New Orleans, Luisiana, Estados Unidos

Big Freedia: em Modo Bounce


New Orleans é o berço do jazz e o jazz soa e ressoa nas suas ruas. Como seria de esperar, numa cidade tão criativa, lá emergem novos estilos e actos irreverentes. De visita à Big Easy, aventuramo-nos à descoberta do Bounce hip hop.

Nas mais distintas dimensões, os espectáculos sucedem-se, renovam e reforçam a notoriedade mundial de New Orleans. Nos dias que passamos na cidade, realiza-se um de muitos.

Baptizado de Fried Chicken Festival, o evento impinge um imaginário mais gastronómico que musical. Na Crescent City, as duas componentes andam, há muito tempo, lado a lado. Tornaram-se uma receita incontornável.

A caminho do evento, percorremos a Franklin Avenue, dos arredores do centro histórico, para norte, na direcção do lago Pontchartrain, um dos vários a norte da cidade, separados do Golfo do México por meros canais sinuosos. Damos entrada com o sol a despedir-se e a conceder uma penumbra iluminada mais condizente.

Cruzamos uma comunidade de trailers e outros estabelecimentos descartáveis, sobretudo de comes e bebes. Reinavam a cerveja e, como era suposto, o frango frito. A gastarmos as últimas energias, optamos por, antes do que quer que fosse, jantarmos numa área também dedicada à imprensa.

Servem-nos jambalaias. Acompanhamo-las com margaritas. Na sequência, mudamo-nos para o mais frontal e próximo do palco que conseguimos.

The Red Sample. Uma Amostra Entusiasmante da Nova Música de Atlanta

Actuam os The Red Sample, banda da Atlanta que viu nascer os Outkast, Ludacris e Lil Baby mas, de tal maneira adornada e sonorizada por um duo de tubas, que a julgamos de New Orleans.

Vocalista da Banda The Red Sample, de Atlanta, Georgia, E.U.A.

Os Red Sample mantêm o público entusiasmado e, em boa parte, dançante.

Após um intervalo de reabastecimento de bebidas animado por um DJ, irrompe em palco Big Freedia, artista da casa, orgulho de uma multidão de orleanianos e norte-americanos que vivem algures na fronteira da sexualidade.

Big Freedia é o nome artístico de Freddie Ross Jr., nascido em 1978, em New Orleans.

Big Freedia. Queen do Bounce Hip-Hop

Como tantas outras estrelas dos E.U.A., Freddie teve o seu baptismo e formação musical inicial no coro de uma igreja local. A orientação liberal e abertura de mente de New Orleans, permitiu-lhe progredir no coro da universidade que frequentou.

De tal maneira apreciado e respeitado que se tornou seu director, uma nomeação improvável na maior parte do Luisiana e dos Estados Unidos conservadores que cercam The Big Easy.

A aventura musical de Freddie Ross, estava só a começar.

Em entrevistas, Freddie confessou que, de início, sentia pânico de actuar, que teve que se forçar repetidas vezes a fazê-lo, com desconforto, até se sentir à vontade.

Pois, já a uns poucos metros do palco, a espaços, quase sob os amplificadores, vemos o enorme Big Freedia, dono de uma voz trovejante com ligeiro polimento efeminado, afirmar-se e à sua música com a determinação e segurança com que se habituou a neutralizar as inevitáveis polémicas.

Big Freedia fez questão de esclarecer ao website The Root: “Se soubesse que a Queen (na sua autobiografia) “God Save the Queen Diva” iria gerar tanta confusão, tinha-me chamado de “king”. Ora, há muito que o mesmo se aplica a Freedia e à sua fluída sexualidade.

Em 2004, numa das ruas de New Orleans, em frente à casa de um amigo, um qualquer adolescente branco disparou sobre o seu carro.

O facto de ter levantado um braço a proteger a cabeça, salvou-o de morrer. Uma das balas, nesse mesmo braço subsiste e gera dor.

Bounce pela Noite Fora

Pouco depois de Big Freedia tomar conta do palco, ladeado das suas dançarinas e dançarinos incansáveis, confrontamo-nos com uma amostra ritmada do quanto havia mutado nos seus 45 anos de vida.

De como se tornou uma personagem idolatrada, sobretudo de uma comunidade aficionada do bounce, um abanar das ancas e do rabo que evoluiu de forma pós-tribal de dança para um quase modo de vida.

