Nikko, Japão

Nikko, Toshogu: o Santuário e Mausoléu do Xogum Tokugawa


nikko-santuario-toshogu-tokugawa-japao-frontao
Frontão de templo adornado com dois elefantes sobre dourado.
nikko-santuario-toshogu-tokugawa-japao-lanternas
Lanternas cobertas de musco do santuário Toshogu, em Nikko.
Jizo Narabi
Uma de muitas estátuas xintoístas jizo Narabi, nos arredores de Nikko.
Bake jizo
Sequência bake jizos xintoístas Narabi em Kanmangafuchi.
Telhado Dourado
Pormenor de um telhado dourado do santuário-mausoléu Toshogu, em Nikko.
Biblioteca do Mausoléu
Visitante junto à biblioteca do mausoléu-santuário de Tosho gu.
nikko-santuario-toshogu-tokugawa-japao-irmas
Irmãs em quimonos tradicionais, de visita ao santuário Toshogu.
Cinco Andares de História
O Pagode de cinco andares que antecede a entrada do mausoléu Toshogu.
Subida solene
Casal sobe a escadaria de um dos santuários de Nikko.
Purificação
Crentes purificam-se numa fonte do mausoléu Toshogu.
nikko-santuario-toshogu-tokugawa-japao-sacerdote
Sacerdote fala com um crente no interior de um templo de Toshogu.
Grande Torii de Pedra
Um grande torii de granito serve de pórtico sagrado ao mausoleu de Toshogu.
Um tesouro histórico e arquitectónico incontornável do Japão, o santuário Toshogu de Nikko homenageia o mais importante dos xoguns nipónicos, mentor da nação japonesa: Tokugawa Ieyasu.

A penumbra da floresta de cedros em que se esconde o núcleo histórico de Nikko destaca-se para lá do caudal bravio do rio Daiya.

É nela embrenhados que nos juntamos a um pelotão de peregrinos nipónicos que avançam com grande determinação. Mais para a frente, passamos por um grupo de trabalhadores rurais que pouco reagem à agitação em redor das suas terras.

Completamos um caminho mais amplo ladeado por santuários e estalagens que continua para uma alameda imponente, de terra batida, que conduz ao complexo religioso secular da povoação.

Ingressamos no interior do santuário ToshoGu determinados a explorá-lo com a reverência que merecia ao Japão o seu xogum Tokugawa Ieyasu.

Do lado de lá do pórtico de entrada, damos com os Sanjinko, três casas de armazenamento sagradas, uma delas com imagens em relevo de elefantes criadas por um artista que se acredita nunca ter visto a verdadeira criatura.

À esquerda da entrada fica o Shinyosha, o templo sagrado que abriga um cavalo branco esculpido, desta feita mais credível. Este estábulo está adornado por várias imagens alegóricas de macacos, também em relevo.

Na mais famosa, três das figuras primatas aconselham por mímica “não oiça o mal, não veja o mal, não fale o mal” e demonstram, assim, os três princípios do budismo Tendai.

Continuamos o périplo.

Na sequência, encontramos uma fonte de granito em que, de acordo com a prática xintoísta, dezenas de fiéis japoneses disputam as colheres douradas disponíveis para lavarem as bocas, depois de já terem feito o mesmo às mãos.

Crentes purificam-se numa fonte do mausoléu Toshogu.

Logo após, encontramos o edifício exuberante da biblioteca do santuário, com mais de 7000 pergaminhos e livros religiosos. Passado novo pórtico e lance de escadas, emergem a torre do tambor e o campanário.

Nas imediações, surge o Honji-do, um salão conhecido por ter no tecto uma pintura de Nakiryu, um dragão que chora.

Ali, de quando em quando, ouvimos monges baterem duas barras uma contra a outra para demonstrarem a acústica do salão, em concreto que o dragão ruge quando o som é feito debaixo da sua boca.

O próximo edifício a destacar-se é o pórtico do Pôr-do-sol (Yomei-mon), coberto de folha de ouro, esculpido de forma intrincada e pintado com flores, dançarinas, animais míticos e sábios chineses.

Para a posteridade, ficou a crença de que, preocupados com que a sua perfeição pudesse despertar a inveja dos deuses, os responsáveis pela construção decidiram colocar o derradeiro pilar de pernas para o ar.

