Miami, Flórida, E.U.A.

A Porta de Entrada da América Latina


Céus Atlânticos
Emergência
10th Street
Stars & Stripes
A Esquina
The Biltmore
Cavalier
Estilo Cubano
Praia de Miami Beach
A Torre da Liberdade
Recifes das Boas Vindas
Selfie Beach
Skyline II
Arte Deco
the Carlysle
Miami All
A Marina
Miami Skyline
Não é só a localização privilegiada, entre um oceano exuberante e o verde dos Everglades, com a vastidão caribenha logo ali a sul. É o afago tropical, o do clima e o cultural e uma modernidade urbana exemplar. Cada vez mais em castelhano, num contexto latino-americano.

A travessia atlântica desde Lisboa demora as suas nove horas.

Passamos o tempo quase todo acima de água salgada e azulada. Com sorte, ainda na primeira metade do percurso, vislumbramos algumas ilhas açorianas. De Maio a fim de Outubro, em plena época dos furacões, o voo revela-se algo mais turbulento, nada que chegue a gerar apreensão.

Quase finda a rota em arco apontada à latitude do Trópico de Câncer, sobre o norte do arquipélago das Bahamas e na iminência da península da Flórida, a janela do avião emoldura uma inesperada compensação paisagística.

Numa zona deixada para trás por um furacão que se desfaz para norte, centenas de nuvenzinhas rasantes e etéreas pairam sobre o mar liso e translúcido.

As suas sombras parecem flutuar logo abaixo, em manchas abundantes que suplantam as de uns poucos retalhos de recife.

Progredimos para sudoeste.

Esses retalhos dão lugar a uma longa barreira, coberta por ondas de areia coralífera, tão alva que a superficialidade as tinge de ciano.

O sobrevoo mantem-nos nesse tom e num deslumbre absoluto por quinze minutos mais.

Até que passamos sobre uma verdadeira língua de terra, consolidada ao ponto de sustentar vegetação e edifícios.

Miami: Porta de Entrada da América Latina à Vista

É a badalada franja de Miami Beach.

Uma lagoa salpicada de ilhéus quase todos edificados, surge ligada à Flórida contígua por quatro ou cinco vias e pontes impostas à lagoa.

Pelo menos três delas conduzem ao núcleo da grande metrópole que tínhamos como destino final. Dita a direcção do vento que, para aterrar, ainda tivéssemos que entrar e dar voltas sobre os Everglades, a pradaria alagada que contem a cidade a oeste.

A aterragem e incursão no imenso aeroporto reforça o que já tínhamos constatado em visitas anteriores. Estamos a chegar aos Estados Unidos.

As gentes que processam a entrada e com que nos cruzamos têm quase todas visuais hispano-americanos. Conversam num espanhol suavizado pelo clima mais quente.

Quando nos abordam, têm dificuldade em concluir se somos ou não “como eles”. De acordo, mudam para o inglês com sotaque a que os obrigam os protocolos profissionais.

O predomínio linguístico que sentimos à chegada é sintoma de uma realidade mais abrangente. Nos E.U.A., só Nova Iorque acolhe mais visitantes anuais que Miami.

Se, como no nosso caso, lá desembarcam europeus e ainda mais norte-americanos, o grosso dos forasteiros provem da ampla metade sul das Américas, a que, como a Flórida, foi descoberta para o Novo Mundo pelos espanhóis e que se preservou hispânica.

A grande excepção desse universo, reside nos milhões de passageiros brasileiros, divididos entre turistas, trabalhadores imigrados e recém-convertidos em americanos.

O Protagonismo Cubano em Miami

Devido à proximidade e ao passado de êxodo intenso que se seguiu à tomada de poder de Fidel Castro, em 1959, os Cubanos são mais de 1.2 milhões. O facto de o mais famoso bairro cubano de Miami se denominar Little Havana prova-se ilusório.

Quase metade da população do Condado de Miami tem origem cubana. Os refugiados mais abastados voaram de Cuba assim que perceberam que a viragem Revolucionária-Comunista da ilha os condenaria. Ao longo das décadas, seguiram-nos muitos mais, como podiam, uns a bordo de aviões e grandes barcos.

