Homer a Whittier, Alasca

Em Busca da Furtiva Whittier


Alasca do Ar
Vista das montanhas alasquenses a partir de um avião.
Anchor Inn
Um pequeno hotel de Whittier.
O Bunker Buckner
O edifício em forma de bunker de Buckner
Cemitério Ninilchik
Cemitério de Ninilchik, um povoação alasquense com origem russa.
Sucata
Sucata automóvel em frente ao Buckner Building,
Rio Kasilof abaixo
Navegação do rio Kasilof, em plena época do salmão.
Matrona Oskolkoff
Pormenor de sepultura no cemitério de Ninichik.
América com origem Russa
Bandeiras norte-americanas destacam-se no cemitério de Ninichik.
As Torres Begich
Os edifícios que abrigam quase toda a população de Whittier.
As Facas de Walt & Connie
Loja de facas Walt & Connie, à beira da estrada.
Igreja da Transfiguração do Senhor
Pequena Igreja ortodoxa de Ninilchik.
Deixamos Homer, à procura de Whittier, um refúgio erguido na 2ª Guerra Mundial e que abriga duzentas e poucas pessoas, quase todas num único edifício.

Despertamos tarde. Partimos a más horas decididos a parar sempre que o justificasse o caminho.

Passamos ao largo de Nikolaevsk. Interrompemos a viagem, pela primeira vez, em Ninilchik, uma povoação fundada por colonos russos, em 1820, quarenta e sete anos antes dos seus governantes terem vendido o Alasca aos Estados Unidos por 7.2 milhões de dólares num dos negócios mais desastrosos feitos pelo país dos Czares.

Pouco tempo depois da transacção, os exploradores norte-americanos descobriram ouro em várias partes do estado. Bastaram alguns anos para a riqueza extraída pelos americanos dos filões e rios do estado suplantar o valor despendido.

Após a passagem do vasto território para a posse dos americanos, nem todos os russos partiram. Os que ficaram, preservam boa parte da sua cultura.

Alasca, de Homer em Busca de Whittier

Vista das montanhas alasquenses a partir de um avião.

Famílias inteiras partilham chá de grandes samovares seculares, guardam fatos tradicionais russos em que posam para fotografias memoráveis, junto de grandes matrioskas coloridas.

A sua fé cristã, é Ortodoxa, claro está. Como o são as suas várias igrejas de madeira com cruzes de oito braços, decoradas com painéis dourados-coloridos dos santos que a comunidade louva.

Transfiguration of Our Lord Church, Ninilchik, Alasca, de Homer em Busca de Whittier

Pequena Igreja ortodoxa de Ninilchik.

Desviamo-nos da Sterling Highway em busca da igreja russa local. Encontramo-la na imediação de uma falésia, virada para o mar e cercada por uma vedação branca, de madeira.

Mais que a religiosidade, impressiona o significado histórico da visão.

Cemitério de Ninilchik, Alasca, de Homer em Busca de Whittier

Cemitério de Ninilchik, um povoação alasquense com origem russa.

Malgrado a arquitectura eslava do edifício principal, num pequeno cemitério subsumido entre a vegetação, misturam-se cruzes ortodoxas com católicas, estas, acompanhadas de bandeiras dos Estados Unidos da América.

Como ali se provava, a convivência de habitantes das duas nações verificou-se durante bastante tempo.

E assim continua muito depois da retirada diplomática da Rússia. É, este, aliás, um dos aspectos mais fascinantes da vida do sul do Alasca.

Os Rios de Salmões que Irrigam o Alasca em Tempos Russo

Prosseguimos para norte. Passamos por outras localidades de origem russa como a pequena, quase imperceptível Kasilof, baptizada segundo o rio que por ali passa e desagua mais à frente.

Em Junho e Julho, um exército de pescadores oriundos das redondezas e de outras partes mais longínquas do Alasca reúnem-se de ambas as margens. Enquanto a migração dos cardumes o permite, competem entre eles e com as águias pesqueiras e pigarros pelos espécimes de salmão, mais acessíveis que nunca sobre os baixios em que o rio se espraia.

Ali, os salmões ainda vão no início de uma viagem fluvial que, a completar-se, os levaria bem mais a montante do Kasilof, quem sabe se até ao grandioso lago Tustumena.

Rio Kasilof, Alasca, de Homer em Busca de Whittier

Navegação do rio Kasilof, em plena época do salmão.

