Atchafalaya Basin, Luisiana, E.U.A.  

O Grande Pântano do Sul Americano Profundo


Auto-Estrada Elevada
Auto-estrada elevada, acima do Lake Fausse, Atchafalaya, Luisiana
Captain Caviar
John Burke, mais conhecido como Captain Caviar, exibe jacintos no pântano do Atchafalaya
O dique de Berwick
Dique de Berwick, rio Atchafalaya e pântano, Luisiana
Edifício Lacustre
Casa flutuante, bacia do Atchafalaya, Luisiana
Canal Reflectivo
Ciprestes acima de um bayou, Pântano do Atchafalaya, Luisiana
Jacaré em Patrulha
Jacaré, Lake Fausse, Atchafalaya, Luisiana
Barbas de Velho
Barbas de velho num pântano do Atchafalaya
Raízes e Rebentos do Bayou
Raízes de ciprestes, rio Atchafalaya, e pântano, Luisiana
Ilha de Ciprestes
Ilha de ciprestes, Flat Lake, rio Atchafalaya e pântano, Luisiana
Íbis-Negro
Íbis-negro sobre rebento de cipreste, rio Atchafalaya, pântano, Luisiana
Linhas do Progresso
Rede abastecimento eléctrico, Lake Fausse, Luisiana
A Floresta Alagada
Árvores alagadas pela bacia do rio Atchafalaya, e pântano
Poema Fantasmagórico
Placa com poema, rio e pântano Atchafalaya, na zona de Berwick
Brilhos do Pântano
Rio Atchafalaya e pântano sol atrás de ciprestes
Duo Íbis
Ibis sobre cipreste, rio Atchafalaya e pântano, Luisiana.
Cipreste em Fogo
Ocaso no Flat Lake, Luisiana
Sombras do Atchafalaya
Floresta de ciprestes, com o pôr-do-sol a ocidente, Atchafalaya
Por alguma razão os indígenas o tratavam por “rio longo”. A determinado ponto, o Atchafalaya espraia-se num pântano feito de lagoas ligadas por canais, salpicadas de ciprestes, carvalhos e tupelos. Exploramo-lo, entre Lafayette e Morgan, Luisiana, no caminho para a sua foz do Golfo do México.

Por fim, após muitos mais dias do que tínhamos previsto, mudamo-nos de New Orleans para a Cajun Coast a sudoeste.

A viagem até às imediações de Morgan City demora 1h30.

Cumprimo-la por auto-estradas peculiares, erguidas acima de zonas alagadas que, ora seguem paralelas, ora cruzam rios, canais, bayous (braços de rio, rios secundários e pantanosos), lagos, reservatórios e outros.

Uma montra da miríade de corpos de água que mantêm o sul do Luisiana num óbvio estado anfíbio.

Auto-estrada elevada, acima do Lake Fausse

Um pouco antes das cinco da tarde, chegamos a uma propriedade sobre a margem de um bayou conhecido por Teche.

O Anfitrião do Atchafalaya Captain Caviar

Vanessa, a anfitriã da região de Morgan apresenta-nos a John Burke, o fundador, timoneiro e guia da Captain Caviar Swamp Tours, uma empresa que, mesmo “one man show”, tinha conquistado uma notoriedade invejável.

Como o seu cognome deixa perceber, John criou-a na sequência de outro negócio inusitado, a comercialização de caviar obtido da amia, um peixe nativo cujas ovas são comparáveis às do caviar consumido na Rússia e restante Europa.

Era suposto John conduzir-nos, de barco, pelo pantanal da bacia do rio Atchafalaya, a partir do embarcadouro do seu lar e base de operações. Findas as saudações, propõe-nos actividades com que não contávamos. “Sabem outra coisa? A minha mãe vive numa casa grande e antiga, próxima da minha. Apareceu-lhe um fantasma, na cozinha.

