Saariselka, Finlândia

O Delicioso Calor do Árctico


Trilho para o calor
Placa a indicar a cabana de sauna num hotel de Saariselka
Novos “clientes”
Casal prepara-se para entrar no complexo em que se situa a sauna de fumo de Saariselka
Recanto gelado
Recanto do edifício que abriga a sauna de fumo do Fell Centre de Kilopaa.
Tábuas anti-grelha
Tábuas-assento e equipamento anti-fogo na cabana da sauna de fumo do Fell Center de Kilopaa.
Sauna Finlandesa
Grupo de finlandeses usufrui do calor do loumlyly, o vapor produzido pela água despejada sobre as pedras aquecidas.
De volta ao calor
Mulher deixa o avanto (abertura em rio ou lago gelado) de volta à sauna.
Intervalo
Utilizador da sauna de fumo deixa a cabina com uma das placas usadas como assento
– 5º
Termómetro marca a temperatura invernal no Feel Centre de Kilopaa.
De saída I
Frequentadora segura a sua tábua e prepara-se para deixar o grupo
Casal bebe cerveja após um período no interior da sauna.
Só para o Caso
Bóia a postos para qualquer emergência no avanto.
Tábuas anti-grelha II
Tábuas de assento penduradas no exterior da sauna.
Banho de avanto
Duas senhoras deixam o avanto (buraco aberto num lago ou rio gelado) depois de mais um mergulho pós-sauna.
extintor-sauna finlandesa
Sauna feita
Finlandês deixa o edifício balnear do Fell Center de Kilopaa, após uma prolongada sauna.
Diz-se que os finlandeses criaram os SMS para não terem que falar. O imaginário dos nórdicos frios perde-se na névoa das suas amadas saunas, verdadeiras sessões de terapia física e social.

Chega o fim de Março. Inari recebe nova edição da Kings Cup, a competição de corridas de renas mais importante da Lapónia.

Tínhamos arranjado a viagem de maneira a não perder este evento excêntrico e, com sorte, reservamos alojamento numa das muitas cabanas do Parque Lake & Snow Inari que, estava, como sempre, à pinha.

Tapani é o chefe de família que gere aquele negócio e outros que envolvem passeios e pescarias movidas a snowmobiles ou por barcos, consoante a época do ano.

É também o nosso anfitrião e faz questão de nos explicar o privilégio que tivemos em ali conseguir vaga. “A maior parte das nossas cabanas estão reservadas com grande antecedência para o fim de semana da corrida.

Aliás, muitas delas estão tomadas nestes dias para os próximos 25 anos e as famílias que as alugam nunca me perdoariam se me esquecesse delas. Para nós é muito bom negócio mas menos simples do que parece.”

Não nos custa a acreditar. Tapani conduz um Audi branco volumoso e vistoso, com mudanças automáticas que nos diz já estarem adaptadas ao gelo e ao degelo.

Termometro, Sauna finlandesa

Termómetro marca a temperatura invernal no Feel Centre de Kilopaa.

Parece comprovar-se, assim, a prosperidade garantida pela sua empresa. Temos também noção de que a maioria dos participantes e espectadores que lhe alugam cabanas durante a competição são criadores de renas e/ou provêm de uma Finlândia campestre não tão polida e cortês como a de Helsínquia e outras cidades do sul.

O Hábito Finlandês Incontornável da Sauna

Tapani continua a explicar: “Alguns hóspedes chegam com péssimos hábitos. Estacionam os carros e deixam os sistemas de aquecimento e anticongelantes ligados à electricidade toda a noite, em vez de o fazerem só duas ou três horas antes de saírem, como é suposto.

Direcção, Sauna Finlandesa

Placa a indicar a cabana de sauna num hotel de Saariselka

O ano passado, por esta altura, tivemos -30º de mínima. Além dos carros, todos conviviam nas saunas ao mesmo tempo e fizeram com que o fusível principal do parque rebentasse. Ficaram a gelar até que a brigada da companhia nos socorreu. Além do custo da energia, tivemos que pagar 500 euros só pela intervenção.