Por estes lados, a paisagem mais próxima da estrada é dominada por florestas de coníferas baixas e de aspecto frágil. Não chegam a atingir alturas mais dignas devido ao subsolo quase sempre gelado em que assentam.

Na distância, destacam-se os cumes da cordilheira Kenai, coroados de branco pelo gelo mais persistente.

Pela Sterling Highway Acima

Segue-se Soldotna. Logo, Sterling. Em Sterling, chama-nos a atenção um outdoor gráfico. Dele se destaca uma grande faca de punho amarelo e vermelho. Projecta-se da faca, uma bandeira americana star-splangled esvoaçante.

Um painel abaixo apresenta-nos o Walt & Connies Knives, o negócio de beira da estrada deste casal, bem posicionada para servir os pescadores, os caçadores e os alasquenses em geral com o que mais falta lhes faz: facas de caça, facas de filé, facas de cozinha, facas alasquenses unu e facas Campbell.

Walt & Connie Knives, Alasca, de Homer em Busca de Whittier

Loja de facas Walt & Connie, à beira da estrada.

Além destes tipos todos de facas, o casal anuncia ainda que as afia e que vende currais para renas. Por azar, à hora a que passámos à sua porta, o estabelecimento do casal estava fechado. Não podíamos esperar pela hora do seu regresso, sem sequer termos a certeza de que regressariam.

Após vários desvios que incluem pausas estratégicas em Soldotna, Cooper Landing e Moose Pass, deixamos por fim, a Sterling Hwy. Apontados a noroeste, ao fundo bem fundo do braço de mar de Turnagain, que se estende desde a ainda longínqua cidade de Anchorage.

Por Fim, a Revelação da Esquiva Whittier

Explorados todos os cantos da cidade e as redondezas, damos início a nova etapa. Antes do regresso a Anchorage impõe-se a visita a uma das povoações mais surreais de todo o estado: Whittier.

Só os interessados pela história bélica do mundo o sabem. Durante a 2a Guerra Mundial, além de Pearl Harbor, os Estados Unidos foram atacados pelos japoneses no seu 49º estado. 

O infortúnio calhou a Dutch Harbour e ao arquipélago aleuta, a longa cadeia de ilhas na extremidade da Península do Alasca, mais próxima do território nipónico que qualquer outra parte dos Estados Unidos.

Confrontados com a necessidade de construir uma base militar secreta, os responsáveis do exército acharam o lugar ideal, ali, de frente para o Canal Passage, cercado pelas montanhas íngremes em redor, cobertas por gelo e por nuvens densas na maior parte do ano.

Num ápice, tornaram-no um esconderijo bélico sofisticado, dotado de um porto e caminho-de-ferro. Durante a época alta turística, esse mesmo porto recebe agora os grandes navios cruzeiro que percorrem a costa ocidental do Alasca, de Anchorage até as diversas povoações do Cabo de Frigideira alasquense. Capital Juneau incluída.

Na altura chamaram-no de Camp Sullivan. Em 1943, Camp Sullivan já era usado como o porto de entrada das forças dos Estados Unidos da América no Alasca.

Por forma a assegurar o acesso por terra, foi aberto um longo túnel, que é, ainda hoje, uma das maravilhas da engenharia do Alasca.

A Génese Bélica da Povoação, em Plena 2ª Guerra Mundial

Malgrado o propósito da sua fundação e o visual de grande bunker que ostenta, Whittier tomou de empréstimo o nome de um glaciar imponente nas redondezas. Em 1915, esse glaciar, foi baptizado em honra do poeta americano John Greenleaf Whittier.

No fim de Março de 1964, ainda em plena ocupação militar, Whittier viu-se chocalhada pelo tremor de terra de Sexta Feira Santa, um dos eventos sísmicos mais poderosos e destrutivos verificados no Alasca, com uma magnitude de 9.2 graus, gerador de diversos maremotos ao longo da costa Oeste dos Estados Unidos mas que, apesar desta intensidade, só fez treze vítimas.

Os militares ocuparam Whittier até 1968, ano em que a abandonaram e aos seus estranhos edifícios.

Com a afirmação do turismo estival, mesmo entre cordilheiras e glaciares, a cidade fantasma – entretanto colonizada por indígenas – tornou-se numa atracção alasquense à parte, com importância reforçada por se ter tornado numa escala do Alasca Marine Highway.

