Mahé, Seychelles

A Ilha Grande das Pequenas Seychelles


Desbloqueio
Cantoneiro corta uma enorme árvore que caiu sobre uma estrada e interrompeu o trânsito.
Casario de Mahé
Casario da maior das ilhas das Seychelles empoleirado nas encostas verdejantes de Mahé.
Foto-cascata
Casal fotografa-se nas quedas d'águas de Port Glaud.
Port Launay
Enseada luxuriante do Parque Marinho de Port Launay.
Família
Família seychellense conversa com os pés sobre um areal do arquipélago.
Ile-au-Cerf
Umas das várias ilhas tropicais ao largo da ilha-mãe de Mahé.
Ilhéu Só
Um ilhéu perdido num dos recifes de coral que envolvem Mahé.
Recife Exuberante
Cores e padrões dos corais e baixios de areia ao largo de Mahé.
Ocaso em Launay
Pôr-do-sol incendeia o céu a ocidente da enseada de Port Launay.
Tartarugas Gigantes
Espécimes conflituosos das grandes tartarugas das Seychelles.
Parque Marinho Port Launay
A enseada profunda e luxuriante de Port Launay.
Amigos da Praia
Banhistas caminham numa praia tropical, quase equatorial de Mahé.
Fim da Praia
Adolescentes de Mahé deixam uma areal inclinado da ilha.
Conversa balnear
Amigas conversam na água tépida de Port Launay.
Praia (quase) Privada
Banhista solitária numa praia divinal de Mahé.
Oceano Índico
Barcos salpicam o oceano Índico azulão ao largo de Mahé.
Salto do Riacho
Banhistas cruzam um riacho que ali desagua no oceano Índico.
A Ilha Mahé
Parte da grande ilha de Mahé, a maior das Seychelles.
Leia e as Tartarugas
Visitante do Leste europeu conversa com uma tartaruga gigante do Jardin du Roi.
Guia Camuflado
Guia Danny, camuflado na vegetação que envolve a Missão de Venns Town.
Mahé é maior das ilhas do país mais diminuto de África. Alberga a capital da nação e quase todos os seichelenses. Mas não só. Na sua relativa pequenez, oculta um mundo tropical deslumbrante, feito de selva montanhosa que se funde com o Índico em enseadas de todos os tons de mar.

Retém-nos um inesperado cataclismo vegetal. Seguíamos a caminho das cascatas de Port Glaud quando nos deparamos com uma fila de trânsito que se alongava pelos meandros da estrada.

Danny, irmão do motorista Teddy que era suposto conduzir-nos pragueja. “Mas que raio é isto? Engarrafamento no meio da selva das Seychelles? Esta é nova. Bom, vou ver que se passa.”

Danny substituía Teddy. À última hora, Teddy viu-se destacado para servir as comitivas de uma partida de futebol entre as Seychelles e a Etiópia.

Os trabalhos estavam para demorar. Umas centenas de metros para diante, jovens cantoneiros talhavam uma árvore que o vento da madrugada fizera colapsar.

O homem da motosserra cortava-a onde um revestimento denso de musgo dava lugar ao que parecia um novo tronco. Outros trabalhadores, colocavam toros sob a secção que obstruía o asfalto.

Mahé Ilhas das Seychelles, árvore estradaBásica, mas ecológica e funcional, a solução permitiu-lhes empurrar o empecilho para a berma em menos de meia-hora.

Danny louva a eficiência dos compatriotas. Nuns meros minutos, alcançamos o trilho para a ribeira de L’Isletta.

Noutros mais, damos com a lagoa, perdida numa floresta tropical cerrada pejada de palmeiras baixas e abastecida pelo riacho que nela se despenha por uma sequência de rampas e socalcos rochosos.

Um grupo de expatriados aventurava-se em saltos destemidos. Nessa altura, já conscientes de que Mahé era bem maior do que supúnhamos, abdicamos do direito ao nosso banho.

Mahé Ilhas das Seychelles, Cascatas Por Glaud

Venns Town: a Missão na Génese da Liberdade e Identidade das Seychelles

Em vez, internamo-nos em Morne Seychelles.

Este parque nacional vasto ocupa um quinto da ilha, incluindo o pico homónimo que, com 905 metros, constitui o zénite de Mahé e gera boa parte da pluviosidade que faz a ilha luxuriante.

Mahé Ilhas das Seychelles, Ilha Mahé

Não tarda, chegamos ao sopé sul do monte.

