Puerto Natales-Puerto Montt, Chile

Cruzeiro num Cargueiro


Mau tempo austral
Cenário cinzento do anoitecer sobre os canais da Patagónia chilena.
Chamada
Comandante Marcelo Sanchez Alcazar ao telefone
Estreito à Vista
Comandante Marcelo Sanchez Alcazar prepara-se para mais um dos estreitos dos fiordes chilenos
Conversa com nativo
Passageiro e nativo Qawshkar conversam no exterior do cargueiro Puerto Eden
Gado a bordo
Caixas de camiões repletas de vacas e cavalos
O Glaciar Amália
Passageiros aglomeram-se junto a proa para admirar o glaciar Amália
King and Queen of the World
Passageiros imitam cena mais famosa do filme "Titanic", na proa do cargueiro da NAVIMAG.
Contra o vento
Passageiros divertem-se a resistir ao vento frigido que agita o Golfo de Peñas
Mar de gelo
Passageiros observam o intensificar da aglomeração de gelo na proximidade do glaciar Amália
Desembarque em Puerto Eden
Tripulantes e passageiros tratam das suas cargas e bagagens à chegada a Puerto Eden.
Estudo de Rota
Tripulante trabalha sobre um mapa na ponte de comando do cargueiro.
Deck carregado
Tripulante entra no deck colorido do Navimag.
Desembarque
Mochileiros ascendem ao convés, sobre uma plataforma hidráulica
Após longa pedinchice de mochileiros, a companhia chilena NAVIMAG decidiu admiti-los a bordo. Desde então, muitos viajantes exploraram os canais da Patagónia, lado a lado com contentores e gado.

O Chile e sobretudo o PN Torres del Paine, atraíam mais e mais forasteiros.

A determinada altura, os responsáveis da companhia de navegação NAVIMAG que assegurava as ligações Puerto Natales-Puerto Montt viram-se confrontados com a pedinchice permanente de mochileiros ávidos por descobrir a área remota e inóspita entre estas cidades.

Consciente do potencial financeiro do negócio, esta empresa estatal chilena apressou-se a dotar os seus navios Puerto Eden e Magallanes de acomodações à altura. Sem nunca abandonar o transporte de carga, passou admitir os interessados.

Percorremos a rota Sul-Norte no Puerto Eden, três dias e meio na companhia de viajantes de diversas partes do mundo – e também de gado. Entre cenários inacreditáveis e acima e abaixo das vagas assustadoras do Golfo de Penas.

21h15 – Puerto Natales/Región de Magallanes y Antártica

Embarque

A pouco e pouco os passageiros sobem e, desconfiados, olham em redor. Muitos não sabem sequer, ao certo, no que se estão a meter. Partilham perguntas, respostas e comentários que, em vários idiomas e sotaques fazem, da plataforma que nos conduz à coberta, uma espécie de elevador de Babel.

Já passa das 21h. Está previsto o Puerto Eden zarpar de Puerto Natales na madrugada seguinte. Por questões de segurança e organização, estabeleceu-se que os passageiros deviam embarcar na noite anterior e pernoitar no barco.

E assim foi. Depois de conduzidos pela tripulação aos respectivos camarotes, pouco mais nos resta nessa noite, senão dividir o espaço exíguo que vamos partilhar, quatro a quatro, nos próximos tempos.

1º Dia de Navegação

06h45 – Canal White

Começa cedo e em alvoroço a viagem. A algumas milhas espera-nos o Paso White – a passagem mais estreita de todo o percurso, com apenas 80 m de largura.

Os passageiros são convidados para se juntarem ao comandante e assistir às manobras. Apesar do cansaço do dia anterior e das escassas horas de sono, levantamo-nos de imediato. Corremos para a ponte, entretanto invadida. A tripulação parece não se importar. Habituada à intrusão, concilia as operações com esclarecimentos aos mais curiosos.

Cruzeiro Navimag, Puerto Montt a Puerto-natales, Chile

Comandante Marcelo Sanchez Alcazar prepara-se para mais um dos estreitos dos fiordes chilenos

Quando o estreito se revela realmente próximo da proa do navio, a visão das suas quatro enormes torres de rocha reforça a ilusão de que vamos ficar presos na rocha.