Só quando chegamos à entrada do Anton Anderson Tunnel, descobrimos que não permite a viagem simultânea aos dois sentidos, que o acesso só é possível de hora a hora. Dedicamos os 40 minutos que faltam às rádios regionais e a apreciar a paisagem glaciar circundante.

Quando o sinal verde finalmente cai, prosseguimos pelo escuro. Levamos quinze minutos a atravessar o longo túnel. Até que, do outro lado da montanha, damos de caras com um refúgio de visual cimentado, em tudo idêntico a tantos outros que a Guerra Fria viria, mais tarde, a gerar.

Alasca, de Homer em Busca de Whittier

Sucata automóvel em frente ao Buckner Building,

Os Inusitados Buckner Building e Torres Begich

Pela dimensão e peso arquitectónico, destaca-se do casario, o Buckner Building que não resistimos a explorar. A determinada altura, parecia aos moradores tão vasto e completo que o tratavam por “uma cidade debaixo de um telhado”.

Até 1968, habitaram ali mais de 1000 pessoas, na maioria ao serviço do exército dos EUA. Hoje, o edifício não é mais que um bunker habitacional abandonado ao tempo e à vegetação, com a companhia de diversos carros amolgados e enferrujados.

Destino diferente tiveram as Torres Begich. Com catorze andares e um aspecto civil de prédio suburbano, logo após a

Torres Begich, Alasca, de Homer em Busca de Whittier

Os edifícios que abrigam quase toda a população de Whittier.

desmobilização, foram ocupadas por indígenas da região e por alguns imigrantes que se instalaram nos cento e cinquenta apartamentos de dois e três quartos. Várias famílias dependentes do Alasca e funcionários civis foram também para lá deslocados.

As Torres Begich abrigam actualmente cerca de 80% dos duzentos e poucos habitantes de Whittier. No subsolo, um labirinto de túneis liga os edifícios a escolas e lojas.

Protegem os moradores das intempéries. Poupam-lhes o tempo perdido a retirar neve das entradas das suas casas e das estradas, durante os intermináveis meses frios.

Com o acumular das décadas, esta nova estrutura habitacional deu origem a uma sociedade única, semi-isolada do mundo exterior pela localização e pela distância, pelo menos enquanto o Verão e os turistas curiosos não chegam.

Um Abrigo Militar, em Plena Rota Indígena Chugach

A zona em que as autoridades americanas instalaram Whittier foi, em tempos, rota de viagem dos nativos Chugach, sempre que seguiam no caminho do imenso Prince William Sound.

Anos mais tarde, com a chegada dos exploradores e russos e americanos e de prospectores de ouro americanos durante a Febre do Ouro do Klondike, uma multidão de forasteiros metediços e desrespeitadores das origens dos Chugach, passaram também a usá-lo.

Conscientes de que Whittier se tratava de um exemplo derradeiro de uma cidade militar furtiva norte-americana, absorvemos até ao último minuto a sua estranha beleza ou, melhor dito, estranheza.

Buckner Building, Alasca, de Homer em Busca de Whittier

O edifício em forma de bunker de Buckner

No tempo de que dispúnhamos foram poucos os moradores que encontrámos. “Por esta altura estão todos no trabalho no terminal petrolífero, os miúdos na escola e muita gente anda por Anchorage” afiança-nos John Kerry o proprietário de um loja que vendia de tudo um pouco.

Mil e duzentos quilómetros e nove dias depois, estávamos prestes a terminar o circuito planeado, rendidos à existência peculiar da Península Kenai, entusiasmamo-nos a projectar um regresso invernal.

Afinal, poucos lugares são mais recompensadores que lugares fora da caixa como Whittier onde a vida é extrema e continua por domar.

Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
Skagway, Alasca

Uma Variante da Febre do Ouro do Klondike

A última grande febre do ouro norte-americana passou há muito. Hoje em dia, centenas de cruzeiros despejam, todos os Verões, milhares de visitantes endinheirados nas ruas repletas de lojas de Skagway.
Valdez, Alasca

Na Rota do Ouro Negro

Em 1989, o petroleiro Exxon Valdez provocou um enorme desastre ambientai. A embarcação deixou de sulcar os mares mas a cidade vitimada que lhe deu o nome continua no rumo do crude do oceano Árctico.
PN Katmai, Alasca

