Badaling, China

A Invasão Chinesa da Muralha da China


Sorrriso Grátis
Um vendedor de artesanato nos confins da secção sul da muralha de Badaling.
Esforço Pioneiro
Primeiros visitantes do dia vencem uma das incontáveis rampas da muralha de Badaling.
Ao Corrimão
Grupo agarra-se a um corrimão num dos trechos mais inclinados de Badaling.
Num Alto
Grupo de visitantes chineses aprecia a paisagem do topo de uma elevação em curva da grande muralha da China.
Quase a sós
Chapéu de sol solitária numa secção sinuosa da muralha de Badaling.
Sino-cowboy
Homem chinês impõe-se ao relevo com a secção mais elevada da muralha como fundo.
Descanso forçoso
Uma visitante rende-se ao cansaço provocado pelas sucessivas subidas e descidas íngremes e por degraus demasiado altos.
Montanha-russa chinesa
Depois da subida, vem nova descida.
Multitude
Turistas maioritariamente chineses convivem entre bandeiras comunistas e da nação.
Sagrado Descanso
Monge budista recupera do esforço após vencer uma subida íngreme.
Vermelho China
Bandeira chinesa esvoaça com a silhueta da muralha da China, em Badaling.
Em Moldura
Parte da grande muralha da China como vista a partir de um portal em arcada junto a Beibalou.
Em Plena Foresta
Sector grandioso da muralha da China estendida pelo relevo florestado em redor de Badaling.
Repouso & Sombra
Visitantes protegem-se do sol de Verão sob chapéus de sol garridos.
À Conquista de Beibalou
Amigas sobem uma das escadarias íngremes que levam ao ponto mais alto de Beibalou.
Sino-selfie
Mulher fotografa-se entre bandeiras chinesas colocadas sobre uma plataforma baixa da muralha.
Uma Rampa concorrida
Centenas de chineses percorrem uma secção íngreme da muralha.
Com a chegada dos dias quentes, hordas de visitantes Han apoderam-se da Muralha da China, a maior estrutura criada pelo homem. Recuam à era das dinastias imperiais e celebram o protagonismo recém-conquistado pela nação.

Não encontramos sinal de vida quando chegamos junto às bilheteiras.

Aproximamo-nos dos torniquetes para espreitar para lá da barreira e somos detectados por um segurança ensonado que, mesmo contrariado, averigua aquela presença madrugadora.

“Faltam 35 minutos para abrir, informa-nos num inglês elementar e esforçado.” Perguntamos-lhe se há alguma possibilidade de nos deixar entrar de imediato e explicamos-lhe o porquê.

O guarda deixa-se sensibilizar. “Muito bem. Se querem ir já, não há problema. Entregam-me uma identificação e vêm depois comprar os bilhetes.”

Mal conseguimos acreditar em tanta bondade. Tínhamos acordado com as galinhas para nos anteciparmos à enchente de visitantes esperada naquele fim-de-semana de Verão. Não só o conseguimos, como somos os primeiros do dia a subir à muralha.

Muralha e torres, Muralha da China, Badaling, China

Sector grandioso da muralha da China estendida pelo relevo florestado em redor de Badaling.

Durante meia-hora, exploramos e apreciamos o colosso arquitectónico-militar de uma forma pura, sob uma luz suave de início do dia que respeita as suas linhas onduladas e a vegetação luxuriante envolvente.

Vencemo-lo degrau a degrau até chegarmos, ofegantes, à torre 8, o ponto mais elevado da secção norte, paragem final do teleférico e onde não tardariam a desembarcar as primeiras excursões de chineses, muitos ainda movidos pelo soar latente das palavras do  líder histórico Mao Zedong: “Aquele que nunca subiu à Grande Muralha não é um verdadeiro homem.”

Um vendedor clandestino de DVDs e livros temáticos surge de um pórtico mais abaixo e acaba-nos com a exclusividade. Examina a realidade em redor e move-se, meio desconfiado, na nossa direcção.

