Homer a Whittier, Alasca

Em Busca da Furtiva Whittier


Alasca do Ar
Vista das montanhas alasquenses a partir de um avião.
Anchor Inn
Um pequeno hotel de Whittier.
O Bunker Buckner
O edifício em forma de bunker de Buckner
Cemitério Ninilchik
Cemitério de Ninilchik, um povoação alasquense com origem russa.
Sucata
Sucata automóvel em frente ao Buckner Building,
Rio Kasilof abaixo
Navegação do rio Kasilof, em plena época do salmão.
Matrona Oskolkoff
Pormenor de sepultura no cemitério de Ninichik.
América com origem Russa
Bandeiras norte-americanas destacam-se no cemitério de Ninichik.
As Torres Begich
Os edifícios que abrigam quase toda a população de Whittier.
As Facas de Walt & Connie
Loja de facas Walt & Connie, à beira da estrada.
Igreja da Transfiguração do Senhor
Pequena Igreja ortodoxa de Ninilchik.
Deixamos Homer, à procura de Whittier, um refúgio erguido na 2ª Guerra Mundial e que abriga duzentas e poucas pessoas, quase todas num único edifício.

Despertamos tarde. Partimos a más horas decididos a parar sempre que o justificasse o caminho.

Passamos ao largo de Nikolaevsk. Interrompemos a viagem, pela primeira vez, em Ninilchik, uma povoação fundada por colonos russos, em 1820, quarenta e sete anos antes dos seus governantes terem vendido o Alasca aos Estados Unidos por 7.2 milhões de dólares num dos negócios mais desastrosos feitos pelo país dos Czares.

Pouco tempo depois da transacção, os exploradores norte-americanos descobriram ouro em várias partes do estado. Bastaram alguns anos para a riqueza extraída pelos americanos dos filões e rios do estado suplantar o valor despendido.

Após a passagem do vasto território para a posse dos americanos, nem todos os russos partiram. Os que ficaram, preservam boa parte da sua cultura.

Alasca, de Homer em Busca de Whittier

Vista das montanhas alasquenses a partir de um avião.

Famílias inteiras partilham chá de grandes samovares seculares, guardam fatos tradicionais russos em que posam para fotografias memoráveis, junto de grandes matrioskas coloridas.

A sua fé cristã, é Ortodoxa, claro está. Como o são as suas várias igrejas de madeira com cruzes de oito braços, decoradas com painéis dourados-coloridos dos santos que a comunidade louva.

Transfiguration of Our Lord Church, Ninilchik, Alasca, de Homer em Busca de Whittier

Pequena Igreja ortodoxa de Ninilchik.

Desviamo-nos da Sterling Highway em busca da igreja russa local. Encontramo-la na imediação de uma falésia, virada para o mar e cercada por uma vedação branca, de madeira.

Mais que a religiosidade, impressiona o significado histórico da visão.

Cemitério de Ninilchik, Alasca, de Homer em Busca de Whittier

Cemitério de Ninilchik, um povoação alasquense com origem russa.

Malgrado a arquitectura eslava do edifício principal, num pequeno cemitério subsumido entre a vegetação, misturam-se cruzes ortodoxas com católicas, estas, acompanhadas de bandeiras dos Estados Unidos da América.

Como ali se provava, a convivência de habitantes das duas nações verificou-se durante bastante tempo.

E assim continua muito depois da retirada diplomática da Rússia. É, este, aliás, um dos aspectos mais fascinantes da vida do sul do Alasca.

Os Rios de Salmões que Irrigam o Alasca em Tempos Russo

Prosseguimos para norte. Passamos por outras localidades de origem russa como a pequena, quase imperceptível Kasilof, baptizada segundo o rio que por ali passa e desagua mais à frente.

Em Junho e Julho, um exército de pescadores oriundos das redondezas e de outras partes mais longínquas do Alasca reúnem-se de ambas as margens. Enquanto a migração dos cardumes o permite, competem entre eles e com as águias pesqueiras e pigarros pelos espécimes de salmão, mais acessíveis que nunca sobre os baixios em que o rio se espraia.

Ali, os salmões ainda vão no início de uma viagem fluvial que, a completar-se, os levaria bem mais a montante do Kasilof, quem sabe se até ao grandioso lago Tustumena.