Além disso, um sacerdote vudu detectou três espíritos pendurados de uma árvore logo em frente.” A sugestão vinha na senda de várias abordagens e incursões ao mundo paranormal, estreadas em New Orleans, entre as quais, um périplo nocturno pelos cemitérios da Big Easy. Haveria de se repetir em quase todos os lugares que cobrimos no Luisiana.

Ali, onde nos encontrávamos, interessava-nos, sobretudo, a Natureza invulgar e intimidante que nos envolvia. Só que o paranormal tornou-se uma fonte de popularidade e de lucro quase obrigatória para quem trabalha em turismo no Pelican State.

Parecia custar, a John, o desprezo que mostrávamos pelas atracções fantasmagóricas que sugeria. John Burke opta, assim, por nos confrontar com alguns dos títulos da TV americana que lhes tinham dedicado programas, episódios e afins.

O próprio Captain Caviar marca presença no episódio “Blue Shirt of Idlewild”, de “Ghosts of Morgan City”, uma série do género fantástico que se apresenta com a seguinte sinopse: “depois de um pico de chamadas de emergência pouco usuais em Morgan City, o edil da cidade e o chefe da polícia local recrutam uma equipa de peritos no paranormal para investigarem a bizarra actividade sobrenatural”.

Num plano mais mundano, Captain Caviar acolheu ainda Troy Landry, vedeta protagonista da série “Swamp People” recorrente, pelo menos, no canal História e em português. Era outro tipo de programa que estava longe de nos seduzir.

À Descoberta da Bacia e Pântano do Atchafalaya

Com o sol a descer no horizonte e um território extenso por explorar, o Captain Caviar anui. Embarcamos e zarpamos em três tempos.

John Burke, mais conhecido como Captain Caviar, exibe jacintos

Primeiro, para o bayou Teche. Logo, para o prolongamento do Baixo Atchafalaya, o curso original do rio, desviado para segurança das povoações que cresceram nas suas margens.

Neste percurso, a margem direita contrasta com a oposta.

A do quartel-general do Captain Caviar, revela-se desenvolvida, pejada de mansões ribeirinhas com grandes quintais, ou fazendas diminutas servidas por pontões e embarcadouros.

Casa flutuante, bacia do Atchafalaya, Luisiana

Assim se sucedem Bayou Vista, Glenwild e Berwick, uma cidade separada de Morgan City pelo Atchafalaya, todas povoações que se orgulham do seu passado e história.

O Passado Indígena e Colonial da Região

Berwick, em particular, honra Thomas Berwick, o primeiro colono branco a desbravar estas paragens, no final do século XVIII, numa altura em que as dominavam os nativos Chitimacha (traduzível como povo das muitas águas), hoje, concentrados numa reserva índia situada nos seus domínios originais de Bayou Chene, para montante do rio e pântano Atchafalaya.

A exclusividade dos Chitimacha e, a sul, da tribo Atakapa terminou por volta de 1755. Então, os Britânicos triunfaram sobre os franceses no cimo das Américas. Expulsaram os seus colonos da imensa Acádia, hoje, integrante do Canadá.

No término de uma deambulação que ficou conhecida como “Le Grand Derangement”, alguns sobreviventes acadianos chegaram a este sul profundo dos Estados Unidos, entretanto dominado pelos franceses. Malgrado a inospitalidade pantanosa da região, lograram formas de subsistência.

Árvores alagadas pela bacia do rio e pântano Atchafalaya

Abriram caminho a muitos mais recém-chegados, os ancestrais da vasta comunidade cajun  dos Estados Unidos.

Os Canais, os Bayous e o Pântano Atchafalaya sem Fim

Atingimos o dique que separa o Baixo Atchafalaya do caudal principal do rio.

É um de centenas que as autoridades do Luisiana ergueram para controlarem o nível do caudal, o fluxo da água e de espécies, na bacia do Atchafalaya, considerada o maior pantanal dos Estados Unidos.

John Burke recebe autorização para cruzarmos o dique. Sulcamos um tapete de jacintos aquáticos, invasivos, como o são em tantas outras áreas alagadas à face da Terra.

