Laguna Oviedo a Bahia de las Águilas, República Dominicana

Em Busca da Praia Dominicana Imaculada


Flora Corajosa
A vegetação espinhosa e resiliente que desponta dos rochedos junto a Cueva de Los Pescadores.
Camião na Carretera 44
Camião sobrecarregado percorre os meandros da carretera 44, em Pedernales.
Manobras de Mar
Guias na beira-mar translúcida do PN Jaragua
Navegação Caribe
Lancha prestes a entrar no Mar das Caraíbas apelativo da Bahia de Las Águilas
Cargueiro “Fayal”, Cabo Rojo
A embarcação da empresa Cementos Andinos incendiada e encalhada em Cabo Rojo.
La Chucha
Barco "La Chucha" no areal do Cabo Rojo em frente ao cargueiro "Fayal".
Carloe e Guia
A Praia Bahia de Las Águilas
Vista da Bahia de Las Águilas a partir da torre de observação instalada sobre o areal.
Cenário PN Jaragua
Falésias do PN Jaragua que o recuo do Mar das Caraíbas deixou a seco.
Barcos no Povoado Cueva de Los Pescadores
Barcos dos pescadores e guias de Cueva de Los Pescadores, à entrada do PN Jaragua e da Bahia de Las Águilas.
Rochedos à Entrada dp PN Jaragua
As falésias calcárias e pejadas de cactos que separam Cueva de Los Pescadores da Bahia de Las Águilas.
A Praia Bahia de Las Águilas
A curva suave da Playa Bahia de Las Águilas, no cimo do PN Jaragua.
Contra todas as probabilidades, um dos litorais dominicanos mais intocados também é dos mais remotos. À descoberta da província de Pedernales, deslumbramo-nos com o semi-desértico Parque Nacional Jaragua e com a pureza caribenha da Bahia de las Águilas.

Despedimo-nos dos guias Hector e Saturnino e do Centro de Interpretação que serve de portal ao domínio Biosfera da UNESCO de Jaragua e que tínhamos explorado horas a fio. Voltamos a deter-nos no Colmado Alba.

Lá nos reabastecemos de bebidas para o trajecto ainda longo e árido na direcção da fronteira com o Haiti que íamos completar.

A estrada 44 leva-nos da margem norte da Laguna de Oviedo para o interior de Pedernales, pelo limite superior do Parque Nacional Jaragua, a maior área protegida da República Dominicana.

São quase 1400 km2 sobretudo de floresta árida, que se estende até ao extremo sul da ilha de Hispaniola, com prolongamento marinho em duas ilhas menores ao largo, a Beata e a ilha de Alto Velo.

Sucedem-se pequenas povoações perdidas na vastidão ressequida pelo sol tropical, casos de Tres Charcos e de Manuel Goya.

À medida que nos aproximamos da cidade fronteiriça de Pedernales, o relevo torna-se caprichoso. Serpenteamos entre cactos, arbustos espinhosos e, aqui e ali, entre grandes rochas de calcário pejadas de arestas cortantes.

Carlos, o guia e motorista explica-nos que, a hostilidade do clima, da flora e do terreno, a muralha divisória de 190km e as patrulhas regulares das autoridades dominicanas têm evitado a passagem de migrantes haitianos para a parte oriental de Hispaniola.

Nem de propósito, momentos depois, cruzamo-nos com um camião carregado com uma quase pirâmide multicolor, feita de grandes sacas sabe-se lá de quê.

Uma rede densa de cordas apertadas mantinha a carga empilhada e estável. O suficiente para, no seu topo, seguirem ainda três passageiros refastelados.

A Complexa Cisão Histórica e Territorial da Ilha de Hispaniola

Estão a vê-los, lá no cimo? São haitianos. Estes, passaram pela aduana de Pedernales. Estão em trabalho e devem voltar ao fim do dia. Mas, como eles, muitos outros entram a pé por trilhos estreitos que só eles conhecem.

Por muito mal que lhes corra a travessia, nunca será pior que a vida que os haitianos têm do lado de lá.”

