Saint Augustine, Florida, E.U.A.

De Regresso aos Primórdios da Florida Hispânica


A Ponte dos Leões
Vista da Ponte
Casa Mónica, a das Sombras
A Frente do Castelo
Ao Abrigo do Vento Gelado
Comandante de Faz-de-Conta
O Castelo de São Marcos
Pela Ponte Levadiça
A Destilaria
Baluarte das Palmeiras
Sombras à Defesa
A Catedral
O Pórtico
Ponce Indica
O Colégio Flagler
No Cimo Ventoso
O Colégio Flagler II
A Manif Confederada
Torre do Tempo Tropical
O Tempo Tropical
A disseminação de atracções turísticas de gosto questionável, torna-se superficial se tivermos em conta a profundidade histórica em questão. Estamos perante a cidade dos E.U.A. contíguos há mais tempo habitada. Desde que os exploradores espanhóis a fundaram, em 1565, que St. Augustine resiste a quase tudo.

O norte da Florida acolhe-nos com uma meteorologia que destoa da que atrai tantos reformados norte-americanos a lá terem casas e a lá passarem os Invernos.

Uma frente fria poderosa invade o sul sub-tropical dos Estados Unidos. Enregela-o com uma ventania frígida que agita o mar ao largo, o canal de Salt Run e os braços de mar e de rio partilhados entre o Atlântico e o rio Matanzas.

A nós, apanha-nos de surpresa e sem roupa a condizer. Reagimos com planos de nos mantermos hiperactivos. De caminharmos o mais possível, à descoberta da cidade e do entorno.

Depressa percebemos o seu caracter enigmático, uma mistura entre legado histórico grandioso, universo de encantar e fantasia de Natal perene.

Optamos por entrar em St. Augustine, a pé, a cruzarmos a sua majestosa ponte levadiça dos Leões.

Enquanto o fazemos, o vento castiga as águas azul-petróleo do Matanzas.

Gera uma turbulência à superfície que se assemelha a rápidos.

Acima, bandos de pelicanos-pardos veem-se atormentados pela força das rajadas que inviabiliza os mergulhos precisos que os mantêm alimentados.

Chegamos a meio da ponte. Um semáforo vermelho, reforçado por aviso sonoro impede-nos de continuar.

O meio da ponte eleva-se para dar passagem a duas embarcações de pesca com mastros altos. Um ciclista gadelhudo fica aprisionado na mesma espera.

Desmonta da bicicleta e admira a passagem dos arrastões.

Os barcos somem-se para os lados do rio Tolomato e da barra por que todo aquele sistema fluvial interior vaza para o oceano. A ponte volta a descer.

O seu ponto cimeiro concede-nos um vislumbre, em aproximação, da velha Saint Augustine.

Sobre o edifício mais alto da cidade, ex-edifício do Tesouro e ex-banco Wells Fargo, actual Treasury on the Plaza – catalogado pelos americanos como estilo Revivalista Mediterrânico – e que serve de biombo a boa parte do casario.

Ladeiam-no várias torres, algumas, com telhados cónicos.

Esse horizonte inusitado, volta a remeter a cidade para algures entre o real e a fábula.

Quanto mais a percorremos, mais a estranhamos.

Chegamos ao extremo ocidente, em que a ponte se ajusta ao nível do mar a que se espraia St. Augustine.

Ponce de León, Pedro Menéndez de Aviléz e os Conquistadores Espanhóis da Flórida

Nas imediações, todo um círculo tropicalizado por palmeiras frondosas e uma estátua dele projectada, homenageiam Juan Ponce de León, o conquistador hispânico.

Mesmo se o seu pioneirismo se mantém polémico de León é considerado o líder da primeira expedição à região da Florida.

Acercamo-nos da base do quase arranha-céus Treasury on the Plaza e de uma bandeira stars n’ stripes que a ventania preserva hirta.

A barreira imponente do edifício instiga-nos a flectir para norte, rumo ao Distrito Histórico da cidade.