Do lado de lá, vislumbramos a ponte que liga Morgan City a Berwick.

Dique de Berwick, rio Atchafalaya

Flectimos para norte, para um meandro em que o rio flui entre ilhas encharcadas, a Morgan, a Little, outras.

Temos uma vista mais abrangente da flora e da fauna peculiares da bacia e pântano do Atchafalaya.

Íbis-negro sobre rebento de cipreste.

É, todavia, quando o Captain Caviar nos mete por canais e bayous derivados e nos aponta ao Duck Lake, que os cenários se aproximam, definem e nos impressionam sem apelo.

Até então, certas zonas desvelavam a mácula de milhares de cepos de cedros e carvalhos.

Rede abastecimento eléctrico, Lake Fausse

Os Cepos Seculares, Máculas do Pântano Atchafalaya

Integram um legado mais complexo da exploração madeireira que sustentou a expansão dos colonos no Sul Profundo dos E.U.A., devido à sua inacessibilidade aquática e selvagem, tardia na região, onde só se intensificou no final do século XX.

Por volta de 1920, os colonos tinham já arrasado as florestas mais próximas e rentáveis.

A diminuição da procura e os primeiros esforços de protecção ambiental ditaram o fim abrupto do corte de árvores.

Ciprestes acima de um bayou

Subsistem, assim, bolsas consideráveis de floresta húmida anciã, misteriosa e opressiva na sua densidade e antiguidade.

Uma placa com que nos cruzamos traduz, em rima, o misticismo daquele pantanal.

Parece justificar os programas de TV dedicados ao seu alegado sobrenatural:

Ghosts are around and maybe a Vampire. Especially with fog on the Lower Atchafalaya”.

Placa com poema, rio e pântano Atchafalaya, na zona de Berwick

Navegamos sob cortinas de barbas-de-velho, ondulantes e reluzentes.

Na iminência de rebentos de ciprestes que despontam junto aos troncos sulcados dos espécimes adultos.

Raízes de ciprestes, rio Atchafalaya,

Os nativos de ascendência cajun chamam-lhes knees (joelhos).

Na ausência de vento, esses rebentos, contribuem para um reflexo aquático que duplica a excentricidade e beleza da paisagem.

Bandos de íbis-pretos, águias-pesqueiras e jacarés de olhos lampejantes são as provas mais óbvias de uma vida animal furtiva, mas prolífica.

Jacaré, Lake Fausse, Atchafalaya

Por essa altura, já tínhamos percebido o quão raras eram as gentes do sul do Luisiana conformadas com a mera realidade natural.

John Burke faz questão de o recordar. “Isto, à medida que escurece, fica mais assustador.

O Fenómeno do Rougarou e as Filmagens Inaugurais do Tarzan

Nunca se sabe quando aparece um rougarou”. John Burke confirma que nos intrigamos. E rejubila.

Na génese colonial e acadiana do 18º estado dos E.U.A., a criatura selvagem e mítica é descrita como tendo cabeça de lobo ou de cão e corpo humano, algo em jeito de lobisomem. John Burke introduz-nos, todavia, a uma inesperada variante.

“Vocês sabem que, em 1917, vieram para cá filmar o primeiro “Tarzan dos Macacos” ? (n. do A. – baseado na obra de Edgar Rice Burroughs).

Imaginem a aventura que não foi, aqui no meio dos jacarés, com malária por todos os lados… Pois, diz-se que deixaram fugir chimpanzés, que eles se adaptaram a esta selva e se transformaram em monstros.”

Barbas de velho num pântano do Atchafalaya

Imaginamos, então, rougarous amacacados, em vez de lobisomens, a surgirem detrás da floresta sombria e dos véus de barbas-de-velho.

Com o sol a sumir-se para oeste da floresta alagada, sob o pretexto da dificuldade de navegação e sem intenção de arriscar encontros com rougarous, John tira-nos dali para fora.