Outros, os balseros, sobre jangadas improvisadas que, nalguns casos trágicos, os atraiçoaram.

Domino Park

O centro de dominó e de convívio onde confraternizam diariamente milhares de cubanos.

A Little Havana, com os seus bares, murais, casas de charutos e o parque Máximo Gomez em que os cubanos disputam partidas e torneios ruidosos de dominó, a discutirem as novidades desportivas e políticas da sua nova pátria, exibe o lado pitoresco da migração cubana.

Um pouco por todo o condado, destacam-se monumentos ao empreendedorismo destes recém-chegados.

Jorge Mas Santos nasceu já em Miami (em 1962), filho de imigrantes cubanos. É o presidente da MasTec, uma multinacional especializada em construção e infraestruturas, sediada em Coral Gables.

Mesmo se considerado bilionário, no incrível extracto do sucesso financeiro das gentes de Miami, não surge sequer no Top 10. Mesmo assim, a sua fortuna estimada em 1.3 mil milhões de dólares permitiu-lhe adquirir o clube de futebol Inter Miami e, em Julho de 2023, contratar por valores extraterrestres (leia-se entre 50 a 60 milhões anuais), a estrela argentina em decadência Lionel Messi.

Miami e os seus Outros Latino-Americanos

A outra grande comunidade latino-americana de Miami é a formada pelo sempre criativos porto-riquenhos, já mais de duzentos mil. Seguem-se os colombianos e os mexicanos. Nos últimos tempos, só Madrid se pode equiparar a Miami no acolhimento de hispano-americanos.

Ambas assimilam, sem pruridos, os investimentos imobiliários que lá realizam. Ambas oferecem em troca, vivências sofisticadas e cosmopolitas.

Em termos meteorológicos, a mácula do frio invernal de Madrid está a par do calor, humidade e furacões excessivos do Verão de Miami.

De tal maneira excessivos nos últimos tempos que as autoridades decidiram nomear um pioneiro Oficial Chefe para o Calor.

Ano após ano, chegado o Inverno do hemisfério norte, junta-se à comunidade latino-americana de Miami uma outra, por norma, sazonal. Compõe-na os reformados e nómadas digitais norte-americanos (americanos e canadianos) que se abrigam, em Miami, do Inverno enregelante do grande Norte.

Desde que a Venezuela tomou o mesmo caminho ideológico de Cuba, os venezuelanos chegam e instalam-se em número considerável, atraídos pelas possibilidades sem fim deste sul-abafado da Terra da Oportunidade.

Miami Beach, a Waterfront e a Miami Bay

À descoberta de Miami, deambulamos pelo domínio Art Deco de Miami Beach que as autoridades transformaram numa ilha com espaço para a arte, cultura, para um convívio multinacional mais saudável.

Apesar de já pouco parecer, a partir do que era um antro festivo pejado dos vícios combatidos na TV e na cidade pelas brigadas “Miami Vice” e, à sua maneira sanguinária, mais tarde, por “Dexter”.

Com o passar dos anos, esta maré evolutiva alastrou-se a outras partes de Miami. Inspirou outras cidades floridenses e de estados vizinhos a seguirem-lhe o exemplo.

Até o abandonado e degradado bairro de Wynwood deu lugar a uma vasta galeria de arte urbana. E, com essa metamorfose, as suas ruas e edifícios valorizaram-se sobremaneira no mercado imobiliário.

Wynwood Walls em Wynwood, Miami, Estados Unidos da América

O pórtico das Wynwood Walls sonhadas por Tony Goldman.

Exploramos a Miami Waterfront e a Miami Bay que se estende entre ambas.

Uma volta de barco guiada por estas águas represadas revela-nos – agora de baixo para cima – a prolífica skyline de Miami, formada por arranha-céus comedidos, exuberantes que baste.

Mais tarde, de uma das ilhas da baía, fecharíamos o dia a admirar como, com o arrebol, o seu perfil acinzentado se convertia num festival de luz, duas das suas pontes iluminadas de azul quase fluorescente.

Os incontáveis quadradinhos dourados dos arranha-céus reflectidos na água, a brilharem, contra o derradeiro azul-celeste.