Nessa ocasião, Big Freedia actua do alto do seu 1.90m (ou quase), de microfone bem próximo da boca, segurado por mãos com unhas longas, pejadas de brilhantes.

Big Freedia com o Mic, Fried Chicken Festival, New Orleans

O seu canto vigoroso, quase agressivo, dita o ritmo a que gingam os dançarinos. Não só.

Já tínhamos reparado que uma comunidade de mulheres se havia agrupado de um lado do palco. A determinada altura, Big Freedia deixa-se por elas ladear e activa excertos de temas e ritmos de bounce. As suas dançarinas abrem as hostilidades.

Logo, Big Freedia convida as mulheres em pulgas a exibirem os seus próprios bounces, sem cerimónias ou timidez. Umas poucas, exibem corpos e elasticidade de atletas.

Como acontece entre os habitantes de New Orleans e dos E.U.A. em geral, outras – na verdade demasiadas – executam bounces e twerks com exagerado excesso de peso.

Nem por isso menos empenhados.

Big Freedia e bouncers em Palco, Fried Chicken Festival, New Orleans

Voltam a dar-nos acesso ao espaço dos fotógrafos. Vemo-nos quase debaixo dos rabos oscilantes e vibrantes do mulherio em êxtase, e do de Shantoni Xavier o dançarino masculino do trio que anima a actuação de Big Freedia, esguio, escultural, ágil, de movimentos efeminados exuberantes.

Em cada exibição individual, Big Freedia e o grupo em volta apontam, incentivam e celebram a participante em destaque.

Ao fazerem-no, glorificam o Bounce, outro dos estilos (ou melhor, sub-estilos) do hip hop sulista dos Estados Unidos que se diz ter nascido em New Orleans.

A Génese Orleaniana do Bounce Hip Hop

O Bounce hip hop surgiu há mais de duas décadas, estima-se que dois anos após o nascimento de Freddie Ross Jr., notado em desenvolvimento nos recém-construídos bairros de habitação social de New Orleans.

O que passou a distinguir o Bounce das restantes formas de hip-hop foi como gerava rituais festivos de chamada-resposta, com um cantor ou speaker a pautarem o ritmo, e as coreografias.

E um grupo ou multidão de participantes a responderem com determinados movimentos.

Big Freedia e bouncer, Fried Chicken Festival

Sem surpresa, os jovens de New Orleans, depressa adicionaram cânticos e chamamentos de dança indígenas tradicionais dos dias loucos do Mardi Gras, amiúde, com forte teor sexual.

Os sons e ritmos que serviram e servem de base ao desenrolar do Bounce Hip Hop vêm de temas como “Triggerman Beat”, “Drag Rap” dos Showboys e “Brown Beats” de Cameron Paul.

Sobre esta base e outras comparáveis, o Bounce Hip Hop agita-se e complica-se.

Em certos casos, os cantores e DJs recorrem ao assobio e a gritos que evocam bairros da grande New Orleans e até os seus tais projectos sociais.

O próprio Bounce tornou-se um multi-projecto, ao longo dos anos, lançado, promovido e comercializado por dezenas de editoras discográficas.

Fãs de Big Freedia, Fried Chicken Festival, New Orleans

De tempos a tempos, Big Freedia e outros dos protagonistas do Bounce: DJ Jimo, Hot Boy Ronald, Juvenile, DJ Jubilee, Partners-N-Crime e Magnolia Shorty, entre outros, gritam “Break!!”

Pontuam, assim, os temas e samples, repletos de repetições, reverberações e codificações vocais que, soando a martelos pneumáticos, ditam a velocidade do oscilar das ancas e rabos, o louvado bounce a que assistíamos, que fotografámos, entre o transe e a incredulidade.

Atrás de nós, cantava, dançava, twerkava e bounçava uma multidão em êxtase, sobretudo de mulheres. Em vez das habituais letras repletas de “bitches”, “hoes” e afins cantadas pelos hip-hoppers mais famosos, Big Freedia, canta, com óbvia hostilidade, sobre namorados e amantes decepcionantes.

Ora, essas, são letras e queixas em que as mulheres se reveem e que têm prazer em acompanhar.

Como comprovámos por toda a cidade, New Orleans preserva intacta a sua valorização dos artistas gay, travestis, drag e outros, por norma, desprezados pelos americanos conservadores.

