Nikko, Japão

Nikko, Toshogu: o Santuário e Mausoléu do Xogum Tokugawa


nikko-santuario-toshogu-tokugawa-japao-frontao
Frontão de templo adornado com dois elefantes sobre dourado.
nikko-santuario-toshogu-tokugawa-japao-lanternas
Lanternas cobertas de musco do santuário Toshogu, em Nikko.
Jizo Narabi
Uma de muitas estátuas xintoístas jizo Narabi, nos arredores de Nikko.
Bake jizo
Sequência bake jizos xintoístas Narabi em Kanmangafuchi.
Telhado Dourado
Pormenor de um telhado dourado do santuário-mausoléu Toshogu, em Nikko.
Biblioteca do Mausoléu
Visitante junto à biblioteca do mausoléu-santuário de Tosho gu.
nikko-santuario-toshogu-tokugawa-japao-irmas
Irmãs em quimonos tradicionais, de visita ao santuário Toshogu.
Cinco Andares de História
O Pagode de cinco andares que antecede a entrada do mausoléu Toshogu.
Subida solene
Casal sobe a escadaria de um dos santuários de Nikko.
Purificação
Crentes purificam-se numa fonte do mausoléu Toshogu.
nikko-santuario-toshogu-tokugawa-japao-sacerdote
Sacerdote fala com um crente no interior de um templo de Toshogu.
Grande Torii de Pedra
Um grande torii de granito serve de pórtico sagrado ao mausoleu de Toshogu.
Um tesouro histórico e arquitectónico incontornável do Japão, o santuário Toshogu de Nikko homenageia o mais importante dos xoguns nipónicos, mentor da nação japonesa: Tokugawa Ieyasu.

A penumbra da floresta de cedros em que se esconde o núcleo histórico de Nikko destaca-se para lá do caudal bravio do rio Daiya.

É nela embrenhados que nos juntamos a um pelotão de peregrinos nipónicos que avançam com grande determinação. Mais para a frente, passamos por um grupo de trabalhadores rurais que pouco reagem à agitação em redor das suas terras.

Completamos um caminho mais amplo ladeado por santuários e estalagens que continua para uma alameda imponente, de terra batida, que conduz ao complexo religioso secular da povoação.

Ingressamos no interior do santuário ToshoGu determinados a explorá-lo com a reverência que merecia ao Japão o seu xogum Tokugawa Ieyasu.

Do lado de lá do pórtico de entrada, damos com os Sanjinko, três casas de armazenamento sagradas, uma delas com imagens em relevo de elefantes criadas por um artista que se acredita nunca ter visto a verdadeira criatura.

À esquerda da entrada fica o Shinyosha, o templo sagrado que abriga um cavalo branco esculpido, desta feita mais credível. Este estábulo está adornado por várias imagens alegóricas de macacos, também em relevo.

Na mais famosa, três das figuras primatas aconselham por mímica “não oiça o mal, não veja o mal, não fale o mal” e demonstram, assim, os três princípios do budismo Tendai.

Continuamos o périplo.

Na sequência, encontramos uma fonte de granito em que, de acordo com a prática xintoísta, dezenas de fiéis japoneses disputam as colheres douradas disponíveis para lavarem as bocas, depois de já terem feito o mesmo às mãos.

Crentes purificam-se numa fonte do mausoléu Toshogu.

Logo após, encontramos o edifício exuberante da biblioteca do santuário, com mais de 7000 pergaminhos e livros religiosos. Passado novo pórtico e lance de escadas, emergem a torre do tambor e o campanário.

Nas imediações, surge o Honji-do, um salão conhecido por ter no tecto uma pintura de Nakiryu, um dragão que chora.

Ali, de quando em quando, ouvimos monges baterem duas barras uma contra a outra para demonstrarem a acústica do salão, em concreto que o dragão ruge quando o som é feito debaixo da sua boca.

O próximo edifício a destacar-se é o pórtico do Pôr-do-sol (Yomei-mon), coberto de folha de ouro, esculpido de forma intrincada e pintado com flores, dançarinas, animais míticos e sábios chineses.