Nos Passos do Grizzly Man

Timothy Treadwell conviveu Verões a fio com os ursos de Katmai. Em viagem pelo Alasca, seguimos alguns dos seus trilhos mas, ao contrário do protector tresloucado da espécie, nunca fomos longe demais.
Juneau, Alasca

A Pequena Capital do Grande Alasca

De Junho a Agosto, Juneau desaparece por detrás dos navios de cruzeiro que atracam na sua doca-marginal. Ainda assim, é nesta pequena capital que se decidem os destinos do 49º estado norte-americano.
Sitka, Alasca

Sitka: Viagem por um Alasca que Já foi Russo

Em 1867, o czar Alexandre II teve que vender o Alasca russo aos Estados Unidos. Na pequena cidade de Sitka, encontramos o legado russo mas também os nativos Tlingit que os combateram.
Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Monte Denali, Alasca

O Tecto Sagrado da América do Norte

Os indígenas Athabascan chamaram-no Denali, ou o Grande e reverenciam a sua altivez. Esta montanha deslumbrante suscitou a cobiça dos montanhistas e uma longa sucessão de ascensões recordistas.
Anchorage a Homer, E.U.A.

Viagem ao Fim da Estrada Alasquense

Se Anchorage se tornou a grande cidade do 49º estado dos E.U.A., Homer, a 350km, é a sua mais famosa estrada sem saída. Os veteranos destas paragens consideram esta estranha língua de terra solo sagrado. Também veneram o facto de, dali, não poderem continuar para lado nenhum.
Ketchikan, Alasca

Aqui Começa o Alasca

A realidade passa despercebida a boa parte do mundo, mas existem dois Alascas. Em termos urbanos, o estado é inaugurado no sul do seu oculto cabo de frigideira, uma faixa de terra separada dos restantes E.U.A. pelo litoral oeste do Canadá. Ketchikan, é a mais meridional das cidades alasquenses, a sua Capital da Chuva e a Capital Mundial do Salmão.
Florida Keys, E.U.A.

A Alpondra Caribenha dos E.U.A.

Os Estados Unidos continentais parecem encerrar-se, a sul, na sua caprichosa península da Flórida. Não se ficam por aí. Mais de cem ilhas de coral, areia e mangal formam uma excêntrica extensão tropical que há muito seduz os veraneantes norte-americanos.
Miami, E.U.A.

Uma Obra-Prima da Reabilitação Urbana

Na viragem para o século XXI, o bairro Wynwood mantinha-se repleto de fábricas e armazéns abandonados e grafitados. Tony Goldman, um investidor imobiliário astuto, comprou mais de 25 propriedades e fundou um parque mural. Muito mais que ali homenagear o grafiti, Goldman fundou o grande bastião da criatividade de Miami.
Tombstone, E.U.A.

Tombstone: a Cidade Demasiado Dura para Morrer

Filões de prata descobertos no fim do século XIX fizeram de Tombstone um centro mineiro próspero e conflituoso na fronteira dos Estados Unidos com o México. Lawrence Kasdan, Kurt Russel, Kevin Costner e outros realizadores e actores hollywoodescos tornaram famosos os irmãos Earp e o duelo sanguinário de “O.K. Corral”. A Tombstone que, ao longo dos tempos tantas vidas reclamou, está para durar.
Miami Beach, E.U.A.

A Praia de Todas as Vaidades

Poucos litorais concentram, ao mesmo tempo, tanto calor e exibições de fama, de riqueza e de glória. Situada no extremo sudeste dos E.U.A., Miami Beach tem acesso por seis pontes que a ligam ao resto da Florida. É parco para o número de almas que a desejam.
Little Havana, E.U.A.

A Pequena Havana dos Inconformados

Ao longo das décadas e até aos dias de hoje, milhares de cubanos cruzaram o estreito da Florida em busca da terra da liberdade e da oportunidade. Com os E.U.A. ali a meros 145 km, muitos não foram mais longe. A sua Little Havana de Miami é, hoje, o bairro mais emblemático da diáspora cubana.
Grand Canyon, E.U.A.

Viagem pela América do Norte Abismal

O rio Colorado e tributários começaram a fluir no planalto homónimo há 17 milhões de anos e expuseram metade do passado geológico da Terra. Também esculpiram uma das suas mais deslumbrantes entranhas.
Monument Valley, E.U.A.

Índios ou cowboys?

Realizadores de Westerns emblemáticos como John Ford imortalizaram aquele que é o maior território indígena dos Estados Unidos. Hoje, na Nação Navajo, os navajo também vivem na pele dos velhos inimigos.
Las Vegas, E.U.A.