Percebemos que tinha entrado sem autorização ou bilhete e que aproveitava para se instalar a fazer algum negócio antes que os guardas iniciassem a sua patrulha.

Visitantes, Muralha da china, Badaling, China

Primeiros visitantes do dia vencem uma das incontáveis rampas da muralha de Badaling.

Foram estes e outros tipos de intrusões que os mentores da muralha quiseram evitar. Mas o propósito nunca seria cumprido na perfeição.

A Grande Defesa de Pedra do Império Chinês

A construção começou entre 221 e 207 a.C.. Durante a Dinastia Qin, o imperador Qin Shi Huang selou finalmente a unificação da China.

Por sua ordem, diversas muralhas antes edificadas por reinos independentes com o fim de se protegerem de tribos nómadas saqueadoras foram ligadas por centenas de milhares de operários, em grande parte prisioneiros.

A tarefa durou dez anos. Cerca de 180 milhões de metros cúbicos de terra formaram a base da estrutura original. Diz a lenda que os ossos dos trabalhadores falecidos terão sido outro dos materiais usados na fortificação.

Muralha Gigante, com Pés de Barro

Malgrado a envergadura da obra, Gengis Khan resumiu a sua fragilidade: “A força da muralha depende da coragem daqueles que a defendem”. Ao longo dos tempos, percebeu-se a facilidade com que as sentinelas eram subornadas, entre outras vulnerabilidades.

Vendedor, Muralha da china, Badaling-China

Um vendedor de artesanato nos confins da secção sul da muralha de Badaling.

E também que a fortificação tinha grande utilidade como uma espécie de estrada elevada que permitia o transporte de pessoas e bens ao longo do terreno montanhoso.

A secção de Badaling só foi erguida em 1505, durante a dinastia Ming. A partir de então, o sistema de sinalização com sinais de fumo produzidos de torre em torre permitiu uma transmissão ainda mais rápida de notícias sobre a movimentação de inimigos a Pequim,  capital do império de 1421 a 1911. Hoje, a capital continua a distar apenas 70 km.

Dela partem, de comboio, autocarros e outros veículos, as multidões veraneantes desejosas de aceder à Grande Muralha.

A Quase Omnivisão Concedida por Beibalou

É do ponto mais elevado de Beibalou (1015 m) que avistamos a invasão de visitantes concretizar-se, primeiro chegados a pé dos portais de entrada no vale, depois, da estação do teleférico nas nossas imediações.

Num ápice, a paz e solidão matinal dá lugar a uma peregrinação inexorável e esforçada que avança rampas e degraus acima e abaixo e toma conta dos adarves amplos.

Recordamo-nos, assim, de que estamos num país com 1.3 mil milhões de habitantes, a maior população do Mundo.

Subida, Muralha da China, Badaling, China

Centenas de chineses percorrem uma secção íngreme da muralha.

Da 8ª torre para o interior, a muralha mergulha em direcção às profundezas do vale. Torna-se de tal forma vertiginosa que é arriscado descê-la sem recurso aos corrimões adicionados às paredes.

Certos visitantes idosos enfrentam este trecho com óbvio receio e agarram-se aos apoios com todas as forças. Quando o percorremos, um monge budista faz uma pausa estratégica naquela romaria extrema.

A sua presença hesitante abençoa mas também perturba os restantes transeuntes, já atrapalhados com o transporte forçado de chapéus de sol, sacos e restante carga. Mas o declive acentua-se ainda mais.

Meandros, Muralha da China, Badaling, China

Grupo de visitantes chineses aprecia a paisagem do topo de uma elevação em curva da grande muralha da China.

Do quase sopé da encosta, apreciamos com nitidez crescente como a muralha curva e volta a curvar submissa aos caprichos do relevo.