Rio Kasilof, Alasca, de Homer em Busca de Whittier

Navegação do rio Kasilof, em plena época do salmão.

Por estes lados, a paisagem mais próxima da estrada é dominada por florestas de coníferas baixas e de aspecto frágil. Não chegam a atingir alturas mais dignas devido ao subsolo quase sempre gelado em que assentam.

Na distância, destacam-se os cumes da cordilheira Kenai, coroados de branco pelo gelo mais persistente.

Pela Sterling Highway Acima

Segue-se Soldotna. Logo, Sterling. Em Sterling, chama-nos a atenção um outdoor gráfico. Dele se destaca uma grande faca de punho amarelo e vermelho. Projecta-se da faca, uma bandeira americana star-splangled esvoaçante.

Um painel abaixo apresenta-nos o Walt & Connies Knives, o negócio de beira da estrada deste casal, bem posicionada para servir os pescadores, os caçadores e os alasquenses em geral com o que mais falta lhes faz: facas de caça, facas de filé, facas de cozinha, facas alasquenses unu e facas Campbell.

Walt & Connie Knives, Alasca, de Homer em Busca de Whittier

Loja de facas Walt & Connie, à beira da estrada.

Além destes tipos todos de facas, o casal anuncia ainda que as afia e que vende currais para renas. Por azar, à hora a que passámos à sua porta, o estabelecimento do casal estava fechado. Não podíamos esperar pela hora do seu regresso, sem sequer termos a certeza de que regressariam.

Após vários desvios que incluem pausas estratégicas em Soldotna, Cooper Landing e Moose Pass, deixamos por fim, a Sterling Hwy. Apontados a noroeste, ao fundo bem fundo do braço de mar de Turnagain, que se estende desde a ainda longínqua cidade de Anchorage.

Por Fim, a Revelação da Esquiva Whittier

Explorados todos os cantos da cidade e as redondezas, damos início a nova etapa. Antes do regresso a Anchorage impõe-se a visita a uma das povoações mais surreais de todo o estado: Whittier.

Só os interessados pela história bélica do mundo o sabem. Durante a 2a Guerra Mundial, além de Pearl Harbor, os Estados Unidos foram atacados pelos japoneses no seu 49º estado. 

O infortúnio calhou a Dutch Harbour e ao arquipélago aleuta, a longa cadeia de ilhas na extremidade da Península do Alasca, mais próxima do território nipónico que qualquer outra parte dos Estados Unidos.

Confrontados com a necessidade de construir uma base militar secreta, os responsáveis do exército acharam o lugar ideal, ali, de frente para o Canal Passage, cercado pelas montanhas íngremes em redor, cobertas por gelo e por nuvens densas na maior parte do ano.

Num ápice, tornaram-no um esconderijo bélico sofisticado, dotado de um porto e caminho-de-ferro. Durante a época alta turística, esse mesmo porto recebe agora os grandes navios cruzeiro que percorrem a costa ocidental do Alasca, de Anchorage até as diversas povoações do Cabo de Frigideira alasquense. Capital Juneau incluída.

Na altura chamaram-no de Camp Sullivan. Em 1943, Camp Sullivan já era usado como o porto de entrada das forças dos Estados Unidos da América no Alasca.

Por forma a assegurar o acesso por terra, foi aberto um longo túnel, que é, ainda hoje, uma das maravilhas da engenharia do Alasca.

A Génese Bélica da Povoação, em Plena 2ª Guerra Mundial

Malgrado o propósito da sua fundação e o visual de grande bunker que ostenta, Whittier tomou de empréstimo o nome de um glaciar imponente nas redondezas. Em 1915, esse glaciar, foi baptizado em honra do poeta americano John Greenleaf Whittier.

No fim de Março de 1964, ainda em plena ocupação militar, Whittier viu-se chocalhada pelo tremor de terra de Sexta Feira Santa, um dos eventos sísmicos mais poderosos e destrutivos verificados no Alasca, com uma magnitude de 9.2 graus, gerador de diversos maremotos ao longo da costa Oeste dos Estados Unidos mas que, apesar desta intensidade, só fez treze vítimas.

Os militares ocuparam Whittier até 1968, ano em que a abandonaram e aos seus estranhos edifícios.