É lá, a uma altitude de 450m, que encontramos as ruínas de Venn’s Town, um dos pontos incontornáveis da história colonial das Seychelles que só obteve a sua independência, da Grã-Bretanha, em 1976.

As paredes e outras estruturas que ali subsistem são um testemunho sólido dos tempos da Missão.

Assim ficou conhecido um internato fundado por um reverendo da Church Missionary Society of London.

Teve como propósito de cuidar e de educar os filhos dos escravos que serviam as plantações do arquipélago a quem, numa fase de abolicionismo, a Marinha Britânica concedia liberdade.

Mahé Ilhas das Seychelles, famíliaNo seu apogeu, entre 1876 e 1889, Venn’s Town ocupou 50 acres da encosta de Sans Souci. Destes, uma boa parte foi dedicada ao cultivo de baunilha e de cacau.

Acolhiam e serviam as crianças, seus tutores e trabalhadores, dois grandes dormitórios, lavabos, cozinhas, uma oficina, um armazém, uma vivenda habitada pelo director da Missão e sua família. Ainda a morada final de todos, o cemitério local.

Com o passar dos anos, a selva engoliu o complexo e as estruturas ruíram. Ainda assim, em 1984, o governo das Seychelles reconheceu a importância do lugar e declarou-o Monumento Nacional.

Afinal, após séculos de opressão dos africanos escravizados, os seus descendentes protagonizaram uma nova fase de liberdade e de direitos humanos. Também formaram o tecido social e a matriz económica da nação seychellense.

Mahé Ilhas das Seychelles, praia privada

Danny não sabe ao certo se a história da sua família por ali passou. Fosse como fosse, ultrapassa a timidez e acede a que lá o fotografemos na sua t-shirt com padrão camuflado.

Pousa, meio sem jeito, meio dissimulado na floresta prodigiosa envolvente, repleta de plantas e animais mais que endémicos, únicos, caso do Sooglosus, o sapo mais pequeno do mundo com 10 a 40 milímetros.

Morne Seychelles: Parque Nacional Vasto e Tecto de Mahé

Do miradouro da Missão, admiramos o domínio do sapo e do PN Morne Seychelles, estendido por sucessivos outeiros frondosos, com vista até uma península que sulca o oceano Índico ciano em redor.

Mahé Ilhas das Seychelles, ilhéuDa Missão e da província de Port Glaud, mudamo-nos para a de Bel Air. Logo, para a São Luís e, por fim, para a de Beau Vallon. Esta última, tem limite na grande baía e praia homónima, uma das mais amplas de Mahé, popular a condizer.

Quando o percorremos, Beau Vallon atraía, sobretudo, famílias da capital Victória. Acolhia dezenas de piqueniques, churrascos e distintos momentos e eventos seychellenses de evasão.

Suscitou em nós a suspeição de que outros litorais da ilha se provariam mais fascinantes. Pelo que prosseguimos à descoberta, pela estrada marginal de Bel Ombre.

Nas imediações, Danny revela-nos uma beira-mar lamacenta e pedregosa. Começamos por torcer o nariz.

O Clã Cruise-Wilkins e o Tesouro do Pirata Olivier Levasseur, La Buse

Até que o guia nos explica que ali se concentravam escavações conduzidas durante vinte e sete anos por Reginald Herbert Cruise-Wilkins, até à sua morte em 1977, e, depois, pelo seu filho, John.

Reginald conquistou nas Seychelles – e legou ao filho – o cognome de Treasure Man. Como acontece, amiúde, no que diz respeito à era das descobertas, dos navegadores e dos piratas, a demanda a que ambos se entregaram, tem uma génese portuguesa.

Em 1721, o famoso corsário francês Olivier Levasseur, mais conhecido por La Buse (abutre), devido ao olfacto que tinha para encontrar e despedaçar outras embarcações e tripulações, detectou o galeão português “Nossa Senhora do Cabo” no porto da ilha Bourbon (hoje, Reunião), disfarçado com uma Union Flag.

La Buse atacou-o com 250 homens e assassinou a tripulação. Quando examinou o porão, deparou-se com uma fortuna inquantificável em barras de ouro e prata, pedras preciosas, moedas, artefactos religiosos argentos e outros.

Concretizado o saque, os corsários retiraram. A Marinha Britânica seguiu-os. Já no seu covil de Madagáscar, dividiram o lote. La Buse conservou o quinhão principal e partiu para parte incerta.