A Visita Precoce do Jesuíta Bento de Góis

É algo que se verifica tanto em Badaling como ao longo dos seus mais de 21.196km, desde a área de Shanhaiguan que confluí com o oceano Pacífico e evitava os ataques do povo Manchu aos confins ocidentais e desérticos da província de Gansu em que Jiayuguan servia de pórtico para a secção chinesa da Rota da Seda.

Um dos primeiros ocidentais a entrar na China através desta última passagem foi o jesuíta português Bento de Góis. Chegou vindo do norte da Índia, em 1605, possivelmente informado dos relatos presentes em livros que os mercadores portugueses tinham trazido para Lisboa.

Por certo também pelas descrições prévias das “Décadas da Ásia” de João de Barros, pelas narrações do frade dominicano Gaspar da Cruz.

E até do embaixador falhado Tomé Pires que viu gorar-se o projecto de se tornar influente na corte do imperador Ming Zhengde mas, apesar de ter assistido ao início de uma perseguição chinesa aos comerciantes portugueses, terá vivido na China por mais alguns anos.

Monge budista, Muralha da China, Badaling, China

Monge budista recupera do esforço após vencer uma subida íngreme.

O Sol a Pique sobre a Muralha. Hora de Descanso e Sino-Almoçaradas

O tempo também flui no dia que dedicamos a Badaling e o sol depressa fica a pique. Por volta da uma da tarde, grande parte das famílias, grupos de amigos e restantes comitivas estão extasiados, esfomeados e determinados em ultrapassarem tamanhas provações.

Instalam-se, assim, numa zona da muralha recolhida abaixo de Beibalou e equipada com mesas e cadeiras hiper-disputadas.

Inauguram, então, incontáveis piqueniques, resolvidos à base de noodles instantâneos, outros mais caprichados mas ainda assim feitos de iguarias conservadas em embalagens de plástico: ovos cozidos, dumplings, carnes e vegetais secos, alimentos quase sempre com aspecto industrial e prazos de validade escandalosos.

Deixamos para trás a 12ª torre. Esbarramos com a estação de Qinlongqiao e a sua entrada. No exterior, há uma concentração comercial que atrai milhares de visitantes.

Abandonamos temporariamente o domínio da muralha para nos juntarmos à feira.

Pequena multidão, Muralha da China, Badaling, China

Visitantes protegem-se do sol de Verão sob chapéus de sol garridos.

Qinlongqiao: a entrada para a Feira da Muralha da China

Depressa percebemos que era ali que os vendedores se vingavam de não poderem trabalhar sobre a muralha.

Passados os torniquetes, confrontamo-nos com um batalhão de pequenos empresários que impingem recordações da muralha ou da China, em movimento ou em pequenas bancas.

Encontramos igualmente um pequeno zoo improvisado com camelos que as pessoas montam para se fotografarem em poses altivas, recintos repletos de ursos-malaios acrobáticos, outros com macacos e espécies distintas que, apesar das condições lastimáveis a que são votados, vão cumprindo a sua função de entreter a multidão.

Para diante, repetem-se ainda barraquinhas com frutos frescos e secos, mini-cozinhas ao ar livre que servem todo o tipo de petiscos chineses em jeito de refeição, que aquecem e engorduram o ar escaldante e seco do Verão daquelas paragens.

Estilo cowboy, Muralha da china, Badaling, China

Homem chinês impõe-se ao relevo com a secção mais elevada da muralha como fundo.

Uma Persistência Recompensada com Reclusão e Paz

Findo o repasto e o merecido descanso, alguns visitantes regressam à zona da entrada. Dali, em vez de saírem, os mais jovens e persistentes partem para a conquista da secção sul da muralha, tão ou mais demorada e extenuante que a norte.

Forçamo-nos e às pernas a fazê-lo e somos recompensados com um percurso tranquilo, dotado de torres de vigia mais grandiosas que as do ponto cardeal oposto e embelezado pela luz cada vez mais suave do Sol, não tarda poente.

Já de regresso ao pórtico porque tínhamos entrado de manhã, passa por nós o funcionário encarregue de se assegurar que não são fechadas as portas com visitantes sobre os adarves.

