PN Washington Slagbaai, Bonaire

O Cimo Espinhoso de Bonaire


Burro Deambulante
Burro deambula na paisagem do leste
Vedação Cactal
Exemplo das vedações feitas de cactos de Bonaire
Duo Melocactus
Duo de melocactus, um de vários tipos de cactos de Bonaire
Playa Chikitu
Entrada para a Playa Chikitu, uma de várias da costa leste
Vista da Baía Slagbaai
Panorama da Baía Slagbaai com os edifícios sede da antiga base produtora colonial
Natureza Prodigiosa
Árvore cresce de uma falésia rochosa
Estrada entre Cactos-de-Punhal II
Jipe percorre uma estrada ladeada de cactos-de-punhal
Estrada entre Cactos-de-Punhal
Jipe percorre uma estrada ladeada de cactos-de-punhal do PN Washinton Slagbaai
Ao Longo da Costa Oriental
Estrada de terra serpenteia pela costa leste de Bonaire
A Baía de Slagbaai
Falésia pejada de cactos que limita a Baía de Slagbaai
Litoral Rugoso
Cenário rugoso do litoral leste do PN Washington Slagbaai
O Soplado
Visitante junto ao soplado (respiradouro marinho)
Alerta! Burros!
Sinal de trânsito alerta para a presença de burros
O Lago Goto
O lago Goto, o maior do do PN Washington Slagbaai
Iguana Azulada
Uma das inúmeras iguanas do parque
Bando Escarlate
Bando de flamingos no lago Goto
Farol Seru Bentana
O Farol Seru Bentana
O PN Washington Slagbaai ocupa uma vastidão rugosa, repleta de cactos, no extremo noroeste de Bonaire. Em tempos esclavagistas, os holandeses usaram-na como sua principal base produtiva, geradora de sal, de carne de cabra, madeira e outros. No final da década de 70, de maneira a proteger os seus biomas e cenários únicos, declararam-na santuário natural.

O centro colorido, quase de lego, de Kralendijk, a capital de Bonaire, fica para trás.

Ascendemos na ilha pela sua Queen Highway, uma via que acompanha o litoral suave, tom de turquesa e apelativo virado a ocidente, oposto ao oriental, em que os ventos Alísios agitam o Mar das Caraíbas.

A estrada aperta. Enfia-se entre falésias de calcário cobertas de vegetação verdejante. Um sinal de trânsito alerta para a travessia frequente de praticantes de mergulho.

A sua razão de ser surge logo depois, no fundo de uma escadaria, baptizada como dos 1000 Degraus, que permite aos mergulhadores acederem a um domínio marinho e coralífero prodigioso. Haveríamos de lá nos deter.

Naquele momento, a prioridade estava na área protegida mais antiga das Antilhas Holandesas, o Parque Nacional Washington Slagbaai.

Prosseguimos Queen Highway acima. Aqui e ali, distraídos por propriedades com vedações feitas de cactos, uma matéria-prima quase inesgotável em Bonaire, de que ainda só tínhamos admirado uma ínfima parte.

Por fim, a estrada real desemboca noutra, perpendicular. Pela Kaminda Goto – assim se denominava – internamo-nos na ilha, ao longo de um braço lacustre que, não tarda, se uniria a um corpo de água principal.

Mickael, um holandês que se tinha mudado para Bonaire havia três anos e que nos conduzia desde Kralendijk, detém o jipe. Anuncia a paragem inaugural do périplo. “Rapazes, aqui têm o Goto.

O lago Goto, o maior do do PN Washington Slagbaai

O lago Goto, o maior do do PN Washington Slagbaai

É um lago muito especial, o maior lago de água salgada da ilha.” Daquele ponto panorâmico, assistidos pelas explicações do guia, depressa concordamos.

Destacada acima da vegetação da margem imediata, uma sebe natural de cactos-de-punhal fere de verde o azulão do lago. Bem mais sobranceiro face ao norte do lago, ergue-se Brandaris, a colina que, com os seus 241 metros, marca o zénite da ilha quase rasa de Bonaire.

No que dizia respeito ao Goto, o motivo de interesse que atraía a maior parte dos visitantes, concentrava-se ao nível da água, num tom que quebrava a aliança verde-azul da paisagem.

Dezenas de flamingos salpicavam o lago de linhas curvas escarlates.