Malgrado as quatro décadas decorridas, New Orleans mantem-se a Capital Mundial do Bounce, num âmbito dinâmico que se intersecta, com frequência, com o também prolífico hip hop LGBT da cidade.

Big Freedia e dançarinas, em palco

Big Freedia, em particular, tem aproveitado a admiração que New Orleans e os Estados Unidos liberais dele sentem. Em 2011, foi eleito “Best Emerging Artist” e Best Hip-Hop / Rap Artist dos Best of the Beat Awards da revista Off Beat.

Dois anos depois, um canal de cabo dos EUA dedicou-lhe todo um reality show que acompanhou a sua vida em digressão e em casa.

Em 2022, Beyonce voltou a incluir a voz de Big Freedia, bem destacada no seu êxito “Break My Soul”

Neon “Be a New Orleaner…”, New Orleans

COMO IR

Reserve o voo Lisboa – Miami (Flórida), Estados Unidos, com a TAP: flytap.com por a partir de 820€.

De Miami, poderá cumprir a ligação para New Orleans (1h30) por, a partir de 150€, ida-e-volta.

 

Onde Ficar:

The Mercantile Hotel:

themercantilehotelneworleans.com

Tel.: +1 504 558 1914-1914

Florida Keys, E.U.A.

A Alpondra Caribenha dos E.U.A.

Os Estados Unidos continentais parecem encerrar-se, a sul, na sua caprichosa península da Flórida. Não se ficam por aí. Mais de cem ilhas de coral, areia e mangal formam uma excêntrica extensão tropical que há muito seduz os veraneantes norte-americanos.
Miami, E.U.A.

Uma Obra-Prima da Reabilitação Urbana

Na viragem para o século XXI, o bairro Wynwood mantinha-se repleto de fábricas e armazéns abandonados e grafitados. Tony Goldman, um investidor imobiliário astuto, comprou mais de 25 propriedades e fundou um parque mural. Muito mais que ali homenagear o grafiti, Goldman fundou o grande bastião da criatividade de Miami.
Tombstone, E.U.A.

Tombstone: a Cidade Demasiado Dura para Morrer

Filões de prata descobertos no fim do século XIX fizeram de Tombstone um centro mineiro próspero e conflituoso na fronteira dos Estados Unidos com o México. Lawrence Kasdan, Kurt Russel, Kevin Costner e outros realizadores e actores hollywoodescos tornaram famosos os irmãos Earp e o duelo sanguinário de “O.K. Corral”. A Tombstone que, ao longo dos tempos tantas vidas reclamou, está para durar.
Miami Beach, E.U.A.

A Praia de Todas as Vaidades

Poucos litorais concentram, ao mesmo tempo, tanto calor e exibições de fama, de riqueza e de glória. Situada no extremo sudeste dos E.U.A., Miami Beach tem acesso por seis pontes que a ligam ao resto da Florida. É parco para o número de almas que a desejam.
Little Havana, E.U.A.

A Pequena Havana dos Inconformados

Ao longo das décadas e até aos dias de hoje, milhares de cubanos cruzaram o estreito da Florida em busca da terra da liberdade e da oportunidade. Com os E.U.A. ali a meros 145 km, muitos não foram mais longe. A sua Little Havana de Miami é, hoje, o bairro mais emblemático da diáspora cubana.
Grand Canyon, E.U.A.

Viagem pela América do Norte Abismal

O rio Colorado e tributários começaram a fluir no planalto homónimo há 17 milhões de anos e expuseram metade do passado geológico da Terra. Também esculpiram uma das suas mais deslumbrantes entranhas.
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O Tecto Sagrado da América do Norte

Os indígenas Athabascan chamaram-no Denali, ou o Grande e reverenciam a sua altivez. Esta montanha deslumbrante suscitou a cobiça dos montanhistas e uma longa sucessão de ascensões recordistas.
Juneau, Alasca

A Pequena Capital do Grande Alasca

De Junho a Agosto, Juneau desaparece por detrás dos navios de cruzeiro que atracam na sua doca-marginal. Ainda assim, é nesta pequena capital que se decidem os destinos do 49º estado norte-americano.
Monument Valley, E.U.A.

Índios ou cowboys?

