotografemos e exibe as suas íris de aço e os dentes de ouro.

mulher, banco jardim, praca registao, rota da seda, samarcanda, uzbequistao

Uma babushka uzbeque obcecada por netos e crianças, descansa num banco de jardim da praça do Registão.

A sessão fotográfica gera na senhora alguma apreensão: “Vocês vejam lá!  O meu marido ainda vê isto nas revistas e vai-me perguntar se afinal fui às compras ou namorar para Portugal”.

Acaba por nos adoptar como filhos e, durante uma boa meia-hora, insiste que temos que lhe dar o primeiro neto já no ano seguinte.

A importância do casamento e dos laços familiares saíram incólumes das experimentações comunistas mas, durante era colonial russa e, depois, na soviética, foram destruídos vários edifícios sagrados do Islão e anulada a sua influência na sociedade.

O Absolutismo do Presidente Karimov e o Controlo do Islamismo

O Presidente Karimov adoptou parte da receita soviética e mantém a religião sob controlo. São poucas as madraças do país que continuam a servir os antigos propósitos.

As de Samarcanda não fogem à regra. Em várias, abrigam distintas famílias ocupam os antigos quartos térreos dos alunos com bazares de artesanato e outras recordações.

No interior da Sher-dor, um vendedor com visual portentoso de Nikhita Mikhalkov aproxima-se de Nilufar – a jovem guia que nos acompanha. Em russo, tenta impingir-lhe primeiro uma visita à sua loja de fotografia.

Não tarda, cassetes de vídeo poeirentas que afiança ilustrarem a glória da cidade a que se manteve fiel: “Diz-lhes lá que têm muito interesse para eles.

Escusam de ter tanto trabalho com essas máquinas enormes! Só custam 20 euros…”.   Contagiados, logo, outros vendedores de visual uzbeque, tentam convocar-nos para os seus mini-mercados e montras.

visitantes, edificio madraca, rota da seda, samarcanda, uzbequistao

Visitantes deixam um velho edifício religioso à margem de uma madraça de Samarkanda.

A Era Próspera da Rota da Seda

Nos tempos da Rota da Seda, o comércio devia fluir bem melhor que agora.

Samarcanda estava a meio caminho entre a China (Xi An), e as civilizações do Mediterrâneo, sobretudo Roma. Produtos valiosos da Ásia e da Europa que seguiam nas duas direcções sobre longas caravanas de camelos, encontravam compradores durante o percurso e nos destinos finais.

A exótica seda justificou a longa jornada da família veneziana Polo que chegou a viver na vizinha Bukhara até prosseguir para leste e cair no goto do Imperador mongol Kublai Khan. Anos mais tarde, Kublai Khan nomeou os Polo embaixadores das suas mensagens para o Papa. Fez deles seus diplomatas para outras missões.

De acordo com Marco Polo, algum tempo depois da segunda visita do seu pai e tio à China – a primeira de Marco – , os três Polos pediram várias vezes ao Imperador para regressarem à Europa.

tigre persegue cabra, madraca, registao, rota da seda, samarcanda, uzbequistao

Os famosos mosaicos do tigre, presentes na fachada das madrassas do Registão contra os preceitos do Islão.

O Khan apreciava de tal forma a sua companhia que lhes terá adiado vezes sem conta a partida. Sem alternativa, os Polos conformaram-se com respeitar a sua vontade.

Estaline e outros líderes Soviéticos levaram adiante distintos caprichos.

A Era do Algodão, o Ouro Branco que Tomou o Lugar da Seda

Por altura da vigência de Estaline, o algodão era conhecido por Ouro Branco, tinha um enorme valor comercial. Atraídos pela fortuna que poderiam cultivar na então colónia uzbeque, os políticos do Kremlin decretaram o desvio da água do Mar de Aral e dos principais rios do pais para irrigar plantações sem fim nos desertos de Kyzyl Kum e Aral Kum.

A experiência confirmou-se tão catastrófica em termos ambientais como lucrativa. O algodão é, ainda hoje, a principal produção do Uzbequistão e da região de Samarcanda.

mulheres, necropole Sakhi-zida, uzbeq, rota da seda, samarcanda, uzbequistao

Visitantes abandonam a necrópole de Sakhi-zida.

Mas nem todas as heranças Soviéticas geraram tal polémica. Uma frota de automóveis Lada continua a circular em Samarcanda e resiste à substituição pelos recém-chegados modelos Chevrolet.

Depressa aprendemos a valorizar esta longevidade. As estradas secundárias da cidade revelam-se destrutivas como poucas e os homens uzbeques – por norma, tranquilos e corteses – entusiasmam-se com frequência ao volante dos seus bólides envelhecidos.