Ainda de manhã, por detrás dos prédios e acima, uma frente de cumulus nimbuscarregados e azulados preparava-se para invadir a cidade, para sobre ela chover, relampejar e fazer os moradores suarem as estopinhas.

Se tivermos em conta a apetência da Flórida para atrair e sofrer com os furacões, eram todos males menores.

Little Haiti e a Génese Histórica de Miami

Noutros dias, embrenhamo-nos em bairros distintos, menos visitados da cidade, porque menos seguros e, sobretudo menos turísticos.

Em Little Haiti, encontramos uma congénere da Little Havana, bem mais afastada, para norte, do CBD da cidade.

Ali, na também denominada Lemon City, se concentrou boa parte dos haitianos, bahamianos e caribenhos de outras paragens, muitos deles, imigrantes ancestrais da cidade, chegados desde o início do século XX. Hoje, reunidos numa comunidade com predomínio afroamericano de quase 30 mil habitantes.

As gentes de Little Haiti moram numa expansão de pequenas vivendas térreas, em ruas com nomes franceses-crioulos. Constatamo-las, humildes, degradadas, mas, à imagem de Miami em geral, arejadas e refrescadas por uma camada arbórea generosa que a meteorologia irriga.

Em termos arquitectónicos, lá se destacam o edifício garrido do mercado e a estátua de homenagem a Toussaint L’Ouverture, o general negro que fez espoletar a Revolução Haitiana.

Diz-se que Miami é uma das poucas urbes dos Estados Unidos fundadas por uma mulher, no caso, Julia Tuttle, uma produtora de citrinos que, a braços com a necessidade de transportar os seus frutos, terá convencido um magnata de nome Henry Flagler a fazer o caminho de ferro que construía passar junto às suas terras.

Os carris fizeram valorizar as plantações e as propriedades. Num ápice, devido à migração, os moradores de Miami aumentaram de meros trezentos para muitos milhares. Entretanto, para cima de dois milhões.

O nome emblemático e sonoro que ostenta adveio do termo Mayami (grande água) que os nativos Calusa e Tequesta usavam para o actual lago Okeechobee e para a etnia Mayami que também habitava as suas margens.

Preserva o seu quê de irónico que, dois séculos decorridos desde que – dos conquistadores espanhóis ao exército dos E.U.A. – os invasores da América submeteram os nativos destas paragens, o Mundo parece dividir-se entre duas formas divergentes de proferir o nome da cidade: entre a original Mayami e a hispânica Míami.

Para Miami, pouca diferença faz. A cidade tem todo um mundo para seduzir e acolher.

 

 

COMO IR

Reserve o voo Lisboa – Miami (Flórida), Estados Unidos, com a TAP: flytap.com por a partir de 620€.

Florida Keys, E.U.A.

A Alpondra Caribenha dos E.U.A.

Os Estados Unidos continentais parecem encerrar-se, a sul, na sua caprichosa península da Flórida. Não se ficam por aí. Mais de cem ilhas de coral, areia e mangal formam uma excêntrica extensão tropical que há muito seduz os veraneantes norte-americanos.
Miami Beach, E.U.A.

A Praia de Todas as Vaidades

Poucos litorais concentram, ao mesmo tempo, tanto calor e exibições de fama, de riqueza e de glória. Situada no extremo sudeste dos E.U.A., Miami Beach tem acesso por seis pontes que a ligam ao resto da Florida. É parco para o número de almas que a desejam.
Parque Nacional Everglades, Flórida, E.U.A.

O Grande Rio Ervado da Flórida

Quem sobrevoa o sul do 27º estado espanta-se com a vastidão verde, lisa e ensopada que contrasta com os tons oceânicos em redor. Este ecossistema de pântano-pradaria único nos EUA abriga uma fauna prolífica dominada por 200 mil dos 1.25 milhões de jacarés da Flórida.
Little Havana, E.U.A.

A Pequena Havana dos Inconformados

Ao longo das décadas e até aos dias de hoje, milhares de cubanos cruzaram o estreito da Florida em busca da terra da liberdade e da oportunidade. Com os E.U.A. ali a meros 145 km, muitos não foram mais longe. A sua Little Havana de Miami é, hoje, o bairro mais emblemático da diáspora cubana.
Saint Augustine, Florida, E.U.A.