Realizadores de Westerns emblemáticos como John Ford imortalizaram aquele que é o maior território indígena dos Estados Unidos. Hoje, na Nação Navajo, os navajo também vivem na pele dos velhos inimigos.
Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
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Onde o Pecado tem Sempre Perdão

Projectada do Deserto Mojave como uma miragem de néon, a capital norte-americana do jogo e do espectáculo é vivida como uma aposta no escuro. Exuberante e viciante, Vegas nem aprende nem se arrepende.
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De Kayenta a Page, com passagem pelo Marble Canyon, exploramos o sul do Planalto do Colorado. Dramáticos e desérticos, os cenários deste domínio indígena recortado no Arizona revelam-se esplendorosos.
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O Ressuscitar do Lugar Mais Quente

Desde 1921 que Al Aziziyah, na Líbia, era considerado o lugar mais quente do Planeta. Mas a polémica em redor dos 58º ali medidos fez com que, 99 anos depois, o título fosse devolvido ao Vale da Morte.
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Um acidente macabro com uma carroça inspirou a saga dos cable cars de São Francisco. Hoje, estas relíquias funcionam como uma operação de charme da cidade do nevoeiro mas também têm os seus riscos.
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Mauna Kea: um Vulcão de Olho no Espaço

O tecto do Havai era interdito aos nativos por abrigar divindades benevolentes. Mas, a partir de 1968 várias nações sacrificaram a paz dos deuses e ergueram a maior estação astronómica à face da Terra
Pearl Harbor, Havai

O Dia em que o Japão foi Longe Demais

Em 7 de Dezembro de 1941, o Japão atacou a base militar de Pearl Harbor. Hoje, partes do Havai parecem colónias nipónicas mas os EUA nunca esquecerão a afronta.
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Nos Passos do Grizzly Man

Timothy Treadwell conviveu Verões a fio com os ursos de Katmai. Em viagem pelo Alasca, seguimos alguns dos seus trilhos mas, ao contrário do protector tresloucado da espécie, nunca fomos longe demais.
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Na Rota do Ouro Negro

Em 1989, o petroleiro Exxon Valdez provocou um enorme desastre ambientai. A embarcação deixou de sulcar os mares mas a cidade vitimada que lhe deu o nome continua no rumo do crude do oceano Árctico.
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Uma Variante da Febre do Ouro do Klondike

A última grande febre do ouro norte-americana passou há muito. Hoje em dia, centenas de cruzeiros despejam, todos os Verões, milhares de visitantes endinheirados nas ruas repletas de lojas de Skagway.
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Órfãos do Verão do Amor

O inconformismo e a criatividade ainda estão presentes no antigo bairro Flower Power. Mas, quase 50 anos depois, a geração hippie deu lugar a uma juventude sem-abrigo, descontrolada e até agressiva.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
O rio Zambeze, PN Mana Poools
Safari
Kanga Pan, Mana Pools NP, Zimbabwe

Um Manancial Perene de Vida Selvagem

Uma depressão situada a 15km para sudeste do rio Zambeze retém água e minerais durante toda a época seca do Zimbabué. A Kanga Pan, como é conhecida, nutre um dos ecossistemas mais prolíficos do imenso e deslumbrante Parque Nacional Mana Pools.
Monges na escadaria do mosteiro Tashi Lha Khang
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 16º - Marpha, Nepal

Marpha e o Fim Antecipado do Circuito

Contados treze dias de caminhada desde a já longínqua Chame, chegamos a Marpha. Abrigada no sopé de uma encosta, na iminência do rio Gandaki, Marpha revela-se a derradeira povoação preservada e encantadora do percurso. O excesso de obras ao longo da via F042 que nos levaria de volta a Pokhara, faz-nos encurtar a segunda parte do Circuito Annapurna.
Treasures, Las Vegas, Nevada, Cidade do Pecado e Perdao
Arquitectura & Design
Las Vegas, E.U.A.

Onde o Pecado tem Sempre Perdão

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Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Aventura
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
Festival MassKara, cidade de Bacolod, Filipinas
Cerimónias e Festividades
Bacolod, Filipinas

Um Festival para Rir da Tragédia

Por volta de 1980, o valor do açúcar, uma importante fonte de riqueza da ilha filipina de Negros caia a pique e o ferry “Don Juan” que a servia afundou e tirou a vida a mais de 176 passageiros, grande parte negrenses. A comunidade local resolveu reagir à depressão gerada por estes dramas. Assim surgiu o MassKara, uma festa apostada em recuperar os sorrisos da população.
Um dos prédios mais altos de Valletta, Malta
Cidades
Valletta, Malta