Por alguma razão que não conseguimos apurar, parecem gerar mais adrenalina e testosterona – e, por consequência, muito mais buzinadelas, discussões, colisões e amolgadelas – em Samarcanda que no resto do país.

Usbequistão

Viagem Pelo Pseudo-Alcatrão do Usbequistão

Os séculos passaram. As velhas e degradadas estradas soviéticas sulcam os desertos e oásis antes atravessados pelas caravanas da Rota da Seda. Sujeitos ao seu jugo durante uma semana, vivemos cada paragem e incursão nos lugares e cenários usbeques como recompensas rodoviárias históricas.
Dunhuang, China

Um Oásis na China das Areias

A milhares de quilómetros para oeste de Pequim, a Grande Muralha tem o seu extremo ocidental e a China é outra. Um inesperado salpicado de verde vegetal quebra a vastidão árida em redor. Anuncia Dunhuang, antigo entreposto crucial da Rota da Seda, hoje, uma cidade intrigante na base das maiores dunas da Ásia.
Tbilisi, Geórgia

Geórgia ainda com Perfume a Revolução das Rosas

Em 2003, uma sublevação político-popular fez a esfera de poder na Geórgia inclinar-se do Leste para Ocidente. De então para cá, a capital Tbilisi não renegou nem os seus séculos de história também soviética, nem o pressuposto revolucionário de se integrar na Europa. Quando a visitamos, deslumbramo-nos com a fascinante mixagem das suas passadas vidas.
Samarcanda, Usbequistão

O Sultão Astrónomo

Neto de um dos grandes conquistadores da Ásia Central, Ulugh Beg preferiu as ciências. Em 1428, construiu um observatório espacial em Samarcanda. Os seus estudos dos astros levaram-lhe o nome a uma cratera da Lua.
Margilan, Usbequistão

Um Ganha Pão do Uzbequistão

Numa de muitas padarias de Margilan, desgastado pelo calor intenso do forno tandyr, o padeiro Maruf'Jon trabalha meio-cozido como os distintos pães tradicionais vendidos por todo o Usbequistão
Khiva, Uzbequistão

A Fortaleza da Rota da Seda que a União Soviética Aveludou

Nos anos 80, dirigentes soviéticos renovaram Khiva numa versão amaciada que, em 1990, a UNESCO declarou património Mundial. A URSS desintegrou-se no ano seguinte. Khiva preservou o seu novo lustro.
Vale de Fergana, Usbequistão

Uzbequistão, a Nação a Que Não Falta o Pão

Poucos países empregam os cereais como o Usbequistão. Nesta república da Ásia Central, o pão tem um papel vital e social. Os Uzbeques produzem-no e consomem-no com devoção e em abundância.
Mar de Aral, Uzbequistão

O Lago que o Algodão Absorveu

Em 1960, o Mar de Aral era um dos quatro maiores lagos do mundo mas projectos de irrigação secaram grande parte da água e do modo de vida dos pescadores. Em troca, a URSS inundou o Uzbequistão com ouro branco vegetal.

Margilan, Uzbequistão

Périplo pelo Tecido Artesanal do Uzbequistão

Situada no extremo oriental do Uzbequistão, Vale de Fergana, Margilan foi uma das escalas incontornáveis da Rota da Seda. Desde o século X, os produtos de seda lá gerados destacaram-na nos mapas, hoje, marcas de alta-costura disputam os seus tecidos. Mais que um centro prodigioso de criação artesanal, Margilan estima e valoriza um modo de vida uzbeque milenar.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Skipper de uma das bangkas do Raymen Beach Resort durante uma pausa na navegação
Praia
Ilhas Guimaras  e  Ave Maria, Filipinas

Rumo à Ilha Ave Maria, Numas Filipinas Cheias de Graça

À descoberta do arquipélago de Visayas Ocidental, dedicamos um dia para viajar de Iloilo, ao longo do Noroeste de Guimaras. O périplo balnear por um dos incontáveis litorais imaculados das Filipinas, termina numa deslumbrante ilha Ave Maria.
hipopotamos, parque nacional chobe, botswana
Safari
PN Chobe, Botswana

Chobe: um rio na Fronteira da Vida com a Morte

O Chobe marca a divisão entre o Botswana e três dos países vizinhos, a Zâmbia, o Zimbabwé e a Namíbia. Mas o seu leito caprichoso tem uma função bem mais crucial que esta delimitação política.
Aurora ilumina o vale de Pisang, Nepal.
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 3º- Upper Pisang, Nepal

Uma Inesperada Aurora Nevada

Aos primeiros laivos de luz, a visão do manto branco que cobrira a povoação durante a noite deslumbra-nos. Com uma das caminhadas mais duras do Circuito Annapurna pela frente, adiamos a partida tanto quanto possível. Contrariados, deixamos Upper Pisang rumo a Ngawal quando a derradeira neve se desvanecia.
costa, fiorde, Seydisfjordur, Islandia
Arquitectura & Design
Seydisfjordur, Islândia