Ao longo de uma tal de Dog Island Pass, para o cenário de novo amplo e aberto do Flat Lake que nos permitiria apreciar o ocaso, detrás de “ilhas” de ciprestes providenciais.

Pedimos ao Captain Caviar alguma paciência extra.

Que avançasse e recuasse, em função da nossa busca de determinados enquadramentos.

Aperfeiçoamo-los até os considerarmos meritórios daquele lugar inolvidável.

Floresta de ciprestes, com o pôr-do-sol a ocidente, Atchafalaya

O escurecer dita uma retirada tardia mas estimulante.

Esperavam-nos, afinal, Baton Rouge, a capital do Luisiana. Morgan City e todo um intrigante domínio cajun-acadiano.

 

COMO IR

Reserve o voo Lisboa – Miami (Flórida), Estados Unidos, com a TAP: flytap.com por a partir de 820€. De Miami, poderá cumprir a ligação para Lafayette (2h) por, a partir de 150€, ida-e-volta.

Reserve as suas actividades na Bacia e pântano do Atchafalaya com a Captain Caviar Swamp Tours: captaincaviar.com;

Whats App: +1 98 599 25 383[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row]

Florida Keys, E.U.A.

A Alpondra Caribenha dos E.U.A.

Os Estados Unidos continentais parecem encerrar-se, a sul, na sua caprichosa península da Flórida. Não se ficam por aí. Mais de cem ilhas de coral, areia e mangal formam uma excêntrica extensão tropical que há muito seduz os veraneantes norte-americanos.
Miami, E.U.A.

Uma Obra-Prima da Reabilitação Urbana

Na viragem para o século XXI, o bairro Wynwood mantinha-se repleto de fábricas e armazéns abandonados e grafitados. Tony Goldman, um investidor imobiliário astuto, comprou mais de 25 propriedades e fundou um parque mural. Muito mais que ali homenagear o grafiti, Goldman fundou o grande bastião da criatividade de Miami.
Tombstone, E.U.A.

Tombstone: a Cidade Demasiado Dura para Morrer

Filões de prata descobertos no fim do século XIX fizeram de Tombstone um centro mineiro próspero e conflituoso na fronteira dos Estados Unidos com o México. Lawrence Kasdan, Kurt Russel, Kevin Costner e outros realizadores e actores hollywoodescos tornaram famosos os irmãos Earp e o duelo sanguinário de “O.K. Corral”. A Tombstone que, ao longo dos tempos tantas vidas reclamou, está para durar.
Miami Beach, E.U.A.

A Praia de Todas as Vaidades

Poucos litorais concentram, ao mesmo tempo, tanto calor e exibições de fama, de riqueza e de glória. Situada no extremo sudeste dos E.U.A., Miami Beach tem acesso por seis pontes que a ligam ao resto da Florida. É parco para o número de almas que a desejam.
Little Havana, E.U.A.

A Pequena Havana dos Inconformados

Ao longo das décadas e até aos dias de hoje, milhares de cubanos cruzaram o estreito da Florida em busca da terra da liberdade e da oportunidade. Com os E.U.A. ali a meros 145 km, muitos não foram mais longe. A sua Little Havana de Miami é, hoje, o bairro mais emblemático da diáspora cubana.
Grand Canyon, E.U.A.

Viagem pela América do Norte Abismal

O rio Colorado e tributários começaram a fluir no planalto homónimo há 17 milhões de anos e expuseram metade do passado geológico da Terra. Também esculpiram uma das suas mais deslumbrantes entranhas.
Monte Denali, Alasca

O Tecto Sagrado da América do Norte

Os indígenas Athabascan chamaram-no Denali, ou o Grande e reverenciam a sua altivez. Esta montanha deslumbrante suscitou a cobiça dos montanhistas e uma longa sucessão de ascensões recordistas.
Juneau, Alasca

A Pequena Capital do Grande Alasca

De Junho a Agosto, Juneau desaparece por detrás dos navios de cruzeiro que atracam na sua doca-marginal. Ainda assim, é nesta pequena capital que se decidem os destinos do 49º estado norte-americano.
Monument Valley, E.U.A.