Onde o Pecado tem Sempre Perdão

Projectada do Deserto Mojave como uma miragem de néon, a capital norte-americana do jogo e do espectáculo é vivida como uma aposta no escuro. Exuberante e viciante, Vegas nem aprende nem se arrepende.
Prince William Sound, Alasca

Viagem por um Alasca Glacial

Encaixado contra as montanhas Chugach, Prince William Sound abriga alguns dos cenários descomunais do Alasca. Nem sismos poderosos nem uma maré negra devastadora afectaram o seu esplendor natural.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Skipper de uma das bangkas do Raymen Beach Resort durante uma pausa na navegação
Praia
Ilhas Guimaras  e  Ave Maria, Filipinas

Rumo à Ilha Ave Maria, Numas Filipinas Cheias de Graça

À descoberta do arquipélago de Visayas Ocidental, dedicamos um dia para viajar de Iloilo, ao longo do Noroeste de Guimaras. O périplo balnear por um dos incontáveis litorais imaculados das Filipinas, termina numa deslumbrante ilha Ave Maria.
O rio Zambeze, PN Mana Poools
Safari
Kanga Pan, Mana Pools NP, Zimbabwe

Um Manancial Perene de Vida Selvagem

Uma depressão situada a 15km para sudeste do rio Zambeze retém água e minerais durante toda a época seca do Zimbabué. A Kanga Pan, como é conhecida, nutre um dos ecossistemas mais prolíficos do imenso e deslumbrante Parque Nacional Mana Pools.
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Circuito Annapurna: 6º – Braga, Nepal

Num Nepal Mais Velho que o Mosteiro de Braga

Quatro dias de caminhada depois, dormimos aos 3.519 metros de Braga (Braka). À chegada, apenas o nome nos é familiar. Confrontados com o encanto místico da povoação, disposta em redor de um dos mosteiros budistas mais antigos e reverenciados do circuito Annapurna, lá prolongamos a aclimatização com subida ao Ice Lake (4620m).
costa, fiorde, Seydisfjordur, Islandia
Arquitectura & Design
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Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
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Após algum tempo na grande capital ganesa ashanti cruzamos o país até junto à fronteira com o Togo. Os motivos para esta longa travessia foram os do kente, um tecido de tal maneira reverenciado no Gana que diversos chefes tribais lhe dedicam todos os anos um faustoso festival.
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Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
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Uma Economia de Mercado

A lei da oferta e da procura dita a sua proliferação. Genéricos ou específicos, cobertos ou a céu aberto, estes espaços dedicados à compra, à venda e à troca são expressões de vida e saúde financeira.
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Nativos de etnia Karanga da aldeia KwaNemamwa exibem as danças tradicionais Bira aos visitantes privilegiados das ruínas do Grande Zimbabwe. o lugar mais emblemático do Zimbabwe, aquele que, decretada a independência da Rodésia colonial, inspirou o nome da nova e problemática nação.  
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Em 1853, Busselton foi dotada de um dos pontões então mais longos do Mundo. Quando a estrutura decaiu, os moradores decidiram dar a volta ao problema. Desde 1996 que o fazem, todos os anos. A nadar.
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Onde as Montanhas Cedem aos Fiordes

A estação final do Flam Railway, marca o término da descida ferroviária vertiginosa das terras altas de Hallingskarvet às planas de Flam. Nesta povoação demasiado pequena para a sua fama, deixamos o comboio e navegamos pelo fiorde de Aurland abaixo rumo à prodigiosa Balestrand.
Étnico
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Em Gizo, ainda são bem visíveis os estragos provocados pelo tsunami que assolou as ilhas Salomão. No litoral de Saeraghi, a felicidade balnear das crianças contrasta com a sua herança de desolação.
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O Terreno e o Celestial

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Três mil anos de uma história tão mística quanto atribulada ganham vida em Jerusalém. Venerada por cristãos, judeus e muçulmanos, esta cidade irradia controvérsias mas atrai crentes de todo o Mundo.
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No Coração Partido da Polinésia