Da Arte da Pesca à Pesca da Arte

Quando armadores de Reiquejavique compraram a frota pesqueira de Seydisfjordur, a povoação teve que se adaptar. Hoje, captura discípulos da arte de Dieter Roth e outras almas boémias e criativas.
O pequeno farol de Kallur, destacado no relevo caprichoso do norte da ilha de Kalsoy.
Aventura
Kalsoy, Ilhas Faroé

Um Farol no Fim do Mundo Faroês

Kalsoy é uma das ilhas mais isoladas do arquipélago das faroés. Também tratada por “a flauta” devido à forma longilínea e aos muitos túneis que a servem, habitam-na meros 75 habitantes. Muitos menos que os forasteiros que a visitam todos os anos atraídos pelo deslumbre boreal do seu farol de Kallur.
cavaleiros do divino, fe no divino espirito santo, Pirenopolis, Brasil
Cerimónias e Festividades
Pirenópolis, Brasil

Cavalgada de Fé

Introduzida, em 1819, por padres portugueses, a Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis agrega uma complexa rede de celebrações religiosas e pagãs. Dura mais de 20 dias, passados, em grande parte, sobre a sela.
Kronstadt Rússia Outono, dona do Bouquet
Cidades
Kronstadt, Rússia

O Outono da Ilha-Cidade Russa de Todas as Encruzilhadas

Fundada por Pedro o Grande, tornou-se o porto e base naval que protegem São Petersburgo e o norte da grande Rússia. Em Março de 1921, rebelou-se contra os Bolcheviques que apoiara na Revolução de Outubro. Neste Outubro que atravessamos, Kronstadt volta a cobrir-se do mesmo amarelo exuberante da incerteza.
Comida
Mercados

Uma Economia de Mercado

A lei da oferta e da procura dita a sua proliferação. Genéricos ou específicos, cobertos ou a céu aberto, estes espaços dedicados à compra, à venda e à troca são expressões de vida e saúde financeira.
Festival MassKara, cidade de Bacolod, Filipinas
Cultura
Bacolod, Filipinas

Um Festival para Rir da Tragédia

Por volta de 1980, o valor do açúcar, uma importante fonte de riqueza da ilha filipina de Negros caia a pique e o ferry “Don Juan” que a servia afundou e tirou a vida a mais de 176 passageiros, grande parte negrenses. A comunidade local resolveu reagir à depressão gerada por estes dramas. Assim surgiu o MassKara, uma festa apostada em recuperar os sorrisos da população.
arbitro de combate, luta de galos, filipinas
Desporto
Filipinas

Quando só as Lutas de Galos Despertam as Filipinas

Banidas em grande parte do Primeiro Mundo, as lutas de galos prosperam nas Filipinas onde movem milhões de pessoas e de Pesos. Apesar dos seus eternos problemas é o sabong que mais estimula a nação.
Twelve Apostles, Great Ocean Road, Victoria, Austrália
Em Viagem
Great Ocean Road, Austrália

Oceano Fora, pelo Grande Sul Australiano

Uma das evasões preferidas dos habitantes do estado australiano de Victoria, a via B100 desvenda um litoral sublime que o oceano moldou. Bastaram-nos uns quilómetros para percebermos porque foi baptizada de The Great Ocean Road.
Retorno na mesma moeda
Étnico
Dawki, Índia

Dawki, Dawki, Bangladesh à Vista

Descemos das terras altas e montanhosas de Meghalaya para as planas a sul e abaixo. Ali, o caudal translúcido e verde do Dawki faz de fronteira entre a Índia e o Bangladesh. Sob um calor húmido que há muito não sentíamos, o rio também atrai centenas de indianos e bangladeshianos entregues a uma pitoresca evasão.
Ocaso, Avenida dos Baobás, Madagascar
Portfólio Fotográfico Got2Globe

Dias Como Tantos Outros

Torres da catedral de Puelba iluminada durante o ocaso
História
Puebla, México

Uma Cidade Atulhada de Fé, no Sopé do Vulcão

Foi tal o ímpeto proselitista católico na fundação de Puebla de Los Angeles, no século XVI, que determinados cronistas já lá relatavam uma igreja para cada dia do ano. Puebla conta com quase duzentas e noventa. Num domínio ex-colonial barroco e majestoso desafiador de Popocatépetl (5426m), a “montanha fumarenta” do México.
Mural de Key West, Flórida Keys, Estados Unidos
Ilhas
Key West, E.U.A.

O Faroeste Tropical dos E.U.A.