Mas o que é que se pode fazer? Aqui ninguém passa sem sauna e as que temos nestas casas até são eléctricas e das piores.”

Nem Todas as Saunas são Boas Saunas

Não demorámos a perceber o quanto os finlandeses embirram com os maus sistemas de aquecimento, que secam tanto como esquentam as cabines de madeira e os corpos.

São esses os que as cadeias de hotéis mais acessíveis instalam nos quartos dos hóspedes por respeito ao princípio de que uma estada finlandesa sem sauna é inconcebível.

Diz-se na Finlândia que se pode construir uma sauna sem casa mas nunca uma casa sem sauna.

Cabine gelada, Sauna finlandesa

Recanto do edifício que abriga a sauna de fumo do Fell Centre de Kilopaa.

Existem cabines de sauna no Parlamento Nacional, as mais profundas do mundo, a 1400m, nas instalações da mina de zinco e prata de Pyhäsalmy e, onde quer que os soldados finlandeses das missões de paz da ONU se desloquem, o que fez com que a Eritreia, por exemplo, também tenha tido as suas.

Do Frio para o Frio: viagem de Inari para Saariselka

Entretanto, mudamo-nos de Inari para a zona de Saariselka e juntamo-nos a uma caminhada pré-organizada sobre raquetes de neve acima e abaixo das colinas brancas do Parque Nacional Urho K. Kekkonen.

Os 9km revelam cenários recompensadores mas desgastam-nos mais que o esperado. Felizmente temos um almoço leve e revigorante à espera na estância de Kiilopää. E, em seguida, a honra de recuperarmos os corpos castigados numa velha savusauna, ou sauna de fumo.

De saida, Sauna Finlandesa

Utilizador da sauna de fumo deixa a cabina com uma das placas usadas como assento

Percorremos o Fell Center Kiilopää entre esquiadores de fundo e outros desportistas e amantes da natureza que aproveitam o fim de semana frígido mas solarengo e damos com o edifício pitoresco que alberga os balneários.

Atravessamos um túnel e, ao fundo, vemos de novo a paisagem branca, salpicada por alguma vegetação mais resistente. Entramos nos vestiários aquecidos por uma lareira com fogo suave e repletos de roupa invernal e saímos para o exterior já de fato de banho.

Depois, agarramos nas tábuas que servem de assento e empurramos a velha porta de madeira fusca que separa o frio atroz do aconchego.

Assentos de madeira, Sauna Finlandesa

Tábuas-assento e equipamento anti-fogo na cabana da sauna de fumo do Fell Center de Kilopaa.

O Acolhimento Aconchegante da Sauna da Lapónia

A luz entra à nossa frente. Revela-nos a cabine enegrecida mas ampla, preenchida por uma névoa densa que abriga dezenas de finlandeses em animada cavaqueira sobre uma mezzanine recolhida.

Confrontados com a lotação esgotada, hesitamos no piso térreo. Mas, após a estranheza inicial pela visita dos forasteiros, o grupo aperta-se e incita-nos a subir. Só uma mulher se atreve a esboçar frases curtas em inglês. Como tal, não forçamos diálogos que se poderiam tornar incomodativos.

Cabine lotada

Grupo de finlandeses usufrui do calor do loumlyly, o vapor produzido pela água despejada sobre as pedras aquecidas.

O facto de apurarem de onde somos suscita comentários e expressões que nos limitamos a observar com curiosidade, ou não fosse o dialecto finlandês um dos mais impenetráveis da Europa.

A novidade depressa passa e os locais voltam ao seu convívio natural que aquecem com piadas frequentes e com as enormes colheradas de água que mandam para cima da tonelada de pedras negras em brasa para renovarem o löyly, como chamam ao vapor de sauna que os massaja, estimula e aprimora.

Segundo a sabedoria finlandesa é trinta minutos após sair de uma sauna que o corpo humano se revela mais belo. Decidimos ficar cerca de uma hora com vários intervalos.

Bóia, Sauna Finlandesa

Bóia a postos para qualquer emergência no avanto.