Deixamos para trás o Jin-yosha que serve de abrigo aos santuários portáteis usados durante os festivais. Chegamos ao Salão Principal e ao de Veneração que alojam pinturas dos 36 poetas “imortais” de Quioto e um tecto com cem dragões todos distintos.

Aos poucos, aproximamo-nos de Sakashita-mon, um pórtico adicional que se abre para um trilho ascendente entre enormes cedros que conduz, por fim, ao túmulo de Ieyasu, tal como esperávamos, solene.

Os japoneses têm um ditado popular que professa que não se pode dizer “belo” (kekko) até se ter visto Nikko. Nesse fim-de-semana, milhares levaram a expressão à letra e confluíram para a zona sagrada da cidade determinados em descobrir mais sobre a alma e a história do país.

Percorremos, na sua companhia, a avenida que liga Tosho Gu a Futarasan –  o templo mais antigo de Nikko, fundado pelo eremita Shodo Shomin, em 1619 –  ao mausoléu Taiyu-byo.

Um grande torii de granito serve de pórtico sagrado ao mausoleu de Toshogu.

Após o prioritário ToshoGu, por norma, os visitantes dirigem-se a Futasaran para venerar três divindades xintoístas: Okuninushi, Tagorihime e Ajisukitakahikone.

E descobrir o santuário protector de Nikko, dedicado à montanha Nantai que, com 2248m, contribui em grande parte para a rigidez climatérica da região.

Casal sobe a escadaria de um dos santuários de Nikko.

Já no mausoléu Taiyu-byo, prestam homenagem ao neto de Ieyasu, Iemitsu Tokugawa (1604-51) que decretou que o seu sepulcro não pudesse ofuscar o do avô. Como se isso fosse possível.

Para a maior parte dos japoneses de hoje, Ieyasu Tokugawa é digno de toda a reverência que ali admiramos e de muito mais.

Nascido em 1541, o militar tornou-se um xogun temido e conquistador. Dois anos depois de Ieyasu ter vindo ao mundo, os portugueses desembarcaram em terras hoje japonesas. A supremacia e o território das várias ilhas eram disputados por senhores da guerra, líderes de clãs rivais.

No contexto desses sucessivos conflitos calhou que, em 1600, o domínio de quase todo o actual Japão estivesse em jogo numa única batalha, a de Sekigahara. Travaram-na dois exércitos, ambos formados por diversos clãs aliados.

Ieyasu conduziu o triunfante. Decorreram três anos até que a sua supremacia sobre o clã rival Toytomi e os demais senhores feudais do Japão (os daimyo) fosse indisputado.

Irmãs em quimonos tradicionais, de visita ao santuário Toshogu.

Hoje, a batalha Sekigahara é tida como o dealbar oficioso do derradeiro xogunato supremo. Depois dela e até à restauração Meiji – que, em 1868, encerrou o período feudal Edo (ou Tokugawa) – as ilhas nipónicas viveram por fim em paz.

Também a nacionalidade japonesa começou a ganhar expressão.

Ieyasu, o fundador da dinastia e mentor militar e ideológico desta evolução drástica foi prendado com inúmeros tributos póstumos dos descendentes e súbditos. Entre eles, contou-se a entrega de 15.000 artesãos provenientes de todo o Japão que trabalharam dois anos a fio na reconstrução da sua última morada.

O Pagode de cinco andares que antecede a entrada do mausoléu Toshogu.

Regressemos ao mausoléu. Não demorámos a perceber que o edifício Taiyu-byo do santuário Toshogu agrupava vários dos elementos do modelo original.

Revelava-se mais pequeno e mais intimista, com algum mistério adicional emprestado pelas dezenas de lanternas de pedra doadas pelos daimyo e pela sombra lúgubre da floresta de cedros japoneses em redor que nos fazia a alameda de acesso ao santuário casamenteiro Meiji, de Tóquio.

Os cedros são, aliás, omnipresentes na área histórica de Nikko.

Por ali se situa uma avenida que é recordista mundial, registada no livro do Guiness como a mais longa via do mundo ladeada de árvores, com 35.41 km de extensão e guarnecida de 200.000 criptomérias japónicas.

Trata-se da única propriedade cultural japonesa designada pelo governo nipónico ao mesmo tempo como Sítio Histórico Especial e Monumento Natural Especial.