Bando de flamingos no lago Goto

Bando de flamingos no lago Goto

Formavam apenas um de vários bandos habituados a nutrir-se e a reproduzir-se nas águas interiores, repletas de alimento de Bonaire. Admiramos o bando mover-se numa coreografia graciosa de pescoços e bicos, ora emersos, ora afundados.

Entretanto, Mickael dá o sinal de debandada. Prosseguimos. Contornamos o lago Goto. Aproximamo-nos da elevação Brandaris. Logo, viramos a noroeste, de volta à costa ocidental.

Por uma imensidão cada vez mais densa de distintos tipos de cactos. Damos a volta aos braços recortados de uma salina vasta, Slagbaai. O lugar que agora buscávamos ficava numa orla de quase contacto desta salina com o Mar das Caraíbas.

Conhecida por Boca Slagbaai, era epónima do parque nacional que a envolvia. Em grande parte, por ter desempenhado um papel controverso, mas crucial na colonização holandesa de Bonaire.

Panorama da Baía Slagbaai com os edifícios sede da antiga base produtora colonial

Panorama da Baía Slagbaai com os edifícios sede da antiga base produtora colonial

Lá damos com uma baía de mar translúcido que molhava a areia alva, de coral desintegrado. Edifícios térreos, amarelos, com telha ocre, sobrepunham-se ao areal.

Cirandamos em redor. Tomamos um trilho dissimulado e ascendemos ao cimo da encosta a sul. Dali, apreciamos o conjunto multicolor, com o verde da colina Brandaris projectado acima dos edifícios.

Com tempo para tal exercício, transpomos aquele lugar de mar quase imóvel para o mapa da ilha e das Caraíbas.

A Boca Slagbaai ficava num dos pontos de Bonaire mais protegido das tempestades provindas do Atlântico. Em simultâneo, estava virada para a ilha-mãe das Antilhas Holandesas, Curaçao.

No contexto da Guerra dos Oitenta Anos (1568-1648), em jeito de retaliação pela perda de Sint Maarten, os Holandeses tomaram Curaçao, Aruba e Bonaire a Espanha. Fizeram de Curaçao o principal entreposto de escravos holandês das Caraíbas.

Ainda no século XVII, a sua Companhia das Índias Ocidentais instalou, na enseada e para interior, a principal base produtiva das Antilhas Holandesas.

Escravos africanos lá trabalhavam na produção de carne de cabra. A origem do nome Slagbaai, está, aliás, no termo holandês slachtbaai, traduzível como Baía da Matança.

Falésia pejada de cactos que limita a Baía de Slagbaai

Falésia pejada de cactos que limita a Baía de Slagbaai

Além da carne, os escravos produziam madeira e grandes quantidades de sal. Os produtos de Slagbaai garantiam a subsistência da população – a livre e a escrava – que aumentava a forte ritmo, sobretudo, na capital do arquipélago, Willemstad.

Serviam ainda para alimentar e fornecer de água e madeira os barcos que navegavam entre Amesterdão e as Américas. E, quando possível, para exportação para a Europa, como era o caso do sal, que Bonaire tinha e continua a ter em abundância.

Reza a história que os holandeses degredaram ainda prisioneiros espanhóis e portugueses na ilha, à época, habitada pelos poucos nativos caquetios que tinham sobrevivido à colonização espanhola.

Diz-se que estes proscritos fundaram a actual povoação de Antriol, nome que terá derivado da alteração do termo espanhol “al interior”.

Árvore cresce de uma falésia rochosa

Árvore cresce de uma falésia rochosa

Slagbaai, essa, a meio do século XIX, em virtude da falência da Companhia das Índias Ocidentais, passou para o estado holandês. Poucos depois, a abolição da escravatura alastrou-se pelas colónias.

As plantações – na realidade, a gestão de Bonaire no seu todo – revelaram-se inviáveis. O estado holandês vendeu a maior parte das terras a privados.

Dois irmãos de apelido Herrera, adquiriram Slagbaai. Rebaptizaram a fazenda de América.

Dotaram-na de novas estruturas: uma casa de capataz, uma loja e um escritório. Por ser o fulcro administrativo da propriedade, chamaram-no de Washington.

