Circuito Annapurna: 12º - Thorong Phedi a High Camp

O Prelúdio da Travessia Suprema


Antena Espiritual
Caminhante Solitário
Montanhista sobe a ladeira que liga Thorong Pedi ao Thorong High Camp.
Bandeiras Budistas-Tibetanas
Um estendal de estandartes lung ta abençoa a rampa que conduz ao High Camp de Thorong.
Do Hotel ao Miradouro
Hóspede do High Camp dirige-se para um extremo panorâmico umas centenas de metros acima do hotel.
O Carregador
Don num momento de recuperação, durante a ascensão árdua para o High Camp.
Cavalos de Resgate
Equinos caminham em direcção ao High Camp, vindos das terras mais altas do desfiladeiro Thorong La.
Pela Crista
Caminhantes percorrem uma crista que conduz a um ponto sobranceiro próximo do High Camp.
Heli Salvamento
Helicóptero prestes a aterrar junto ao High Camp para socorrer um caminhante a sofrer de Mal da Montanha.
Cumes Nevados
Cristas nevadas dos Annapurnas, à entrada do desfiladeiro Thorong La.
Montanhas Pardas
O branco da neve contraste com o quase ocre das Montanhas da Cordilheira Annapurna.
High Camp View Hotel
Cartaz caído assinala o abrigo providencial do Thorong High Camp.
Subida a 2
Duo de caminhantes quase a alcançar o cimo intermédio do High Camp.
High Camp
A primeira vista dos edifícios do High Camp.
O Bom Caminho
Vale em V Nevado
Nevão da noite polvilhou de branco as encostas e cumes dos Annapurnas.
Este trecho do Circuito Annapurna só dista 1km mas, em menos de duas horas, leva dos 4450m aos 4850m e à entrada do grande desfiladeiro. Dormir no High Camp é uma prova de resistência ao Mal de Montanha que nem todos passam.

Incomodados por alguma ansiedade e pelo barulho gerado por caminhantes em quartos próximos do New Phedi, de saída, despertamos ainda antes das três da manhã.

O hotel estava, todo ele, nevado e gelado. Grandes estalactites pendiam dos beirais, incluindo do interior da casa de banho partilhada. No tempo que passara, o caldeiro com água lá colocado, tinha gerado um grande bloco de gelo, com os danos na higiene que tal solidificação implicava.

Pela conversa de dois grupos de estudantes americanos, liderados por professores, o seu calendário para o circuito era pouco flexível. Percebemos que, devido a um qualquer percalço anterior, se viam obrigados a cruzar o desfiladeiro Thorong La, naquela mesma madrugada.

Quando saímos do quarto e examinamos a situação meteorológica, mais que nos desagradar, a ascensão iminente e precipitada dos americanos preocupava-nos.

As montanhas continuavam sob um véu acinzentado de nuvens baixas e de neblina. Batemos no quarto da Sara e do Manel. Preparavam-se para sair.

Expúnhamos-lhes as nossas dúvidas e inquietações quando desata a nevar forte.

Mais forte do que alguma vez tínhamos visto desde a partida de Pokhara.

Contamos-lhes o que sabíamos do histórico das travessias de Thorong La e o que tínhamos planeado para nos precavermos de sustos, que passava por evitar a ascensão rumo ao desfiladeiro no meio de uma tempestade de neve, mesmo que muito outros caminhantes o fizessem.

A tragédia de 2014, de que falaremos no trecho seguinte do circuito, era mais que motivo para sermos argutos e redobrarmos os cuidados.

Ao constatarem o intensificar do nevão, sem vermos uma única estrela no céu, a Sara e o Manel anuem.

Decidimos os quatro voltar a dormir e vermos como estava o tempo após a aurora.

Manhã Solarenga, Tempo de Deixar Thorong Phedi

Voltamos a acordar por volta das sete da manhã. Com a partida precoce dos dois grupos americanos, o hotel New Phedi parecia-nos deserto.