Índios ou cowboys?

Realizadores de Westerns emblemáticos como John Ford imortalizaram aquele que é o maior território indígena dos Estados Unidos. Hoje, na Nação Navajo, os navajo também vivem na pele dos velhos inimigos.
Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Las Vegas, E.U.A.

Onde o Pecado tem Sempre Perdão

Projectada do Deserto Mojave como uma miragem de néon, a capital norte-americana do jogo e do espectáculo é vivida como uma aposta no escuro. Exuberante e viciante, Vegas nem aprende nem se arrepende.
Navajo Nation, E.U.A.

Por Terras da Nação Navajo

De Kayenta a Page, com passagem pelo Marble Canyon, exploramos o sul do Planalto do Colorado. Dramáticos e desérticos, os cenários deste domínio indígena recortado no Arizona revelam-se esplendorosos.
Vale da Morte, E.U.A.

O Ressuscitar do Lugar Mais Quente

Desde 1921 que Al Aziziyah, na Líbia, era considerado o lugar mais quente do Planeta. Mas a polémica em redor dos 58º ali medidos fez com que, 99 anos depois, o título fosse devolvido ao Vale da Morte.
São Francisco, E.U.A.

Cable Cars de São Francisco: uma Vida aos Altos e Baixos

Um acidente macabro com uma carroça inspirou a saga dos cable cars de São Francisco. Hoje, estas relíquias funcionam como uma operação de charme da cidade do nevoeiro mas também têm os seus riscos.
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Mauna Kea: um Vulcão de Olho no Espaço

O tecto do Havai era interdito aos nativos por abrigar divindades benevolentes. Mas, a partir de 1968 várias nações sacrificaram a paz dos deuses e ergueram a maior estação astronómica à face da Terra
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O Dia em que o Japão foi Longe Demais

Em 7 de Dezembro de 1941, o Japão atacou a base militar de Pearl Harbor. Hoje, partes do Havai parecem colónias nipónicas mas os EUA nunca esquecerão a afronta.
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Nos Passos do Grizzly Man

Timothy Treadwell conviveu Verões a fio com os ursos de Katmai. Em viagem pelo Alasca, seguimos alguns dos seus trilhos mas, ao contrário do protector tresloucado da espécie, nunca fomos longe demais.
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Em 1989, o petroleiro Exxon Valdez provocou um enorme desastre ambientai. A embarcação deixou de sulcar os mares mas a cidade vitimada que lhe deu o nome continua no rumo do crude do oceano Árctico.
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Uma Variante da Febre do Ouro do Klondike

A última grande febre do ouro norte-americana passou há muito. Hoje em dia, centenas de cruzeiros despejam, todos os Verões, milhares de visitantes endinheirados nas ruas repletas de lojas de Skagway.
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Órfãos do Verão do Amor

O inconformismo e a criatividade ainda estão presentes no antigo bairro Flower Power. Mas, quase 50 anos depois, a geração hippie deu lugar a uma juventude sem-abrigo, descontrolada e até agressiva.
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Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Skipper de uma das bangkas do Raymen Beach Resort durante uma pausa na navegação
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savuti, botswana, leões comedores de elefantes
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Um retalho do deserto do Kalahari seca ou é irrigado consoante caprichos tectónicos da região. No Savuti, os leões habituaram-se a depender deles próprios e predam os maiores animais da savana.
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Marpha e o Fim Antecipado do Circuito

Contados treze dias de caminhada desde a já longínqua Chame, chegamos a Marpha. Abrigada no sopé de uma encosta, na iminência do rio Gandaki, Marpha revela-se a derradeira povoação preservada e encantadora do percurso. O excesso de obras ao longo da via F042 que nos levaria de volta a Pokhara, faz-nos encurtar a segunda parte do Circuito Annapurna.
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Brasília: da Utopia à Capital e Arena Política do Brasil