Mahé Ilhas das Seychelles,As Escavações Aturadas e Infrutíferas dos Cruise-Wilkins

Reginald Cruise-Wilkins estava quase certo que o corsário gaulês enterrou o seu tesouro numa gruta ali situada, entretanto, colapsada pelo mar. Após os seus homens fecharem o buraco, executou-os.

Por essa razão, o paradeiro do tesouro permaneceu desconhecido.

A família Cruise-Wilkins continua a tentar encontrá-lo. Até hoje, em vão. Nós, só vimos lodo, entulho e pequenos muros semi-afundados pela maré.

O Sanctuário Marinho de Port Launay

Com o sol prestes a dar entrada no seu esconderijo de poente, regressamos ao recanto noroeste de Port Glaud em que estávamos alojados, pelo mesmo caminho da vinda.

No fundo dos “esses” sem fim que conduzem à costa ocidental, tomamos a estrada Port Launay.

Às tantas, essa via revela-nos o ziguezaguear da Riviére Cascade.

E o Parque Marinho Port Launay, outra área protegida da ilha, preenchida por manguezal sujeito as marés e por recifes de coral imaculados, casos do da ilha Therese ao largo.

Mahé Ilhas das Seychelles, Port LaunayPara oeste, estendia-se uma península recortada, lugar de algumas das melhores praias do arquipélago, a Anse des Anglais, a Lans Trusalo e outras.

Em ilhas como as Seychelles, é inevitável a pressão das cadeias de resorts sobre áreas paradisíacas. Por aqueles lados de Port Launay, uma delas tinha-se apoderado da Anse des Anglais e da praia de Lans Trusalo.

Também tentou a exclusividade da grande enseada de Port Launay.

Mas a indignação da população seychellense que há muito lá se banhava, fez com que as autoridades a deixassem a salvo.

Port Launay e o Ocaso Exuberante a Ocidente

Quando lá chegamos, com o ocaso iminente, damos com uma celebração balnear exuberante. Soava música de bares e de carros estacionados entre os coqueiros.

Crianças brincavam em cordas e baloiços pendurados das árvores.

Mahé Ilhas das Seychelles, conversa balnear

Grupos de nativos bebiam cerveja e dançavam, alguns até mar adentro. No mar da enseada, outros, tagarelavam massajados pelo vaivém da água tépida.

Por fim, o ocaso assentou e incendiou os céus sobre a desembocadura.

Gerou silhuetas dramáticas dos barcos por ali ancorados e da cruz marinha que os abençoa.

Mahé Ilhas das Seychelles, ocaso em Launay

A Costa Oeste, o Jardin du Roi e as Tartarugas Gigantes das Seychelles

Na manhã seguinte, o mais cedo que conseguimos, dedicamo-nos a descer a costa oeste, com paragens estratégicas para banhos nas baías que mais nos convidavam.

Só desviamos para o interior para uma embaixada ao Jardin du Roi, inspirado no lugar original do século XVIII, que a realeza francesa ali instalou e expandiu com o objectivo de promover o comércio de especiarias entre as suas colónias.

Hoje, mais que as temperilhas, são as tartarugas gigantes e centenárias das Seychelles que ali atraem forasteiros.

Mahé Ilhas das Seychelles, Tartarugas gigantes

A Atracção Secular das Tartarugas Gigantes das Seychelles

Quase todos chegam determinados em conviverem com as criaturas, demasiados, desejosos de se fotografarem a montá-las, como o fez, em 1995, o presidente português de então Mário Soares, com o mesmo à vontade com que, na ilha vizinha de La Digue, se refastelou na cadeira da erótica “Emanuelle”.

Sem o esperarmos, no Jardin du Roi, assistimos a uma cena digna de outra famosa saga.

Uma visitante russa, com cabelo de Leia mas metida em trajes de ganga bem mais ínfimos que os da princesa seduz uma tartaruga com uma qualquer fruta recém-colhida.

Assim que nos vê afastar do recinto, grita ao companheiro. Como planeado, este, fotografa-a instalada sobre a carapaça secular do animal.

As tartarugas gigantes da ilha já passaram por muito pior. Como passaram Mahé, Praslin, La Digue e as restantes Seychelles que as acolhem.

São a menor nação de África e uma das mais desejadas do continente.