O lugar para onde nos mudamos em seguida, ávidos por alguma reclusão, é igualmente singular. Demoramos a achá-lo, atrasados pela incompatibilidade linguística e por indicações dúbias ou disfuncionais.

Quando vislumbramos finalmente a colecção sublime de jizos de Gamman-Ga-Fuchi, tudo muda.

Estas esculturas budistas protectoras das crianças e dos viajantes surgem dispostas sem fim aparente numa franja de floresta à beira do rio Daiya.

Insinuam-se-nos estranhamente arredondadas, clonadas, cobertas de musgo e agasalhadas pelos crentes com gorros e babetes vermelhos.

Bake-jizo, a longa sequência, parece diverti-se com quem tenta contar os congéneres, que se dizem incontáveis. Começamos por tentar a tarefa. Depressa nos rendemos à razão daqueles jizos castradores. E ao tédio da contagem.

Nikko, Japão

O Derradeiro Cortejo do Xogum Tokugawa

Em 1600, Ieyasu Tokugawa inaugurou um xogunato que uniu o Japão por 250 anos. Em sua homenagem, Nikko re-encena, todos os anos, a transladação medieval do general para o mausoléu faustoso de Toshogu.
Quioto, Japão

Sobrevivência: A Última Arte Gueixa

Já foram quase 100 mil mas os tempos mudaram e as gueixas estão em vias de extinção. Hoje, as poucas que restam vêem-se forçadas a ceder a modernidade menos subtil e elegante do Japão.
Quioto, Japão

Uma Fé Combustível

Durante a celebração xintoísta de Ohitaki são reunidas no templo de Fushimi preces inscritas em tabuínhas pelos fiéis nipónicos. Ali, enquanto é consumida por enormes fogueiras, a sua crença renova-se.
Magome-Tsumago, Japão

Magome a Tsumago: o Caminho Sobrelotado Para o Japão Medieval

Em 1603, o xogum Tokugawa ditou a renovação de um sistema de estradas já milenar. Hoje, o trecho mais famoso da via que unia Edo a Quioto é percorrido por uma turba ansiosa por evasão.
Ogimashi, Japão

Uma Aldeia Fiel ao A

Ogimashi revela uma herança fascinante da adaptabilidade nipónica. Situada num dos locais mais nevosos à face da Terra, esta povoação aperfeiçoou casas com verdadeiras estruturas anti-colapso.
Okinawa, Japão

O Pequeno Império do Sol

Reerguida da devastação causada pela 2ª Guerra Mundial, Okinawa recuperou a herança da sua civilização secular ryukyu. Hoje, este arquipélago a sul de Kyushu abriga um Japão à margem, prendado por um oceano Pacífico turquesa e bafejado por um peculiar tropicalismo nipónico.
Miyajima, Japão

Xintoísmo e Budismo ao Sabor das Marés

Quem visita o tori de Itsukushima admira um dos três cenários mais reverenciados do Japão. Na ilha de Miyajima, a religiosidade nipónica confunde-se com a Natureza e renova-se com o fluir do Mar interior de Seto.
Okinawa, Japão

Danças de Ryukyu: têm séculos. Não têm grandes pressas.

O reino Ryukyu prosperou até ao século XIX como entreposto comercial da China e do Japão. Da estética cultural desenvolvida pela sua aristocracia cortesã contaram-se vários estilos de dança vagarosa.
Tóquio, Japão

A Noite Sem Fim da Capital do Sol Nascente

Dizer que Tóquio não dorme é eufemismo. Numa das maiores e mais sofisticadas urbes à face da Terra, o crepúsculo marca apenas o renovar do quotidiano frenético. E são milhões as suas almas que, ou não encontram lugar ao sol, ou fazem mais sentido nos turnos “escuros” e obscuros que se seguem.
Nara, Japão

Budismo vs Modernismo: a Face Dupla de Nara

No século VIII d.C. Nara foi a capital nipónica. Durante 74 anos desse período, os imperadores ergueram templos e santuários em honra do Budismo, a religião recém-chegada do outro lado do Mar do Japão. Hoje, só esses mesmos monumentos, a espiritualidade secular e os parques repletos de veados protegem a cidade do inexorável cerco da urbanidade.
Takayama, Japão