Na década de 60, o governo holandês readquiriu a propriedade, sob as condições de que não a venderia a empresários e de que a transformaria na área protegida imensa (21.79 km2) pioneira de Bonaire.

Duo de melocactus, um de vários tipos de cactos de Bonaire

Duo de melocactus, um de vários tipos de cactos de Bonaire

Continuamos a desbravá-la.

De Slagbaai, cortamos pelo âmago da ilha.

Até chegarmos ao seu absoluto píncaro setentrional, acima de uma salina enorme conhecida por Bartol que acolhia outro bando de flamingos.

No trajecto, sempre entre cactos e arbustos ásperos e cortantes, encontramos representantes distintos da fauna local.

Uma das inúmeras iguanas do PN Washington Slagbaai

Uma das inúmeras iguanas do PN Washington Slagbaai e de Bonaire

Um bom número de carcarás, uns em voo, outros em disputas pousadas. Iguanas, e cabras, claro está.

Os caprinos, dedicados a devorarem pedaços de cactos que, contra todas as evidências, tinham como comestíveis.

O Farol Seru Bentana

O Farol Seru Bentana

No caminho para o farol de Seru Bentana, um dos mais antigos dos cinco de Bonaire, cruzamo-nos ainda com burros deambulantes.

À imagem das cabras, introduzidos na ilha durante os tempos coloniais.

Burro deambula na paisagem do leste do PN Washington Slagbaai

Burro deambula na paisagem do leste do PN Washington Slagbaai

Já no cimo absoluto de Bonaire tínhamos constatado como a meteorologia contrastava com a do litoral oeste.

Dali, pela costa abaixo, passamos por sucessivas bocas (baías) recortadas que os Alísios fortalecidos pela intempérie castigavam com um vendaval infernal e ondas traiçoeiras.

Mickael conduz-nos a outra dessas enseadas recortadas e profundas a que o mar revolto não deixava perceber areal.

Uma abertura na costa rochosa fazia, a cada vaga mais vigorosa, projectar para o ar uma espécie de géiser frio e alargado.

Fotografamos momentos impressionantes do fenómeno quando um visitante a ele se faz.

Visitante junto ao soplado (respiradouro marinho) do PN Washington Slagbaai

Visitante junto ao soplado (respiradouro marinho) do PN Washington Slagbaai

Por certo já conhecedor do sítio, coloca-se do lado do vento, o mesmo de que provinham as ondas.

Na iminência algo assustadora da rebentação, exemplifica a um amigo como a água do blow hole soplado no excêntrico dialecto papiamento – era projectada à frente dos seus narizes, sem quase os borrifar.

Progredimos para sul.

Cenário rugoso do litoral leste do PN Washington Slagbaai

Cenário rugoso do litoral leste do PN Washington Slagbaai

Por vias de terra batida ensopadas pela chuva ainda miúda que irrigava a árida Bonaire.

Ao longo de fracturas geológicas e de falésias de que, na passagem dos milénios, o Mar das Caraíbas se tinha afastado.

Por quase trilhos afundados em sebes de cactos-de-punhal, muitos, com quatro e cinco metros de altura.

Jipe percorre uma estrada ladeada de cactos-de-punhal do PN Washinton Slagbaai

Jipe percorre uma estrada ladeada de cactos-de-punhal do PN Washinton Slagbaai

Atingimos uma tal de Boca Chiquitu, uma grande falha no rebordo leste de Bonaire, que estreitava do mar para dentro, até se ligar ao caudal de um riacho efémero.

Duas placas vermelhas, uma escrita em inglês/holandês, a outra, em papiamento/espanhol alertavam: “Cuidado. Ondas e correntes muito perigosas”.

Entrada para a Playa Chikitu, uma de várias da costa leste de Bonaire

Entrada para a Playa Chikitu, uma de várias da costa leste de Bonaire

Uma chuva já a sério alia-se ao vendaval.

Aversos a tendências suicidas, com a volta ao PN Washington Slagbaai completa, cruzamos metade de Bonaire na diagonal, apontados ao abrigo urbano de Kralendijk.

 

Como Ir

Voe para Kralendijk com a KLM, via Amesterdão, Países Baixos e Oranjestad Aruba, por a partir de 830 euros ida-e-volta.

Em Kralendijk, poderá contactar a Voyager Bonaire: voyagerbonairetours.com ; +599 700 41 23 ; +599 717 4123 para reservar o seu tour ao PN Washington Slagbaai e outros.

