Luz Natural (Parte 1)

E Fez-se Luz na Terra. Saiba usá-la.


Luminosidade caprichosa no Grand Canyon
Humidade localizada cria um arco-íris numa zona com distintas manchas de luz.
A Maior das Maiores
A central geotérmica de Hellisheidi, a mais poderosa do Mundo, com uma capacidade de produção de 303 MW de electricidade e 400 MW de água quente.
Vacas na Neblina
Vacas barram a passagem ao trânsito na neblina do cimo da ilha.
Do dia para a Noite
Sol pôe-se a Ocidente da Playa Benijo, no sudoeste de Tenerife.
Ocaso sobre oceano Pacífico
Passageiros de catamarã admiram o ocaso longínquo, sobre o Oceano Pacífico.
O tema da luz na fotografia é inesgotável. Neste artigo, transmitimos-lhe algumas noções basilares sobre o seu comportamento, para começar, apenas e só face à geolocalização, a altura do dia e do ano.

É provável que não seja novidade: o termo fotografar significa originalmente, do grego, pintar com luz.

Com mais ou menos processamento e mais ou menos electrónica, é isso que qualquer máquina fotográfica faz.

A Luz na Fotografia é, portanto, crucial.

E se a selecção da situação ou do cenário ou paisagem são importantes para essa “pintura”, a escolha da luz que os iluminam tem igual importância. Afinal, uma boa combinação destes elementos dá origem às melhores fotografias.

Sabemos que a luz pode ter origem natural ou artificial. Neste artigo, vamos dedicar-nos apenas a explicar-lhe três das principais variáveis que influenciam a maior dureza ou suavidade da luz solar.

Começamos com quatro noções incontornáveis sobre a Luz na Fotografia:

1- A luz é composta por vários comprimentos de onda – azul escuro; azul claro; verde, amarelo; vermelho; laranja e suas variantes. Estes comprimentos de onda e, como tal, a luz mudam a toda hora.

A mudança deve-se a vários factores mas essencialmente devido à posição do sol face ao horizonte terrestre e à meteorologia.

2- Quanto mais oblíquo face ao horizonte estiver o sol, mais suave e quente será a luz. Isto porque quanto mais oblíquo está, mais atmosfera têm que atravessar os raios solares. 

A atmosfera faz com que se dispersem os comprimentos de onda azulados da luz e deixa passar em predomínio os vermelhos e laranjas.

3- A luz natural com predomínio de tons “quentes” (laranjas e amarelos) e pouco contrastada – porque muito filtrada pela atmosfera –  é aquela a que chamamos suave.

É, por norma, a mais valorizada para uma grande diversidade de propósitos fotográficos. 

4 – A camada de nuvens bloqueia e “esfria” a luz a chegar à superfície da Terra pelo que tudo o que ler a seguir não se aplica em dias de nevoeiro ou completamente nublados.

Meteorologia à parte, vejamos quando é suposto termos a luz mais suave e mais dura no que diz respeito a:

Hora do Dia

Em dias de céu limpo ou pouco nublado, pouco depois do nascer do sol e pouco antes do pôr-do-sol, são as alturas em que a luz natural terá maior suavidade e melhor tonalidade. 

Durante e logo após o pôr-do-sol, é normal o céu, as nuvens (também o seu reflexo na água) se revestirem de tons rosados ou magentas. São coloridos por uma espécie de “restos” de luz directa do sol.

À medida que a Terra gira, estes tons somem-se e são substituídos por um azulado cada vez mais escuro e, logo, pelo escuro.

Pelo contrário, a pior altura para fotografar com luz suave será sempre, pela teoria, o meio-dia e as restantes horas do dia em que o sol mais está a pique. 

Altura do Ano e Latitude 

A interação da altura do ano ou estação do ano (movimento de Translação da Terra) com a latitude torna a lógica da hora do dia bastante mais complexa do que o descrito acima.