As Capitais Não se Medem aos Palmos

Por altura da sua fundação, a Ordem dos Cavaleiros Hospitalários apodou-a de "a mais humilde". Com o passar dos séculos, o título deixou de lhe servir. Em 2018, Valletta foi a Capital Europeia da Cultura mais exígua de sempre e uma das mais recheadas de história e deslumbrantes de que há memória.
Comida
Margilan, Usbequistão

Um Ganha Pão do Uzbequistão

Numa de muitas padarias de Margilan, desgastado pelo calor intenso do forno tandyr, o padeiro Maruf'Jon trabalha meio-cozido como os distintos pães tradicionais vendidos por todo o Usbequistão
khinalik, Azerbaijão aldeia Cáucaso, Khinalig
Cultura
Khinalig, Azerbaijão

A Aldeia no Cimo do Azerbaijão

Instalado aos 2300 metros rugosos e gélidos do Grande Cáucaso, o povo Khinalig é apenas uma de várias minorias da região. Manteve-se isolado durante milénios. Até que, em 2006, uma estrada o tornou acessível aos velhos Ladas soviéticos.
Fogo artifício de 4 de Julho-Seward, Alasca, Estados Unidos
Desporto
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
Cenário marciano do Deserto Branco, Egipto
Em Viagem
Deserto Branco, Egipto

O Atalho Egípcio para Marte

Numa altura em que a conquista do vizinho do sistema solar se tornou uma obsessão, uma secção do leste do Deserto do Sahara abriga um vasto cenário afim. Em vez dos 150 a 300 dias que se calculam necessários para atingir Marte, descolamos do Cairo e, em pouco mais de três horas, damos os primeiros passos no Oásis de Bahariya. Em redor, quase tudo nos faz sentir sobre o ansiado Planeta Vermelho.
Navala, Viti Levu, Fiji
Étnico
Navala, Fiji

O Urbanismo Tribal de Fiji

Fiji adaptou-se à invasão dos viajantes com hotéis e resorts ocidentalizados. Mas, nas terras altas de Viti Levu, Navala conserva as suas palhotas criteriosamente alinhadas.
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Portfólio Fotográfico Got2Globe
Porfólio Got2Globe

O Melhor do Mundo – Portfólio Got2Globe

Visitantes nas ruínas de Talisay, ilha de Negros, Filipinas
História
Talisay City, Filipinas

Monumento a um Amor Luso-Filipino

No final do século XIX, Mariano Lacson, um fazendeiro filipino e Maria Braga, uma portuguesa de Macau, apaixonaram-se e casaram. Durante a gravidez do que seria o seu 11º filho, Maria sucumbiu a uma queda. Destroçado, Mariano ergueu uma mansão em sua honra. Em plena 2ª Guerra Mundial, a mansão foi incendiada mas as ruínas elegantes que resistiram eternizam a sua trágica relação.
Graciosa, Açores, Monte da Ajuda
Ilhas
Graciosa, Açores

Sua Graça a Graciosa

Por fim, desembarcarmos na Graciosa, a nossa nona ilha dos Açores. Mesmo se menos dramática e verdejante que as suas vizinhas, a Graciosa preserva um encanto atlântico que é só seu. Quem tem o privilégio de o viver, leva desta ilha do grupo central uma estima que fica para sempre.
Auroras Boreais, Laponia, Rovaniemi, Finlandia, Raposa de Fogo
Inverno Branco
Lapónia, Finlândia

Em Busca da Raposa de Fogo

São exclusivas dos píncaros da Terra as auroras boreais ou austrais, fenómenos de luz gerados por explosões solares. Os nativos Sami da Lapónia acreditavam tratar-se de uma raposa ardente que espalhava brilhos no céu. Sejam o que forem, nem os quase 30º abaixo de zero que se faziam sentir no extremo norte da Finlândia nos demoveram de as admirar.
Na pista de Crime e Castigo, Sao Petersburgo, Russia, Vladimirskaya
Literatura
São Petersburgo, Rússia

Na Pista de “Crime e Castigo”

Em São Petersburgo, não resistimos a investigar a inspiração para as personagens vis do romance mais famoso de Fiódor Dostoiévski: as suas próprias lástimas e as misérias de certos concidadãos.
Oásis do Atlas Tunisino, Tunísia, chebika, Palmeiras
Natureza
Chebika, Tamerza, Mides, Tunísia