Willemstad, Curaçao

O Coração Multicultural de Curaçao

Uma colónia holandesa das Caraíbas tornou-se um grande polo esclavagista. Acolheu judeus sefarditas que se haviam refugiado da Inquisição em Amesterdão e Recife e assimilou influências das povoações portuguesas e espanholas com que comerciava. No âmago desta fusão cultural secular esteve sempre a sua velha capital: Willemstad.
Aruba

Aruba: a Ilha no Lugar Certo

Crê-se que os nativos caquetío lhe chamavam oruba, ou “ilha bem situada”. Frustrados pela falta de ouro, os descobridores espanhóis trataram-na por “ilha inútil”. Ao percorrermos o seu cimo caribenho, percebemos o quanto o primeiro baptismo de Aruba sempre fez mais sentido.
Oranjestad, Aruba

A Alma Neerlandesa de Aruba

Do outro lado do Atlântico, nas profundezas das Caraíbas, Oranjestad, a capital de Aruba exibe boa parte do legado deixado nas ilhas ABC pelos colonos dos Países Baixos. Os nativos chamam-lhe “Playa”. A cidade anima-se com festas balneares exuberantes.
PN Arikok, Aruba

A Aruba Monumental que Acolheu Arie Kok

Em tempos coloniais, um fazendeiro holandês explorou uma propriedade no nordeste de Aruba. Com o evento do turismo a alastrar-se, as autoridades definiram uma vasta área protegida em redor da velha fazenda e baptizaram-na em sua honra. O parque nacional de Arikok congrega, hoje, alguns dos lugares naturais e históricos incontornáveis da ilha.
Rincon, Bonaire

O Recanto Pioneiro das Antilhas Holandesas

Pouco depois da chegada de Colombo às Américas, os castelhanos descobriram uma ilha caribenha a que chamaram Brasil. Receosos da ameaça pirata, esconderam a primeira povoação num vale. Decorrido um século, os holandeses apoderaram-se dessa ilha e rebaptizaram-na de Bonaire. Não apagaram o nome despretensioso da colónia precursora: Rincon.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Hipopótamo exibe as presas, entre outros
Safari
PN Mana Pools, Zimbabwé

O Zambeze no Cimo do Zimbabwé

Passada a época das chuvas, o minguar do grande rio na fronteira com a Zâmbia lega uma série de lagoas que hidratam a fauna durante a seca. O Parque Nacional Mana Pools denomina uma região fluviolacustre vasta, exuberante e disputada por incontáveis espécimes selvagens.
Braga ou Braka ou Brakra, no Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 6º – Braga, Nepal

Num Nepal Mais Velho que o Mosteiro de Braga

Quatro dias de caminhada depois, dormimos aos 3.519 metros de Braga (Braka). À chegada, apenas o nome nos é familiar. Confrontados com o encanto místico da povoação, disposta em redor de um dos mosteiros budistas mais antigos e reverenciados do circuito Annapurna, lá prolongamos a aclimatização com subida ao Ice Lake (4620m).
Treasures, Las Vegas, Nevada, Cidade do Pecado e Perdao
Arquitectura & Design
Las Vegas, E.U.A.

Onde o Pecado tem Sempre Perdão

Projectada do Deserto Mojave como uma miragem de néon, a capital norte-americana do jogo e do espectáculo é vivida como uma aposta no escuro. Exuberante e viciante, Vegas nem aprende nem se arrepende.
O pequeno farol de Kallur, destacado no relevo caprichoso do norte da ilha de Kalsoy.
Aventura
Kalsoy, Ilhas Faroé

Um Farol no Fim do Mundo Faroês

Kalsoy é uma das ilhas mais isoladas do arquipélago das faroés. Também tratada por “a flauta” devido à forma longilínea e aos muitos túneis que a servem, habitam-na meros 75 habitantes. Muitos menos que os forasteiros que a visitam todos os anos atraídos pelo deslumbre boreal do seu farol de Kallur.
Via Conflituosa
Cerimónias e Festividades
Jerusalém, Israel

Pelas Ruas Beliciosas da Via Dolorosa

Em Jerusalém, enquanto percorrem a Via Dolorosa, os crentes mais sensíveis apercebem-se de como a paz do Senhor é difícil de alcançar nas ruelas mais disputadas à face da Terra.
Pela sombra
Cidades
Miami, E.U.A.