Com a devida ressalva para o longo Inverno dos extremos árcticos e antárcticos em que a luz solar praticamente não incide, quanto maior for a Latitude (proximidade dos polos) maior suavidade e melhor tonalidade terá a luz natural.

Só não o é em absoluto porque estes lugares têm o seu próprio Verão.

No estivo do cimo e do fundo da Terra, a luz solar incide muitas horas de forma directa (menos oblíqua que noutras alturas do ano). 

Nos meses de Verão dos lugares boreais ou austrais, a luz é praticamente contínua (pode durar até 22, 23 horas de um dia em Junho em lugares como o Alasca, a Lapónia ou a Terra do Fogo).

Caso esteja céu limpo, pode acontecer que, destas horas, várias sejam de luz dura, demasiado intensa se for, por exemplo, reflectida por solo nevado. 

Em contrapartida, muitas outras serão de luz suave já que o sol se mantêm imenso tempo baixo sobre o horizonte terrestre.

Pelo contrário, no Equador (latitude 0º) e latitudes contíguas:

Não existem estações do ano – poderão existir monções. O nascer do sol e o pôr do sol (aproximadamente 6h e 18h) pouco variam.  

Poderá contar com aproximadamente 12h de luz diária, um pouco mais ou menos à medida que a latitude aumenta e a distância dessa zona da Terra varia face ao sol. 

Visto de uma forma simplificada:  em zonas equatoriais ou tropicais directamente expostas ao sol ou no Verão de latitudes intermédias, como, por exemplo, a de Portugal (ou o Uruguai, no Hemisfério Sul) as horas do dia com luz suave vão de pouco depois da alvorada às 9h30 ou 10h da manhã e das 15h30, 16h ao pôr-do-sol.

E resumindo tudo o que vimos atrás, seguindo a mesma lógica, uma combinação de latitude e altura em que teremos garantidamente luz suave será, por exemplo:

nos primeiros dias do ano – fim do Inverno, nas latitudes boreais mais elevadas. Neste caso, a luz solar ténue e pouco duradoura aumentar significativamente de dia para dia.

Altitude

A verdadeira cor do céu é o preto. Durante o dia, olhamos para o céu iluminado e colorido de azul acima de tudo pelo espectro azulado disperso da luz solar.

Só que à medida que a altitude aumenta o ar é mais rarefeito. Como é mais rarefeito, dispersa cada vez menos desse espectro.

Em consequência, o céu torna-se menos azul e mais negro. Isto pode afectar a luminosidade das imagens que ficam sub-expostas (escurecidas).

O efeito é perfeitamente visível em altitudes a partir de 3.500, 4.000 metros.

CASOS PRÁTICOS DE GESTÃO DE LUZ NA FOTOGRAFIA

Porque influenciam directamente tanto o espectro e a duração da luz como a meteorologia, a latitude e a época do ano são  os primeiros factores a influenciar o tipo de trabalho fotográfico que se vai encontrar numa determinada viagem.

Uma coisa é viajar para o equador em que é um dado garantido que o sol nascerá por volta das 6 am e se porá por volta das 18 h.

Outra coisa é viajar para a Islândia a 20 de Junho em que há luz 24 horas por dia.

Assim, temos aprendido com a experiência que:

Nos países equatoriais e tropicais

1- O ideal é acordar o mais cedo possível, de preferência antes do nascer do sol e aproveitar ao máximo a luz suave que vai da alvorada às 9h30 da manhã para fotografar paisagens, cenários, situações, retratos com a luz o mais suave possível.

2 – Das 11h da manhã em diante e até praticamente às 16h, salvo alguns lugares excepcionais será difícil continuar a consegui-lo com boa qualidade.

Pode aproveitar este período para cobrir uma floresta tropical densa (única altura em que a luz irá provavelmente entrar), determinadas ruelas específicas de uma cidade colonial, imagens de mar translúcido (melhores com o sol a pique), mercados fechados ou outros interiores.