Onde o Saara Germina da Cordilheira do Atlas

Chegados ao limiar noroeste de Chott el Jérid, o grande lago de sal revela-nos o término nordeste da cordilheira do Atlas. As suas encostas e desfiladeiros ocultam quedas d’água, torrentes sinuosas de palmeiras, aldeias abandonadas e outras inesperadas miragens.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Walvis Bay, Namíbia, baía, dunas
Parques Naturais
Walvis Bay, Namíbia

O Litoral Descomunal de Walvis Bay

Da maior cidade costeira da Namíbia ao limiar do deserto do Namibe de Sandwich Harbour, vai um domínio de oceano, dunas, nevoeiro e vida selvagem sem igual. Desde 1790, que a profícua Walvis Bay lhe serve de portal.
República Dominicana, Praia Bahia de Las Águilas, Pedernales. Parque Nacional Jaragua, Praia
Património Mundial UNESCO
Laguna Oviedo a Bahia de las Águilas, República Dominicana

Em Busca da Praia Dominicana Imaculada

Contra todas as probabilidades, um dos litorais dominicanos mais intocados também é dos mais remotos. À descoberta da província de Pedernales, deslumbramo-nos com o semi-desértico Parque Nacional Jaragua e com a pureza caribenha da Bahia de las Águilas.
Era Susi rebocado por cão, Oulanka, Finlandia
Personagens
PN Oulanka, Finlândia

Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
Lifou, Ilhas Lealdade, Nova Caledónia, Mme Moline popinée
Praias
Lifou, Ilhas Lealdade

A Maior das Lealdades

Lifou é a ilha do meio das três que formam o arquipélago semi-francófono ao largo da Nova Caledónia. Dentro de algum tempo, os nativos kanak decidirão se querem o seu paraíso independente da longínqua metrópole.
Detalhe do templo de Kamakhya, em Guwahati, Assam, Índia
Religião
Guwahati, India

A Cidade que Venera Kamakhya e a Fertilidade

Guwahati é a maior cidade do estado de Assam e do Nordeste indiano. Também é uma das que mais se desenvolve do mundo. Para os hindus e crentes devotos do Tantra, não será coincidência lá ser venerada Kamakhya, a deusa-mãe da criação.
A Toy Train story
Sobre Carris
Siliguri a Darjeeling, Índia

Ainda Circula a Sério o Comboio Himalaia de Brincar

Nem o forte declive de alguns tramos nem a modernidade o detêm. De Siliguri, no sopé tropical da grande cordilheira asiática, a Darjeeling, já com os seus picos cimeiros à vista, o mais famoso dos Toy Trains indianos assegura há 117 anos, dia após dia, um árduo percurso de sonho. De viagem pela zona, subimos a bordo e deixamo-nos encantar.
Jovens mulheres gémeas, tecelãs
Sociedade

Margilan, Uzbequistão

Périplo pelo Tecido Artesanal do Uzbequistão

Situada no extremo oriental do Uzbequistão, Vale de Fergana, Margilan foi uma das escalas incontornáveis da Rota da Seda. Desde o século X, os produtos de seda lá gerados destacaram-na nos mapas, hoje, marcas de alta-costura disputam os seus tecidos. Mais que um centro prodigioso de criação artesanal, Margilan estima e valoriza um modo de vida uzbeque milenar.
saksun, Ilhas Faroé, Streymoy, aviso
Vida Quotidiana
Saksun, StreymoyIlhas Faroé

A Aldeia Faroesa que Não Quer ser a Disneylandia

Saksun é uma de várias pequenas povoações deslumbrantes das Ilhas Faroé, que cada vez mais forasteiros visitam. Diferencia-a a aversão aos turistas do seu principal proprietário rural, autor de repetidas antipatias e atentados contra os invasores da sua terra.
Barco e timoneiro, Cayo Los Pájaros, Los Haitises, República Dominicana
Vida Selvagem
Península de Samaná, PN Los Haitises, República Dominicana

Da Península de Samaná aos Haitises Dominicanos

No recanto nordeste da República Dominicana, onde a natureza caribenha ainda triunfa, enfrentamos um Atlântico bem mais vigoroso que o esperado nestas paragens. Lá cavalgamos em regime comunitário até à famosa cascata Limón, cruzamos a baía de Samaná e nos embrenhamos na “terra das montanhas” remota e exuberante que a encerra.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.