Para a posteridade, ficou a crença de que, preocupados com que a sua perfeição pudesse despertar a inveja dos deuses, os responsáveis pela construção decidiram colocar o derradeiro pilar de pernas para o ar.

Deixamos para trás o Jin-yosha que serve de abrigo aos santuários portáteis usados durante os festivais. Chegamos ao Salão Principal e ao de Veneração que alojam pinturas dos 36 poetas “imortais” de Quioto e um tecto com cem dragões todos distintos.

Aos poucos, aproximamo-nos de Sakashita-mon, um pórtico adicional que se abre para um trilho ascendente entre enormes cedros que conduz, por fim, ao túmulo de Ieyasu, tal como esperávamos, solene.

Os japoneses têm um ditado popular que professa que não se pode dizer “belo” (kekko) até se ter visto Nikko. Nesse fim-de-semana, milhares levaram a expressão à letra e confluíram para a zona sagrada da cidade determinados em descobrir mais sobre a alma e a história do país.

Percorremos, na sua companhia, a avenida que liga Tosho Gu a Futarasan –  o templo mais antigo de Nikko, fundado pelo eremita Shodo Shomin, em 1619 –  ao mausoléu Taiyu-byo.

Um grande torii de granito serve de pórtico sagrado ao mausoleu de Toshogu.

Após o prioritário ToshoGu, por norma, os visitantes dirigem-se a Futasaran para venerar três divindades xintoístas: Okuninushi, Tagorihime e Ajisukitakahikone.

E descobrir o santuário protector de Nikko, dedicado à montanha Nantai que, com 2248m, contribui em grande parte para a rigidez climatérica da região.

Casal sobe a escadaria de um dos santuários de Nikko.

Já no mausoléu Taiyu-byo, prestam homenagem ao neto de Ieyasu, Iemitsu Tokugawa (1604-51) que decretou que o seu sepulcro não pudesse ofuscar o do avô. Como se isso fosse possível.

Para a maior parte dos japoneses de hoje, Ieyasu Tokugawa é digno de toda a reverência que ali admiramos e de muito mais.

Nascido em 1541, o militar tornou-se um xogun temido e conquistador. Dois anos depois de Ieyasu ter vindo ao mundo, os portugueses desembarcaram em terras hoje japonesas. A supremacia e o território das várias ilhas eram disputados por senhores da guerra, líderes de clãs rivais.

No contexto desses sucessivos conflitos calhou que, em 1600, o domínio de quase todo o actual Japão estivesse em jogo numa única batalha, a de Sekigahara. Travaram-na dois exércitos, ambos formados por diversos clãs aliados.

Ieyasu conduziu o triunfante. Decorreram três anos até que a sua supremacia sobre o clã rival Toytomi e os demais senhores feudais do Japão (os daimyo) fosse indisputado.

Irmãs em quimonos tradicionais, de visita ao santuário Toshogu.

Hoje, a batalha Sekigahara é tida como o dealbar oficioso do derradeiro xogunato supremo. Depois dela e até à restauração Meiji – que, em 1868, encerrou o período feudal Edo (ou Tokugawa) – as ilhas nipónicas viveram por fim em paz.

Também a nacionalidade japonesa começou a ganhar expressão.

Ieyasu, o fundador da dinastia e mentor militar e ideológico desta evolução drástica foi prendado com inúmeros tributos póstumos dos descendentes e súbditos. Entre eles, contou-se a entrega de 15.000 artesãos provenientes de todo o Japão que trabalharam dois anos a fio na reconstrução da sua última morada.

O Pagode de cinco andares que antecede a entrada do mausoléu Toshogu.

Regressemos ao mausoléu. Não demorámos a perceber que o edifício Taiyu-byo do santuário Toshogu agrupava vários dos elementos do modelo original.

Revelava-se mais pequeno e mais intimista, com algum mistério adicional emprestado pelas dezenas de lanternas de pedra doadas pelos daimyo e pela sombra lúgubre da floresta de cedros japoneses em redor que nos fazia a alameda de acesso ao santuário casamenteiro Meiji, de Tóquio.

Os cedros são, aliás, omnipresentes na área histórica de Nikko.