Uma Obra-Prima da Reabilitação Urbana

Na viragem para o século XXI, o bairro Wynwood mantinha-se repleto de fábricas e armazéns abandonados e grafitados. Tony Goldman, um investidor imobiliário astuto, comprou mais de 25 propriedades e fundou um parque mural. Muito mais que ali homenagear o grafiti, Goldman fundou o grande bastião da criatividade de Miami.
mercado peixe Tsukiji, toquio, japao
Comida
Tóquio, Japão

O Mercado de Peixe que Perdeu a Frescura

Num ano, cada japonês come mais que o seu peso em peixe e marisco. Desde 1935, que uma parte considerável era processada e vendida no maior mercado piscícola do mundo. Tsukiji foi encerrado em Outubro de 2018, e substituído pelo de Toyosu.
Celebração newar, Bhaktapur, Nepal
Cultura
Bhaktapur, Nepal

As Máscaras Nepalesas da Vida

O povo indígena Newar do Vale de Katmandu atribui grande importância à religiosidade hindu e budista que os une uns aos outros e à Terra. De acordo, abençoa os seus ritos de passagem com danças newar de homens mascarados de divindades. Mesmo se há muito repetidas do nascimento à reencarnação, estas danças ancestrais não iludem a modernidade e começam a ver um fim.
Espectador, Melbourne Cricket Ground-Rules footbal, Melbourne, Australia
Desporto
Melbourne, Austrália

O Futebol em que os Australianos Ditam as Regras

Apesar de praticado desde 1841, o Futebol Australiano só conquistou parte da grande ilha. A internacionalização nunca passou do papel, travada pela concorrência do râguebi e do futebol clássico.
Quedas d'água de Lisbon, a sul do canyon do rio Blyde.
Em Viagem
Panorama Route, África do Sul

Na Rota Panorâmica da África do Sul

Conduzimos dos meandros profundos do rio Blyde até ao povoado ex-colonial e pitoresco de Pilgrim’s Rest e às grutas de Sudwala. Km após Km, a província de Mpumalanga revela-nos a sua grandiosidade.
Corrida de Renas , Kings Cup, Inari, Finlândia
Étnico
Inari, Finlândia

A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
Vista para ilha de Fa, Tonga, Última Monarquia da Polinésia
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sinais Exóticos de Vida

Cilaos, ilha da Reunião, Casario Piton des Neiges
História
Cilaos, Reunião

Refúgio sob o tecto do Índico

Cilaos surge numa das velhas caldeiras verdejantes da ilha de Reunião. Foi inicialmente habitada por escravos foragidos que acreditavam ficar a salvo naquele fim do mundo. Uma vez tornada acessível, nem a localização remota da cratera impediu o abrigo de uma vila hoje peculiar e adulada.
Solovetsky, Ilhas, Arquipélago, Russia, Outono, UAZ, estrada de Outono
Ilhas
Bolshoi Solovetsky, Rússia

Uma Celebração do Outono Russo da Vida

Na iminência do oceano Ártico, a meio de Setembro, a folhagem boreal resplandece de dourado. Acolhidos por cicerones generosos, louvamos os novos tempos humanos da grande ilha de Solovetsky, famosa por ter recebido o primeiro dos campos prisionais soviéticos Gulag.
Geotermia, Calor da Islândia, Terra do Gelo, Geotérmico, Lagoa Azul
Inverno Branco
Islândia

O Aconchego Geotérmico da Ilha do Gelo

A maior parte dos visitantes valoriza os cenários vulcânicos da Islândia pela sua beleza. Os islandeses também deles retiram calor e energia cruciais para a vida que levam às portas do Árctico.
Enseada, Big Sur, Califórnia, Estados Unidos
Literatura
Big Sur, E.U.A.