Esta realidade actual e a evolução das nações vizinhas de Hispaniola após a cisão ditada pelo triunfo dominicano na Guerra de Independência da República Dominicana (1844-56) formavam um tema que nos intrigava.

Por altura da cisão de 1844, o território dominicano integrava o grande Haiti, aumentado, quando 22 anos antes, o Haiti francófono invadiu a República do Haiti Espanhol.

Até 1790, o Haiti foi a colónia francesa mais rica das Américas, muito graças aos lucros astronómicos gerados pela exportação de açúcar e de índigo produzidos por centenas de milhares de escravos raptados em África.

Os ventos sopravam de feição para os colonos sem escrúpulos quando os ideais da Revolução Francesa de 1789 chegaram às Américas.

Haiti: o Primeiro País do Mundo a Resultar duma Revolta de Escravos

Decorridos apenas quatro anos, deflagrou, no Haiti, uma primeira revolta dos escravos que conseguiu a abolição da escravatura. Nesse contexto, os colonos debandaram. Fugiram em grande número para o território da Luisiana norte-americana a norte.

Instigado pelo apoio (também financeiro) destes colonos frustrados, Napoleão Bonaparte ainda tentou dominar as forças revoltosas.

Os seus homens resistiram pouco tempo à febre amarela e às emboscadas das forças insurrectas de Jean-Jacques Salines, victoriosas ao ponto de, em 1804, terem proclamado o Haiti independente, o primeiro país do mundo, resultante de uma revolta de escravos.

A auto-determinação e a liberdade que se seguiram não geraram prosperidade à altura. Longe disso. Daí em diante, sem a linha condutora económica esclarecida mas opressora dos colonos, o Haiti só se degradou.

Povos que tinham tudo para ser um mesmo, separaram-se para sempre.

Se, em 1790, era considerada a colónia francesa mais abastada das Américas, por altura do nosso périplo pela República Dominicana, permanecia, só e abandonado, na posição de país mais pobre do Hemisfério Ocidental.

Sem o esperarmos, também nos vimos vítimas da vulnerabilidade e instabilidade em que há muito vivia.

Incursão ao Haiti Falhada, Mais Tempo no Sudoeste da República Dominicana

Ao passarmos por uma pequena feira turística a ter lugar em Puerto Plata, visitamos os stands de duas empresas haitianas que organizavam tours a lugares imperdíveis da Pérola das Antilhas.

Pré-acordamos que, daí a uns dias, nos iriam guiar num dos seus itinerários. Mantemo-nos em contacto.

Quantos mais dias passavam, mais se agravava uma vaga de manifestações, de motins e de violência provocada, primeiro, pelo aumento dos preços dos combustíveis.

Logo, pela sua dramática indisponibilidade que levou a que o povo haitiano, conduzido pela oposição, exigisse a resignação do presidente Jovenel Moise, de maneira a terminar com a corrupção generalizada e a dar lugar a políticos que viabilizassem a instauração de programas com genuínas preocupações sociais.

Até deixarmos a República Dominicana para uma longa viagem rumo ao fundo da alpondra das Pequenas Antilhas, nada se havia resolvido. Os anfitriões reconheceram que correríamos demasiados riscos.

Com o projecto Haiti adiado para uma próxima oportunidade, dedicamos algum tempo adicional ao sudoeste alternativo das regiões de Barahona e Pedernales. Por onde Carlos, dominicano de gema, nos continuava a conduzir.

Cabo Rojo: Recanto Semi-Perdido e Braseiro da República Dominicana

Centenas de meandros se seguiram, ainda e sempre, pelo meio da paisagem verdejante mas espinhosa e áspera de Jaragua. Deixamos para trás Monte Llano e os Pozos Ecológicos Las Abejas e de Romeo Francés, nascentes cristalinas que brotam das profundezas calcárias da zona.

Uns poucos quilómetros depois, a carretera 44 funde-se com a perpendicular de Cabo Rojo. No mapa, só esse promontório arredado e ocre nos separava do destino final.

Já por um domínio rodoviário de terra mais arenosa que batida, roçamos o extremo oeste do aeroporto doméstico local, uma obra faraónica, se tivermos em conta o fluxo aéreo quase nulo que sustenta.