Takayama do Japão Antigo e da Hida Medieval

Em três das suas ruas, Takayama retém uma arquitectura tradicional de madeira e concentra velhas lojas e produtoras de saquê. Em redor, aproxima-se dos 100.000 habitantes e rende-se à modernidade.
Tóquio, Japão

O Imperador sem Império

Após a capitulação na 2ª Guerra Mundial, o Japão submeteu-se a uma constituição que encerrou um dos mais longos impérios da História. O imperador japonês é, hoje, o único monarca a reinar sem império.
Quioto, Japão

O Templo de Quioto que Renasceu das Cinzas

O Pavilhão Dourado foi várias vezes poupado à destruição ao longo da história, incluindo a das bombas largadas pelos EUA mas não resistiu à perturbação mental de Hayashi Yoken. Quando o admirámos, luzia como nunca.
Iriomote, Japão

Iriomote, uma Pequena Amazónia do Japão Tropical

Florestas tropicais e manguezais impenetráveis preenchem Iriomote sob um clima de panela de pressão. Aqui, os visitantes estrangeiros são tão raros como o yamaneko, um lince endémico esquivo.
Nara, Japão

O Berço Colossal do Budismo Nipónico

Nara deixou, há muito, de ser capital e o seu templo Todai-ji foi despromovido. Mas o Grande Salão mantém-se o maior edifício antigo de madeira do Mundo. E alberga o maior buda vairocana de bronze.
Quioto, Japão

Um Japão Milenar Quase Perdido

Quioto esteve na lista de alvos das bombas atómicas dos E.U.A. e foi mais que um capricho do destino que a preservou. Salva por um Secretário de Guerra norte-americano apaixonado pela sua riqueza histórico-cultural e sumptuosidade oriental, a cidade foi substituída à última da hora por Nagasaki no sacrifício atroz do segundo cataclismo nuclear.
Japão

O Império das Máquinas de Bebidas

São mais de 5 milhões as caixas luminosas ultra-tecnológicas espalhadas pelo país e muitas mais latas e garrafas exuberantes de bebidas apelativas. Há muito que os japoneses deixaram de lhes resistir.
Tóquio, Japão

Pachinko: o Vídeo - Vício Que Deprime o Japão

Começou como um brinquedo mas a apetência nipónica pelo lucro depressa transformou o pachinko numa obsessão nacional. Hoje, são 30 milhões os japoneses rendidos a estas máquinas de jogo alienantes.
Hiroxima, Japão

Hiroxima: uma Cidade Rendida à Paz

Em 6 de Agosto de 1945, Hiroxima sucumbiu à explosão da primeira bomba atómica usada em guerra. Volvidos 70 anos, a cidade luta pela memória da tragédia e para que as armas nucleares sejam erradicadas até 2020.
Tóquio, Japão

Ronronares Descartáveis

Tóquio é a maior das metrópoles mas, nos seus apartamentos exíguos, não há lugar para mascotes. Empresários nipónicos detectaram a lacuna e lançaram "gatis" em que os afectos felinos se pagam à hora.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Leões juvenis num braço arenoso do rio Chire
Safari
PN Liwonde, Malawi

A Reanimação Prodigiosa do PN Liwonde

Durante largo tempo, a incúria generalizada e o alastrar da caça furtiva vitimaram esta reserva animal. Em 2015, a African Parks entrou em cena. Em pouco tempo, também beneficiário da água abundante do lago Malombe e do rio Chire, o Parque Nacional Liwonde tornou-se um dos mais vivos e exuberantes do Malawi.
Caminhantes no trilho do Ice Lake, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 7º - Braga - Ice Lake, Nepal

Circuito Annapurna – A Aclimatização Dolorosa do Ice Lake

Na subida para o povoado de Ghyaru, tivemos uma primeira e inesperada mostra do quão extasiante se pode provar o Circuito Annapurna. Nove quilómetros depois, em Braga, pela necessidade de aclimatizarmos ascendemos dos 3.470m de Braga aos 4.600m do lago de Kicho Tal. Só sentimos algum esperado cansaço e o avolumar do deslumbre pela Cordilheira Annapurna.
A pequena-grande Senglea II
Arquitectura & Design
Senglea, Malta

A Cidade Maltesa com Mais Malta

No virar do século XX, Senglea acolhia 8.000 habitantes em 0.2 km2, um recorde europeu, hoje, tem “apenas” 3.000 cristãos bairristas. É a mais diminuta, sobrelotada e genuína das urbes maltesas.
Alturas Tibetanas, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
Aventura

Mal de Altitude: não é mau. É péssimo!

