La Palma, Canárias

A Isla Bonita das Canárias


O Bananal do Vale
Meandros de estrada através de um dos bananais de El Valle.
Casa do Cacto
Casa e cacto, um conjunto garrido de El Tablado.
Queda d’Água Los Tiloes
Visitante da Reserva Especial Los Tilos admira o salto da cascata homónima.
O Grande Dragoeiro
Grande dragoeiro faz sombra a alguns lares de El Tablado.
Crista de El Tablado
El Tablado ocupa parte de uma rara "plataforma" plana na costa norte abrupta de Las Palmas
Estrada para um bananal
Estrada vertiginosa abaixo de El Tablado
El Faro, o Farol
O Farol de Fuencaliente acima da costa vulcânica do sul de La Palma.
Lava Florida
Flores resplandecem no cimo rochoso de Roque de Los Muchachos.
Muchachos Espaciais
Cúpulas de Observatório Espacial no cimo de La Palma de Roque de los Muchachos.
playa-de-bujaren-la-palma-canarias
Baño (Fuen) Caliente
Banhista saboreia o derradeiro sol da tarde na praia contígua ao Farol de Fuencaliente.
Nogales
Visitante da Reserva Especial Los Tilos admira o salto da cascata homónima.
Salinas e o Farol
As salinas e, à distância, o farol de Fuencaliente, no extremo sul de La Palma.
El Valle de Aridane
Casario de El Valle, a maior povoação de La Palma, maior até que a capital Santa Cruz de la Palma.
Vulcão San Juan
Pinheiros despontam do solo vulcânico em redor do Vulcan San Juan.
Playa Nogales (lá em baixo)
Banhistas caminham sobre a areia negra da Playa Nogales.
Lar doce Lar de El Tablado
Telhado, terraço e chaminé de El Tablado.
Ladeira de San António
Transeunte cruza uma rua íngreme, pitoresca e deserta de San António.
Túnel para Los Tilos
Vulto percorre a levada que conduz à cascata de Los Tilos
Em 1986, Madonna Louise Ciccone lançou um êxito que popularizou a atracção exercida por uma isla imaginária. Ambergris Caye, no Belize, colheu proveitos. Do lado de cá do Atlântico, há muito que os palmeros assim veem a sua real e deslumbrante Canária.

Jonas Pérez aprecia a velocidade.

Não diríamos tanto como a sua ilha natal mas, dá-lhe especial prazer serpentear pelas curvas de La Palma com os pneus em suplício.

Depressa percebemos que o fazia com a experiência de anos de cima abaixo na ilha, a determinada altura, à frente da sua própria empresa de turismo, cargo que o ligou a nós e à nossa visita.

Como resposta ao repto de por onde a queríamos começar a explorar, disparamos para o seu norte, com o parque nacional de Los Tilos como destino.

O Reduto Laurisilval Prodigioso de Los Tilos

Los Tilos é especial por concentrar uma das áreas de floresta Laurisilva mais antigas e melhor preservadas do arquipélago canário e de toda a Macaronésia.

Verdejante, húmido, de vegetação sortida, musgoso e, à sua maneira, místico, Los Tilos é sulcado por inúmeros trilhos que atraem caminhantes de todas as partes.

Em dias estivais e quentes, um deles, acessível e bem mais curto, revela-se um caso à parte.

Tunel de Los Tilos, La Palma, Canárias

Vulto percorre a levada que conduz

Como o encontrámos, não o classificaríamos bem como um convencional trilho.

Nas imediações de um rio de nome Barranco del Água, uma levada canalizada acompanha um túnel escavado na encosta.

Deixamo-lo para a entrada de uma garganta apertada, sinuosa e pejada de fetos.

Ali mesmo, uma queda d’água generosa, abastecia o Barranco del Água e deliciava uma pequena multidão de visitantes.

Cascada Los Tilos, La Palma, Canárias

Visitante da Reserva Especial Los Tilos admira o salto da cascata homónima.

Eram uns tantos turistas, fotógrafos de ocasião e uma minoria balnear de adolescentes deliciados com a frescura e excentricidade do duche vespertino. Sobrava-nos vontade para a eles nos juntarmos.

Se dependesse de Jonas, isso nunca aconteceria: “um lugar especial assim, devia estar fechado a estas invasões. Agora são estes três, mas às vezes são cinco vezes mais, percebem?”

Claro que percebíamos.

Jonas era da ilha. E, em certa maneira, a ilha era de Jonas. Não tínhamos grande coisa acrescentar. Deixámos que nos guiasse a uma equivalente marinha da Cascata de Los Tilos.