La Digue, Seicheles

Monumental Granito Tropical

Praias escondidas por selva luxuriante, feitas de areia coralífera banhada por um mar turquesa-esmeralda são tudo menos raras no oceano Índico. La Digue recriou-se. Em redor do seu litoral, brotam rochedos massivos que a erosão esculpiu como uma homenagem excêntrica e sólida do tempo à Natureza.

Praslin, Seychelles

 

O Éden dos Enigmáticos Cocos-do-Mar

Durante séculos, os marinheiros árabes e europeus acreditaram que a maior semente do mundo, que encontravam nos litorais do Índico com forma de quadris voluptuosos de mulher, provinha de uma árvore mítica no fundo dos oceanos.  A ilha sensual que sempre os gerou deixou-nos extasiados.
Maldivas

Cruzeiro pelas Maldivas, entre Ilhas e Atóis

Trazido de Fiji para navegar nas Maldivas, o Princess Yasawa adaptou-se bem aos novos mares. Por norma, bastam um ou dois dias de itinerário, para a genuinidade e o deleite da vida a bordo virem à tona.
Malé, Maldivas

As Maldivas a Sério

Contemplada do ar, Malé, a capital das Maldivas, pouco mais parece que uma amostra de ilha atafulhada. Quem a visita, não encontra coqueiros deitados, praias de sonho, SPAs ou piscinas infinitas. Deslumbra-se com o dia-a-dia maldivano  genuíno que as brochuras turísticas omitem.
Cilaos, Reunião

Refúgio sob o tecto do Índico

Cilaos surge numa das velhas caldeiras verdejantes da ilha de Reunião. Foi inicialmente habitada por escravos foragidos que acreditavam ficar a salvo naquele fim do mundo. Uma vez tornada acessível, nem a localização remota da cratera impediu o abrigo de uma vila hoje peculiar e adulada.
Reunião

O Melodrama Balnear da Reunião

Nem todos os litorais tropicais são retiros prazerosos e revigorantes. Batido por rebentação violenta, minado de correntes traiçoeiras e, pior, palco dos ataques de tubarões mais frequentes à face da Terra, o da ilha da Reunião falha em conceder aos seus banhistas a paz e o deleite que dele anseiam.
Maurícias

Uma Míni Índia nos Fundos do Índico

No século XIX, franceses e britânicos disputaram um arquipélago a leste de Madagáscar antes descoberto pelos portugueses. Os britânicos triunfaram, re-colonizaram as ilhas com cortadores de cana-de-açúcar do subcontinente e ambos admitiram a língua, lei e modos francófonos precedentes. Desta mixagem, surgiu a exótica Maurícia.
Fianarantsoa, Madagáscar

A Cidade Malgaxe da Boa Educação

Fianarantsoa foi fundada em 1831 por Ranavalona Iª, uma rainha da etnia merina então predominante. Ranavalona Iª foi vista pelos contemporâneos europeus como isolacionista, tirana e cruel. Reputação da monarca à parte, quando lá damos entrada, a sua velha capital do sul subsiste como o centro académico, intelectual e religioso de Madagáscar.
Morondava, Avenida dos Baobás, Madagáscar

O Caminho Malgaxe para o Deslumbre

Saída do nada, uma colónia de embondeiros com 30 metros de altura e 800 anos ladeia uma secção da estrada argilosa e ocre paralela ao Canal de Moçambique e ao litoral piscatório de Morondava. Os nativos consideram estas árvores colossais as mães da sua floresta. Os viajantes veneram-nas como uma espécie de corredor iniciático.
Fianarantsoa-Manakara, Madagáscar

A Bordo do TGV Malgaxe

Partimos de Fianarantsoa às 7a.m. Só às 3 da madrugada seguinte completámos os 170km para Manakara. Os nativos chamam a este comboio quase secular Train Grandes Vibrations. Durante a longa viagem, sentimos, bem fortes, as do coração de Madagáscar.
Zanzibar, Tanzânia

As Ilhas Africanas das Especiarias

Vasco da Gama abriu o Índico ao império luso. No século XVIII, o arquipélago de Zanzibar tornou-se o maior produtor de cravinho e as especiarias disponíveis diversificaram-se, tal como os povos que as disputaram.
PN Amboseli, Quénia

Uma Dádiva do Kilimanjaro

O primeiro europeu a aventurar-se nestas paragens masai ficou estupefacto com o que encontrou. E ainda hoje grandes manadas de elefantes e de outros herbívoros vagueiam ao sabor do pasto irrigado pela neve da maior montanha africana.
Victoria, Mahé, Seychelles