Com a afirmação do turismo estival, mesmo entre cordilheiras e glaciares, a cidade fantasma – entretanto colonizada por indígenas – tornou-se numa atracção alasquense à parte, com importância reforçada por se ter tornado numa escala do Alasca Marine Highway.

Só quando chegamos à entrada do Anton Anderson Tunnel, descobrimos que não permite a viagem simultânea aos dois sentidos, que o acesso só é possível de hora a hora. Dedicamos os 40 minutos que faltam às rádios regionais e a apreciar a paisagem glaciar circundante.

Quando o sinal verde finalmente cai, prosseguimos pelo escuro. Levamos quinze minutos a atravessar o longo túnel. Até que, do outro lado da montanha, damos de caras com um refúgio de visual cimentado, em tudo idêntico a tantos outros que a Guerra Fria viria, mais tarde, a gerar.

Alasca, de Homer em Busca de Whittier

Sucata automóvel em frente ao Buckner Building,

Os Inusitados Buckner Building e Torres Begich

Pela dimensão e peso arquitectónico, destaca-se do casario, o Buckner Building que não resistimos a explorar. A determinada altura, parecia aos moradores tão vasto e completo que o tratavam por “uma cidade debaixo de um telhado”.

Até 1968, habitaram ali mais de 1000 pessoas, na maioria ao serviço do exército dos EUA. Hoje, o edifício não é mais que um bunker habitacional abandonado ao tempo e à vegetação, com a companhia de diversos carros amolgados e enferrujados.

Destino diferente tiveram as Torres Begich. Com catorze andares e um aspecto civil de prédio suburbano, logo após a

Torres Begich, Alasca, de Homer em Busca de Whittier

Os edifícios que abrigam quase toda a população de Whittier.

desmobilização, foram ocupadas por indígenas da região e por alguns imigrantes que se instalaram nos cento e cinquenta apartamentos de dois e três quartos. Várias famílias dependentes do Alasca e funcionários civis foram também para lá deslocados.

As Torres Begich abrigam actualmente cerca de 80% dos duzentos e poucos habitantes de Whittier. No subsolo, um labirinto de túneis liga os edifícios a escolas e lojas.

Protegem os moradores das intempéries. Poupam-lhes o tempo perdido a retirar neve das entradas das suas casas e das estradas, durante os intermináveis meses frios.

Com o acumular das décadas, esta nova estrutura habitacional deu origem a uma sociedade única, semi-isolada do mundo exterior pela localização e pela distância, pelo menos enquanto o Verão e os turistas curiosos não chegam.

Um Abrigo Militar, em Plena Rota Indígena Chugach

A zona em que as autoridades americanas instalaram Whittier foi, em tempos, rota de viagem dos nativos Chugach, sempre que seguiam no caminho do imenso Prince William Sound.

Anos mais tarde, com a chegada dos exploradores e russos e americanos e de prospectores de ouro americanos durante a Febre do Ouro do Klondike, uma multidão de forasteiros metediços e desrespeitadores das origens dos Chugach, passaram também a usá-lo.

Conscientes de que Whittier se tratava de um exemplo derradeiro de uma cidade militar furtiva norte-americana, absorvemos até ao último minuto a sua estranha beleza ou, melhor dito, estranheza.

Buckner Building, Alasca, de Homer em Busca de Whittier

O edifício em forma de bunker de Buckner

No tempo de que dispúnhamos foram poucos os moradores que encontrámos. “Por esta altura estão todos no trabalho no terminal petrolífero, os miúdos na escola e muita gente anda por Anchorage” afiança-nos John Kerry o proprietário de um loja que vendia de tudo um pouco.

Mil e duzentos quilómetros e nove dias depois, estávamos prestes a terminar o circuito planeado, rendidos à existência peculiar da Península Kenai, entusiasmamo-nos a projectar um regresso invernal.

Afinal, poucos lugares são mais recompensadores que lugares fora da caixa como Whittier onde a vida é extrema e continua por domar.

Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
Skagway, Alasca

Uma Variante da Febre do Ouro do Klondike

A última grande febre do ouro norte-americana passou há muito. Hoje em dia, centenas de cruzeiros despejam, todos os Verões, milhares de visitantes endinheirados nas ruas repletas de lojas de Skagway.
Valdez, Alasca

Na Rota do Ouro Negro

Em 1989, o petroleiro Exxon Valdez provocou um enorme desastre ambientai. A embarcação deixou de sulcar os mares mas a cidade vitimada que lhe deu o nome continua no rumo do crude do oceano Árctico.
PN Katmai, Alasca

Nos Passos do Grizzly Man

Timothy Treadwell conviveu Verões a fio com os ursos de Katmai. Em viagem pelo Alasca, seguimos alguns dos seus trilhos mas, ao contrário do protector tresloucado da espécie, nunca fomos longe demais.
Juneau, Alasca

A Pequena Capital do Grande Alasca

De Junho a Agosto, Juneau desaparece por detrás dos navios de cruzeiro que atracam na sua doca-marginal. Ainda assim, é nesta pequena capital que se decidem os destinos do 49º estado norte-americano.
Sitka, Alasca

Sitka: Viagem por um Alasca que Já foi Russo

Em 1867, o czar Alexandre II teve que vender o Alasca russo aos Estados Unidos. Na pequena cidade de Sitka, encontramos o legado russo mas também os nativos Tlingit que os combateram.
Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Monte Denali, Alasca

O Tecto Sagrado da América do Norte

Os indígenas Athabascan chamaram-no Denali, ou o Grande e reverenciam a sua altivez. Esta montanha deslumbrante suscitou a cobiça dos montanhistas e uma longa sucessão de ascensões recordistas.
Anchorage a Homer, E.U.A.

Viagem ao Fim da Estrada Alasquense

Se Anchorage se tornou a grande cidade do 49º estado dos E.U.A., Homer, a 350km, é a sua mais famosa estrada sem saída. Os veteranos destas paragens consideram esta estranha língua de terra solo sagrado. Também veneram o facto de, dali, não poderem continuar para lado nenhum.
Ketchikan, Alasca

Aqui Começa o Alasca

A realidade passa despercebida a boa parte do mundo, mas existem dois Alascas. Em termos urbanos, o estado é inaugurado no sul do seu oculto cabo de frigideira, uma faixa de terra separada dos restantes E.U.A. pelo litoral oeste do Canadá. Ketchikan, é a mais meridional das cidades alasquenses, a sua Capital da Chuva e a Capital Mundial do Salmão.
Florida Keys, E.U.A.

A Alpondra Caribenha dos E.U.A.

Os Estados Unidos continentais parecem encerrar-se, a sul, na sua caprichosa península da Flórida. Não se ficam por aí. Mais de cem ilhas de coral, areia e mangal formam uma excêntrica extensão tropical que há muito seduz os veraneantes norte-americanos.
Miami, E.U.A.

Uma Obra-Prima da Reabilitação Urbana

Na viragem para o século XXI, o bairro Wynwood mantinha-se repleto de fábricas e armazéns abandonados e grafitados. Tony Goldman, um investidor imobiliário astuto, comprou mais de 25 propriedades e fundou um parque mural. Muito mais que ali homenagear o grafiti, Goldman fundou o grande bastião da criatividade de Miami.
Tombstone, E.U.A.

Tombstone: a Cidade Demasiado Dura para Morrer

Filões de prata descobertos no fim do século XIX fizeram de Tombstone um centro mineiro próspero e conflituoso na fronteira dos Estados Unidos com o México. Lawrence Kasdan, Kurt Russel, Kevin Costner e outros realizadores e actores hollywoodescos tornaram famosos os irmãos Earp e o duelo sanguinário de “O.K. Corral”. A Tombstone que, ao longo dos tempos tantas vidas reclamou, está para durar.
Miami Beach, E.U.A.

A Praia de Todas as Vaidades

Poucos litorais concentram, ao mesmo tempo, tanto calor e exibições de fama, de riqueza e de glória. Situada no extremo sudeste dos E.U.A., Miami Beach tem acesso por seis pontes que a ligam ao resto da Florida. É parco para o número de almas que a desejam.
Little Havana, E.U.A.

A Pequena Havana dos Inconformados

Ao longo das décadas e até aos dias de hoje, milhares de cubanos cruzaram o estreito da Florida em busca da terra da liberdade e da oportunidade. Com os E.U.A. ali a meros 145 km, muitos não foram mais longe. A sua Little Havana de Miami é, hoje, o bairro mais emblemático da diáspora cubana.
Grand Canyon, E.U.A.