O comandante, esse, deixa-se fotografar. O momento é delicado, mas Marcelo Sanchez Alcazar divide-se, imperturbável, entre o fazer soar a buzina grave do navio, saborear o seu chá e observar inúmeros visores.

Com a mesma tranquilidade, a embarcação deixa para trás a tangente do Paso White. Continua a sulcar as águas lisas do canal. A plateia de observadores não arreda pé da ponte de comando, emocionada pela proeza e fascinada pela maquinaria.

Do pequeno-almoço ao almoço, apesar do frio e chuva próprios destas latitudes austrais, passamos grande parte do tempo nos decks superiores.

Cruzeiro Navimag, Puerto Montt a Puerto-natales, Chile, canais patagonia

Cenário cinzento do anoitecer sobre os canais da Patagónia chilena.

Longas conversas acompanham horas de observação pachorrenta das margens e do gado que segue, apertado, sobre os camiões. À tarde, a exibição de uma aventura 007 na sala de estar sabota o espírito de convívio que se alastrava.

Para alguns, a paisagem patagónica dos canais e fiordes, com a sua vegetação minimal, torna-se repetitiva.

Cruzeiro Navimag, Puerto Montt a Puerto-natales, Chile

Tripulante entra no deck colorido do Navimag.

17h45 – Glaciar Amália

Por esta altura, os passageiros reagem ao apelo estridente dos altifalantes. Acorrem ao exterior do navio, preparam as máquinas fotográficas e de filmar para a chegada do glaciar Amália.

Vencidos os dois últimos meandros apertados do canal surge por fim, o rio de gelo, de um azul tão forte que nem a névoa circundante consegue ofuscar. Seguem-se cenas de regozijo.

Cruzeiro Navimag, Puerto Montt, Puerto Natales, Chile, Glaciar Amalia

Passageiros aglomeram-se junto a proa para admirar o glaciar Amália

Enquanto o comandante Alcazar faz o navio apitar para assinalar o momento com solenidade, dois passageiros mais irrequietos não resistem a imitar o famoso “I’m the King of the World”, cena do filme Titanic, empoleirados sobre a proa do Puerto Eden.

De imediato, o comandante brinda-os com alguns apitos adicionais, dessa vez, castradores.

Cruzeiro Navimag, Puerto Montt a Puerto-natales, Chile,

Passageiros imitam cena mais famosa do filme “Titanic”, na proa do cargueiro da NAVIMAG.

Entretanto, a noite começa a cair. O comandante faz o navio dar meia-volta, de regresso à rota principal. A temperatura baixa de tal forma que poucos se atrevem a continuar no exterior. Perdem um pôr-do-sol que deixa o céu nublado em fogo.

Depois do jantar, fazem-se ouvir, de novo, os apelos amplificados de Maria Inês – a anfitriã do ferry – que anuncia uma happy hour especial: “En este momento el Señor Pollo está ofreciendo Pisco Sour en el bar del salon comedor. Por solo mil pesos pruebe la bebida más popular de Chile”.

A noite terminou mais animada que nunca.

2º Dia de Navegação

05h45 – Puerto Eden / Región de Magallanes y Antártica

Acordámos já em Puerto Eden, um porto piscatório cuja única ligação fiável à civilização é o barco da NAVIMAG.

Cruzeiro Navimag, Puerto Montt a Puerto-natales, Chile, Puerto Eden

Tripulantes e passageiros tratam das suas cargas e bagagens à chegada a Puerto Eden.

Situado na proximidade da Ilha de Wellington, Puerto Eden é o último bastião do grupo étnico Qawéshkar, formado pelos trinta derradeiros indígenas originários da Terra do Fogo.

Como outros, ao longo dos tempos, este grupo foi perseguido e desenraizado da sua cultura pelos colonos e governos chilenos. Mais recentemente, passou a ser protegido e subsidiado. Segundo os vários chilenos que pudemos ouvir, será difícil a situação inverter-se.