Na continuação, ainda num cenário de surreal e desolado remanso caribenho, deparamo-nos com o tão ou mais inactivo Porto de Cabo Rojo.

O sol andava pelo seu zénite. Quando deixamos a carrinha, o calor seco oprime-nos bem mais do que estávamos a contar. Além de iminente, o ondular do Mar das Caraíbas soava-nos a urgente.

A Tragédia Encalhada do Cargueiro “Fayal”

Sonhávamos já com um delicioso mergulho quando Carlos nos indica a razão porque ali tínhamos parado. “Estão a ver aquele monstro? Tão cedo ninguém o vai tirar dali.”

Referia-se ao “Fayal” um cargueiro da Cementos Andinos Dominicano que, à data da tragédia que o encalhou, se encontrava fundeado havia mais de um ano por determinação judicial.

Pois, em Agosto de 2017, sem que então acolhesse tripulantes, deflagrou a bordo um incêndio furioso que o Ministério do Meio Ambiente e a Armada da República Dominicana se viram aflitos para controlar.

Nessa altura, o porto de Cabo Rojo encontrava-se inoperacional devido a danos provocados por alguns dos ciclones que, de quando em quando, assolam Hispaniola.

Contemplamos o cargueiro preso pelo fundo do mar pouco profundo e esverdeado, o seu cadáver envelhecido e enferrujado a contrastar com a alvura coralífera do areal e com a pintura festiva de um barquinho em doca seca, o “La Chucha”.

Prosseguimos pela carretera Cueva Los Pescadores, até à longa Praia La Cueva.

Praia La Cueva de Los Pescadores, um Curto Preâmbulo do Destino Final

Carlos estaciona num povoado que agrupava alguns restaurantes, pousadas e sedes operacionais de empresas que proporcionavam, aos visitantes, incursões ao litoral cimeiro do Parque Nacional Jaragua.

O condutor deixa-nos nas mãos de Wilson, guia local e timoneiro da lancha em que nos apressamos a embarcar.

“É bonito demais, vamos depressa que estão umas nuvens pesadas a vir do horizonte para cá.” justifica-nos com a razão da sua experiência.

Zarpamos. Deixamos para trás o Poblado de la Cueva de los Pescadores, assim chamado porque, em tempos anteriores ao turismo, uma comunidade piscatória habitava grutas ali escavadas pela erosão.

Num ápice, o areal some-se.

Navegamos junto ao sopé dessas falésias recortadas de que despontam mais cactos e arbustos espinhosos. Contornamos um derradeiro rochedo coroado por uma pequena árvore equilibrista.

Bahia de Las Águilas: 8km de Praia Caribenha e Natureza Pura

Do outro lado, damos entrada no Parque Nacional Jaragua e num reduto balnear a perder de vista, sem sinal de civilização.

Wilson faz-nos desembarcar a meio da enseada, conhecida como Bahia de Las Águilas.

Não porque lá abundem essas aves, mais pela forma que aquele litoral abençoado ostenta, quando visto do ar.

“Divirtam-se amigos! Quando quiserem que vos venha buscar, liguem para o Carlos.”, despede-se Wilson e assim nos deixa como usufrutuários únicos daquela beira-mar irrepreensível.

Detectamos uma torre de madeira dissimulada no fundo do areal. Subimos ao seu piso superior.

Dali, contemplamos o contraste extremo do Caribe. A imensidão verde-espinhosa de Jaragua, delimitada pela linha recuadas das falésias.

E a rival, a do Mar das Caraíbas esmeralda-turquesa que há muito as desterrou. Estávamos conscientes do quanto, desde a década de 70, o maremoto do turismo tinha adulterado os cenários naturais e tropicais da República Dominicana.

Até ao ocaso nos obrigar a regressar, desfrutámos daquela paisagem como se fosse a única na velha Hispaniola.