O nevão já tinha parado. O céu abria a olhos vistos. De tal maneira que o sol entrava, radiante e, aos poucos, livrava-se da nebulosidade persistente.

Este sim, era um cenário que considerávamos favorável. Uma pós-tempestade solarenga com, tudo indicava, horas de céu limpo por diante.

Vamos despertar o Manel e a Sara. Voltamos para arrumar as mochilas.

Don, o nosso carregador, já estava pronto para as instruções que lhe déssemos. Ainda antes das oito da manhã, deixamos todos o Hotel New Phedi.

Ao chegarmos ao início do trilho e da ladeira, temos uma visão mais ampla e real do quanto o nevão da noite havia mudado o cenário.

O vale do rio Jharsong Kola e os cumes imponentes que se projectavam do V apertado a ocidente eram, agora, brancos, com ligeiras estrias de terra onde a neve falhara superfícies demasiado íngremes.

Os Bons Augúrios Tibetanos das Bandeiras Lunga ta

Um longo estendal multicolor de bandeiras budista-tibetanas lunga ta, esticadas na horizontal, destacava-se da imensidão alva.

Os tibetanos conhecem-nas como Wind Horse. São símbolos xamânicos da alma humana, também representativas do cavalo, um dos animais que representam os quatro polos cardeais.

São ainda ícones de desejo de boa sorte.

Ali mesmo, à saída de Phedi, essa Wind Horse tremelicante abençoava as jornadas dos caminhantes nos dois sentidos, se bem que o de Thorong La, o nosso, se provava bem mais desafiante que o oposto.

Devagar, devagarinho, subimos a vertente branca, que o rápido derretimento da neve fazia alvacenta.

De início, éramos só os cinco a subir. Aos poucos, caminhantes saídos de Phedi ou já chegados de escalas anteriores – Yak Kharka, de Ledar e outras – e que tinham optado por não parar em Phedi, surgiam no fundo da ravina.

O Apoio Precioso de Don, o Carregador

Este era, sem margem para dúvidas, o trecho mais árduo desde o trilho ziguezagueante que subia do rio Marsyangdi ao cimo de Ghyaru.

Desta feita, graças aos serviços de Don, estávamos menos carregados.

A opção de contarmos com carregador entre Manang e Muktinah, já do outro lado do desfiladeiro, tínhamo-la tomado precisamente porque, devido ao equipamento fotográfico, andávamos com quase o dobro do peso expectável e que os outros caminhantes transportavam.

Queríamos evitar que uma súbita lesão no fundo das costas, ou afim, já para não falar do Mal de Montanha, nos deixasse incapazes de prosseguir.

Mesmo assim, a Don, calhava apenas o nosso excesso. Aquém do que os carregadores nepalis estão habituados a suportar.

Nós, transportávamos 9 ou 10kg cada um, sobre o limiar do aconselhado.

Nestes modos mais portáteis, numa mera hora de sobe-pára, recupera-retoma, atingimos o alto do High Camp, onde recuperamos, a contemplarmos o novo cenário do cimo e a imensidão que tínhamos deixado para trás.

Nova Desistência Causada pelo Mal de Montanha

Vivemos esse deslumbre quando, ao longe, vemos o que parecia um helicóptero a aproximar-se. Nuns poucos minutos, atingiu o cimo da ladeira do High Camp e aterrou numa saliência plana usada como heliporto.

Dois caminhantes apareceram de um hotel. Um deles era uma jovem, apurámos que israelita e que, para nosso espanto, caminhava de calças de ganga e com dificuldades.

O outro, bem preparado, com calças de neve e um casacão de penas volumoso, entregou-a à equipa de salvamento. A desistente estaria em estado aceitável, caso contrário, não tinha pedido uma foto sua de despedida.

Concretizada a recordação, o helicóptero descolou. Como o tínhamos acompanhado a definir-se contra as montanhas e o céu, assim o vimos sumir-se acima do leito do Jharsong Kola.

Voltamo-nos para a nossa própria realidade.