St. Augustine foi fundada, em 1565, por Pedro Menéndez de Aviléz. mais tarde, apontado pelo rei Filipe II, Capitão da Frota das Índias.

Por essa altura, o litoral atlântico norte-americano era disputado entre espanhóis, franceses e, não tarda, britânicos e holandeses.

O território da Florida, em particular, foi motivo de frequentes batalhas com os franceses, à parte de rivais habituais, huguenotes e luteranos que os espanhóis consideravam heréticos desprezíveis.

Os ataques franceses a partir do vizinho forte Caroline (erguido às margens do rio St. Johns) e de corsários britânicos tornaram-se um risco que os sucessores de Menéndez de Aviléz se decidiram a evitar.

A Cobiça dos Rivais Coloniais e a Construção do Forte de San Marcos

De acordo, 107 anos após a sua fundação, Francisco de La Guerra, sucessor de Menéndez de Aviléz, decretou o reforço da sua defesa e a construção da fortaleza que estávamos prestes a encontrar.

Pouco mais de um metro acima do caudal do Matanzas, uma bateria de canhões de tamanhos crescentes antecede uma sebe de palmeiras-de-saia, sob uma das torretas do castelo de São Marcos.

O engenheiro militar Ignacio Daza fê-lo quadrangular, cada aresta dotada do seu bastião proeminente, envolto de um fosso que só uma ponte levadiça nos permite cruzar.

Subimos para o adarve do forte.

Do seu cimo, detectamos o anacronismo curioso de um dos U.S. Rangers responsáveis pelo Monumento National, à conversa com um figurante de comandante militar da era colonial.

Chegada a hora da encenação que se seguia, o ranger deixa a mesa que partilhavam. Some-se para os corredores do castelo.

Abrigado do frio com rigor histórico, o comandante inaugura um discurso explanativo que nos faz e a uns poucos outros espectadores, retroceder ao tempo da colonização das Américas.

Quando o actor dá por finda a representação, espreitamos os derradeiros cantos do castelo.

Após o que nos mudamos para a zona mais recente e contemporânea de St. Augustine.

Nos séculos seguintes à concretização do Castelo de São Marcos, os inimigos viram-se em apuros para o tomar.

Amiúde, frustrados, privilegiaram a destruição da cidade em seu torno.

Os Britânicos, em particular, que detinham boa parte dos actuais Estados Unidos a norte, incluindo a Geórgia, fizeram questão de a deixar em chamas.

Saint Augustine e o seu Inusitado Vaivém Colonial

De tal maneira que, em 1763, após dois séculos enquanto capital da Florida espanhola, os espanhóis acabaram por ceder e passaram-na para domínio britânico.

Contados outros vinte anos, fruto de um acordo militar, estes, devolveram-na à procedência.

Decorria o ano de 1819, quando os espanhóis cederam a Florida aos recém-emancipados E.U.A. Saint Augustine foi capital do estado da Florida apenas por três anos.

Em 1824, a capital passou para Tallahassee.

A cidade perdeu a sua proeminência política. Conquistou vários outros dos atributos que a mantém no estrelato.

Do Lado Errado da Guerra Civil Americana

Em 1840, St. Augustine acolhia cerca de 56.000 habitantes, metade dos quais, escravos de origem africana. Entrada em cena a Guerra Civil Americana, a Florida rejeitou a União.

Alinhada com a escravatura, juntou-se à Confederação. No término do conflito, a União apoderou-se da cidade.

Muitos dos seus proprietários de terras e de escravos debandaram. St. Augustine viu agravados uns já óbvios apuros sociais e económicos.

Até que entrou na providencial Era Flagler.

Entra em Saint Augustine e em Cena Henry Flagler

Começamos a inteirar-nos de quem era Henry Flagler à porta do colégio homónimo e magnânimo. Lá esbarramos com uma pequena manifestação em redor da estátua que o homenageia.

Um grupo de homens e mulheres do movimento neo-Confederado, evoca H.K. Edgerton, um afro-americano, dos principais defensores que os Confederados não eram, nem são racistas e de que, segundo as suas palavras “existia um sentimento de família que unia os brancos e os negros sob a escravatura…

“Um grande amor entre o africano que servia nas terras do Sul e o seu Mestre”.