Caso contrário, é uma boa altura para organizar próximos dias de trabalho ou descansar.

3 – Das 16h, 16h30 em diante, é de novo um período do dia crucial para um bom trabalho fotográfico.

No Verão de um país boreal ou austral

1 – O facto de haver provavelmente luz 24 horas por dia levanta problemas de selecção de tempos de trabalho e de descanso.

Para começar, não se esqueça que as “faixas temporais” do nascer do dia e o pôr-do-sol criam quase sempre luminosidades especiais.

Organize o seu tempo de trabalho e descanso de maneira a estar disponível para ambas.

2- Se tiver esse privilégio, oriente o seu trabalho em função do prazer que lhe está a dar a descoberta.

Neste tipo de enquadramento geográfico e sazonal, é fácil dar consigo fisicamente de rastos sem ter usufruído do lugar sem ser “atrás” da máquina fotográfica precisamente porque entrou em “modo automático” e fotografa de forma obsessiva fascinado pelo lugar.

3 – Outra questão importante: lugares situados a grandes latitudes têm meteorologias complicadas e instáveis.

De preferência, mantenha-se com acesso à Internet, informado sobre o que é esperado para cada lugar e disponível para viajar para os lugares em que se prevê melhor tempo.

4- Aproveite períodos de chuva forte e inequivocamente longa para descansar.

O período de desmobilização ou alívio de tempestades oferece quase sempre luminosidades especiais.

Tóquio, Japão

Fotografia Tipo-Passe à Japonesa

No fim da década de 80, duas multinacionais nipónicas já viam as fotocabines convencionais como peças de museu. Transformaram-nas em máquinas revolucionárias e o Japão rendeu-se ao fenómeno Purikura.
Luz Natural (Parte 2)

Um Sol, tantas Luzes

A maior parte das fotografias em viagem são tiradas com luz solar. A luz solar e a meteorologia formam uma interacção caprichosa. Saiba como a prever, detectar e usar no seu melhor.
Jaffa, Israel

Onde Assenta a Telavive Sempre em Festa

Telavive é famosa pela noite mais intensa do Médio Oriente. Mas, se os seus jovens se divertem até à exaustão nas discotecas à beira Mediterrâneo, é cada vez mais na vizinha Old Jaffa que dão o nó.
Chã das Caldeiras, Ilha do Fogo Cabo Verde

Um Clã "Francês" à Mercê do Fogo

Em 1870, um conde nascido em Grenoble a caminho de um exílio brasileiro, fez escala em Cabo Verde onde as beldades nativas o prenderam à ilha do Fogo. Dois dos seus filhos instalaram-se em plena cratera do vulcão e lá continuaram a criar descendência. Nem a destruição causada pelas recentes erupções demove os prolíficos Montrond do “condado” que fundaram na Chã das Caldeiras.    
Passo do Lontra, Miranda, Brasil

O Brasil Alagado a um Passo da Lontra

Estamos no limiar oeste do Mato Grosso do Sul mas mato, por estes lados, é outra coisa. Numa extensão de quase 200.000 km2, o Brasil surge parcialmente submerso, por rios, riachos, lagoas e outras águas dispersas em vastas planícies de aluvião. Nem o calor ofegante da estação seca drena a vida e a biodiversidade de lugares e fazendas pantaneiras como a que nos acolheu às margens do rio Miranda.
Castro Laboreiro, Portugal  

Do Castro de Laboreiro à Raia da Serra Peneda - Gerês

Chegamos à (i) eminência da Galiza, a 1000m de altitude e até mais. Castro Laboreiro e as aldeias em redor impõem-se à monumentalidade granítica das serras e do Planalto da Peneda e de Laboreiro. Como o fazem as suas gentes resilientes que, entregues ora a Brandas ora a Inverneiras, ainda chamam casa a estas paragens deslumbrantes.
Grande Zimbabwe