Com as instalações do High Camp ali ao lado, voltam a assaltar-nos as dúvidas de se queríamos seguir, ou lá passar uma noite.

A Escala Não Planeada no High Camp

Lembramo-nos do que nos tinham contado no Base Camp de Phedi, que as instalações do High Camp, os quartos em particular, eram miseráveis para o frio que lá fazia.

Como se não bastasse, a entrada para o desfiladeiro distava umas centenas de passos. Decidimos continuar.

Caminhamos pelo trilho nevado, por quase quarenta minutos.

Até que, numa zona em que se inclinava sobre um declive pronunciado, sentimos o vento a intensificar-se para rajadas e a trazer nuvens densas do lado de lá da cordilheira, sobre o maciço de Damodar Himal.

Com a visibilidade comprometida e dificuldade crescente para nos mantermos equilibrados e evitarmos tombar para o declive, abortamos o plano.

Invertemos marcha. Refugiamo-nos no conforto do High Camp. Coincidência ou não, já lá estavam vários caminhantes.

Muitos outros apareceriam.

Sobre as dez da manhã, ficamos com os dois últimos quartos duplos disponíveis. Deixamos as mochilas, reencontramo-nos na sala aquecida, a essa hora, já distantes das inevitáveis salamandras.

Tínhamos gasto energia a sério com a ascensão de Thorong Phedi. Sentimo-nos esfomeados muito antes do que seria normal.

Almoçamos por volta das 11 da manhã. Conscientes de que devíamos manter os corpos habituados ao esforço em altitude, voltamos a sair.

À Descoberta dos Cenários Elevados do High Camp

Conquistamos um promontório com vista monumental sobre o vale do Jharsong Kola e os picos nevados em redor.

Coroava a sua extremidade uma pilha de pedras, sustentáculo de uma antena gradeada, uma estrutura mal-amanhada, ainda assim, com direito a bênção religiosa.

Nem a antena nem o lunga ta que a decorava chegavam para abençoar os hóspedes de sinal de telefone, quanto mais de internet.

Mais caminhantes nos seguiram os passos e apareceram das funduras do High Camp. O espaço apertado em redor da antena deixou de chegar.

Forçou-nos a trocas de posições acrobáticas que, mal calculadas, podiam resultar num mergulho para o abismo. Resignados, voltamos a descer para o High Camp.

A Noite Passada às Portas do Desfiladeiro Thorong La

Encontramo-lo à pinha. Conseguimos mesa, uma vez mais, distante das salamandras.

Malgrado o frio e o desconforto, dormitamos, quase até à hora do jantar e as 20h do fecho da sala de refeições que nos remeteu para os quartos gélidos e espartanos.

Nessa noite de ansiedade renovada, o plano era acordarmos às 4h30, tomarmos um pequeno-almoço leve, às 5h. E sairmos às 5h30, sobre o nascer do sol.

Embalou-nos o desejo de que o dia despertasse clemente.

Circuito Annapurna: 1º - Pokhara a ChameNepal

Por Fim, a Caminho

Depois de vários dias de preparação em Pokhara, partimos em direcção aos Himalaias. O percurso pedestre só o começamos em Chame, a 2670 metros de altitude, com os picos nevados da cordilheira Annapurna já à vista. Até lá, completamos um doloroso mas necessário preâmbulo rodoviário pela sua base subtropical.
Circuito Annapurna: 2º - Chame a Upper PisangNepal

(I)Eminentes Annapurnas

Despertamos em Chame, ainda abaixo dos 3000m. Lá  avistamos, pela primeira vez, os picos nevados e mais elevados dos Himalaias. De lá partimos para nova caminhada do Circuito Annapurna pelos sopés e encostas da grande cordilheira. Rumo a Upper Pisang.
Circuito Annapurna: 3º- Upper Pisang, Nepal

Uma Inesperada Aurora Nevada

Aos primeiros laivos de luz, a visão do manto branco que cobrira a povoação durante a noite deslumbra-nos. Com uma das caminhadas mais duras do Circuito Annapurna pela frente, adiamos a partida tanto quanto possível. Contrariados, deixamos Upper Pisang rumo a Ngawal quando a derradeira neve se desvanecia.
Circuito Annapurna: 4º – Upper Pisang a Ngawal, Nepal