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Um Lobo Pouco Solitário

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Com boa parte do território acima do Círculo Polar Árctico, os finlandeses respondem ao clima com soluções eficientes e uma obsessão pela arte, pela estética e pelo modernismo inspirada na vizinha Escandinávia.
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O Mercado de Peixe que Perdeu a Frescura

Num ano, cada japonês come mais que o seu peso em peixe e marisco. Desde 1935, que uma parte considerável era processada e vendida no maior mercado piscícola do mundo. Tsukiji foi encerrado em Outubro de 2018, e substituído pelo de Toyosu.
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No Cenário Quase Ideal de Bollywood

O conflito com o Paquistão e a ameaça do terrorismo tornaram as filmagens em Caxemira e Uttar Pradesh um drama. Em Ooty, constatamos como esta antiga estação colonial britânica assumia o protagonismo.
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Quatro dias de caminhada depois, dormimos aos 3.519 metros de Braga (Braka). À chegada, apenas o nome nos é familiar. Confrontados com o encanto místico da povoação, disposta em redor de um dos mosteiros budistas mais antigos e reverenciados do circuito Annapurna, lá prolongamos a aclimatização com subida ao Ice Lake (4620m).
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Numa altura em que a conquista do vizinho do sistema solar se tornou uma obsessão, uma secção do leste do Deserto do Sahara abriga um vasto cenário afim. Em vez dos 150 a 300 dias que se calculam necessários para atingir Marte, descolamos do Cairo e, em pouco mais de três horas, damos os primeiros passos no Oásis de Bahariya. Em redor, quase tudo nos faz sentir sobre o ansiado Planeta Vermelho.
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O Terreno e o Celestial

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Uma Pólis nos Pirinéus Sul-Americanos

Minas de Nossa Senhora do Rosário da Meia Ponte foi erguida por bandeirantes portugueses, no auge do Ciclo do Ouro. Por saudosismo, emigrantes provavelmente catalães chamaram à serra em redor de Pireneus. Em 1890, já numa era de independência e de incontáveis helenizações das suas urbes, os brasileiros baptizaram esta cidade colonial de Pirenópolis.
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Ilha do Pico: o Vulcão dos Açores com o Atlântico aos Pés

Por um mero capricho vulcânico, o mais jovem retalho açoriano projecta-se no apogeu de rocha e lava do território português. A ilha do Pico abriga a sua montanha mais elevada e aguçada. Mas não só. É um testemunho da resiliência e do engenho dos açorianos que domaram esta deslumbrante ilha e o oceano em redor.
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Inverno Branco
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Neve sem Fim na Ilha do Fogo

Quando, a meio de Maio, a Islândia já conta com o aconchego do sol mas o frio mas o frio e a neve perduram, os habitantes cedem a uma fascinante ansiedade estival.
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Literatura
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A Jangada de Basalto de José Saramago

Em 1993, frustrado pela desconsideração do governo português da sua obra “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”, Saramago mudou-se com a esposa Pilar del Río para Lanzarote. De regresso a esta ilha canária algo extraterrestre, reencontramos o seu lar. E o refúgio da censura a que o escritor se viu votado.
Cumbre Vieja, La Palma, erupção, Tsunami,Um Apocalipse Televisionado
Natureza
La Palma, CanáriasEspanha

O Mais Mediático dos Cataclismos por Acontecer

A BBC divulgou que o colapso de uma vertente vulcânica da ilha de La Palma podia gerar um mega-tsunami. Sempre que a actividade vulcânica da zona aumenta, os media aproveitam para apavorar o Mundo.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Maria Jacarés, Pantanal Brasil
Parques Naturais
Miranda, Brasil