Península de Samaná, PN Los Haitises, República Dominicana

Da Península de Samaná aos Haitises Dominicanos

No recanto nordeste da República Dominicana, onde a natureza caribenha ainda triunfa, enfrentamos um Atlântico bem mais vigoroso que o esperado nestas paragens. Lá cavalgamos em regime comunitário até à famosa cascata Limón, cruzamos a baía de Samaná e nos embrenhamos na “terra das montanhas” remota e exuberante que a encerra.
Puerto Plata, República Dominicana

Prata da Casa Dominicana

Puerto Plata resultou do abandono de La Isabela, a segunda tentativa de colónia hispânica das Américas. Quase meio milénio depois do desembarque de Colombo, inaugurou o fenómeno turístico inexorável da nação. Numa passagem-relâmpago pela província, constatamos como o mar, a montanha, as gentes e o sol do Caribe a mantêm a reluzir.
Laguna de Oviedo, República Dominicana

O Mar (nada) Morto da República Dominicana

A hipersalinidade da Laguna de Oviedo oscila consoante a evaporação e da água abastecida pela chuva e pelos caudais vindos da serra vizinha de Bahoruco. Os nativos da região estimam que, por norma, tem três vezes o nível de sal do mar. Lá desvendamos colónias prolíficas de flamingos e de iguanas entre tantas outras espécies que integram este que é um dos ecossistemas mais exuberantes da ilha de Hispaniola.
Barahona, República Dominicana

A República Dominicana Balnear de Barahona

Sábado após Sábado, o recanto sudoeste da República Dominicana entra em modo de descompressão. Aos poucos, as suas praias e lagoas sedutoras acolhem uma maré de gente eufórica que se entrega a um peculiar rumbear anfíbio.
Virgin Gorda, Ilhas Virgens Britânicas

Os "Caribanhos" Divinais de Virgin Gorda

À descoberta das Ilhas Virgens, desembarcamos numa beira-mar tropical e sedutora salpicada de enormes rochedos graníticos. Os The Baths parecem saídos das Seicheles mas são um dos cenários marinhos mais exuberantes das Caraíbas.
Guadalupe, Antilhas Francesas

Guadalupe: Um Caribe Delicioso, em Contra-Efeito Borboleta

Guadalupe tem a forma de uma mariposa. Basta uma volta por esta Antilha para perceber porque a população se rege pelo mote Pas Ni Problem e levanta o mínimo de ondas, apesar das muitas contrariedades.
Fort-de-France, Martinica

Liberdade, Bipolaridade e Tropicalidade

Na capital da Martinica confirma-se uma fascinante extensão caribenha do território francês. Ali, as relações entre os colonos e os nativos descendentes de escravos ainda suscitam pequenas revoluções.
Saint-Pierre, Martinica

A Cidade que Renasceu das Cinzas

Em 1900, a capital económica das Antilhas era invejada pela sua sofisticação parisiense, até que o vulcão Pelée a carbonizou e soterrou. Passado mais de um século, Saint-Pierre ainda se regenera.
Sainte-Luce, Martinica

Um Projeccionista Saudoso

De 1954 a 1983, Gérard Pierre projectou muitos dos filmes famosos que chegavam à Martinica. 30 anos após o fecho da sala em que trabalhava, ainda custava a este nativo nostálgico mudar de bobine.
Martinica, Antilhas Francesas

Caraíbas de Baguete debaixo do Braço

Circulamos pela Martinica tão livremente como o Euro e as bandeiras tricolores esvoaçam supremas. Mas este pedaço de França é vulcânico e luxuriante. Surge no coração insular das Américas e tem um delicioso sabor a África.
Soufrière, Saint Lucia

As Grandes Pirâmides das Antilhas

Destacados acima de um litoral exuberante, os picos irmãos Pitons são a imagem de marca de Saint Lucia. Tornaram-se de tal maneira emblemáticos que têm lugar reservado nas notas mais altas de East Caribbean Dollars. Logo ao lado, os moradores da ex-capital Soufrière sabem o quão preciosa é a sua vista.
Lago Enriquillo, República Dominicana

Enriquillo: o Grande Lago das Antilhas

Com entre 300 e 400km2, situado a 44 metros abaixo do nível do mar, o Enriquillo é o lago supremo das Antilhas. Mesmo hipersalino e abafado por temperaturas atrozes, não pára de aumentar. Os cientistas têm dificuldade em explicar porquê.
Santo Domingo, República Dominicana