Somos, de novo, quase os únicos na muralha e percebemos que,  junto ao vale, os merlões haviam sido enfeitados alternadamente com bandeiras nacionais ou do Partido Comunista Chinês (PCC).

Bandeiras Chinesas, Muralha da china, Badaling, China

Turistas maioritariamente chineses convivem entre bandeiras comunistas e da nação.

Durante a tarde, um qualquer representante diplomático tinha frequentado a fortificação e os anfitriões aproveitaram para exibir o vigor político da nação, em complemento à sua sumptuosidade histórica.

Algumas dezenas de chineses que ali persistem aproveitam a decoração e a deixa. Fazem-se fotografar entre as bandeiras, com o cenário verdejante como fundo e orgulhosos da grandiosidade da sua pátria vermelha.

Selfie, Muralha da china, Badaling, China

Mulher fotografa-se entre bandeiras chinesas colocadas sobre uma plataforma baixa da muralha.

Bingling Si, China

O Desfiladeiro dos Mil Budas

Durante mais de um milénio e, pelo menos sete dinastias, devotos chineses exaltaram a sua crença religiosa com o legado de esculturas num estreito remoto do rio Amarelo. Quem desembarca no Desfiladeiro dos Mil Budas, pode não achar todas as esculturas mas encontra um santuário budista deslumbrante.
Dunhuang, China

Um Oásis na China das Areias

A milhares de quilómetros para oeste de Pequim, a Grande Muralha tem o seu extremo ocidental e a China é outra. Um inesperado salpicado de verde vegetal quebra a vastidão árida em redor. Anuncia Dunhuang, antigo entreposto crucial da Rota da Seda, hoje, uma cidade intrigante na base das maiores dunas da Ásia.
Lijiang, China

Uma Cidade Cinzenta mas Pouco

Visto ao longe, o seu casario vasto é lúgubre mas as calçadas e canais seculares de Lijiang revelam-se mais folclóricos que nunca. Em tempos, esta cidade resplandeceu como a capital grandiosa do povo Naxi. Hoje, tomam-na de assalto enchentes de visitantes chineses que disputam o quase parque temático em que se tornou.
Longsheng, China

Huang Luo: a Aldeia Chinesa dos Cabelos mais Longos

Numa região multiétnica coberta de arrozais socalcados, as mulheres de Huang Luo renderam-se a uma mesma obsessão capilar. Deixam crescer os cabelos mais longos do mundo, anos a fio, até um comprimento médio de 170 a 200 cm. Por estranho que pareça, para os manterem belos e lustrosos, usam apenas água e arrôz.
Guilin, China

O Portal Para o Reino Chinês de Pedra

A imensidão de colinas de calcário afiadas em redor é de tal forma majestosa que as autoridades de Pequim a imprimem no verso das notas de 20 yuans. Quem a explora, passa quase sempre por Guilin. E mesmo se esta cidade da província de Guangxi destoa da natureza exuberante em redor, também lhe achámos os seus encantos.
Lijiang e Yangshuo, China

Uma China Impressionante

Um dos mais conceituados realizadores asiáticos, Zhang Yimou dedicou-se às grandes produções ao ar livre e foi o co-autor das cerimónias mediáticas dos J.O. de Pequim. Mas Yimou também é responsável por “Impressions”, uma série de encenações não menos polémicas com palco em lugares emblemáticos.
Dali, China

A China Surrealista de Dali

Encaixada num cenário lacustre mágico, a antiga capital do povo Bai manteve-se, até há algum tempo, um refúgio da comunidade mochileira de viajantes. As mudanças sociais e económicas da China fomentaram a invasão de chineses à descoberta do recanto sudoeste da nação.

Nantou, Taiwan

No Âmago da Outra China

Nantou é a única província de Taiwan isolada do oceano Pacífico. Quem hoje descobre o coração montanhoso desta região tende a concordar com os navegadores portugueses que baptizaram Taiwan de Formosa.