De "Estabelecimento" Francófono à Capital Crioula das Seychelles

Os franceses povoaram o seu “L’Établissement” com colonos europeus, africanos e indianos. Dois séculos depois, os rivais britânicos tomaram-lhes o arquipélago e rebaptizaram a cidade em honra da sua rainha Victoria. Quando a visitamos, a capital das Seychelles mantém-se tão multiétnica como diminuta.
Île Felicité e Île Curieuse, Seychelles

De Leprosaria a Lar de Tartarugas Gigantes

A meio do século XVIII, continuava inabitada e ignorada pelos europeus. A expedição francesa do navio “La Curieuse” revelou-a e inspirou-lhe o baptismo. Os britânicos mantiveram-na uma colónia de leprosos até 1968. Hoje, a Île Curieuse acolhe centenas de tartarugas de Aldabra, o mais longevo animal terrestre.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Esteros del Iberá, Pantanal Argentina, Jacaré
Safari
Esteros del Iberá, Argentina

O Pantanal das Pampas

No mapa mundo, para sul do famoso pantanal brasileiro, surge uma região alagada pouco conhecida mas quase tão vasta e rica em biodiversidade. A expressão guarani Y berá define-a como “águas brilhantes”. O adjectivo ajusta-se a mais que à sua forte luminância.
Rebanho em Manang, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 8º Manang, Nepal

Manang: a Derradeira Aclimatização em Civilização

Seis dias após a partida de Besisahar chegamos por fim a Manang (3519m). Situada no sopé das montanhas Annapurna III e Gangapurna, Manang é a civilização que mima e prepara os caminhantes para a travessia sempre temida do desfiladeiro de Thorong La (5416 m).
Jardin Escultórico, Edward James, Xilitla, Huasteca Potosina, San Luis Potosi, México, Cobra dos Pecados
Arquitectura & Design
Xilitla, San Luís Potosi, México

O Delírio Mexicano de Edward James

Na floresta tropical de Xilitla, a mente inquieta do poeta Edward James fez geminar um jardim-lar excêntrico. Hoje, Xilitla é louvada como um Éden do surreal.
Aventura
Viagens de Barco

Para Quem Só Enjoa de Navegar na Net

Embarque e deixe-se levar em viagens de barco imperdíveis como o arquipélago filipino de Bacuit e o mar gelado do Golfo finlandês de Bótnia.
Indígena Coroado
Cerimónias e Festividades
Pueblos del Sur, Venezuela

Por uns Trás-os-Montes da Venezuela em Fiesta

Em 1619, as autoridades de Mérida ditaram a povoação do território em redor. Da encomenda, resultaram 19 aldeias remotas que encontramos entregues a comemorações com caretos e pauliteiros locais.
Moradora de Dali, Yunnan, China
Cidades
Dali, China

A China Surrealista de Dali

Encaixada num cenário lacustre mágico, a antiga capital do povo Bai manteve-se, até há algum tempo, um refúgio da comunidade mochileira de viajantes. As mudanças sociais e económicas da China fomentaram a invasão de chineses à descoberta do recanto sudoeste da nação.
mercado peixe Tsukiji, toquio, japao
Comida
Tóquio, Japão

O Mercado de Peixe que Perdeu a Frescura

Num ano, cada japonês come mais que o seu peso em peixe e marisco. Desde 1935, que uma parte considerável era processada e vendida no maior mercado piscícola do mundo. Tsukiji foi encerrado em Outubro de 2018, e substituído pelo de Toyosu.
Danças
Cultura
Okinawa, Japão

Danças de Ryukyu: têm séculos. Não têm grandes pressas.

O reino Ryukyu prosperou até ao século XIX como entreposto comercial da China e do Japão. Da estética cultural desenvolvida pela sua aristocracia cortesã contaram-se vários estilos de dança vagarosa.
Corrida de Renas , Kings Cup, Inari, Finlândia
Desporto
Inari, Finlândia

A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
Jipe cruza Damaraland, Namíbia
Em Viagem
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Namíbia On the Rocks

Centenas de quilómetros para norte de Swakopmund, muitos mais das dunas emblemáticas de Sossuvlei, Damaraland acolhe desertos entrecortados por colinas de rochas avermelhadas, a maior montanha e a arte rupestre decana da jovem nação. Os colonos sul-africanos baptizaram esta região em função dos Damara, uma das etnias da Namíbia. Só estes e outros habitantes comprovam que fica na Terra.
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Étnico
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O Parlamento Babel da Nação Sami