A Mais Longeva Anciã Colonial das Américas

Santo Domingo é a colónia há mais tempo habitada do Novo Mundo. Fundada, em 1498, por Bartolomeu Colombo, a capital da República Dominicana preserva intacto um verdadeiro tesouro de resiliência histórica.
Ilha Saona, República Dominicana

Uma Savona nas Antilhas

Durante a sua segunda viagem às Américas, Colombo desembarcou numa ilha exótica encantadora. Baptizou-a de Savona, em honra de Michele da Cuneo, marinheiro savonês que a percebeu destacada da grande Hispaniola. Hoje tratada por Saona, essa ilha é um dos édenes tropicais idolatrados da República Dominicana.

Montãna Redonda e Rancho Salto Yanigua, República Dominicana

Da Montaña Redonda ao Rancho Salto Yanigua

À descoberta do noroeste dominicano, ascendemos à Montaña Redonda de Miches, recém-transformada num insólito apogeu de evasão. Desse cimo, apontamos à Bahia de Samaná e a Los Haitises, com passagem pelo pitoresco rancho Salto Yanigua.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Skipper de uma das bangkas do Raymen Beach Resort durante uma pausa na navegação
Praia
Ilhas Guimaras  e  Ave Maria, Filipinas

Rumo à Ilha Ave Maria, Numas Filipinas Cheias de Graça

À descoberta do arquipélago de Visayas Ocidental, dedicamos um dia para viajar de Iloilo, ao longo do Noroeste de Guimaras. O périplo balnear por um dos incontáveis litorais imaculados das Filipinas, termina numa deslumbrante ilha Ave Maria.
O rio Zambeze, PN Mana Poools
Safari
Kanga Pan, Mana Pools NP, Zimbabwe

Um Manancial Perene de Vida Selvagem

Uma depressão situada a 15km para sudeste do rio Zambeze retém água e minerais durante toda a época seca do Zimbabué. A Kanga Pan, como é conhecida, nutre um dos ecossistemas mais prolíficos do imenso e deslumbrante Parque Nacional Mana Pools.
Braga ou Braka ou Brakra, no Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 6º – Braga, Nepal

Num Nepal Mais Velho que o Mosteiro de Braga

Quatro dias de caminhada depois, dormimos aos 3.519 metros de Braga (Braka). À chegada, apenas o nome nos é familiar. Confrontados com o encanto místico da povoação, disposta em redor de um dos mosteiros budistas mais antigos e reverenciados do circuito Annapurna, lá prolongamos a aclimatização com subida ao Ice Lake (4620m).
Visitantes nos Jameos del Água
Arquitectura & Design
Lanzarote, Ilhas Canárias

A César Manrique o que é de César Manrique

Só por si, Lanzarote seria sempre uma Canária à parte mas é quase impossível explorá-la sem descobrir o génio irrequieto e activista de um dos seus filhos pródigos. César Manrique faleceu há quase trinta anos. A obra prolífica que legou resplandece sobre a lava da ilha vulcânica que o viu nascer.
Barcos sobre o gelo, ilha de Hailuoto, Finlândia
Aventura
Hailuoto, Finlândia

Um Refúgio no Golfo de Bótnia

Durante o Inverno, a ilha de Hailuoto está ligada à restante Finlândia pela maior estrada de gelo do país. A maior parte dos seus 986 habitantes estima, acima de tudo, o distanciamento que a ilha lhes concede.
Via Conflituosa
Cerimónias e Festividades
Jerusalém, Israel

Pelas Ruas Beliciosas da Via Dolorosa

Em Jerusalém, enquanto percorrem a Via Dolorosa, os crentes mais sensíveis apercebem-se de como a paz do Senhor é difícil de alcançar nas ruelas mais disputadas à face da Terra.
Basseterre, São Cristóvão e Neves, St. Kitts, Berkeley Memorial
Cidades
Basseterre, São Cristóvão e Neves