Em viagem, acontece vermo-nos confrontados com a falta de tempo para explorar um lugar tão imperdível como elevado. Ditam a medicina e as experiências prévias com o Mal de Altitude que não devemos arriscar subir à pressa.
cavaleiros do divino, fe no divino espirito santo, Pirenopolis, Brasil
Cerimónias e Festividades
Pirenópolis, Brasil

Cavalgada de Fé

Introduzida, em 1819, por padres portugueses, a Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis agrega uma complexa rede de celebrações religiosas e pagãs. Dura mais de 20 dias, passados, em grande parte, sobre a sela.
Kiomizudera, Quioto, um Japão Milenar quase perdido
Cidades
Quioto, Japão

Um Japão Milenar Quase Perdido

Quioto esteve na lista de alvos das bombas atómicas dos E.U.A. e foi mais que um capricho do destino que a preservou. Salva por um Secretário de Guerra norte-americano apaixonado pela sua riqueza histórico-cultural e sumptuosidade oriental, a cidade foi substituída à última da hora por Nagasaki no sacrifício atroz do segundo cataclismo nuclear.
jovem vendedora, nacao, pao, uzbequistao
Comida
Vale de Fergana, Usbequistão

Uzbequistão, a Nação a Que Não Falta o Pão

Poucos países empregam os cereais como o Usbequistão. Nesta república da Ásia Central, o pão tem um papel vital e social. Os Uzbeques produzem-no e consomem-no com devoção e em abundância.
Buda Vairocana, templo Todai ji, Nara, Japão
Cultura
Nara, Japão

O Berço Colossal do Budismo Nipónico

Nara deixou, há muito, de ser capital e o seu templo Todai-ji foi despromovido. Mas o Grande Salão mantém-se o maior edifício antigo de madeira do Mundo. E alberga o maior buda vairocana de bronze.
Fogo artifício de 4 de Julho-Seward, Alasca, Estados Unidos
Desporto
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
Composição sobre Nine Arches Bridge, Ella, Sri Lanka
Em Viagem
PN Yala-Ella-Candia, Sri Lanka

Jornada Pelo Âmago de Chá do Sri Lanka

Deixamos a orla marinha do PN Yala rumo a Ella. A caminho de Nanu Oya, serpenteamos sobre carris pela selva, entre plantações do famoso Ceilão. Três horas depois, uma vez mais de carro, damos entrada em Kandy, a capital budista que os portugueses nunca conseguiram dominar.
Étnico
Pueblos del Sur, Venezuela

Os Pauliteiros de Mérida, Suas Danças e Cia

A partir do início do século XVII, com os colonos hispânicos e, mais recentemente, com os emigrantes portugueses consolidaram-se nos Pueblos del Sur, costumes e tradições bem conhecidas na Península Ibérica e, em particular, no norte de Portugal.
Vista para ilha de Fa, Tonga, Última Monarquia da Polinésia
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sinais Exóticos de Vida

Panorama no vale Licungo e sua plantação de chá
História
Gurué, Moçambique, Parte 2

Em Gurué, entre Encostas de Chá

Após um reconhecimento inicial de Gurué, chega a hora do chá em redor. Em dias sucessivos, partimos do centro da cidade à descoberta das plantações nos sopés e vertentes dos montes Namuli. Menos vastas que até à independência de Moçambique e à debandada dos portugueses, adornam alguns dos cenários mais grandiosos da Zambézia.
Ilha de São Miguel, Acores Deslumbrantes por Natureza
Ilhas
São Miguel, Açores

Ilha de São Miguel: Açores Deslumbrantes, Por Natureza

Uma biosfera imaculada que as entranhas da Terra moldam e amornam exibe-se, em São Miguel, em formato panorâmico. São Miguel é a maior das ilhas portuguesas. E é uma obra de arte da Natureza e do Homem no meio do Atlântico Norte plantada.
Corrida de Renas , Kings Cup, Inari, Finlândia
Inverno Branco
Inari, Finlândia

A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
Sombra vs Luz
Literatura
Quioto, Japão