De Regresso aos Primórdios da Florida Hispânica

A disseminação de atracções turísticas de gosto questionável, torna-se superficial se tivermos em conta a profundidade histórica em questão. Estamos perante a cidade dos E.U.A. contíguos há mais tempo habitada. Desde que os exploradores espanhóis a fundaram, em 1565, que St. Augustine resiste a quase tudo.
Kennedy Space Center, Florida, Estados Unidos

A Rampa de Lançamento do Programa Espacial Americano

De viagem pela Flórida, desviamos da órbita programada. Apontamos ao litoral atlântico de Merrit Island e do Cabo Canaveral. Lá exploramos o Kennedy Space Center e acompanhamos um dos lançamentos com que a empresa Space X e os Estados Unidos agora almejam o Espaço.
Miami, E.U.A.

Uma Obra-Prima da Reabilitação Urbana

Na viragem para o século XXI, o bairro Wynwood mantinha-se repleto de fábricas e armazéns abandonados e grafitados. Tony Goldman, um investidor imobiliário astuto, comprou mais de 25 propriedades e fundou um parque mural. Muito mais que ali homenagear o grafiti, Goldman fundou o grande bastião da criatividade de Miami.
San Juan, Porto Rico

O Porto Rico e Muralhado de San Juan Bautista

San Juan é a segunda cidade colonial mais antiga das Américas, a seguir à vizinha dominicana de Santo Domingo. Entreposto pioneiro da rota que levava o ouro e a prata do Novo Mundo para Espanha, foi atacada vezes sem conta. As suas fortificações incríveis ainda protegem uma das capitais mais vivas e prodigiosas das Caraíbas.
Key West, E.U.A.

O Faroeste Tropical dos E.U.A.

Chegamos ao fim da Overseas Highway e ao derradeiro reduto das propagadas Florida Keys. Os Estados Unidos continentais entregam-se, aqui, a uma deslumbrante vastidão marinha esmeralda-turquesa. E a um devaneio meridional alentado por uma espécie de feitiço caribenho.
San Juan, Porto Rico (Parte 2)

Ao Ritmo do Reggaeton

Os porto-riquenhos irrequietos e inventivos fizeram de San Juan a capital mundial do reggaeton. Ao ritmo preferido da nação, encheram a sua “Cidade Muralhada” de outras artes, de cor e de vida.
Key West, Estados Unidos

O Recreio Caribenho de Hemingway

Efusivo como sempre, Ernest Hemingway qualificou Key West como “o melhor lugar em que tinha estado...”. Nos fundos tropicais dos E.U.A. contíguos, encontrou evasão e diversão tresloucada e alcoolizada. E a inspiração para escrever com intensidade a condizer.
Chã das Caldeiras, Ilha do Fogo Cabo Verde

Um Clã "Francês" à Mercê do Fogo

Em 1870, um conde nascido em Grenoble a caminho de um exílio brasileiro, fez escala em Cabo Verde onde as beldades nativas o prenderam à ilha do Fogo. Dois dos seus filhos instalaram-se em plena cratera do vulcão e lá continuaram a criar descendência. Nem a destruição causada pelas recentes erupções demove os prolíficos Montrond do “condado” que fundaram na Chã das Caldeiras.    
Passo do Lontra, Miranda, Brasil

O Brasil Alagado a um Passo da Lontra

Estamos no limiar oeste do Mato Grosso do Sul mas mato, por estes lados, é outra coisa. Numa extensão de quase 200.000 km2, o Brasil surge parcialmente submerso, por rios, riachos, lagoas e outras águas dispersas em vastas planícies de aluvião. Nem o calor ofegante da estação seca drena a vida e a biodiversidade de lugares e fazendas pantaneiras como a que nos acolheu às margens do rio Miranda.
Castro Laboreiro, Portugal  

Do Castro de Laboreiro à Raia da Serra Peneda - Gerês

Chegamos à (i) eminência da Galiza, a 1000m de altitude e até mais. Castro Laboreiro e as aldeias em redor impõem-se à monumentalidade granítica das serras e do Planalto da Peneda e de Laboreiro. Como o fazem as suas gentes resilientes que, entregues ora a Brandas ora a Inverneiras, ainda chamam casa a estas paragens deslumbrantes.
Grande Zimbabwe