Por ali se situa uma avenida que é recordista mundial, registada no livro do Guiness como a mais longa via do mundo ladeada de árvores, com 35.41 km de extensão e guarnecida de 200.000 criptomérias japónicas.

Trata-se da única propriedade cultural japonesa designada pelo governo nipónico ao mesmo tempo como Sítio Histórico Especial e Monumento Natural Especial.

O lugar para onde nos mudamos em seguida, ávidos por alguma reclusão, é igualmente singular. Demoramos a achá-lo, atrasados pela incompatibilidade linguística e por indicações dúbias ou disfuncionais.

Quando vislumbramos finalmente a colecção sublime de jizos de Gamman-Ga-Fuchi, tudo muda.

Estas esculturas budistas protectoras das crianças e dos viajantes surgem dispostas sem fim aparente numa franja de floresta à beira do rio Daiya.

Insinuam-se-nos estranhamente arredondadas, clonadas, cobertas de musgo e agasalhadas pelos crentes com gorros e babetes vermelhos.

Bake-jizo, a longa sequência, parece diverti-se com quem tenta contar os congéneres, que se dizem incontáveis. Começamos por tentar a tarefa. Depressa nos rendemos à razão daqueles jizos castradores. E ao tédio da contagem.

Nikko, Japão

O Derradeiro Cortejo do Xogum Tokugawa

Em 1600, Ieyasu Tokugawa inaugurou um xogunato que uniu o Japão por 250 anos. Em sua homenagem, Nikko re-encena, todos os anos, a transladação medieval do general para o mausoléu faustoso de Toshogu.
Quioto, Japão

Sobrevivência: A Última Arte Gueixa

Já foram quase 100 mil mas os tempos mudaram e as gueixas estão em vias de extinção. Hoje, as poucas que restam vêem-se forçadas a ceder a modernidade menos subtil e elegante do Japão.
Quioto, Japão

Uma Fé Combustível

Durante a celebração xintoísta de Ohitaki são reunidas no templo de Fushimi preces inscritas em tabuínhas pelos fiéis nipónicos. Ali, enquanto é consumida por enormes fogueiras, a sua crença renova-se.
Magome-Tsumago, Japão

Magome a Tsumago: o Caminho Sobrelotado Para o Japão Medieval

Em 1603, o xogum Tokugawa ditou a renovação de um sistema de estradas já milenar. Hoje, o trecho mais famoso da via que unia Edo a Quioto é percorrido por uma turba ansiosa por evasão.
Ogimashi, Japão

Uma Aldeia Fiel ao A

Ogimashi revela uma herança fascinante da adaptabilidade nipónica. Situada num dos locais mais nevosos à face da Terra, esta povoação aperfeiçoou casas com verdadeiras estruturas anti-colapso.
Okinawa, Japão

O Pequeno Império do Sol

Reerguida da devastação causada pela 2ª Guerra Mundial, Okinawa recuperou a herança da sua civilização secular ryukyu. Hoje, este arquipélago a sul de Kyushu abriga um Japão à margem, prendado por um oceano Pacífico turquesa e bafejado por um peculiar tropicalismo nipónico.
Miyajima, Japão

Xintoísmo e Budismo ao Sabor das Marés

Quem visita o tori de Itsukushima admira um dos três cenários mais reverenciados do Japão. Na ilha de Miyajima, a religiosidade nipónica confunde-se com a Natureza e renova-se com o fluir do Mar interior de Seto.
Okinawa, Japão

Danças de Ryukyu: têm séculos. Não têm grandes pressas.