A Costa de Todos os Refúgios

Ao longo de 150km, o litoral californiano submete-se a uma vastidão de montanha, oceano e nevoeiro. Neste cenário épico, centenas de almas atormentadas seguem os passos de Jack Kerouac e Henri Miller.
Salto Negao, chapada diamantina, bahia gema, brasil
Natureza
Chapada Diamantina, Brasil

Bahia de Gema

Até ao final do séc. XIX, a Chapada Diamantina foi uma terra de prospecção e ambições desmedidas.Agora que os diamantes rareiam os forasteiros anseiam descobrir as suas mesetas e galerias subterrâneas
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Camiguin, Filipinas, manguezal de Katungan.
Parques Naturais
Camiguin, Filipinas

Uma Ilha de Fogo Rendida à Água

Com mais de vinte cones acima dos 100 metros, a abrupta e luxuriante, Camiguin tem a maior concentração de vulcões que qualquer outra das 7641 ilhas filipinas ou do planeta. Mas, nos últimos tempos, nem o facto de um destes vulcões estar activo tem perturbado a paz da sua vida rural, piscatória e, para gáudio dos forasteiros, fortemente balnear.
Twyfelfontein, Ui Aes, Twyfelfontein, Adventure Camp
Património Mundial UNESCO
Twyfelfontein - Ui Aes, Namíbia

À Descoberta da Namíbia Rupestre

Durante a Idade da Pedra, o vale hoje coberto de feno do rio Aba-Huab, concentrava uma fauna diversificada que ali atraía caçadores. Em tempos mais recentes, peripécias da era colonial coloriram esta zona da Namíbia. Não tanto como os mais de 5000 petróglifos que subsistem em Ui Aes / Twyfelfontein.
Personagens
Sósias, actores e figurantes

Estrelas do Faz de Conta

Protagonizam eventos ou são empresários de rua. Encarnam personagens incontornáveis, representam classes sociais ou épocas. Mesmo a milhas de Hollywood, sem eles, o Mundo seria mais aborrecido.
A República Dominicana Balnear de Barahona, Balneário Los Patos
Praias
Barahona, República Dominicana

A República Dominicana Balnear de Barahona

Sábado após Sábado, o recanto sudoeste da República Dominicana entra em modo de descompressão. Aos poucos, as suas praias e lagoas sedutoras acolhem uma maré de gente eufórica que se entrega a um peculiar rumbear anfíbio.
Promessa?
Religião
Goa, Índia

Para Goa, Rapidamente e em Força

Uma súbita ânsia por herança tropical indo-portuguesa faz-nos viajar em vários transportes mas quase sem paragens, de Lisboa à famosa praia de Anjuna. Só ali, a muito custo, conseguimos descansar.
Trem do Serra do Mar, Paraná, vista arejada
Sobre Carris
Curitiba a Morretes, Paraná, Brasil

Paraná Abaixo, a Bordo do Trem Serra do Mar

Durante mais de dois séculos, só uma estrada sinuosa e estreita ligava Curitiba ao litoral. Até que, em 1885, uma empresa francesa inaugurou um caminho-de-ferro com 110 km. Percorremo-lo, até Morretes, a estação, hoje, final para passageiros. A 40km do término original e costeiro de Paranaguá.
Mulheres com cabelos longos de Huang Luo, Guangxi, China
Sociedade
Longsheng, China

Huang Luo: a Aldeia Chinesa dos Cabelos mais Longos

Numa região multiétnica coberta de arrozais socalcados, as mulheres de Huang Luo renderam-se a uma mesma obsessão capilar. Deixam crescer os cabelos mais longos do mundo, anos a fio, até um comprimento médio de 170 a 200 cm. Por estranho que pareça, para os manterem belos e lustrosos, usam apenas água e arrôz.
O projeccionista
Vida Quotidiana
Sainte-Luce, Martinica

Um Projeccionista Saudoso

De 1954 a 1983, Gérard Pierre projectou muitos dos filmes famosos que chegavam à Martinica. 30 anos após o fecho da sala em que trabalhava, ainda custava a este nativo nostálgico mudar de bobine.
Vista aérea das quedas de água de Malolotja.
Vida Selvagem
Reserva Natural de Malolotja, eSwatini

Malolotja: o Rio, as quedas d’água e a Reserva Natural Grandiosa

Meros 32km a nordeste da capital Mbabane, sobre a fronteira com a África do Sul, ascendemos a terras altas, rugosas e vistosas de eSwatini. Por lá flui o rio Malolotja e se despenham as cascatas homónimas, as mais altas do Reino. Manadas de zebras e de antílopes percorrem os pastos e florestas em redor, numa das reservas com maior biodiversidade do sul de África.  
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.