Revertemos para sul. Deixamos a estrada principal para uma sua derivada repleta de esses íngremes algo assustadores.

Uma derradeira ladeira deixa-nos de frente para um promontório ressequido, pejado de cactos amarelos, na época certa, prendados com figos-da-Índia, higopicos ou tunos como, dependendo das ilhas, lhes chamam os Canários.

Nogales: uma Praia Crua e Deslumbrante de Areia Negra

Uma vedação de madeira protegia quem ali se aventurava a espreitar o abismo a norte, de uma longa e fatídica queda.

Não obstante, a vista da Playa Nogales abaixo, de um esplendor marinho e vulcânico incomum, convidava-nos a prolongar a contemplação e a renovar os cliques das máquinas fotográficas vezes sem conta.

Playa Nogales, La Palma, Canárias

Figos-da-India no cimo da falésia da Playa Nogales.

O seu areal negro, com mais de 500 metros de comprimento e, dependendo da maré, até 25 de largura, encaixa no fundo de falésias que, nos meses mais chuvosos se tornam verdejantes e contrastam com o azulão-petróleo do oceano Atlântico.

Num cenário extremo como tal, pouco surpreende que o leito sofra mudanças bruscas de profundidade suscetíveis a correntes.

Os banhos têm, assim, que se fazer com cuidados redobrados.

Fosse como fosse, os poucos banhistas privilegiados que vislumbrávamos nas profundezas, todos a salvo, jogavam raquetes, brincavam com um cão, dormitavam mesmo antes do limiar da rebentação.

Vagas na playa Nogales, La Palma, Canárias

Banhistas caminham sobre a areia negra da Playa Nogales.

De San Andrés ao Regresso à Capital Santa Cruz

Entre Los Tilos e Nogales, vimos boa parte do relevo de La Palma colonizado por bananais de encosta, já de considerável dimensão. Por aquela altura, mal sabíamos que, à escala de La Palma, se tratavam de meras amostras.

Esta secção inicial do périplo ocupou-nos até em cima da hora de almoço.

Jonas Pérez alicia-nos a concordarmos com a ida a um restaurante seu familiar do pueblo de San Andrés, homónimo, dotado de uma esplanada à sombra de grandes palmeiras e abençoado pela Parróquia de San Andrés Apóstol.

Lá nos sentamos e saboreamos peixe grelhado, com papas arrugadas e, claro está, uma boa dose de gofio, uma papa amarelada feita de uma mistura de grãos e cereais que, se diz que já era consumida pelos indígenas das Canárias guanches, muito antes da chegada dos europeus.

Jonas incita-nos a prová-la com um orgulho genuíno de nativo de há menos tempo. Para seu contentamento, adoramos o petisco. Abusamos de o degustar até percebermos o seu peso e complexidade digestiva.

E, não tarda, a consequente dificuldade em explorarmos a colorida e pitoresca povoação à beira-mar plantada de San Andrés.

Por essa tarde, ficamos por nossa conta a deambular pela capital Santa Cruz de La Palma.

Roque Los Muchachos Enevoado e o Encanto de El Tablado

Na manhã seguinte, bem cedo, saímos uma vez em modo de rali, com o fim de etapa no tecto da ilha de Roque de los Muchachos (2426m), o segundo pico mais elevado das Canárias

Roque de los Muchachos tornou-se um ponto de observação privilegiado do Espaço, razão de ser dos vários Observatórios Espaciais e das enormes antenas que víamos apontadas para os céus.

Observatório Espacial, Roque Los Muchachos, La Palma

Cúpulas de Observatório Espacial no cimo de La Palma de Roque de los Muchachos.

E, no entanto, à hora a que completamos a ascensão do monte, em vez de pairarem abaixo, envolviam-no nuvens de altitude que nos frustravam uma contemplação condigna da cratera e dos panoramas em redor.

De acordo, demoramos menos do que contávamos.

Jonas aproveita a sequência da estrada.

Flores em Roque de Los Muchachos

Flores resplandecem no cimo rochoso de Roque de Los Muchachos.

Conduz-nos a uma das suas zonas preferidas de La Palma, a costa norte, retirada no tempo, isolada pelos recortes caprichosos de montanhas e vales e por um certo apego a um modo ancestral de vida.

Uma região cruzada por trilhos vertiginosos em que Jonas e a esposa Sarai acumularam grande experiência a guiar forasteiros.

Estrada, Costa Norte, La Palma.

Estrada vertiginosa abaixo de El Tablado

O acelera e gentil cicerone mostra-nos, em particular, a aldeia de El Tablado, assim chamada pela estrutura tradicional de madeira dos telhados, a culminarem casas mais antigas e humildes impostas às encostas.