Grande Zimbabué, Mistério sem Fim

Entre os séculos XI e XIV, povos Bantu ergueram aquela que se tornou a maior cidade medieval da África sub-saariana. De 1500 em diante, à passagem dos primeiros exploradores portugueses chegados de Moçambique, a cidade estava já em declínio. As suas ruínas que inspiraram o nome da actual nação zimbabweana encerram inúmeras questões por responder.  
Izamal, México

A Cidade Mexicana, Santa, Bela e Amarela

Até à chegada dos conquistadores espanhóis, Izamal era um polo de adoração do deus Maia supremo Itzamná e Kinich Kakmó, o do sol. Aos poucos, os invasores arrasaram as várias pirâmides dos nativos. No seu lugar, ergueram um grande convento franciscano e um prolífico casario colonial, com o mesmo tom solar em que a cidade hoje católica resplandece.
Cape Coast, Gana

O Festival da Divina Purificação

Reza a história que, em tempos, uma praga devastou a população da Cape Coast do actual Gana. Só as preces dos sobreviventes e a limpeza do mal levada a cabo pelos deuses terão posto cobro ao flagelo. Desde então, os nativos retribuem a bênção das 77 divindades da região tradicional Oguaa com o frenético festival Fetu Afahye.
Fish River Canyon, Namíbia

As Entranhas Namibianas de África

Quando nada o faz prever, uma vasta ravina fluvial esventra o extremo meridional da Namíbia. Com 160km de comprimento, 27km de largura e, a espaços, 550 metros de profundidade, o Fish River Canyon é o Grand Canyon de África. E um dos maiores desfiladeiros à face da Terra.
Tonga, Samoa Ocidental, Polinésia

Pacífico XXL

Durante séculos, os nativos das ilhas polinésias subsistiram da terra e do mar. Até que a intrusão das potências coloniais e a posterior introdução de peças de carne gordas, da fast-food e das bebidas açucaradas geraram uma praga de diabetes e de obesidade. Hoje, enquanto boa parte do PIB nacional de Tonga, de Samoa Ocidental e vizinhas é desperdiçado nesses “venenos ocidentais”, os pescadores mal conseguem vender o seu peixe.
Circuito Annapurna: 2º - Chame a Upper PisangNepal

(I)Eminentes Annapurnas

Despertamos em Chame, ainda abaixo dos 3000m. Lá  avistamos, pela primeira vez, os picos nevados e mais elevados dos Himalaias. De lá partimos para nova caminhada do Circuito Annapurna pelos sopés e encostas da grande cordilheira. Rumo a Upper Pisang.
Jaisalmer, Índia

Há Festa no Deserto do Thar

Mal o curto Inverno parte, Jaisalmer entrega-se a desfiles, a corridas de camelos e a competições de turbantes e de bigodes. As suas muralhas, ruelas e as dunas em redor ganham mais cor que nunca. Durante os três dias do evento, nativos e forasteiros assistem, deslumbrados, a como o vasto e inóspito Thar resplandece afinal de vida.
Usbequistão

Viagem Pelo Pseudo-Alcatrão do Usbequistão

Os séculos passaram. As velhas e degradadas estradas soviéticas sulcam os desertos e oásis antes atravessados pelas caravanas da Rota da Seda. Sujeitos ao seu jugo durante uma semana, vivemos cada paragem e incursão nos lugares e cenários usbeques como recompensas rodoviárias históricas.
Table Mountain, África do Sul

À Mesa do Adamastor

Dos tempos primordiais das Descobertas à actualidade, a Montanha da Mesa sempre se destacou acima da imensidão sul-africana e dos oceanos em redor. Os séculos passaram e a Cidade do Cabo expandiu-se a seus pés. Tanto os capetonians como os forasteiros de visita se habituaram a contemplar, a ascender e a venerar esta meseta imponente e mítica.
Florida Keys, E.U.A.

A Alpondra Caribenha dos E.U.A.