Chegamos ao fim da Overseas Highway e ao derradeiro reduto das propagadas Florida Keys. Os Estados Unidos continentais entregam-se, aqui, a uma deslumbrante vastidão marinha esmeralda-turquesa. E a um devaneio meridional alentado por uma espécie de feitiço caribenho.
Quebra-Gelo Sampo, Kemi, Finlândia
Inverno Branco
Kemi, Finlândia

Não é Nenhum “Barco do Amor”. Quebra Gelo desde 1961

Construído para manter vias navegáveis sob o Inverno árctico mais extremo, o quebra-gelo Sampo” cumpriu a sua missão entre a Finlândia e a Suécia durante 30 anos. Em 1988, reformou-se e dedicou-se a viagens mais curtas que permitem aos passageiros flutuar num canal recém-aberto do Golfo de Bótnia, dentro de fatos que, mais que especiais, parecem espaciais.
Lago Manyara, parque nacional, Ernest Hemingway, girafas
Literatura
PN Lago Manyara, Tanzânia

África Favorita de Hemingway

Situado no limiar ocidental do vale do Rift, o parque nacional lago Manyara é um dos mais diminutos mas encantadores e ricos em vida selvagem da Tanzânia. Em 1933, entre caça e discussões literárias, Ernest Hemingway dedicou-lhe um mês da sua vida atribulada. Narrou esses dias aventureiros de safari em “As Verdes Colinas de África”.
Em espera, Mauna Kea vulcão no espaço, Big Island, Havai
Natureza
Mauna Kea, Havai

Mauna Kea: um Vulcão de Olho no Espaço

O tecto do Havai era interdito aos nativos por abrigar divindades benevolentes. Mas, a partir de 1968 várias nações sacrificaram a paz dos deuses e ergueram a maior estação astronómica à face da Terra
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Fuga de Seljalandsfoss
Parques Naturais
Islândia

Ilha de Fogo, Gelo, Cascatas e Quedas de Água

A cascata suprema da Europa precipita-se na Islândia. Mas não é a única. Nesta ilha boreal, com chuva ou neve constantes e em plena batalha entre vulcões e glaciares, despenham-se torrentes sem fim.
Património Mundial UNESCO
Viagens de Barco

Para Quem Só Enjoa de Navegar na Net

Embarque e deixe-se levar em viagens de barco imperdíveis como o arquipélago filipino de Bacuit e o mar gelado do Golfo finlandês de Bótnia.
Personagens
Sósias, actores e figurantes

Estrelas do Faz de Conta

Protagonizam eventos ou são empresários de rua. Encarnam personagens incontornáveis, representam classes sociais ou épocas. Mesmo a milhas de Hollywood, sem eles, o Mundo seria mais aborrecido.
Vilanculos, Moçambique, Dhows percorrem um canal
Praias
Vilankulos, Moçambique

Índico vem, Índico Vai

A porta de entrada para o arquipélago de Bazaruto de todos os sonhos, Vilankulos tem os seus próprios encantos. A começar pela linha de costa elevada face ao leito do Canal de Moçambique que, a proveito da comunidade piscatória local, as marés ora inundam, ora descobrem.
Jerusalém deus, Israel, cidade dourada
Religião
Jerusalém, Israel

Mais Perto de Deus

Três mil anos de uma história tão mística quanto atribulada ganham vida em Jerusalém. Venerada por cristãos, judeus e muçulmanos, esta cidade irradia controvérsias mas atrai crentes de todo o Mundo.
Comboio Kuranda train, Cairns, Queensland, Australia
Sobre Carris
Cairns-Kuranda, Austrália

Comboio para o Meio da Selva

Construído a partir de Cairns para salvar da fome mineiros isolados na floresta tropical por inundações, com o tempo, o Kuranda Railway tornou-se no ganha-pão de centenas de aussies alternativos.
Gatis de Tóquio, Japão, clientes e gato sphynx
Sociedade
Tóquio, Japão

Ronronares Descartáveis

Tóquio é a maior das metrópoles mas, nos seus apartamentos exíguos, não há lugar para mascotes. Empresários nipónicos detectaram a lacuna e lançaram "gatis" em que os afectos felinos se pagam à hora.
manada, febre aftosa, carne fraca, colonia pellegrini, argentina
Vida Quotidiana
Colónia Pellegrini, Argentina

Quando a Carne é Fraca

É conhecido o sabor inconfundível da carne argentina. Mas esta riqueza é mais vulnerável do que se imagina. A ameaça da febre aftosa, em particular, mantém as autoridades e os produtores sobre brasas.
Reserva Masai Mara, Viagem Terra Masai, Quénia, Convívio masai
Vida Selvagem
Masai Mara, Quénia

Reserva Masai Mara: De Viagem pela Terra Masai

A savana de Mara tornou-se famosa pelo confronto entre os milhões de herbívoros e os seus predadores. Mas, numa comunhão temerária com a vida selvagem, são os humanos Masai que ali mais se destacam.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.