Viagem pela América do Norte Abismal

O rio Colorado e tributários começaram a fluir no planalto homónimo há 17 milhões de anos e expuseram metade do passado geológico da Terra. Também esculpiram uma das suas mais deslumbrantes entranhas.
Monument Valley, E.U.A.

Índios ou cowboys?

Realizadores de Westerns emblemáticos como John Ford imortalizaram aquele que é o maior território indígena dos Estados Unidos. Hoje, na Nação Navajo, os navajo também vivem na pele dos velhos inimigos.
Las Vegas, E.U.A.

Onde o Pecado tem Sempre Perdão

Projectada do Deserto Mojave como uma miragem de néon, a capital norte-americana do jogo e do espectáculo é vivida como uma aposta no escuro. Exuberante e viciante, Vegas nem aprende nem se arrepende.
Prince William Sound, Alasca

Viagem por um Alasca Glacial

Encaixado contra as montanhas Chugach, Prince William Sound abriga alguns dos cenários descomunais do Alasca. Nem sismos poderosos nem uma maré negra devastadora afectaram o seu esplendor natural.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Skipper de uma das bangkas do Raymen Beach Resort durante uma pausa na navegação
Praia
Ilhas Guimaras  e  Ave Maria, Filipinas

Rumo à Ilha Ave Maria, Numas Filipinas Cheias de Graça

À descoberta do arquipélago de Visayas Ocidental, dedicamos um dia para viajar de Iloilo, ao longo do Noroeste de Guimaras. O périplo balnear por um dos incontáveis litorais imaculados das Filipinas, termina numa deslumbrante ilha Ave Maria.
Jabula Beach, Kwazulu Natal, Africa do Sul
Safari
Santa Lucia, África do Sul

Uma África Tão Selvagem Quanto Zulu

Na eminência do litoral de Moçambique, a província de KwaZulu-Natal abriga uma inesperada África do Sul. Praias desertas repletas de dunas, vastos pântanos estuarinos e colinas cobertas de nevoeiro preenchem esta terra selvagem também banhada pelo oceano Índico. Partilham-na os súbditos da sempre orgulhosa nação zulu e uma das faunas mais prolíficas e diversificadas do continente africano.
Fieis acendem velas, templo da Gruta de Milarepa, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 9º Manang a Milarepa Cave, Nepal

Uma Caminhada entre a Aclimatização e a Peregrinação

Em pleno Circuito Annapurna, chegamos por fim a Manang (3519m). Ainda a precisarmos de aclimatizar para os trechos mais elevados que se seguiam, inauguramos uma jornada também espiritual a uma caverna nepalesa de Milarepa (4000m), o refúgio de um siddha (sábio) e santo budista.
planicie sagrada, Bagan, Myanmar
Arquitectura & Design
Bagan, Myanmar

A Planície dos Pagodes, Templos e Redenções Celestiais

A religiosidade birmanesa sempre assentou num compromisso de redenção. Em Bagan, os crentes endinheirados e receosos continuam a erguer pagodes na esperança de conquistarem a benevolência dos deuses.
Barcos sobre o gelo, ilha de Hailuoto, Finlândia
Aventura
Hailuoto, Finlândia

Um Refúgio no Golfo de Bótnia

Durante o Inverno, a ilha de Hailuoto está ligada à restante Finlândia pela maior estrada de gelo do país. A maior parte dos seus 986 habitantes estima, acima de tudo, o distanciamento que a ilha lhes concede.
Cerimónias e Festividades
Pentecostes, Vanuatu

Naghol: O Bungee Jumping sem Modernices

Em Pentecostes, no fim da adolescência, os jovens lançam-se de uma torre apenas com lianas atadas aos tornozelos. Cordas elásticas e arneses são pieguices impróprias de uma iniciação à idade adulta.
Penhascos acima do Valley of Desolation, junto a Graaf Reinet, África do Sul
Cidades
Graaf-Reinet, África do Sul

Uma Lança Bóer na África do Sul

Nos primeiros tempos coloniais, os exploradores e colonos holandeses tinham pavor do Karoo, uma região de grande calor, grande frio, grandes inundações e grandes secas. Até que a Companhia Holandesa das Índias Orientais lá fundou Graaf-Reinet. De então para cá, a quarta cidade mais antiga da nação arco-íris prosperou numa encruzilhada fascinante da sua história.
Cacau, Chocolate, Sao Tome Principe, roça Água Izé
Comida
São Tomé e Príncipe