A Nação sami integra quatro países, que ingerem nas vidas dos seus povos. No parlamento de Inari, em vários dialectos, os sami governam-se como podem.
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Ilhabela: Depois do Horror, a Beleza Atlântica

Nocenta por cento de Mata Atlântica preservada, cachoeiras idílicas e praias gentis e selvagens fazem-lhe jus ao nome. Mas, se recuarmos no tempo, também desvendamos a faceta histórica horrífica de Ilhabela.
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No coração idílico do vasto oceano Pacífico, o Arquipélago da Sociedade, parte da Polinésia Francesa, embeleza o planeta como uma criação quase perfeita da Natureza. Exploramo-lo durante um bom tempo a partir do Taiti. Os últimos dias, dedicamo-los a Bora Bora, Huahine e Raiatea.
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A maior parte dos visitantes valoriza os cenários vulcânicos da Islândia pela sua beleza. Os islandeses também deles retiram calor e energia cruciais para a vida que levam às portas do Árctico.
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Efusivo como sempre, Ernest Hemingway qualificou Key West como “o melhor lugar em que tinha estado...”. Nos fundos tropicais dos E.U.A. contíguos, encontrou evasão e diversão tresloucada e alcoolizada. E a inspiração para escrever com intensidade a condizer.
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Pontes de Povos que Criam Raízes

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Verificação da correspondência
Personagens
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Da Lapónia Finlandesa ao Árctico, Visita à Terra do Pai Natal

Fartos de esperar pela descida do velhote de barbas pela chaminé, invertemos a história. Aproveitamos uma viagem à Lapónia Finlandesa e passamos pelo seu furtivo lar.
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Nha Trang-Doc Let, Vietname

O Sal da Terra Vietnamita

Em busca de litorais atraentes na velha Indochina, desiludimo-nos com a rudeza balnear de Nha Trang. E é no labor feminino e exótico das salinas de Hon Khoi que encontramos um Vietname mais a gosto.

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Do Pesadelo ao Deslumbre

Sem que estivéssemos avisados, confrontamo-nos com uma subida que nos leva ao desespero. Puxamos ao máximo pelas forças e alcançamos Ghyaru onde nos sentimos mais próximos que nunca dos Annapurnas. O resto do caminho para Ngawal soube como uma espécie de extensão da recompensa.
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Sobre Carris
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Ultima Estação: Fim do Mundo

Até 1947, o Tren del Fin del Mundo fez incontáveis viagens para que os condenados do presídio de Ushuaia cortassem lenha. Hoje, os passageiros são outros mas nenhuma outra composição passa mais a Sul.
Fiéis cristãos à saida de uma igreja, Upolu, Samoa Ocidental
Sociedade
Upolu, Samoa  

No Coração Partido da Polinésia

O imaginário do Pacífico do Sul paradisíaco é inquestionável em Samoa mas a sua formosura tropical não paga as contas nem da nação nem dos habitantes. Quem visita este arquipélago encontra um povo dividido entre sujeitar-se à tradição e ao marasmo financeiro ou desenraizar-se em países com horizontes mais vastos.
saksun, Ilhas Faroé, Streymoy, aviso
Vida Quotidiana
Saksun, StreymoyIlhas Faroé

A Aldeia Faroesa que Não Quer ser a Disneylandia

Saksun é uma de várias pequenas povoações deslumbrantes das Ilhas Faroé, que cada vez mais forasteiros visitam. Diferencia-a a aversão aos turistas do seu principal proprietário rural, autor de repetidas antipatias e atentados contra os invasores da sua terra.
Rinoceronte, PN Kaziranga, Assam, Índia
Vida Selvagem
PN Kaziranga, Índia

O Baluarte dos Monocerontes Indianos

Situado no estado de Assam, a sul do grande rio Bramaputra, o PN Kaziranga ocupa uma vasta área de pântano aluvial. Lá se concentram dois terços dos rhinocerus unicornis do mundo, entre em redor de 100 tigres, 1200 elefantes e muitos outros animais. Pressionado pela proximidade humana e pela inevitável caça furtiva, este parque precioso só não se tem conseguido proteger das cheias hiperbólicas das monções e de algumas polémicas.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.