Os Estados Unidos continentais parecem encerrar-se, a sul, na sua caprichosa península da Flórida. Não se ficam por aí. Mais de cem ilhas de coral, areia e mangal formam uma excêntrica extensão tropical que há muito seduz os veraneantes norte-americanos.
Dali, China

A China Surrealista de Dali

Encaixada num cenário lacustre mágico, a antiga capital do povo Bai manteve-se, até há algum tempo, um refúgio da comunidade mochileira de viajantes. As mudanças sociais e económicas da China fomentaram a invasão de chineses à descoberta do recanto sudoeste da nação.
Bhaktapur, Nepal

As Máscaras Nepalesas da Vida

O povo indígena Newar do Vale de Katmandu atribui grande importância à religiosidade hindu e budista que os une uns aos outros e à Terra. De acordo, abençoa os seus ritos de passagem com danças newar de homens mascarados de divindades. Mesmo se há muito repetidas do nascimento à reencarnação, estas danças ancestrais não iludem a modernidade e começam a ver um fim.
Circuito Annapurna: 1º - Pokhara a ChameNepal

Por Fim, a Caminho

Depois de vários dias de preparação em Pokhara, partimos em direcção aos Himalaias. O percurso pedestre só o começamos em Chame, a 2670 metros de altitude, com os picos nevados da cordilheira Annapurna já à vista. Até lá, completamos um doloroso mas necessário preâmbulo rodoviário pela sua base subtropical.
Ilha da Páscoa, Chile

A Descolagem e a Queda do Culto do Homem-Pássaro

Até ao século XVI, os nativos da Ilha da Páscoa esculpiram e idolatraram enormes deuses de pedra. De um momento para o outro, começaram a derrubar os seus moais. Sucedeu-se a veneração de tangatu manu, um líder meio humano meio sagrado, decretado após uma competição dramática pela conquista de um ovo.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Leões juvenis num braço arenoso do rio Chire
Safari
PN Liwonde, Malawi

A Reanimação Prodigiosa do PN Liwonde

Durante largo tempo, a incúria generalizada e o alastrar da caça furtiva vitimaram esta reserva animal. Em 2015, a African Parks entrou em cena. Em pouco tempo, também beneficiário da água abundante do lago Malombe e do rio Chire, o Parque Nacional Liwonde tornou-se um dos mais vivos e exuberantes do Malawi.
Circuito Annapurna, Manang a Yak-kharka
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 10º: Manang a Yak Kharka, Nepal

A Caminho das Terras (Mais) Altas dos Annapurnas

Após uma pausa de aclimatização na civilização quase urbana de Manang (3519 m), voltamos a progredir na ascensão para o zénite de Thorong La (5416 m). Nesse dia, atingimos o lugarejo de Yak Kharka, aos 4018 m, um bom ponto de partida para os acampamentos na base do grande desfiladeiro.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Arquitectura & Design
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Aventura
Vulcões

Montanhas de Fogo

Rupturas mais ou menos proeminentes da crosta terrestre, os vulcões podem revelar-se tão exuberantes quanto caprichosos. Algumas das suas erupções são gentis, outras provam-se aniquiladoras.
Cortejo Ortodoxo
Cerimónias e Festividades
Suzdal, Rússia

Séculos de Devoção a um Monge Devoto

Eutímio foi um asceta russo do século XIV que se entregou a Deus de corpo e alma. A sua fé inspirou a religiosidade de Suzdal. Os crentes da cidade veneram-no como ao santo em que se tornou.
Marcha Patriota
Cidades
Taiwan

Formosa mas Não Segura

Os navegadores portugueses não podiam imaginar o imbróglio reservado a Formosa. Passados quase 500 anos, mesmo insegura do seu futuro, Taiwan prospera. Algures entre a independência e a integração na grande China.
Singapura Capital Asiática Comida, Basmati Bismi
Comida
Singapura