O reino Ryukyu prosperou até ao século XIX como entreposto comercial da China e do Japão. Da estética cultural desenvolvida pela sua aristocracia cortesã contaram-se vários estilos de dança vagarosa.
Tóquio, Japão

A Noite Sem Fim da Capital do Sol Nascente

Dizer que Tóquio não dorme é eufemismo. Numa das maiores e mais sofisticadas urbes à face da Terra, o crepúsculo marca apenas o renovar do quotidiano frenético. E são milhões as suas almas que, ou não encontram lugar ao sol, ou fazem mais sentido nos turnos “escuros” e obscuros que se seguem.
Nara, Japão

Budismo vs Modernismo: a Face Dupla de Nara

No século VIII d.C. Nara foi a capital nipónica. Durante 74 anos desse período, os imperadores ergueram templos e santuários em honra do Budismo, a religião recém-chegada do outro lado do Mar do Japão. Hoje, só esses mesmos monumentos, a espiritualidade secular e os parques repletos de veados protegem a cidade do inexorável cerco da urbanidade.
Takayama, Japão

Takayama do Japão Antigo e da Hida Medieval

Em três das suas ruas, Takayama retém uma arquitectura tradicional de madeira e concentra velhas lojas e produtoras de saquê. Em redor, aproxima-se dos 100.000 habitantes e rende-se à modernidade.
Tóquio, Japão

O Imperador sem Império

Após a capitulação na 2ª Guerra Mundial, o Japão submeteu-se a uma constituição que encerrou um dos mais longos impérios da História. O imperador japonês é, hoje, o único monarca a reinar sem império.
Parque Nacional Gorongosa, Moçambique, Vida Selvagem, leões
Safari
PN Gorongosa, Moçambique

O Coração Selvagem de Moçambique dá Sinais de Vida

A Gorongosa abrigava um dos mais exuberantes ecossistemas de África mas, de 1980 a 1992, sucumbiu à Guerra Civil travada entre a FRELIMO e a RENAMO. Greg Carr, o inventor milionário do Voice Mail recebeu a mensagem do embaixador moçambicano na ONU a desafiá-lo a apoiar Moçambique. Para bem do país e da humanidade, Carr comprometeu-se a ressuscitar o parque nacional deslumbrante que o governo colonial português lá criara.
Thorong La, Circuito Annapurna, Nepal, foto para a posteridade
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 13º - High Camp a Thorong La a Muktinath, Nepal

No Auge do Circuito dos Annapurnas

Aos 5416m de altitude, o desfiladeiro de Thorong La é o grande desafio e o principal causador de ansiedade do itinerário. Depois de, em Outubro de 2014, ter vitimado 29 montanhistas, cruzá-lo em segurança gera um alívio digno de dupla celebração.
Escadaria Palácio Itamaraty, Brasilia, Utopia, Brasil
Arquitectura & Design
Brasília, Brasil

Brasília: da Utopia à Capital e Arena Política do Brasil

Desde os tempos do Marquês de Pombal que se falava da transferência da capital para o interior. Hoje, a cidade quimera continua a parecer surreal mas dita as regras do desenvolvimento brasileiro.
Aventura
Vulcões

Montanhas de Fogo

Rupturas mais ou menos proeminentes da crosta terrestre, os vulcões podem revelar-se tão exuberantes quanto caprichosos. Algumas das suas erupções são gentis, outras provam-se aniquiladoras.
Bom conselho Budista
Cerimónias e Festividades
Chiang Mai, Tailândia

300 Wats de Energia Espiritual e Cultural

Os tailandeses chamam a cada templo budista wat e a sua capital do norte tem-nos em óbvia abundância. Entregue a sucessivos eventos realizados entre santuários, Chiang Mai nunca se chega a desligar.
Museu do Petróleo, Stavanger, Noruega
Cidades
Stavanger, Noruega

A Cidade Motora da Noruega

A abundância de petróleo e gás natural ao largo e a sediação das empresas encarregues de os explorarem promoveram Stavanger de capital da conserva a capital energética norueguesa. Nem assim esta cidade se conformou. Com um legado histórico prolífico, às portas de um fiorde majestoso, há muito que a cosmopolita Stavanger impele a Terra do Sol da Meia-Noite.
Moradora obesa de Tupola Tapaau, uma pequena ilha de Samoa Ocidental.
Comida
Tonga, Samoa Ocidental, Polinésia

Pacífico XXL

Durante séculos, os nativos das ilhas polinésias subsistiram da terra e do mar. Até que a intrusão das potências coloniais e a posterior introdução de peças de carne gordas, da fast-food e das bebidas açucaradas geraram uma praga de diabetes e de obesidade. Hoje, enquanto boa parte do PIB nacional de Tonga, de Samoa Ocidental e vizinhas é desperdiçado nesses “venenos ocidentais”, os pescadores mal conseguem vender o seu peixe.
Cultura
Cemitérios