Edgerton defende ainda que “a escravatura forneceu uma instituição de aprendizagem aos negros”.

A questão em questão deixa-nos atónitos.

Como se não bastasse, um dos manifestantes é afro-americano. Traja um uniforme confederado. Segura uma bandeira dos Confederados.

O Rejuvenescimento de Saint Augustine

Do cimo do seu pedestal, de mão enfiada no bolso das calças, um Flagler de bronze assiste a tudo, sobranceiro.

Flagler – a par com Rockefeler – foi um dos co-fundadores da Standard Oil Company, empreitada que o tornou multimilionário.

Ora, no Inverno de 1883, o magnata visitou St. Augustine, deixou-se encantar pela cidade.

Projectou dotá-la de tudo o que lhe faltava para funcionar como um abrigo de Inverno para os americanos abastados, ansiosos por escaparem ao frio.

Aos poucos, ligou-a ao norte e, mais tarde, a Palm Beach e a Miami, via linhas de caminho-de-ferro agrupadas na Florida East Coast Railway.

Logo, mandou erguer na cidade dois dos seus maiores hotéis, o Ponce de León e o Alcazar, em estilos Revivalismo Hispânico e Mourisco.

O seu investimento resultou em cheio. Os americanos a caminho das praias do sul da Florida começaram a fazer escala em St. Augustine. Muitos, habituaram-se a fazer férias na cidade.

Com o tempo, o elegante Hotel Ponce de León deixou de ter lugar no cada vez mais concorrencial e modernizado mercado dos hotéis.

Em 1968, as autoridades transformaram-no no colégio que exploramos numa visita guiada.

Duas das suas privilegiadas jovens alunas conduzem um grupo de curiosos pelos cantos e recantos místicos, por vezes, surreais do estabelecimento, salão atrás de salão, do da biblioteca ao comedor, num inusitado domínio de hokus pokus digno de Harry Potter e companhia.

Em redor, outros edifícios erguidos por Flagler, ou por ele adquiridos e reconvertidos – o Mónica, o Lightner Museum e, à parte, a Catedral Basílica.

Todos iluminados por uma miríade de luzinhas, reforçam o brilho turístico ofuscante de St. Augustine.

A sua grelha de ruas seculares está à pinha de bandeiras, estandartes e letreiros que, mais que confirmarem a sua antiguidade, impingem as recordações, bugigangas e petiscos que renovam a vigorosa economia local.

Habitam a suposta casa mais antiga da povoação, grandes bonecas de touca.

Um museu de piratas congrega a história da pirataria caribenha.

Promovem-se provas de rum, de cerveja artesanal e de chocolate.

O parque de jacarés surge paredes-meias com o Farol e o Museu Marítimo. A velha St. Augustine deslumbra quem quer que a descubra.

Desde que não se chegue em busca duma genuinidade imaculada.

Miami, Flórida, E.U.A.

A Porta de Entrada da América Latina

Não é só a localização privilegiada, entre um oceano exuberante e o verde dos Everglades, com a vastidão caribenha logo ali a sul. É o afago tropical, o do clima e o cultural e uma modernidade urbana exemplar. Cada vez mais em castelhano, num contexto latino-americano.
Parque Nacional Everglades, Flórida, E.U.A.

O Grande Rio Ervado da Flórida

Quem sobrevoa o sul do 27º estado espanta-se com a vastidão verde, lisa e ensopada que contrasta com os tons oceânicos em redor. Este ecossistema de pântano-pradaria único nos EUA abriga uma fauna prolífica dominada por 200 mil dos 1.25 milhões de jacarés da Flórida.
Little Havana, E.U.A.

A Pequena Havana dos Inconformados

Ao longo das décadas e até aos dias de hoje, milhares de cubanos cruzaram o estreito da Florida em busca da terra da liberdade e da oportunidade. Com os E.U.A. ali a meros 145 km, muitos não foram mais longe. A sua Little Havana de Miami é, hoje, o bairro mais emblemático da diáspora cubana.
Miami Beach, E.U.A.