A Capital Asiática da Comida

Eram 4 as etnias condóminas de Singapura, cada qual com a sua tradição culinária. Adicionou-se a influência de milhares de imigrados e expatriados numa ilha com metade da área de Londres. Apurou-se a nação com a maior diversidade gastronómica do Oriente.
Tabatô, Guiné Bissau, Balafons
Cultura
Tabatô, Guiné Bissau

Tabatô: ao Ritmo do Balafom

Durante a nossa visita à tabanca, num ápice, os djidius (músicos poetas)  mandingas organizam-se. Dois dos balafonistas prodigiosos da aldeia assumem a frente, ladeados de crianças que os imitam. Cantoras de megafone em riste, cantam, dançam e tocam ferrinhos. Há um tocador de corá e vários de djambés e tambores. A sua exibição gera-nos sucessivos arrepios.
Espectador, Melbourne Cricket Ground-Rules footbal, Melbourne, Australia
Desporto
Melbourne, Austrália

O Futebol em que os Australianos Ditam as Regras

Apesar de praticado desde 1841, o Futebol Australiano só conquistou parte da grande ilha. A internacionalização nunca passou do papel, travada pela concorrência do râguebi e do futebol clássico.
Jipe cruza Damaraland, Namíbia
Em Viagem
Damaraland, Namíbia

Namíbia On the Rocks

Centenas de quilómetros para norte de Swakopmund, muitos mais das dunas emblemáticas de Sossuvlei, Damaraland acolhe desertos entrecortados por colinas de rochas avermelhadas, a maior montanha e a arte rupestre decana da jovem nação. Os colonos sul-africanos baptizaram esta região em função dos Damara, uma das etnias da Namíbia. Só estes e outros habitantes comprovam que fica na Terra.
Manhã cedo no Lago
Étnico

Nantou, Taiwan

No Âmago da Outra China

Nantou é a única província de Taiwan isolada do oceano Pacífico. Quem hoje descobre o coração montanhoso desta região tende a concordar com os navegadores portugueses que baptizaram Taiwan de Formosa.

tunel de gelo, rota ouro negro, Valdez, Alasca, EUA
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sensações vs Impressões

Bangkas na ilha de Coron, Filipinas
História
Coron, Busuanga, Filipinas

A Armada Japonesa Secreta mas Pouco

Na 2ª Guerra Mundial, uma frota nipónica falhou em ocultar-se ao largo de Busuanga e foi afundada pelos aviões norte-americanos. Hoje, os seus destroços subaquáticos atraem milhares de mergulhadores.
Ribeira Grande, Santo Antão
Ilhas
Ribeira Grande, Santo AntãoCabo Verde

Santo Antão, Ribeira Grande Acima

Na origem, uma Povoação diminuta, a Ribeira Grande seguiu o curso da sua história. Passou a vila, mais tarde, a cidade. Tornou-se um entroncamento excêntrico e incontornável da  ilha de Santo Antão.
Corrida de Renas , Kings Cup, Inari, Finlândia
Inverno Branco
Inari, Finlândia

A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
Visitantes da casa de Ernest Hemingway, Key West, Florida, Estados Unidos
Literatura
Key West, Estados Unidos

O Recreio Caribenho de Hemingway

Efusivo como sempre, Ernest Hemingway qualificou Key West como “o melhor lugar em que tinha estado...”. Nos fundos tropicais dos E.U.A. contíguos, encontrou evasão e diversão tresloucada e alcoolizada. E a inspiração para escrever com intensidade a condizer.
Fazenda de São João, Pantanal, Miranda, Mato Grosso do Sul, ocaso
Natureza
Fazenda São João, Miranda, Brasil

Pantanal com o Paraguai à Vista

Quando a fazenda Passo do Lontra decidiu expandir o seu ecoturismo, recrutou a outra fazenda da família, a São João. Mais afastada do rio Miranda, esta outra propriedade revela um Pantanal remoto, na iminência do Paraguai. Do país e do rio homónimo.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Ribeiro Frio, Madeira, Vereda dos Balcões,
Parques Naturais
Parque Florestal Ribeiro Frio, Madeira