El Tablado, La Palma,

Telhado, terraço e chaminé de El Tablado.

Boa parte das recentes, coloridas, com cimos rasos, chaminés algo mouriscas.

O Atlântico a norte e a companhia vegetal de uns tantos dragoeiros, muito mais anciãos que qualquer morador.

De El Tablado, serpenteamos até Santo Domingo.

A povoação revelou uma estrutura e visual de vila, com a sua praça, igreja e edifício senhoriais.

Encontramo-la quase deserta.

Malgrado as vias bem menos extremas que as de acesso a El Tablado, o evento do dia era o azar de um condutor que tinha invadido e destruído um estabelecimento comercial.

Ao volante do seu carro, há que dizê-lo.

Pela Costa Oeste de La Palma Abaixo

Por nova ladeira ziguezagueante, chegamos à vista dos Roques de Santo Domingo e de Las Tabaidas.

Mesmo se mais escondida, também avistamos a Praia de Bujarén, da mesma laia vulcânica e de retiro no sopé das falésias, da de Nogales.

Apostado em perfazer a circum-condução da ilha, Jonas força um trecho adicional, agora pelo cimo da sua costa oeste, extenso que bastasse para nos convencer da dimensão de La Palma que os mapas não deixam compreender.

Voltamos a sobressaltar-nos com o dramatismo canário da Isla Bonita das Canárias quando atingimos o cimo de El Valle de Aridane.

Fértil como poucos na ilha, El Valle acolhe uma imensa produção agrícola, ao ponto de acolher uma das zonas de bananal mais importantes das Canárias.

El Valle de Aridane, La Palma, Canárias

Casario de El Valle, a maior povoação de La Palma, maior até que a capital Santa Cruz de la Palma.

À medida que descemos para o seu âmago, os meandros da estrada LP-1, dos Barrancos Tenisca e do de Las Angustias enfiam-nos numa floresta de bananeiras muradas, explica-nos Jonas que assim eram protegidas do vento e melhor amaduradas.

Bananal de El Valle, La Palma, Canárias

Meandros de estrada através de um dos bananais de El Valle.

Tantos quilómetros de curvas, altos e baixos, tanto desvendar de novos panoramas, já justificavam nova experiência gastronómica.

Higopicos ou Tunos à Mesa e o Fundo Vulcânico de La Palma

À mesa do gastrobar El Duende del Fuego, de Los Llanos encantamo-nos com o Chef Pedro Castillo a descascar um figo-da-Índia à mão despida. E com os seu risoto e sorvete de higopico, entre outras delícias.

Os tunos continuaram a abundar.

De El Valle para baixo, rumo à finisterra meridional pontiaguda de La Palma, em que o farol de Fuencaliente avisa da iminência da ilha à navegação.

Farol de Fuencaliente, La Palma, Canárias

O Farol de Fuencaliente acima da costa vulcânica do sul de La Palma.

Uma vez mais, por estes lados, vemo-nos num domínio de terra e lava escura, salpicado de vulcões assombrosos:  o San António e o San Juan.

São ambos derradeiras crateras de uma longa crista vulcânica de que faz também parte o controverso Cumbre Vieja, que re-entrou em erupção a 19 de Setembro de 2021.

Motivo de uma teoria apocalíptica e viral de que um seu colapso sobre o Atlântico provocaria um gigantesco maremoto que destruiria parte do litoral das Américas e até alguns litorais europeus.

Vulcão San Juan, La Palma, Canárias

Pinheiros despontam do solo vulcânico em redor do Vulcan San Juan.

Menos intimidante, o vulcão San Juan é sobranceiro ao farol, às salinas contrastantes de Fuencaliente.

E à praia de grandes seixos em que, não obstante a crueza geológica dos cenários, vemos banhistas desfrutarem do derradeiro sol da tarde e do mar cálido, para suplício de um duo de pescadores, saturados da sua faina.

Playa de Fuencaliente, La Palma, Canárias

Banhista saboreia o derradeiro sol da tarde na praia contígua ao Farol de Fuencaliente.

A noite não tardou a anunciar-se.

Com quase dez horas de voltas pela Isla Bonita, chegara a hora de recolhermos a Santa Cruz, a capital palmera. 

A sua segunda maior povoação.

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Em Busca de Rinocerontes

Partimos do âmago do oásis gerado pelo rio Uniab, habitat do maior número de rinocerontes negros do sudoeste africano. Nos passos de um pisteiro bosquímano, seguimos um espécime furtivo, deslumbrados por um cenário com o seu quê de marciano.
Pleno Dog Mushing
Voos Panorâmicos
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.