Grande Zimbabué, Mistério sem Fim

Entre os séculos XI e XIV, povos Bantu ergueram aquela que se tornou a maior cidade medieval da África sub-saariana. De 1500 em diante, à passagem dos primeiros exploradores portugueses chegados de Moçambique, a cidade estava já em declínio. As suas ruínas que inspiraram o nome da actual nação zimbabweana encerram inúmeras questões por responder.  
Izamal, México

A Cidade Mexicana, Santa, Bela e Amarela

Até à chegada dos conquistadores espanhóis, Izamal era um polo de adoração do deus Maia supremo Itzamná e Kinich Kakmó, o do sol. Aos poucos, os invasores arrasaram as várias pirâmides dos nativos. No seu lugar, ergueram um grande convento franciscano e um prolífico casario colonial, com o mesmo tom solar em que a cidade hoje católica resplandece.
Cape Coast, Gana

O Festival da Divina Purificação

Reza a história que, em tempos, uma praga devastou a população da Cape Coast do actual Gana. Só as preces dos sobreviventes e a limpeza do mal levada a cabo pelos deuses terão posto cobro ao flagelo. Desde então, os nativos retribuem a bênção das 77 divindades da região tradicional Oguaa com o frenético festival Fetu Afahye.
Fish River Canyon, Namíbia

As Entranhas Namibianas de África

Quando nada o faz prever, uma vasta ravina fluvial esventra o extremo meridional da Namíbia. Com 160km de comprimento, 27km de largura e, a espaços, 550 metros de profundidade, o Fish River Canyon é o Grand Canyon de África. E um dos maiores desfiladeiros à face da Terra.
Tonga, Samoa Ocidental, Polinésia

Pacífico XXL

Durante séculos, os nativos das ilhas polinésias subsistiram da terra e do mar. Até que a intrusão das potências coloniais e a posterior introdução de peças de carne gordas, da fast-food e das bebidas açucaradas geraram uma praga de diabetes e de obesidade. Hoje, enquanto boa parte do PIB nacional de Tonga, de Samoa Ocidental e vizinhas é desperdiçado nesses “venenos ocidentais”, os pescadores mal conseguem vender o seu peixe.
Circuito Annapurna: 2º - Chame a Upper PisangNepal

(I)Eminentes Annapurnas

Despertamos em Chame, ainda abaixo dos 3000m. Lá  avistamos, pela primeira vez, os picos nevados e mais elevados dos Himalaias. De lá partimos para nova caminhada do Circuito Annapurna pelos sopés e encostas da grande cordilheira. Rumo a Upper Pisang.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Parque Nacional Amboseli, Monte Kilimanjaro, colina Normatior
Safari
PN Amboseli, Quénia

Uma Dádiva do Kilimanjaro

O primeiro europeu a aventurar-se nestas paragens masai ficou estupefacto com o que encontrou. E ainda hoje grandes manadas de elefantes e de outros herbívoros vagueiam ao sabor do pasto irrigado pela neve da maior montanha africana.
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 5º - Ngawal a BragaNepal

Rumo a Braga. A Nepalesa.

Passamos nova manhã de meteorologia gloriosa à descoberta de Ngawal. Segue-se um curto trajecto na direcção de Manang, a principal povoação no caminho para o zénite do circuito Annapurna. Ficamo-nos por Braga (Braka). A aldeola não tardaria a provar-se uma das suas mais inolvidáveis escalas.
Lençóis da Bahia, Diamantes Eternos, Brasil
Arquitectura & Design
Lençois da Bahia, Brasil

Lençois da Bahia: nem os Diamantes São Eternos

No século XIX, Lençóis tornou-se na maior fornecedora mundial de diamantes. Mas o comércio das gemas não durou o que se esperava. Hoje, a arquitectura colonial que herdou é o seu bem mais precioso.
Aventura
Viagens de Barco

Para Quem Só Enjoa de Navegar na Net

Embarque e deixe-se levar em viagens de barco imperdíveis como o arquipélago filipino de Bacuit e o mar gelado do Golfo finlandês de Bótnia.
Morione romano em tricycle, festival moriones, Marinduque, Filipinas
Cerimónias e Festividades
Marinduque, Filipinas