Ribeiro Frio Acima, na Senda dos Balcões

Há muito que esta região do interior elevado da Madeira tem a cargo a repopulação das trutas arco-íris da ilha. Entre os vários trilhos e levadas que confluem nos seus viveiros, o Parque Florestal Ribeiro Frio oculta panoramas grandiosos sobre o Pico Arieiro, o Pico Ruivo e o vale da Ribeira da Metade que se estende à costa norte.
Delta do Okavango, Nem todos os rios Chegam ao Mar, Mokoros
Património Mundial UNESCO
Delta do Okavango, Botswana

Nem Todos os Rios Chegam ao Mar

Terceiro rio mais longo do sul de África, o Okavango nasce no planalto angolano do Bié e percorre 1600km para sudeste. Perde-se no deserto do Kalahari onde irriga um pantanal deslumbrante repleto de vida selvagem.
Ooty, Tamil Nadu, cenário de Bollywood, Olhar de galã
Personagens
Ooty, Índia

No Cenário Quase Ideal de Bollywood

O conflito com o Paquistão e a ameaça do terrorismo tornaram as filmagens em Caxemira e Uttar Pradesh um drama. Em Ooty, constatamos como esta antiga estação colonial britânica assumia o protagonismo.
Mini-snorkeling
Praias
Ilhas Phi Phi, Tailândia

De regresso à Praia de Danny Boyle

Passaram 15 anos desde a estreia do clássico mochileiro baseado no romance de Alex Garland. O filme popularizou os lugares em que foi rodado. Pouco depois, alguns desapareceram temporária mas literalmente do mapa mas, hoje, a sua fama controversa permanece intacta.
Religião
Circuito Annapurna: 5º - Ngawal a BragaNepal

Rumo a Braga. A Nepalesa.

Passamos nova manhã de meteorologia gloriosa à descoberta de Ngawal. Segue-se um curto trajecto na direcção de Manang, a principal povoação no caminho para o zénite do circuito Annapurna. Ficamo-nos por Braga (Braka). A aldeola não tardaria a provar-se uma das suas mais inolvidáveis escalas.
Comboio Kuranda train, Cairns, Queensland, Australia
Sobre Carris
Cairns-Kuranda, Austrália

Comboio para o Meio da Selva

Construído a partir de Cairns para salvar da fome mineiros isolados na floresta tropical por inundações, com o tempo, o Kuranda Railway tornou-se no ganha-pão de centenas de aussies alternativos.
Cruzamento movimentado de Tóquio, Japão
Sociedade
Tóquio, Japão

A Noite Sem Fim da Capital do Sol Nascente

Dizer que Tóquio não dorme é eufemismo. Numa das maiores e mais sofisticadas urbes à face da Terra, o crepúsculo marca apenas o renovar do quotidiano frenético. E são milhões as suas almas que, ou não encontram lugar ao sol, ou fazem mais sentido nos turnos “escuros” e obscuros que se seguem.
O projeccionista
Vida Quotidiana
Sainte-Luce, Martinica

Um Projeccionista Saudoso

De 1954 a 1983, Gérard Pierre projectou muitos dos filmes famosos que chegavam à Martinica. 30 anos após o fecho da sala em que trabalhava, ainda custava a este nativo nostálgico mudar de bobine.
Maria Jacarés, Pantanal Brasil
Vida Selvagem
Miranda, Brasil

Maria dos Jacarés: o Pantanal abriga criaturas assim

Eurides Fátima de Barros nasceu no interior da região de Miranda. Há 38 anos, instalou-se e a um pequeno negócio à beira da BR262 que atravessa o Pantanal e ganhou afinidade com os jacarés que viviam à sua porta. Desgostosa por, em tempos, as criaturas ali serem abatidas, passou a tomar conta delas. Hoje conhecida por Maria dos Jacarés, deu nome de jogador ou treinador de futebol a cada um dos bichos. Também garante que reconhecem os seus chamamentos.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.