Huang Shan, China

Huang Shan: as Montanhas Amarelas dos Picos Flutuantes

Os picos graníticos das montanhas amarelas e flutuantes de Huang Shan, de que brotam pinheiros acrobatas, surgem em ilustrações artísticas da China sem conta. O cenário real, além de remoto, permanece mais de 200 dias escondido acima das nuvens.
Dali, China

Flash Mob à Moda Chinesa

A hora está marcada e o lugar é conhecido. Quando a música começa a tocar, uma multidão segue a coreografia de forma harmoniosa até que o tempo se esgota e todos regressam às suas vidas.
Pequim, China

O Coração do Grande Dragão

É o centro histórico incoerente da ideologia maoista-comunista e quase todos os chineses aspiram a visitá-la mas a Praça Tianamen será sempre recordada como um epitáfio macabro das aspirações da nação
Rinoceronte, PN Kaziranga, Assam, Índia
Safari
PN Kaziranga, Índia

O Baluarte dos Monocerontes Indianos

Situado no estado de Assam, a sul do grande rio Bramaputra, o PN Kaziranga ocupa uma vasta área de pântano aluvial. Lá se concentram dois terços dos rhinocerus unicornis do mundo, entre em redor de 100 tigres, 1200 elefantes e muitos outros animais. Pressionado pela proximidade humana e pela inevitável caça furtiva, este parque precioso só não se tem conseguido proteger das cheias hiperbólicas das monções e de algumas polémicas.
Thorong La, Circuito Annapurna, Nepal, foto para a posteridade
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 13º - High Camp a Thorong La a Muktinath, Nepal

No Auge do Circuito dos Annapurnas

Aos 5416m de altitude, o desfiladeiro de Thorong La é o grande desafio e o principal causador de ansiedade do itinerário. Depois de, em Outubro de 2014, ter vitimado 29 montanhistas, cruzá-lo em segurança gera um alívio digno de dupla celebração.
costa, fiorde, Seydisfjordur, Islandia
Arquitectura & Design
Seydisfjordur, Islândia

Da Arte da Pesca à Pesca da Arte

Quando armadores de Reiquejavique compraram a frota pesqueira de Seydisfjordur, a povoação teve que se adaptar. Hoje, captura discípulos da arte de Dieter Roth e outras almas boémias e criativas.
Barcos sobre o gelo, ilha de Hailuoto, Finlândia
Aventura
Hailuoto, Finlândia

Um Refúgio no Golfo de Bótnia

Durante o Inverno, a ilha de Hailuoto está ligada à restante Finlândia pela maior estrada de gelo do país. A maior parte dos seus 986 habitantes estima, acima de tudo, o distanciamento que a ilha lhes concede.
Sombra de sucesso
Cerimónias e Festividades
Champotón, México

Rodeo Debaixo de Sombreros

Champoton, em Campeche, acolhe uma feira honra da Virgén de La Concepción. O rodeo mexicano sob sombreros local revela a elegância e perícia dos vaqueiros da região.
Lubango, Angola, Huila, Murais
Cidades
Lubango, Angola

A Cidade no Cimo de Angola

Mesmo barradas da savana e do Atlântico por serras, as terras frescas e férteis de Calubango sempre prendaram os forasteiros. Os madeirenses que fundaram Lubango sobre os 1790m e os povos que se lhes juntaram, fizeram dela a cidade mais elevada e uma das mais cosmopolitas de Angola.
Comida
Margilan, Usbequistão

Um Ganha Pão do Uzbequistão

Numa de muitas padarias de Margilan, desgastado pelo calor intenso do forno tandyr, o padeiro Maruf'Jon trabalha meio-cozido como os distintos pães tradicionais vendidos por todo o Usbequistão
Desfile de nativos-mericanos, Pow Pow, Albuquerque, Novo México, Estados Unidos
Cultura
Albuquerque, E.U.A.