A Última Morada

Dos sepulcros grandiosos de Novodevichy, em Moscovo, às ossadas maias encaixotadas de Pomuch, na província mexicana de Campeche, cada povo ostenta a sua forma de vida. Até na morte.
Espectador, Melbourne Cricket Ground-Rules footbal, Melbourne, Australia
Desporto
Melbourne, Austrália

O Futebol em que os Australianos Ditam as Regras

Apesar de praticado desde 1841, o Futebol Australiano só conquistou parte da grande ilha. A internacionalização nunca passou do papel, travada pela concorrência do râguebi e do futebol clássico.
Cenário marciano do Deserto Branco, Egipto
Em Viagem
Deserto Branco, Egipto

O Atalho Egípcio para Marte

Numa altura em que a conquista do vizinho do sistema solar se tornou uma obsessão, uma secção do leste do Deserto do Sahara abriga um vasto cenário afim. Em vez dos 150 a 300 dias que se calculam necessários para atingir Marte, descolamos do Cairo e, em pouco mais de três horas, damos os primeiros passos no Oásis de Bahariya. Em redor, quase tudo nos faz sentir sobre o ansiado Planeta Vermelho.
Desfile de nativos-mericanos, Pow Pow, Albuquerque, Novo México, Estados Unidos
Étnico
Albuquerque, E.U.A.

Soam os Tambores, Resistem os Índios

Com mais de 500 tribos presentes, o pow wow "Gathering of the Nations" celebra o que de sagrado subsiste das culturas nativo-americanas. Mas também revela os danos infligidos pela civilização colonizadora.
luz solar fotografia, sol, luzes
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 2)

Um Sol, tantas Luzes

A maior parte das fotografias em viagem são tiradas com luz solar. A luz solar e a meteorologia formam uma interacção caprichosa. Saiba como a prever, detectar e usar no seu melhor.
, México, cidade da prata e do Ouro, lares sobre túneis
História
Guanajuato, México

A Cidade que Brilha de Todas as Cores

Durante o século XVIII, foi a cidade que mais prata produziu no mundo e uma das mais opulentas do México e da Espanha colonial. Várias das suas minas continuam activas mas a riqueza de Guanuajuato que impressiona está na excentricidade multicolor da sua história e património secular.
El Nido, Palawan a Ultima Fronteira Filipina
Ilhas
El Nido, Filipinas

El Nido, Palawan: A Última Fronteira Filipina

Um dos cenários marítimos mais fascinantes do Mundo, a vastidão de ilhéus escarpados de Bacuit esconde recifes de coral garridos, pequenas praias e lagoas idílicas. Para a descobrir, basta uma bangka.
Passageiros sobre a superfície gelada do Golfo de Bótnia, na base do quebra-gelo "Sampo", Finlândia
Inverno Branco
Kemi, Finlândia

Não é Nenhum “Barco do Amor”. Quebra Gelo desde 1961

Construído para manter vias navegáveis sob o Inverno árctico mais extremo, o quebra-gelo Sampo” cumpriu a sua missão entre a Finlândia e a Suécia durante 30 anos. Em 1988, reformou-se e dedicou-se a viagens mais curtas que permitem aos passageiros flutuar num canal recém-aberto do Golfo de Bótnia, dentro de fatos que, mais que especiais, parecem espaciais.
Sombra vs Luz
Literatura
Quioto, Japão

O Templo de Quioto que Renasceu das Cinzas

O Pavilhão Dourado foi várias vezes poupado à destruição ao longo da história, incluindo a das bombas largadas pelos EUA mas não resistiu à perturbação mental de Hayashi Yoken. Quando o admirámos, luzia como nunca.
Comboio Kuranda train, Cairns, Queensland, Australia
Natureza
Cairns-Kuranda, Austrália