A Praia de Todas as Vaidades

Poucos litorais concentram, ao mesmo tempo, tanto calor e exibições de fama, de riqueza e de glória. Situada no extremo sudeste dos E.U.A., Miami Beach tem acesso por seis pontes que a ligam ao resto da Florida. É parco para o número de almas que a desejam.
Miami, E.U.A.

Uma Obra-Prima da Reabilitação Urbana

Na viragem para o século XXI, o bairro Wynwood mantinha-se repleto de fábricas e armazéns abandonados e grafitados. Tony Goldman, um investidor imobiliário astuto, comprou mais de 25 propriedades e fundou um parque mural. Muito mais que ali homenagear o grafiti, Goldman fundou o grande bastião da criatividade de Miami.
Kennedy Space Center, Florida, Estados Unidos

A Rampa de Lançamento do Programa Espacial Americano

De viagem pela Flórida, desviamos da órbita programada. Apontamos ao litoral atlântico de Merrit Island e do Cabo Canaveral. Lá exploramos o Kennedy Space Center e acompanhamos um dos lançamentos com que a empresa Space X e os Estados Unidos agora almejam o Espaço.
Florida Keys, E.U.A.

A Alpondra Caribenha dos E.U.A.

Os Estados Unidos continentais parecem encerrar-se, a sul, na sua caprichosa península da Flórida. Não se ficam por aí. Mais de cem ilhas de coral, areia e mangal formam uma excêntrica extensão tropical que há muito seduz os veraneantes norte-americanos.
Key West, Estados Unidos

O Recreio Caribenho de Hemingway

Efusivo como sempre, Ernest Hemingway qualificou Key West como “o melhor lugar em que tinha estado...”. Nos fundos tropicais dos E.U.A. contíguos, encontrou evasão e diversão tresloucada e alcoolizada. E a inspiração para escrever com intensidade a condizer.
San Juan, Porto Rico (Parte 2)

Ao Ritmo do Reggaeton

Os porto-riquenhos irrequietos e inventivos fizeram de San Juan a capital mundial do reggaeton. Ao ritmo preferido da nação, encheram a sua “Cidade Muralhada” de outras artes, de cor e de vida.
San Juan, Porto Rico

O Porto Rico e Muralhado de San Juan Bautista

San Juan é a segunda cidade colonial mais antiga das Américas, a seguir à vizinha dominicana de Santo Domingo. Entreposto pioneiro da rota que levava o ouro e a prata do Novo Mundo para Espanha, foi atacada vezes sem conta. As suas fortificações incríveis ainda protegem uma das capitais mais vivas e prodigiosas das Caraíbas.
Santo Domingo, República Dominicana

A Mais Longeva Anciã Colonial das Américas

Santo Domingo é a colónia há mais tempo habitada do Novo Mundo. Fundada, em 1498, por Bartolomeu Colombo, a capital da República Dominicana preserva intacto um verdadeiro tesouro de resiliência histórica.
Tombstone, E.U.A.

Tombstone: a Cidade Demasiado Dura para Morrer

Filões de prata descobertos no fim do século XIX fizeram de Tombstone um centro mineiro próspero e conflituoso na fronteira dos Estados Unidos com o México. Lawrence Kasdan, Kurt Russel, Kevin Costner e outros realizadores e actores hollywoodescos tornaram famosos os irmãos Earp e o duelo sanguinário de “O.K. Corral”. A Tombstone que, ao longo dos tempos tantas vidas reclamou, está para durar.
Grand Canyon, E.U.A.

Viagem pela América do Norte Abismal

O rio Colorado e tributários começaram a fluir no planalto homónimo há 17 milhões de anos e expuseram metade do passado geológico da Terra. Também esculpiram uma das suas mais deslumbrantes entranhas.
Monte Denali, Alasca

O Tecto Sagrado da América do Norte

Os indígenas Athabascan chamaram-no Denali, ou o Grande e reverenciam a sua altivez. Esta montanha deslumbrante suscitou a cobiça dos montanhistas e uma longa sucessão de ascensões recordistas.
Juneau, Alasca

A Pequena Capital do Grande Alasca

De Junho a Agosto, Juneau desaparece por detrás dos navios de cruzeiro que atracam na sua doca-marginal. Ainda assim, é nesta pequena capital que se decidem os destinos do 49º estado norte-americano.
Monument Valley, E.U.A.