Uma Capital ao Nível do Mar das Caraíbas

Instalada entre o sopé da montanha Olivees e o oceano, a diminuta Basseterre é a maior cidade de São Cristóvão e Neves. Com origem colonial francesa, há muito anglófona, mantém-se pitoresca. Desvirtuam-na, apenas, os gigantescos cruzeiros que a inundam de visitantes de toca-e-foge.
Singapura Capital Asiática Comida, Basmati Bismi
Comida
Singapura

A Capital Asiática da Comida

Eram 4 as etnias condóminas de Singapura, cada qual com a sua tradição culinária. Adicionou-se a influência de milhares de imigrados e expatriados numa ilha com metade da área de Londres. Apurou-se a nação com a maior diversidade gastronómica do Oriente.
Moradora obesa de Tupola Tapaau, uma pequena ilha de Samoa Ocidental.
Cultura
Tonga, Samoa Ocidental, Polinésia

Pacífico XXL

Durante séculos, os nativos das ilhas polinésias subsistiram da terra e do mar. Até que a intrusão das potências coloniais e a posterior introdução de peças de carne gordas, da fast-food e das bebidas açucaradas geraram uma praga de diabetes e de obesidade. Hoje, enquanto boa parte do PIB nacional de Tonga, de Samoa Ocidental e vizinhas é desperdiçado nesses “venenos ocidentais”, os pescadores mal conseguem vender o seu peixe.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Desporto
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
Motociclista no desfiladeiro de Sela, Arunachal Pradesh, Índia
Em Viagem
Guwahati a Sela Pass, Índia

Viagem Mundana ao Desfiladeiro Sagrado de Sela

Durante 25 horas, percorremos a NH13, uma das mais elevadas e perigosas estradas indianas. Viajamos da bacia do rio Bramaputra aos Himalaias disputados da província de Arunachal Pradesh. Neste artigo, descrevemos-lhe o trecho até aos 4170 m de altitude do Sela Pass que nos apontou à cidade budista-tibetana de Tawang.
Salto para a frente, Naghol de Pentecostes, Bungee Jumping, Vanuatu
Étnico
Pentecostes, Vanuatu

Naghol de Pentecostes: Bungee Jumping para Homens a Sério

Em 1995, o povo de Pentecostes ameaçou processar as empresas de desportos radicais por lhes terem roubado o ritual Naghol. Em termos de audácia, a imitação elástica fica muito aquém do original.
Ocaso, Avenida dos Baobás, Madagascar
Portfólio Fotográfico Got2Globe

Dias Como Tantos Outros

Nacionalismo Colorido
História
Cartagena de Índias, Colômbia

A Cidade Apetecida

Muitos tesouros passaram por Cartagena antes da entrega à Coroa espanhola - mais que os piratas que os tentaram saquear. Hoje, as muralhas protegem uma cidade majestosa sempre pronta a "rumbear".
Sé Catedral, Funchal, Madeira
Ilhas
Funchal, Madeira

Portal para um Portugal Quase Tropical

A Madeira está situada a menos de 1000km a norte do Trópico de Câncer. E a exuberância luxuriante que lhe granjeou o cognome de ilha jardim do Atlântico desponta em cada recanto da sua íngreme capital.
Igreja Sta Trindade, Kazbegi, Geórgia, Cáucaso
Inverno Branco
Kazbegi, Geórgia

Deus nas Alturas do Cáucaso

No século XIV, religiosos ortodoxos inspiraram-se numa ermida que um monge havia erguido a 4000 m de altitude e empoleiraram uma igreja entre o cume do Monte Kazbek (5047m) e a povoação no sopé. Cada vez mais visitantes acorrem a estas paragens místicas na iminência da Rússia. Como eles, para lá chegarmos, submetemo-nos aos caprichos da temerária Estrada Militar da Geórgia.
Sombra vs Luz
Literatura
Quioto, Japão

O Templo de Quioto que Renasceu das Cinzas

O Pavilhão Dourado foi várias vezes poupado à destruição ao longo da história, incluindo a das bombas largadas pelos EUA mas não resistiu à perturbação mental de Hayashi Yoken. Quando o admirámos, luzia como nunca.
Caiaquer no lago Sinclair, Cradle Mountain - Lake Sinclair National Park, Tasmania, Austrália
Natureza
À Descoberta de Tassie, Parte 4 -  Devonport a Strahan, Austrália