Cruzeiro Navimag, Puerto Montt a Puerto-Natales, Chile, conversa a bordo

Passageiro e nativo Qawshkar conversam no exterior do cargueiro Puerto Eden

Por volta das 14h, o navio entra em mar aberto. Começamos a sentir o intensificar de um balanço que prenuncia sarilhos marítimos. Informam-nos que esta é a zona ideal para avistar baleias e lobos-marinhos.

A maior parte dos passageiros já só anseia por atenuar os sintomas do enjoo.

18h45 – Golfo de Penas / Region de Aisén

Apesar da tormenta, o jantar é servido à hora certa. Em vez dos habituais dois turnos repletos de gente, apenas umas poucas mesas estão ocupadas pelos felizardos imunes ao enjoo.

Nos corredores e camarotes reina uma agonia generalizada que sentimos agravar-se. À medida que as ondas aumentam, o navio, até então, apenas balouçante, passa a ser sacudido pelo embate violento das vagas no casco. Além do sofrimento físico, instala-se o medo.

Cruzeiro Navimag, Puerto Montt a Puerto-natales, Chile, canais patagonia

Passageiros divertem-se a resistir ao vento frigido que agita o Golfo de Peñas

Devido ao balanço, a inclinação dos beliches (principalmente dos superiores) aumenta. Torna-se tal que quem está deitado já só evita cair a agarrar-se com determinação à cabeceira. Ao mesmo tempo, os beliches da camarata central, soltos, batem com estrondo nas paredes.

Com a bonança matinal, levantam-se, queixosos, os muitos enjoados a bordo e inteiram-se dos restantes estragos: um camião que resvalou contra a casa das máquinas; um potro que morreu esmagado pelo peso dos cavalos desgovernados; os beliches da camarata central destruídos; muita loiça partida e comida entornada.

Mais tarde, o comandante deixou escapar que aquela tinha sido a tempestade mais terrível que já tinha enfrentado no Golfo de Penas.

Cruzeiro Navimag, Puerto Montt a Puerto-natales, Chile,

Comandante Marcelo Sanchez Alcazar ao telefone

3º Dia de Navegação

13h45 – Golfo de Corcovado/ Región de Los Lagos

Deixada para trás a zona de canais da Bahia Ana Pink e Pulluche, entre o continente e a mítica ilha de Chiloé, o novo golfo brinda os passageiros com ondulação mais suave. Avistamos baleias ao longe, mas é o vislumbre do vulcão Corcovado, com o seu cume nevado, a 2300 metros de altitude, que centra as atenções.

Cruzeiro Navimag, Puerto Montt a Puerto-natales, Chile, gelo nos canais patagonia

Passageiros observam o intensificar da aglomeração de gelo na proximidade do glaciar Amália

Aproxima-se Puerto Montt. À boa moda de mochileiro, muitos viajantes ainda não têm decidido para onde seguir após o desembarque.

Surgem planos improvisados para a continuação das viagens e as trocas de moradas e e-mails prosseguem mesmo após o jantar, partilhados por europeus, americanos, australianos e neozelandezes, por guatemaltecos, israelitas, sul-africanos, chineses e singapurenses, entre outros.

O convívio aberto de quem viveu uma verdadeira aventura dá lugar a festa. A sala – entretanto convertida em pista de dança – fica à mercê dos passageiros e pessoal de bordo mais bem disposto. A noitada, improvisada, mas genuína acaba por ser de arromba.

Por volta das 10 da manhã do dia seguinte o barco atraca em Puerto Montt e tem início o desembarque.

Cruzeiro Navimag, Puerto Montt a Puerto-natales, Chile, desembarque

Mochileiros ascendem ao convés, sobre uma plataforma hidráulica

Primeiro, os passageiros, e depois, os camiões e o gado. Três dias de navegação depois, chegávamos, por fim, ao porto de destino.

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Portfólio Fotográfico Got2Globe
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Não é Nenhum “Barco do Amor”. Quebra Gelo desde 1961

Construído para manter vias navegáveis sob o Inverno árctico mais extremo, o quebra-gelo Sampo” cumpriu a sua missão entre a Finlândia e a Suécia durante 30 anos. Em 1988, reformou-se e dedicou-se a viagens mais curtas que permitem aos passageiros flutuar num canal recém-aberto do Golfo de Bótnia, dentro de fatos que, mais que especiais, parecem espaciais.
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