Índios ou cowboys?

Realizadores de Westerns emblemáticos como John Ford imortalizaram aquele que é o maior território indígena dos Estados Unidos. Hoje, na Nação Navajo, os navajo também vivem na pele dos velhos inimigos.
Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Las Vegas, E.U.A.

Onde o Pecado tem Sempre Perdão

Projectada do Deserto Mojave como uma miragem de néon, a capital norte-americana do jogo e do espectáculo é vivida como uma aposta no escuro. Exuberante e viciante, Vegas nem aprende nem se arrepende.
Navajo Nation, E.U.A.

Por Terras da Nação Navajo

De Kayenta a Page, com passagem pelo Marble Canyon, exploramos o sul do Planalto do Colorado. Dramáticos e desérticos, os cenários deste domínio indígena recortado no Arizona revelam-se esplendorosos.
Vale da Morte, E.U.A.

O Ressuscitar do Lugar Mais Quente

Desde 1921 que Al Aziziyah, na Líbia, era considerado o lugar mais quente do Planeta. Mas a polémica em redor dos 58º ali medidos fez com que, 99 anos depois, o título fosse devolvido ao Vale da Morte.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Parque Nacional Gorongosa, Moçambique, Vida Selvagem, leões
Safari
PN Gorongosa, Moçambique

O Coração da Vida Selvagem de Moçambique dá Sinais de Vida

A Gorongosa abrigava um dos mais exuberantes ecossistemas de África mas, de 1980 a 1992, sucumbiu à Guerra Civil travada entre a FRELIMO e a RENAMO. Greg Carr, o inventor milionário do Voice Mail recebeu a mensagem do embaixador moçambicano na ONU a desafiá-lo a apoiar Moçambique. Para bem do país e da humanidade, Carr comprometeu-se a ressuscitar o parque nacional deslumbrante que o governo colonial português lá criara.
Fieis acendem velas, templo da Gruta de Milarepa, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 9º Manang a Milarepa Cave, Nepal

Uma Caminhada entre a Aclimatização e a Peregrinação

Em pleno Circuito Annapurna, chegamos por fim a Manang (3519m). Ainda a precisarmos de aclimatizar para os trechos mais elevados que se seguiam, inauguramos uma jornada também espiritual a uma caverna nepalesa de Milarepa (4000m), o refúgio de um siddha (sábio) e santo budista.
Luderitz, Namibia
Arquitectura & Design
Lüderitz, Namibia

Wilkommen in Afrika

O chanceler Bismarck sempre desdenhou as possessões ultramarinas. Contra a sua vontade e todas as probabilidades, em plena Corrida a África, o mercador Adolf Lüderitz forçou a Alemanha assumir um recanto inóspito do continente. A cidade homónima prosperou e preserva uma das heranças mais excêntricas do império germânico.
Totems, aldeia de Botko, Malekula,Vanuatu
Aventura
Malekula, Vanuatu

Canibalismo de Carne e Osso

Até ao início do século XX, os comedores de homens ainda se banqueteavam no arquipélago de Vanuatu. Na aldeia de Botko descobrimos porque os colonizadores europeus tanto receavam a ilha de Malekula.
Corrida de camelos, Festival do Deserto, Sam Sam Dunes, Rajastão, Índia
Cerimónias e Festividades
Jaisalmer, Índia

Há Festa no Deserto do Thar

Mal o curto Inverno parte, Jaisalmer entrega-se a desfiles, a corridas de camelos e a competições de turbantes e de bigodes. As suas muralhas, ruelas e as dunas em redor ganham mais cor que nunca. Durante os três dias do evento, nativos e forasteiros assistem, deslumbrados, a como o vasto e inóspito Thar resplandece afinal de vida.
Cortejo garrido
Cidades
Suzdal, Rússia