Comboio para o Meio da Selva

Construído a partir de Cairns para salvar da fome mineiros isolados na floresta tropical por inundações, com o tempo, o Kuranda Railway tornou-se no ganha-pão de centenas de aussies alternativos.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Maria Jacarés, Pantanal Brasil
Parques Naturais
Miranda, Brasil

Maria dos Jacarés: o Pantanal abriga criaturas assim

Eurides Fátima de Barros nasceu no interior da região de Miranda. Há 38 anos, instalou-se e a um pequeno negócio à beira da BR262 que atravessa o Pantanal e ganhou afinidade com os jacarés que viviam à sua porta. Desgostosa por, em tempos, as criaturas ali serem abatidas, passou a tomar conta delas. Hoje conhecida por Maria dos Jacarés, deu nome de jogador ou treinador de futebol a cada um dos bichos. Também garante que reconhecem os seus chamamentos.
Em espera, Mauna Kea vulcão no espaço, Big Island, Havai
Património Mundial UNESCO
Mauna Kea, Havai

Mauna Kea: um Vulcão de Olho no Espaço

O tecto do Havai era interdito aos nativos por abrigar divindades benevolentes. Mas, a partir de 1968 várias nações sacrificaram a paz dos deuses e ergueram a maior estação astronómica à face da Terra
Ooty, Tamil Nadu, cenário de Bollywood, Olhar de galã
Personagens
Ooty, Índia

No Cenário Quase Ideal de Bollywood

O conflito com o Paquistão e a ameaça do terrorismo tornaram as filmagens em Caxemira e Uttar Pradesh um drama. Em Ooty, constatamos como esta antiga estação colonial britânica assumia o protagonismo.
Avião em aterragem, Maho beach, Sint Maarten
Praias
Maho Beach, Sint Maarten

A Praia Caribenha Movida a Jacto

À primeira vista, o Princess Juliana International Airport parece ser apenas mais um nas vastas Caraíbas. Sucessivas aterragens a rasar a praia Maho que antecede a sua pista, as descolagens a jacto que distorcem as faces dos banhistas e os projectam para o mar, fazem dele um caso à parte.
Detalhe do templo de Kamakhya, em Guwahati, Assam, Índia
Religião
Guwahati, India

A Cidade que Venera Kamakhya e a Fertilidade

Guwahati é a maior cidade do estado de Assam e do Nordeste indiano. Também é uma das que mais se desenvolve do mundo. Para os hindus e crentes devotos do Tantra, não será coincidência lá ser venerada Kamakhya, a deusa-mãe da criação.
De volta ao sol. Cable Cars de São Francisco, Vida Altos e baixos
Sobre Carris
São Francisco, E.U.A.

Cable Cars de São Francisco: uma Vida aos Altos e Baixos

Um acidente macabro com uma carroça inspirou a saga dos cable cars de São Francisco. Hoje, estas relíquias funcionam como uma operação de charme da cidade do nevoeiro mas também têm os seus riscos.
Autocarro garrido em Apia, Samoa Ocidental
Sociedade
Samoa  

Em Busca do Tempo Perdido

Durante 121 anos, foi a última nação na Terra a mudar de dia. Mas, Samoa percebeu que as suas finanças ficavam para trás e, no fim de 2012, decidiu voltar para oeste da LID - Linha Internacional de Data.
Mulheres com cabelos longos de Huang Luo, Guangxi, China
Vida Quotidiana
Longsheng, China

Huang Luo: a Aldeia Chinesa dos Cabelos mais Longos

Numa região multiétnica coberta de arrozais socalcados, as mulheres de Huang Luo renderam-se a uma mesma obsessão capilar. Deixam crescer os cabelos mais longos do mundo, anos a fio, até um comprimento médio de 170 a 200 cm. Por estranho que pareça, para os manterem belos e lustrosos, usam apenas água e arrôz.
hipopotamos, parque nacional chobe, botswana
Vida Selvagem
PN Chobe, Botswana

Chobe: um rio na Fronteira da Vida com a Morte

O Chobe marca a divisão entre o Botswana e três dos países vizinhos, a Zâmbia, o Zimbabwé e a Namíbia. Mas o seu leito caprichoso tem uma função bem mais crucial que esta delimitação política.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.