Pelo Oeste Selvagem da Tasmânia

Se a quase antípoda Tazzie já é um mundo australiano à parte, o que dizer então da sua inóspita região ocidental. Entre Devonport e Strahan, florestas densas, rios esquivos e um litoral rude batido por um oceano Índico quase Antárctico geram enigma e respeito.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Iguana em Tulum, Quintana Roo, México
Parques Naturais
Iucatão, México

A Lei de Murphy Sideral que Condenou os Dinossauros

Cientistas que estudam a cratera provocada pelo impacto de um meteorito há 66 milhões de anos chegaram a uma conclusão arrebatadora: deu-se exatamente sobre uma secção dos 13% da superfície terrestre suscetíveis a tal devastação. Trata-se de uma zona limiar da península mexicana de Iucatão que um capricho da evolução das espécies nos permitiu visitar.
Uma Cidade Perdida e Achada
Património Mundial UNESCO
Machu Picchu, Peru

A Cidade Perdida em Mistério dos Incas

Ao deambularmos por Machu Picchu, encontramos sentido nas explicações mais aceites para a sua fundação e abandono. Mas, sempre que o complexo é encerrado, as ruínas ficam entregues aos seus enigmas.
Em quimono de elevador, Osaka, Japão
Personagens
Osaka, Japão

Na Companhia de Mayu

A noite japonesa é um negócio bilionário e multifacetado. Em Osaka, acolhe-nos uma anfitriã de couchsurfing enigmática, algures entre a gueixa e a acompanhante de luxo.
Mahé Ilhas das Seychelles, amigos da praia
Praias
Mahé, Seychelles

A Ilha Grande das Pequenas Seychelles

Mahé é maior das ilhas do país mais diminuto de África. Alberga a capital da nação e quase todos os seichelenses. Mas não só. Na sua relativa pequenez, oculta um mundo tropical deslumbrante, feito de selva montanhosa que se funde com o Índico em enseadas de todos os tons de mar.
Ulugh Beg, Astrónomo, Samarcanda, Uzbequistão, Um matrimónio espacial
Religião
Samarcanda, Usbequistão

O Sultão Astrónomo

Neto de um dos grandes conquistadores da Ásia Central, Ulugh Beg preferiu as ciências. Em 1428, construiu um observatório espacial em Samarcanda. Os seus estudos dos astros levaram-lhe o nome a uma cratera da Lua.
Comboio Kuranda train, Cairns, Queensland, Australia
Sobre Carris
Cairns-Kuranda, Austrália

Comboio para o Meio da Selva

Construído a partir de Cairns para salvar da fome mineiros isolados na floresta tropical por inundações, com o tempo, o Kuranda Railway tornou-se no ganha-pão de centenas de aussies alternativos.
Creel, Chihuahua, Carlos Venzor, coleccionador, museu
Sociedade
Chihuahua a Creel, Chihuahua, México

A Caminho de Creel

Com Chihuahua para trás, apontamos a sudoeste e a terras ainda mais elevadas do norte mexicano. Junto a Ciudad Cuauhtémoc, visitamos um ancião menonita. Em redor de Creel, convivemos, pela primeira vez, com a comunidade indígena Rarámuri da Serra de Tarahumara.
Amaragem, Vida à Moda Alasca, Talkeetna
Vida Quotidiana
Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Duo de girafas cruzadas acima da savana, com os montes Libombo em fundo
Vida Selvagem
Reserva de KaMsholo, eSwatini

Entre as Girafas de KaMsholo e Cia

Situada a leste da cordilheira de Libombo, a fronteira natural entre eSwatini, Moçambique e a África do Sul, KaMsholo conta com 700 hectares de savana pejada de acácias e um lago, habitats de uma fauna prolífica. Entre outras explorações e incursões, lá interagimos com a mais alta das espécies.
Pleno Dog Mushing
Voos Panorâmicos
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.