Do Pesadelo ao Deslumbre

Sem que estivéssemos avisados, confrontamo-nos com uma subida que nos leva ao desespero. Puxamos ao máximo pelas forças e alcançamos Ghyaru onde nos sentimos mais próximos que nunca dos Annapurnas. O resto do caminho para Ngawal soube como uma espécie de extensão da recompensa.
Circuito Annapurna: 5º - Ngawal a BragaNepal

Rumo a Braga. A Nepalesa.

Passamos nova manhã de meteorologia gloriosa à descoberta de Ngawal. Segue-se um curto trajecto na direcção de Manang, a principal povoação no caminho para o zénite do circuito Annapurna. Ficamo-nos por Braga (Braka). A aldeola não tardaria a provar-se uma das suas mais inolvidáveis escalas.
Circuito Annapurna: 6º – Braga, Nepal

Num Nepal Mais Velho que o Mosteiro de Braga

Quatro dias de caminhada depois, dormimos aos 3.519 metros de Braga (Braka). À chegada, apenas o nome nos é familiar. Confrontados com o encanto místico da povoação, disposta em redor de um dos mosteiros budistas mais antigos e reverenciados do circuito Annapurna, lá prolongamos a aclimatização com subida ao Ice Lake (4620m).
Circuito Annapurna: 7º - Braga - Ice Lake, Nepal

Circuito Annapurna - A Aclimatização Dolorosa do Ice Lake

Na subida para o povoado de Ghyaru, tivemos uma primeira e inesperada mostra do quão extasiante se pode provar o Circuito Annapurna. Nove quilómetros depois, em Braga, pela necessidade de aclimatizarmos ascendemos dos 3.470m de Braga aos 4.600m do lago de Kicho Tal. Só sentimos algum esperado cansaço e o avolumar do deslumbre pela Cordilheira Annapurna.
Circuito Annapurna: 9º Manang a Milarepa Cave, Nepal

Uma Caminhada entre a Aclimatização e a Peregrinação

Em pleno Circuito Annapurna, chegamos por fim a Manang (3519m). Ainda a precisarmos de aclimatizar para os trechos mais elevados que se seguiam, inauguramos uma jornada também espiritual a uma caverna nepalesa de Milarepa (4000m), o refúgio de um siddha (sábio) e santo budista.
Circuito Annapurna: 8º Manang, Nepal

Manang: a Derradeira Aclimatização em Civilização

Seis dias após a partida de Besisahar chegamos por fim a Manang (3519m). Situada no sopé das montanhas Annapurna III e Gangapurna, Manang é a civilização que mima e prepara os caminhantes para a travessia sempre temida do desfiladeiro de Thorong La (5416 m).
Circuito Annapurna 10º: Manang a Yak Kharka, Nepal

A Caminho das Terras (Mais) Altas dos Annapurnas

Após uma pausa de aclimatização na civilização quase urbana de Manang (3519 m), voltamos a progredir na ascensão para o zénite de Thorong La (5416 m). Nesse dia, atingimos o lugarejo de Yak Kharka, aos 4018 m, um bom ponto de partida para os acampamentos na base do grande desfiladeiro.
Circuito Annapurna 11º: Yak Karkha a Thorong Phedi, Nepal

A Chegada ao Sopé do Desfiladeiro

Num pouco mais de 6km, subimos dos 4018m aos 4450m, na base do desfiladeiro de Thorong La. Pelo caminho, questionamos se o que sentíamos seriam os primeiros problemas de Mal de Altitude. Nunca passou de falso alarme.
Bhaktapur, Nepal