Mil Anos de Rússia à Moda Antiga

Foi uma capital pródiga quando Moscovo não passava de um lugarejo rural. Pelo caminho, perdeu relevância política mas acumulou a maior concentração de igrejas, mosteiros e conventos do país dos czares. Hoje, sob as suas incontáveis cúpulas, Suzdal é tão ortodoxa quanto monumental.
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Comida
Tóquio, Japão

O Mercado de Peixe que Perdeu a Frescura

Num ano, cada japonês come mais que o seu peso em peixe e marisco. Desde 1935, que uma parte considerável era processada e vendida no maior mercado piscícola do mundo. Tsukiji foi encerrado em Outubro de 2018, e substituído pelo de Toyosu.
Verão Escarlate
Cultura

Valência a Xàtiva, Espanha

Do outro Lado da Ibéria

Deixada de lado a modernidade de Valência, exploramos os cenários naturais e históricos que a "comunidad" partilha com o Mediterrâneo. Quanto mais viajamos mais nos seduz a sua vida garrida.

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Desporto
Melbourne, Austrália

O Futebol em que os Australianos Ditam as Regras

Apesar de praticado desde 1841, o Futebol Australiano só conquistou parte da grande ilha. A internacionalização nunca passou do papel, travada pela concorrência do râguebi e do futebol clássico.
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Em Viagem
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Pelas Terras Altas da Argentina Profunda

Um périplo pelas províncias de Salta e Jujuy leva-nos a desvendar um país sem sinal de pampas. Sumidos na vastidão andina, estes confins do Noroeste da Argentina também se perderam no tempo.
Silhuetas Islâmicas
Étnico

Istambul, Turquia

Onde o Oriente encontra o Ocidente, a Turquia Procura um Rumo

Metrópole emblemática e grandiosa, Istambul vive numa encruzilhada. Como a Turquia em geral, dividida entre a laicidade e o islamismo, a tradição e a modernidade, continua sem saber que caminho seguir

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Portfólio Fotográfico Got2Globe
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O Melhor do Mundo – Portfólio Got2Globe

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Campeche Sobre Can Pech

Como aconteceu por todo o México, os conquistadores chegaram, viram e venceram. Can Pech, a povoação maia, contava com quase 40 mil habitantes, palácios, pirâmides e uma arquitetura urbana exuberante, mas, em 1540, subsistiam menos de 6 mil nativos. Sobre as ruínas, os espanhóis ergueram Campeche, uma das mais imponentes cidades coloniais das Américas.
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A Evasão e a Diversão de Singapura

Foi uma fortaleza em que os japoneses assassinaram prisioneiros aliados e acolheu tropas que perseguiram sabotadores indonésios. Hoje, a ilha de Sentosa combate a monotonia que se apoderava do país.
Auroras Boreais, Laponia, Rovaniemi, Finlandia, Raposa de Fogo
Inverno Branco
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Em Busca da Raposa de Fogo

São exclusivas dos píncaros da Terra as auroras boreais ou austrais, fenómenos de luz gerados por explosões solares. Os nativos Sami da Lapónia acreditavam tratar-se de uma raposa ardente que espalhava brilhos no céu. Sejam o que forem, nem os quase 30º abaixo de zero que se faziam sentir no extremo norte da Finlândia nos demoveram de as admirar.
Casal de visita a Mikhaylovskoe, povoação em que o escritor Alexander Pushkin tinha casa
Literatura
São Petersburgo e Mikhaylovskoe, Rússia

O Escritor que Sucumbiu ao Próprio Enredo

Alexander Pushkin é louvado por muitos como o maior poeta russo e o fundador da literatura russa moderna. Mas Pushkin também ditou um epílogo quase tragicómico da sua prolífica vida.
Retorno na mesma moeda
Natureza
Dawki, Índia