O Templo de Quioto que Renasceu das Cinzas

O Pavilhão Dourado foi várias vezes poupado à destruição ao longo da história, incluindo a das bombas largadas pelos EUA mas não resistiu à perturbação mental de Hayashi Yoken. Quando o admirámos, luzia como nunca.
Piton de la Fournaise, Reunião, o caminho do vulcão
Natureza
Piton de la Fournaise, Reunião

O Vulcão Turbulento da Reunião

Com 2632m, o Piton de la Fournaise, o único vulcão eruptivo da Reunião, ocupa quase metade desta ilha que exploramos, montanhas acima, montanhas abaixo. É um dos vulcões mais activos e imprevisíveis do oceano Índico e à face da Terra.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Iguana em Tulum, Quintana Roo, México
Parques Naturais
Iucatão, México

A Lei de Murphy Sideral que Condenou os Dinossauros

Cientistas que estudam a cratera provocada pelo impacto de um meteorito há 66 milhões de anos chegaram a uma conclusão arrebatadora: deu-se exatamente sobre uma secção dos 13% da superfície terrestre suscetíveis a tal devastação. Trata-se de uma zona limiar da península mexicana de Iucatão que um capricho da evolução das espécies nos permitiu visitar.
Património Mundial UNESCO
Viagens de Barco

Para Quem Só Enjoa de Navegar na Net

Embarque e deixe-se levar em viagens de barco imperdíveis como o arquipélago filipino de Bacuit e o mar gelado do Golfo finlandês de Bótnia.
ora de cima escadote, feiticeiro da nova zelandia, Christchurch, Nova Zelandia
Personagens
Christchurch, Nova Zelândia

O Feiticeiro Amaldiçoado da Nova Zelândia

Apesar da sua notoriedade nos antípodas, Ian Channell, o feiticeiro da Nova Zelândia não conseguiu prever ou evitar vários sismos que assolaram Christchurch. Com 88 anos de idade, após 23 anos de contrato com a cidade, fez afirmações demasiado polémicas e acabou despedido.
República Dominicana, Praia Bahia de Las Águilas, Pedernales. Parque Nacional Jaragua, Praia
Praias
Laguna Oviedo a Bahia de las Águilas, República Dominicana

Em Busca da Praia Dominicana Imaculada

Contra todas as probabilidades, um dos litorais dominicanos mais intocados também é dos mais remotos. À descoberta da província de Pedernales, deslumbramo-nos com o semi-desértico Parque Nacional Jaragua e com a pureza caribenha da Bahia de las Águilas.
Templo Kongobuji
Religião
Monte Koya, Japão

A Meio Caminho do Nirvana

Segundo algumas doutrinas do budismo, são necessárias várias vidas para atingir a iluminação. O ramo shingon defende que se consegue numa só. A partir do Monte Koya, pode ser ainda mais fácil.
A Toy Train story
Sobre Carris
Siliguri a Darjeeling, Índia

Ainda Circula a Sério o Comboio Himalaia de Brincar

Nem o forte declive de alguns tramos nem a modernidade o detêm. De Siliguri, no sopé tropical da grande cordilheira asiática, a Darjeeling, já com os seus picos cimeiros à vista, o mais famoso dos Toy Trains indianos assegura há 117 anos, dia após dia, um árduo percurso de sonho. De viagem pela zona, subimos a bordo e deixamo-nos encantar.
Salão de Pachinko, video vício, Japão
Sociedade
Tóquio, Japão

Pachinko: o Vídeo – Vício Que Deprime o Japão

Começou como um brinquedo mas a apetência nipónica pelo lucro depressa transformou o pachinko numa obsessão nacional. Hoje, são 30 milhões os japoneses rendidos a estas máquinas de jogo alienantes.
Vida Quotidiana
Profissões Árduas

O Pão que o Diabo Amassou

O trabalho é essencial à maior parte das vidas. Mas, certos trabalhos impõem um grau de esforço, monotonia ou perigosidade de que só alguns eleitos estão à altura.
Vai-e-vem fluvial
Vida Selvagem
Iriomote, Japão

Iriomote, uma Pequena Amazónia do Japão Tropical

Florestas tropicais e manguezais impenetráveis preenchem Iriomote sob um clima de panela de pressão. Aqui, os visitantes estrangeiros são tão raros como o yamaneko, um lince endémico esquivo.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.