Maria dos Jacarés: o Pantanal abriga criaturas assim

Eurides Fátima de Barros nasceu no interior da região de Miranda. Há 38 anos, instalou-se e a um pequeno negócio à beira da BR262 que atravessa o Pantanal e ganhou afinidade com os jacarés que viviam à sua porta. Desgostosa por, em tempos, as criaturas ali serem abatidas, passou a tomar conta delas. Hoje conhecida por Maria dos Jacarés, deu nome de jogador ou treinador de futebol a cada um dos bichos. Também garante que reconhecem os seus chamamentos.
Mtshketa, Cidade Santa da Geórgia, Cáucaso, Catedral de Svetitskhoveli
Património Mundial UNESCO
Mtskheta, Geórgia

A Cidade Santa da Geórgia

Se Tbilissi é a capital contemporânea, Mtskheta foi a cidade que oficializou o Cristianismo no reino da Ibéria predecessor da Geórgia, e uma das que difundiu a religião pelo Cáucaso. Quem a visita, constata como, decorridos quase dois milénios, é o Cristianismo que lá rege a vida.
Mascarado de Zorro em exibição num jantar da Pousada Hacienda del Hidalgo, El Fuerte, Sinaloa, México
Personagens
El Fuerte, Sinaloa, México

O Berço de Zorro

El Fuerte é uma cidade colonial do estado mexicano de Sinaloa. Na sua história, estará registado o nascimento de Don Diego de La Vega, diz-se que numa mansão da povoação. Na sua luta contra as injustiças do jugo espanhol, Don Diego transformava-se num mascarado esquivo. Em El Fuerte, o lendário “El Zorro” terá sempre lugar.
Sesimbra, Vila, Portugal, Vista do alto
Praias
Sesimbra, Portugal

Uma Vila Tocada por Midas

Não são só a Praia da Califórnia e a do Ouro que a encerram a sul. Abrigada das fúrias do ocidente atlântico, prendada com outras enseadas imaculadas e dotada de fortificações seculares, Sesimbra é, hoje, um porto de abrigo piscatório e balnear precioso.
Queima de preces, Festival de Ohitaki, templo de fushimi, quioto, japao
Religião
Quioto, Japão

Uma Fé Combustível

Durante a celebração xintoísta de Ohitaki são reunidas no templo de Fushimi preces inscritas em tabuínhas pelos fiéis nipónicos. Ali, enquanto é consumida por enormes fogueiras, a sua crença renova-se.
Chepe Express, Ferrovia Chihuahua Al Pacifico
Sobre Carris
Creel a Los Mochis, México

Barrancas de Cobre, Caminho de Ferro

O relevo da Sierra Madre Occidental tornou o sonho um pesadelo de construção que durou seis décadas. Em 1961, por fim, o prodigioso Ferrocarril Chihuahua al Pacifico foi inaugurado. Os seus 643km cruzam alguns dos cenários mais dramáticos do México.
Gatis de Tóquio, Japão, clientes e gato sphynx
Sociedade
Tóquio, Japão

Ronronares Descartáveis

Tóquio é a maior das metrópoles mas, nos seus apartamentos exíguos, não há lugar para mascotes. Empresários nipónicos detectaram a lacuna e lançaram "gatis" em que os afectos felinos se pagam à hora.
Vida Quotidiana
Profissões Árduas

O Pão que o Diabo Amassou

O trabalho é essencial à maior parte das vidas. Mas, certos trabalhos impõem um grau de esforço, monotonia ou perigosidade de que só alguns eleitos estão à altura.
Ponte de Ross, Tasmânia, Austrália
Vida Selvagem
À Descoberta de Tassie, Parte 3, Tasmânia, Austrália

Tasmânia de Alto a Baixo

Há muito a vítima predilecta das anedotas australianas, a Tasmânia nunca perdeu o orgulho no jeito aussie mais rude ser. Tassie mantém-se envolta em mistério e misticismo numa espécie de traseiras dos antípodas. Neste artigo, narramos o percurso peculiar de Hobart, a capital instalada no sul improvável da ilha até à costa norte, a virada ao continente australiano.
Pleno Dog Mushing
Voos Panorâmicos
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.