Soam os Tambores, Resistem os Índios

Com mais de 500 tribos presentes, o pow wow "Gathering of the Nations" celebra o que de sagrado subsiste das culturas nativo-americanas. Mas também revela os danos infligidos pela civilização colonizadora.
Fogo artifício de 4 de Julho-Seward, Alasca, Estados Unidos
Desporto
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
Nova Gales do Sul Austrália, Caminhada na praia
Em Viagem
Batemans Bay a Jervis Bay, Austrália

Nova Gales do Sul, de Baía em Baía

Com Sydney para trás, entregamo-nos à “South Coast” australiana. Ao longo de 150km, na companhia de pelicanos, cangurus e outras peculiares criaturas aussie, deixamo-nos perder num litoral recortado entre praias deslumbrantes e eucaliptais sem fim.
Tatooine na Terra
Étnico
Matmata, Tataouine:  Tunísia

A Base Terrestre da Guerra das Estrelas

Por razões de segurança, o planeta Tatooine de "O Despertar da Força" foi filmado em Abu Dhabi. Recuamos no calendário cósmico e revisitamos alguns dos lugares tunisinos com mais impacto na saga.  
luz solar fotografia, sol, luzes
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 2)

Um Sol, tantas Luzes

A maior parte das fotografias em viagem são tiradas com luz solar. A luz solar e a meteorologia formam uma interacção caprichosa. Saiba como a prever, detectar e usar no seu melhor.
Egipto Ptolomaico, Edfu a Kom Ombo, Nilo acima, guia explica hieróglifos
História
Edfu a Kom Ombo, Egipto

Nilo Acima, pelo Alto Egipto Ptolomaico

Cumprida a embaixada incontornável a Luxor, à velha Tebas e ao Vale dos Reis, prosseguimos contra a corrente do Nilo. Em Edfu e Kom Ombo, rendemo-nos à magnificência histórica legada pelos sucessivos monarcas Ptolomeu.
Santa Maria, Ilha mãe dos Açores
Ilhas
Santa Maria, Açores

Santa Maria: Ilha Mãe dos Açores Há Só Uma

Foi a primeira do arquipélago a emergir do fundo dos mares, a primeira a ser descoberta, a primeira e única a receber Cristovão Colombo e um Concorde. Estes são alguns dos atributos que fazem de Santa Maria especial. Quando a visitamos, encontramos muitos mais.
Quebra-Gelo Sampo, Kemi, Finlândia
Inverno Branco
Kemi, Finlândia

Não é Nenhum “Barco do Amor”. Quebra Gelo desde 1961

Construído para manter vias navegáveis sob o Inverno árctico mais extremo, o quebra-gelo Sampo” cumpriu a sua missão entre a Finlândia e a Suécia durante 30 anos. Em 1988, reformou-se e dedicou-se a viagens mais curtas que permitem aos passageiros flutuar num canal recém-aberto do Golfo de Bótnia, dentro de fatos que, mais que especiais, parecem espaciais.
Enseada, Big Sur, Califórnia, Estados Unidos
Literatura
Big Sur, E.U.A.

A Costa de Todos os Refúgios

Ao longo de 150km, o litoral californiano submete-se a uma vastidão de montanha, oceano e nevoeiro. Neste cenário épico, centenas de almas atormentadas seguem os passos de Jack Kerouac e Henri Miller.
Pescador manobra barco junto à Praia de Bonete, Ilhabela, Brasil
Natureza
Ilhabela, Brasil

Em Ilhabela, a Caminho de Bonete

Uma comunidade de caiçaras descendentes de piratas fundou uma povoação num recanto da Ilhabela. Apesar do acesso difícil, Bonete foi descoberta e considerada uma das dez melhores praias do Brasil.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Penhascos acima do Valley of Desolation, junto a Graaf Reinet, África do Sul
Parques Naturais
Graaf-Reinet, África do Sul