O imaginário do Pacífico do Sul paradisíaco é inquestionável em Samoa mas a sua formosura tropical não paga as contas nem da nação nem dos habitantes. Quem visita este arquipélago encontra um povo dividido entre sujeitar-se à tradição e ao marasmo financeiro ou desenraizar-se em países com horizontes mais vastos.
Verificação da correspondência
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Fartos de esperar pela descida do velhote de barbas pela chaminé, invertemos a história. Aproveitamos uma viagem à Lapónia Finlandesa e passamos pelo seu furtivo lar.
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Aos 30 anos, o escritor escocês começou a procurar um lugar que o salvasse do seu corpo amaldiçoado. Em Upolu e nos samoanos, encontrou um refúgio acolhedor a que entregou a sua vida de alma e coração.
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Há mais de 2000 anos, inspirado pelo seu deus do arroz, o povo Ifugao esquartejou as encostas de Luzon. O cereal que os indígenas ali cultivam ainda nutre parte significativa do país.
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Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
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Os Braços Virados ao Céu do PN Joshua Tree

Chegados ao extremo sul da Califórnia, espantamo-nos com as incontáveis árvores de Josué que despontam dos desertos de Mojave e Colorado. Tal como os colonos mórmons que as terão baptizado, cruzamos e louvamos estes cenários inóspitos do Faroeste norte-americano.
Serengeti, Grande Migração Savana, Tanzania, gnus no rio
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PN Serengeti, Tanzânia

A Grande Migração da Savana Sem Fim

Nestas pradarias que o povo Masai diz siringet (correrem para sempre), milhões de gnus e outros herbívoros perseguem as chuvas. Para os predadores, a sua chegada e a da monção são uma mesma salvação.
Era Susi rebocado por cão, Oulanka, Finlandia
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Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
Santa Maria, ilha do Sal, Cabo Verde, Desembarque
Praias
Santa Maria, Sal, Cabo Verde

Santa Maria e a Bênção Atlântica do Sal

Santa Maria foi fundada ainda na primeira metade do século XIX, como entreposto de exportação de sal. Hoje, muito graças à providência de Santa Maria, o Sal ilha vale muito que a matéria-prima.
Glamour vs Fé
Religião
Goa, Índia

O Último Estertor da Portugalidade Goesa

A proeminente cidade de Goa já justificava o título de “Roma do Oriente” quando, a meio do século XVI, epidemias de malária e de cólera a votaram ao abandono. A Nova Goa (Pangim) por que foi trocada chegou a sede administrativa da Índia Portuguesa mas viu-se anexada pela União Indiana do pós-independência. Em ambas, o tempo e a negligência são maleitas que agora fazem definhar o legado colonial luso.
Train Fianarantsoa a Manakara, TGV Malgaxe, locomotiva
Sobre Carris
Fianarantsoa-Manakara, Madagáscar

A Bordo do TGV Malgaxe

Partimos de Fianarantsoa às 7a.m. Só às 3 da madrugada seguinte completámos os 170km para Manakara. Os nativos chamam a este comboio quase secular Train Grandes Vibrations. Durante a longa viagem, sentimos, bem fortes, as do coração de Madagáscar.
Tabatô, Guiné Bissau, tabanca músicos mandingas. Baidi
Sociedade
Tabatô, Guiné Bissau

A Tabanca dos Músicos Poetas Mandingas

Em 1870, uma comunidade de músicos mandingas em itinerância, instalou-se junto à actual cidade de Bafatá. A partir da Tabatô que fundaram, a sua cultura e, em particular, os seus balafonistas prodigiosos, deslumbram o Mundo.
Vendedores de fruta, Enxame, Moçambique
Vida Quotidiana
Enxame, Moçambique

Área de Serviço à Moda Moçambicana

Repete-se em quase todas as paragens em povoações de Moçambique dignas de aparecer nos mapas. O machimbombo (autocarro) detém-se e é cercado por uma multidão de empresários ansiosos. Os produtos oferecidos podem ser universais como água ou bolachas ou típicos da zona. Nesta região a uns quilómetros de Nampula, as vendas de fruta eram sucediam-se, sempre bastante intensas.
Hipopótamo move-se na imensidão alagada da Planície dos Elefantes.
Vida Selvagem
Parque Nacional de Maputo, Moçambique

O Moçambique Selvagem entre o Rio Maputo e o Índico

A abundância de animais, sobretudo de elefantes, deu azo, em 1932, à criação de uma Reserva de Caça. Passadas as agruras da Guerra Civil Moçambicana, o PN de Maputo protege ecossistemas prodigiosos em que a fauna prolifera. Com destaque para os paquidermes que recentemente se tornaram demasiados.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.