As Máscaras Nepalesas da Vida

O povo indígena Newar do Vale de Katmandu atribui grande importância à religiosidade hindu e budista que os une uns aos outros e à Terra. De acordo, abençoa os seus ritos de passagem com danças newar de homens mascarados de divindades. Mesmo se há muito repetidas do nascimento à reencarnação, estas danças ancestrais não iludem a modernidade e começam a ver um fim.
Circuito Annapurna: 13º - High Camp a Thorong La a Muktinath, Nepal

No Auge do Circuito dos Annapurnas

Aos 5416m de altitude, o desfiladeiro de Thorong La é o grande desafio e o principal causador de ansiedade do itinerário. Depois de, em Outubro de 2014, ter vitimado 29 montanhistas, cruzá-lo em segurança gera um alívio digno de dupla celebração.
Circuito Annapurna 14º - Muktinath a Kagbeni, Nepal

Do Lado de Lá do Desfiladeiro

Após a travessia exigente de Thorong La, recuperamos na aldeia acolhedora de Muktinath. Na manhã seguinte, voltamos a descer. A caminho do antigo reino do Alto Mustang e da aldeia de Kagbeni que lhe serve de entrada.
Circuito Annapurna 15º - Kagbeni, Nepal

Às Portas do ex-Reino do Alto Mustang

Antes do século XII, Kagbeni já era uma encruzilhada de rotas comerciais na confluência de dois rios e duas cordilheiras em que os reis medievais cobravam impostos. Hoje, integra o famoso Circuito dos Annapurnas. Quando lá chegam, os caminhantes sabem que, mais acima, se esconde um domínio que, até 1992, proibia a entrada de forasteiros.
Circuito Annapurna 16º - Marpha, Nepal

Marpha e o Fim Antecipado do Circuito

Contados treze dias de caminhada desde a já longínqua Chame, chegamos a Marpha. Abrigada no sopé de uma encosta, na iminência do rio Gandaki, Marpha revela-se a derradeira povoação preservada e encantadora do percurso. O excesso de obras ao longo da via F042 que nos levaria de volta a Pokhara, faz-nos encurtar a segunda parte do Circuito Annapurna.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Skipper de uma das bangkas do Raymen Beach Resort durante uma pausa na navegação
Praia
Ilhas Guimaras  e  Ave Maria, Filipinas

Rumo à Ilha Ave Maria, Numas Filipinas Cheias de Graça

À descoberta do arquipélago de Visayas Ocidental, dedicamos um dia para viajar de Iloilo, ao longo do Noroeste de Guimaras. O périplo balnear por um dos incontáveis litorais imaculados das Filipinas, termina numa deslumbrante ilha Ave Maria.
O rio Zambeze, PN Mana Poools
Safari
Kanga Pan, Mana Pools NP, Zimbabwe

Um Manancial Perene de Vida Selvagem

Uma depressão situada a 15km para sudeste do rio Zambeze retém água e minerais durante toda a época seca do Zimbabué. A Kanga Pan, como é conhecida, nutre um dos ecossistemas mais prolíficos do imenso e deslumbrante Parque Nacional Mana Pools.
costa, fiorde, Seydisfjordur, Islandia
Arquitectura & Design
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Da Arte da Pesca à Pesca da Arte

Quando armadores de Reiquejavique compraram a frota pesqueira de Seydisfjordur, a povoação teve que se adaptar. Hoje, captura discípulos da arte de Dieter Roth e outras almas boémias e criativas.
Totems, aldeia de Botko, Malekula,Vanuatu
Aventura
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Canibalismo de Carne e Osso

Até ao início do século XX, os comedores de homens ainda se banqueteavam no arquipélago de Vanuatu. Na aldeia de Botko descobrimos porque os colonizadores europeus tanto receavam a ilha de Malekula.
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Introduzida, em 1819, por padres portugueses, a Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis agrega uma complexa rede de celebrações religiosas e pagãs. Dura mais de 20 dias, passados, em grande parte, sobre a sela.
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De viagem, de cima a baixo, pelas Pequenas Antilhas, o período natalício apanha-nos em Barbados e em Granada. Com as famílias do outro lado do oceano, ajustamo-nos ao calor e aos festejos balneares das Caraíbas.
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