Uma Lança Bóer na África do Sul

Nos primeiros tempos coloniais, os exploradores e colonos holandeses tinham pavor do Karoo, uma região de grande calor, grande frio, grandes inundações e grandes secas. Até que a Companhia Holandesa das Índias Orientais lá fundou Graaf-Reinet. De então para cá, a quarta cidade mais antiga da nação arco-íris prosperou numa encruzilhada fascinante da sua história.
Celebração newar, Bhaktapur, Nepal
Património Mundial UNESCO
Bhaktapur, Nepal

As Máscaras Nepalesas da Vida

O povo indígena Newar do Vale de Katmandu atribui grande importância à religiosidade hindu e budista que os une uns aos outros e à Terra. De acordo, abençoa os seus ritos de passagem com danças newar de homens mascarados de divindades. Mesmo se há muito repetidas do nascimento à reencarnação, estas danças ancestrais não iludem a modernidade e começam a ver um fim.
Visitantes da casa de Ernest Hemingway, Key West, Florida, Estados Unidos
Personagens
Key West, Estados Unidos

O Recreio Caribenho de Hemingway

Efusivo como sempre, Ernest Hemingway qualificou Key West como “o melhor lugar em que tinha estado...”. Nos fundos tropicais dos E.U.A. contíguos, encontrou evasão e diversão tresloucada e alcoolizada. E a inspiração para escrever com intensidade a condizer.
Teleférico que liga Puerto Plata ao cimo do PN Isabel de Torres
Praias
Puerto Plata, República Dominicana

Prata da Casa Dominicana

Puerto Plata resultou do abandono de La Isabela, a segunda tentativa de colónia hispânica das Américas. Quase meio milénio depois do desembarque de Colombo, inaugurou o fenómeno turístico inexorável da nação. Numa passagem-relâmpago pela província, constatamos como o mar, a montanha, as gentes e o sol do Caribe a mantêm a reluzir.
Peregrinos no cimo, Monte Sinai, Egipto
Religião
Monte Sinai, Egipto

Força nas Pernas e Fé em Deus

Moisés recebeu os Dez Mandamentos no cume do Monte Sinai e revelou-os ao povo de Israel. Hoje, centenas de peregrinos vencem, todas as noites, os 4000 degraus daquela dolorosa mas mística ascensão.
Comboio do Fim do Mundo, Terra do Fogo, Argentina
Sobre Carris
Ushuaia, Argentina

Ultima Estação: Fim do Mundo

Até 1947, o Tren del Fin del Mundo fez incontáveis viagens para que os condenados do presídio de Ushuaia cortassem lenha. Hoje, os passageiros são outros mas nenhuma outra composição passa mais a Sul.
Bar de Rua, Fremont Street, Las Vegas, Estados Unidos
Sociedade
Las Vegas, E.U.A.

O Berço da Cidade do Pecado

Nem sempre a famosa Strip concentrou a atenção de Las Vegas. Muitos dos seus hotéis e casinos replicaram o glamour de néon da rua que antes mais se destacava, a Fremont Street.
Cruzamento movimentado de Tóquio, Japão
Vida Quotidiana
Tóquio, Japão

A Noite Sem Fim da Capital do Sol Nascente

Dizer que Tóquio não dorme é eufemismo. Numa das maiores e mais sofisticadas urbes à face da Terra, o crepúsculo marca apenas o renovar do quotidiano frenético. E são milhões as suas almas que, ou não encontram lugar ao sol, ou fazem mais sentido nos turnos “escuros” e obscuros que se seguem.
O rio Zambeze, PN Mana Poools
Vida Selvagem
Kanga Pan, Mana Pools NP, Zimbabwe

Um Manancial Perene de Vida Selvagem

Uma depressão situada a 15km para sudeste do rio Zambeze retém água e minerais durante toda a época seca do Zimbabué. A Kanga Pan, como é conhecida, nutre um dos ecossistemas mais prolíficos do imenso e deslumbrante Parque Nacional Mana Pools.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.