Roças de Cacau, Corallo e a Fábrica de Chocolate

No início do séc. XX, São Tomé e Príncipe geravam mais cacau que qualquer outro território. Graças à dedicação de alguns empreendedores, a produção subsiste e as duas ilhas sabem ao melhor chocolate.
Conversa entre fotocópias, Inari, Parlamento Babel da Nação Sami Lapónia, Finlândia
Cultura
Inari, Finlândia

O Parlamento Babel da Nação Sami

A Nação sami integra quatro países, que ingerem nas vidas dos seus povos. No parlamento de Inari, em vários dialectos, os sami governam-se como podem.
Corrida de Renas , Kings Cup, Inari, Finlândia
Desporto
Inari, Finlândia

A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
Bark Europa, Canal Beagle, Evolucao, Darwin, Ushuaia na Terra do fogo
Em Viagem
Canal Beagle, Argentina

Darwin e o Canal Beagle: no Rumo da Evolução

Em 1833, Charles Darwin navegou a bordo do "Beagle" pelos canais da Terra do Fogo. A sua passagem por estes confins meridionais moldou a teoria revolucionária que formulou da Terra e das suas espécies
Vista do John Ford Point, Monument Valley, Nacao Navajo, Estados Unidos
Étnico
Monument Valley, E.U.A.

Índios ou cowboys?

Realizadores de Westerns emblemáticos como John Ford imortalizaram aquele que é o maior território indígena dos Estados Unidos. Hoje, na Nação Navajo, os navajo também vivem na pele dos velhos inimigos.
luz solar fotografia, sol, luzes
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 2)

Um Sol, tantas Luzes

A maior parte das fotografias em viagem são tiradas com luz solar. A luz solar e a meteorologia formam uma interacção caprichosa. Saiba como a prever, detectar e usar no seu melhor.
Salto Negao, chapada diamantina, bahia gema, brasil
História
Chapada Diamantina, Brasil

Bahia de Gema

Até ao final do séc. XIX, a Chapada Diamantina foi uma terra de prospecção e ambições desmedidas.Agora que os diamantes rareiam os forasteiros anseiam descobrir as suas mesetas e galerias subterrâneas
Djerba, Ilha, Tunísia, Amazigh e os seus camelos
Ilhas
Djerba, Tunísia

A Ilha Tunisina da Convivência

Há muito que a maior ilha do Norte de África acolhe gentes que não lhe resistiram. Ao longo dos tempos, Fenícios, Gregos, Cartagineses, Romanos, Árabes chamaram-lhe casa. Hoje, comunidades muçulmanas, cristãs e judaicas prolongam uma partilha incomum de Djerba com os seus nativos Berberes.
Geotermia, Calor da Islândia, Terra do Gelo, Geotérmico, Lagoa Azul
Inverno Branco
Islândia

O Aconchego Geotérmico da Ilha do Gelo

A maior parte dos visitantes valoriza os cenários vulcânicos da Islândia pela sua beleza. Os islandeses também deles retiram calor e energia cruciais para a vida que levam às portas do Árctico.
Na pista de Crime e Castigo, Sao Petersburgo, Russia, Vladimirskaya
Literatura
São Petersburgo, Rússia

Na Pista de “Crime e Castigo”

Em São Petersburgo, não resistimos a investigar a inspiração para as personagens vis do romance mais famoso de Fiódor Dostoiévski: as suas próprias lástimas e as misérias de certos concidadãos.
Tombolo e Punta Catedral, Parque Nacional Manuel António, Costa Rica
Natureza
PN Manuel António, Costa Rica

O Pequeno-Grande Parque Nacional da Costa Rica

São bem conhecidas as razões para o menor dos 28 parques nacionais costarriquenhos se ter tornado o mais popular. A fauna e flora do PN Manuel António proliferam num retalho ínfimo e excêntrico de selva. Como se não bastasse, limitam-no quatro das melhores praias ticas.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Graciosa, Açores, Monte da Ajuda
Parques Naturais
Graciosa, Açores

Sua Graça a Graciosa

Por fim, desembarcarmos na Graciosa, a nossa nona ilha dos Açores. Mesmo se menos dramática e verdejante que as suas vizinhas, a Graciosa preserva um encanto atlântico que é só seu. Quem tem o privilégio de o viver, leva desta ilha do grupo central uma estima que fica para sempre.
Hipopótamo exibe as presas, entre outros
Património Mundial UNESCO
PN Mana Pools, Zimbabwé