Quando os Romanos Invadem as Filipinas

Nem o Império do Oriente chegou tão longe. Na Semana Santa, milhares de centuriões apoderam-se de Marinduque. Ali, se reencenam os últimos dias de Longinus, um legionário convertido ao Cristianismo.
MAL(E)divas
Cidades
Malé, Maldivas

As Maldivas a Sério

Contemplada do ar, Malé, a capital das Maldivas, pouco mais parece que uma amostra de ilha atafulhada. Quem a visita, não encontra coqueiros deitados, praias de sonho, SPAs ou piscinas infinitas. Deslumbra-se com o dia-a-dia maldivano  genuíno que as brochuras turísticas omitem.
Comida
Comida do Mundo

Gastronomia Sem Fronteiras nem Preconceitos

Cada povo, suas receitas e iguarias. Em certos casos, as mesmas que deliciam nações inteiras repugnam muitas outras. Para quem viaja pelo mundo, o ingrediente mais importante é uma mente bem aberta.
Mar-de-Parra
Cultura
Mendoza, Argentina

Viagem por Mendoza, a Grande Província Enóloga Argentina

Os missionários espanhóis perceberam, no século XVI, que a zona estava talhada para a produção do “sangue de Cristo”. Hoje, a província de Mendoza está no centro da maior região enóloga da América Latina.
Espectador, Melbourne Cricket Ground-Rules footbal, Melbourne, Australia
Desporto
Melbourne, Austrália

O Futebol em que os Australianos Ditam as Regras

Apesar de praticado desde 1841, o Futebol Australiano só conquistou parte da grande ilha. A internacionalização nunca passou do papel, travada pela concorrência do râguebi e do futebol clássico.
Devils Marbles, Alice Springs a Darwin, Stuart hwy, Caminho do Top End
Em Viagem
Alice Springs a Darwin, Austrália

Estrada Stuart, a Caminho do Top End da Austrália

Do Red Centre ao Top End tropical, a estrada Stuart Highway percorre mais de 1.500km solitários através da Austrália. Nesse trajecto, o Território do Norte muda radicalmente de visual mas mantém-se fiel à sua alma rude.
Vista do John Ford Point, Monument Valley, Nacao Navajo, Estados Unidos
Étnico
Monument Valley, E.U.A.

Índios ou cowboys?

Realizadores de Westerns emblemáticos como John Ford imortalizaram aquele que é o maior território indígena dos Estados Unidos. Hoje, na Nação Navajo, os navajo também vivem na pele dos velhos inimigos.
Vista para ilha de Fa, Tonga, Última Monarquia da Polinésia
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sinais Exóticos de Vida

Jipe cruza Damaraland, Namíbia
História
Damaraland, Namíbia

Namíbia On the Rocks

Centenas de quilómetros para norte de Swakopmund, muitos mais das dunas emblemáticas de Sossuvlei, Damaraland acolhe desertos entrecortados por colinas de rochas avermelhadas, a maior montanha e a arte rupestre decana da jovem nação. Os colonos sul-africanos baptizaram esta região em função dos Damara, uma das etnias da Namíbia. Só estes e outros habitantes comprovam que fica na Terra.
Visitante arrisca a vida no cimo das colunas de basalto de Reynisfjara.
Ilhas
Sul da Islândia

Sul da Islândia vs Atlântico do Norte: uma Batalha Monumental

Vertentes de vulcões e fluxos de lava, glaciares e rios imensos, todos pendem e fluem do interior elevado da Terra do Fogo e Gelo para o oceano frígido e quase sempre irado. Por todas essas e tantas outras razões da Natureza, a Sudurland é a região mais disputada da Islândia.
Corrida de Renas , Kings Cup, Inari, Finlândia
Inverno Branco
Inari, Finlândia

A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
Almada Negreiros, Roça Saudade, São Tomé
Literatura
Saudade, São Tomé, São Tomé e Príncipe

Almada Negreiros: da Saudade à Eternidade

Almada Negreiros nasceu, em Abril de 1893, numa roça do interior de São Tomé. À descoberta das suas origens, estimamos que a exuberância luxuriante em que começou a crescer lhe tenha oxigenado a profícua criatividade.
kings canyon, Red centre, coracao, Australia
Natureza
Red Centre, Austrália