Dawki, Dawki, Bangladesh à Vista

Descemos das terras altas e montanhosas de Meghalaya para as planas a sul e abaixo. Ali, o caudal translúcido e verde do Dawki faz de fronteira entre a Índia e o Bangladesh. Sob um calor húmido que há muito não sentíamos, o rio também atrai centenas de indianos e bangladeshianos entregues a uma pitoresca evasão.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Thingvelir, Origens Democracia Islândia, Oxará
Parques Naturais
PN Thingvellir, Islândia

Nas Origens da Remota Democracia Viking

As fundações do governo popular que nos vêm à mente são as helénicas. Mas aquele que se crê ter sido o primeiro parlamento do mundo foi inaugurado em pleno século X, no interior enregelado da Islândia.
Telhados cinza, Lijiang, Yunnan, China
Património Mundial UNESCO
Lijiang, China

Uma Cidade Cinzenta mas Pouco

Visto ao longe, o seu casario vasto é lúgubre mas as calçadas e canais seculares de Lijiang revelam-se mais folclóricos que nunca. Em tempos, esta cidade resplandeceu como a capital grandiosa do povo Naxi. Hoje, tomam-na de assalto enchentes de visitantes chineses que disputam o quase parque temático em que se tornou.
Mascarado de Zorro em exibição num jantar da Pousada Hacienda del Hidalgo, El Fuerte, Sinaloa, México
Personagens
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O Berço de Zorro

El Fuerte é uma cidade colonial do estado mexicano de Sinaloa. Na sua história, estará registado o nascimento de Don Diego de La Vega, diz-se que numa mansão da povoação. Na sua luta contra as injustiças do jugo espanhol, Don Diego transformava-se num mascarado esquivo. Em El Fuerte, o lendário “El Zorro” terá sempre lugar.
Insólito Balnear
Praias

Sul do Belize

A Estranha Vida ao Sol do Caribe Negro

A caminho da Guatemala, constatamos como a existência proscrita do povo garifuna, descendente de escravos africanos e de índios arawaks, contrasta com a de vários redutos balneares bem mais airosos.

Mtshketa, Cidade Santa da Geórgia, Cáucaso, Catedral de Svetitskhoveli
Religião
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A Cidade Santa da Geórgia

Se Tbilissi é a capital contemporânea, Mtskheta foi a cidade que oficializou o Cristianismo no reino da Ibéria predecessor da Geórgia, e uma das que difundiu a religião pelo Cáucaso. Quem a visita, constata como, decorridos quase dois milénios, é o Cristianismo que lá rege a vida.
A Toy Train story
Sobre Carris
Siliguri a Darjeeling, Índia

Ainda Circula a Sério o Comboio Himalaia de Brincar

Nem o forte declive de alguns tramos nem a modernidade o detêm. De Siliguri, no sopé tropical da grande cordilheira asiática, a Darjeeling, já com os seus picos cimeiros à vista, o mais famoso dos Toy Trains indianos assegura há 117 anos, dia após dia, um árduo percurso de sonho. De viagem pela zona, subimos a bordo e deixamo-nos encantar.
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Sociedade
Jerusalém, Israel

Em Festa no Muro das Lamentações

Nem só a preces e orações atende o lugar mais sagrado do judaísmo. As suas pedras milenares testemunham, há décadas, o juramento dos novos recrutas das IDF e ecoam os gritos eufóricos que se seguem.
Vida Quotidiana
Profissões Árduas

O Pão que o Diabo Amassou

O trabalho é essencial à maior parte das vidas. Mas, certos trabalhos impõem um grau de esforço, monotonia ou perigosidade de que só alguns eleitos estão à altura.
Lago Manyara, parque nacional, Ernest Hemingway, girafas
Vida Selvagem
PN Lago Manyara, Tanzânia

África Favorita de Hemingway

Situado no limiar ocidental do vale do Rift, o parque nacional lago Manyara é um dos mais diminutos mas encantadores e ricos em vida selvagem da Tanzânia. Em 1933, entre caça e discussões literárias, Ernest Hemingway dedicou-lhe um mês da sua vida atribulada. Narrou esses dias aventureiros de safari em “As Verdes Colinas de África”.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.