O Zambeze no Cimo do Zimbabwé

Passada a época das chuvas, o minguar do grande rio na fronteira com a Zâmbia lega uma série de lagoas que hidratam a fauna durante a seca. O Parque Nacional Mana Pools denomina uma região fluviolacustre vasta, exuberante e disputada por incontáveis espécimes selvagens.
Monumento do Heroes Acre, Zimbabwe
Personagens
Harare, Zimbabwe

O Último Estertor do Surreal Mugabué

Em 2015, a primeira-dama do Zimbabué Grace Mugabe afirmou que o presidente, então com 91 anos, governaria até aos 100, numa cadeira-de-rodas especial. Pouco depois, começou a insinuar-se à sua sucessão. Mas, nos últimos dias, os generais precipitaram, por fim, a remoção de Robert Mugabe que substituiram pelo antigo vice-presidente Emmerson Mnangagwa.
Balo Praia Creta, Grécia, a Ilha de Balos
Praias
Balos a Seitan Limani, Creta, Grécia

O Olimpo Balnear de Chania

Não é só Chania, a pólis secular, repleta de história mediterrânica, no extremo nordeste de Creta que deslumbra. Refrescam-na e aos seus moradores e visitantes, Balos, Stavros e Seitan, três dos mais exuberantes litorais da Grécia.

Mtshketa, Cidade Santa da Geórgia, Cáucaso, Catedral de Svetitskhoveli
Religião
Mtskheta, Geórgia

A Cidade Santa da Geórgia

Se Tbilissi é a capital contemporânea, Mtskheta foi a cidade que oficializou o Cristianismo no reino da Ibéria predecessor da Geórgia, e uma das que difundiu a religião pelo Cáucaso. Quem a visita, constata como, decorridos quase dois milénios, é o Cristianismo que lá rege a vida.
Trem do Serra do Mar, Paraná, vista arejada
Sobre Carris
Curitiba a Morretes, Paraná, Brasil

Paraná Abaixo, a Bordo do Trem Serra do Mar

Durante mais de dois séculos, só uma estrada sinuosa e estreita ligava Curitiba ao litoral. Até que, em 1885, uma empresa francesa inaugurou um caminho-de-ferro com 110 km. Percorremo-lo, até Morretes, a estação, hoje, final para passageiros. A 40km do término original e costeiro de Paranaguá.
Jovens mulheres gémeas, tecelãs
Sociedade

Margilan, Uzbequistão

Périplo pelo Tecido Artesanal do Uzbequistão

Situada no extremo oriental do Uzbequistão, Vale de Fergana, Margilan foi uma das escalas incontornáveis da Rota da Seda. Desde o século X, os produtos de seda lá gerados destacaram-na nos mapas, hoje, marcas de alta-costura disputam os seus tecidos. Mais que um centro prodigioso de criação artesanal, Margilan estima e valoriza um modo de vida uzbeque milenar.
Visitantes nas ruínas de Talisay, ilha de Negros, Filipinas
Vida Quotidiana
Talisay City, Filipinas

Monumento a um Amor Luso-Filipino

No final do século XIX, Mariano Lacson, um fazendeiro filipino e Maria Braga, uma portuguesa de Macau, apaixonaram-se e casaram. Durante a gravidez do que seria o seu 11º filho, Maria sucumbiu a uma queda. Destroçado, Mariano ergueu uma mansão em sua honra. Em plena 2ª Guerra Mundial, a mansão foi incendiada mas as ruínas elegantes que resistiram eternizam a sua trágica relação.
Ponte de Ross, Tasmânia, Austrália
Vida Selvagem
À Descoberta de Tassie, Parte 3, Tasmânia, Austrália

Tasmânia de Alto a Baixo

Há muito a vítima predilecta das anedotas australianas, a Tasmânia nunca perdeu o orgulho no jeito aussie mais rude ser. Tassie mantém-se envolta em mistério e misticismo numa espécie de traseiras dos antípodas. Neste artigo, narramos o percurso peculiar de Hobart, a capital instalada no sul improvável da ilha até à costa norte, a virada ao continente australiano.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.