No Coração Partido da Austrália

O Red Centre abriga alguns dos monumentos naturais incontornáveis da Austrália. Impressiona-nos pela grandiosidade dos cenários mas também a incompatibilidade renovada das suas duas civilizações.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
PN Timanfaya, Montanhas de Fogo, Lanzarote, Caldera del Corazoncillo
Parques Naturais
PN Timanfaya, Lanzarote, Canárias

PN Timanfaya e as Montanhas de Fogo de Lanzarote

Entre 1730 e 1736, do nada, dezenas de vulcões de Lanzarote entraram em sucessivas erupções. A quantidade massiva de lava que libertaram soterrou várias povoações e forçou quase metade dos habitantes a emigrar. O legado deste cataclismo é o cenário marciano actual do exuberante PN Timanfaya.
Maksim, povo Sami, Inari, Finlandia-2
Património Mundial UNESCO
Inari, Finlândia

Os Guardiães da Europa Boreal

Há muito discriminado pelos colonos escandinavos, finlandeses e russos, o povo Sami recupera a sua autonomia e orgulha-se da sua nacionalidade.
Ooty, Tamil Nadu, cenário de Bollywood, Olhar de galã
Personagens
Ooty, Índia

No Cenário Quase Ideal de Bollywood

O conflito com o Paquistão e a ameaça do terrorismo tornaram as filmagens em Caxemira e Uttar Pradesh um drama. Em Ooty, constatamos como esta antiga estação colonial britânica assumia o protagonismo.
Cahuita, Costa Rica, Caribe, praia
Praias
Cahuita, Costa Rica

Um Regresso Adulto a Cahuita

Durante um périplo mochileiro pela Costa Rica, de 2003, deliciamo-nos com o aconchego caribenho de Cahuita. Em 2021, decorridos 18 anos, voltamos. Além de uma esperada, mas comedida modernização e hispanização do pueblo, pouco mais tinha mudado.
Caminhantes no trilho do Ice Lake, Circuito Annapurna, Nepal
Religião
Circuito Annapurna: 7º - Braga - Ice Lake, Nepal

Circuito Annapurna – A Aclimatização Dolorosa do Ice Lake

Na subida para o povoado de Ghyaru, tivemos uma primeira e inesperada mostra do quão extasiante se pode provar o Circuito Annapurna. Nove quilómetros depois, em Braga, pela necessidade de aclimatizarmos ascendemos dos 3.470m de Braga aos 4.600m do lago de Kicho Tal. Só sentimos algum esperado cansaço e o avolumar do deslumbre pela Cordilheira Annapurna.
Chepe Express, Ferrovia Chihuahua Al Pacifico
Sobre Carris
Creel a Los Mochis, México

Barrancas de Cobre, Caminho de Ferro

O relevo da Sierra Madre Occidental tornou o sonho um pesadelo de construção que durou seis décadas. Em 1961, por fim, o prodigioso Ferrocarril Chihuahua al Pacifico foi inaugurado. Os seus 643km cruzam alguns dos cenários mais dramáticos do México.
Sociedade
Militares

Defensores das Suas Pátrias

Mesmo em tempos de paz, detectamos militares por todo o lado. A postos, nas cidades, cumprem missões rotineiras que requerem rigor e paciência.
Vida Quotidiana
Profissões Árduas

O Pão que o Diabo Amassou

O trabalho é essencial à maior parte das vidas. Mas, certos trabalhos impõem um grau de esforço, monotonia ou perigosidade de que só alguns eleitos estão à altura.
Barco e timoneiro, Cayo Los Pájaros, Los Haitises, República Dominicana
Vida Selvagem
Península de Samaná, PN Los Haitises, República Dominicana

Da Península de Samaná aos Haitises Dominicanos

No recanto nordeste da República Dominicana, onde a natureza caribenha ainda triunfa, enfrentamos um Atlântico bem mais vigoroso que o esperado nestas paragens. Lá cavalgamos em regime comunitário até à famosa cascata Limón, cruzamos a baía de Samaná e nos embrenhamos na “terra das montanhas” remota e exuberante que a encerra.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.