Do Calor para ao Gelo Árctico, do Gelo Árctico ao Calor

Aguentamos um primeiro período longo até que uma outra matriarca insiste que façamos as coisas como deve ser e nos convoca para o devido arrefecimento: “Come on, come on ! River water !”.

Seguimo-la e a uma caravana de banhistas confiantes que percorre um passadiço de tábuas até às imediações do rio Kiilopuro, todo congelado e coberto de neve como o cenário em redor, excepto no avanto uma pequena área que os funcionários do parque preservam aberta com ajuda da corrente.

Saunistas no avanto, sauna finlandesa

Duas senhoras deixam o avanto (buraco aberto num lago ou rio gelado) depois de mais um mergulho pós-sauna.

Mais tarde, divertimo-nos ao descobrir que existe na Finlândia a Avantouinti uma Associação que promove estes banhos revigorantes e que lhe cabe a ela e também a outras entidades – casos da Finnish Sauna Society e da Finnish Skiing Association (Suomen Latu) manter os buracos nos rios e lagos funcionais.

O Mergulho Anestesiante num Avanto da Lapónia

Observamos as primeiras senhoras cinquentonas mergulharem sem receios na água a 0 graus a que se juntam de imediato os maridos. Os seus banhos duram menos de 20 segundos o que não nos deixa sequer tempo para hesitações. Chega a nossa vez e temos que cumprir com a dignidade do visitante.

Descemos as escadas e entramos sem pensarmos. O calor do corpo é de imediato anulado pela temperatura quase negativa e sentimos o rio a picar-nos como se fosse feito de agulhas. Damos mais um mergulho para confirmar que ainda estamos vivos e corremos para a salvação das toalhas. Depois, regressamos ao interior da sauna, onde recomeçamos o processo.

Tanto dentro como fora da cabine, os finlandeses bebem cervejas frias que os refrescam de forma menos brusca que o rio. Nas culturas finlandesa e letã é inclusive aceitável que se deite alguma cerveja na água a lançar sobre as pedras incandescentes para libertar o aroma dos grãos fermentados.

Hora cerveja, sauna finlandesa

Casal bebe cerveja após um período no interior da sauna.

Mas esse hábito divide a população e, uma vez que estão presentes dezenas de utilizadores, o grupo segue o procedimento normal e limita-se a emborcar lata atrás de lata.

Como asseguram por aqueles lados, se é algo que uma sauna acompanhada de uma cerveja gelada não soluciona então o mais certo é não ter cura.

El Tatio, Chile

Géiseres El Tatio - Entre o Gelo e o Calor do Atacama

Envolto de vulcões supremos, o campo geotermal de El Tatio, no Deserto de Atacama surge como uma miragem dantesca de enxofre e vapor a uns gélidos 4200 m de altitude. Os seus géiseres e fumarolas atraem hordas de viajantes.
Kemi, Finlândia

Não é Nenhum "Barco do Amor". Quebra Gelo desde 1961

Construído para manter vias navegáveis sob o Inverno árctico mais extremo, o quebra-gelo Sampo” cumpriu a sua missão entre a Finlândia e a Suécia durante 30 anos. Em 1988, reformou-se e dedicou-se a viagens mais curtas que permitem aos passageiros flutuar num canal recém-aberto do Golfo de Bótnia, dentro de fatos que, mais que especiais, parecem espaciais.
Lapónia, Finlândia

Em Busca da Raposa de Fogo

São exclusivas dos píncaros da Terra as auroras boreais ou austrais, fenómenos de luz gerados por explosões solares. Os nativos Sami da Lapónia acreditavam tratar-se de uma raposa ardente que espalhava brilhos no céu. Sejam o que forem, nem os quase 30º abaixo de zero que se faziam sentir no extremo norte da Finlândia nos demoveram de as admirar.
Ilha Hailuoto, Finlândia

À Pesca do Verdadeiro Peixe Fresco

Abrigados de pressões sociais indesejadas, os ilhéus de Hailuoto sabem sustentar-se. Sob o mar gelado de Bótnia capturam ingredientes preciosos para os restaurantes de Oulu, na Finlândia continental.
Rovaniemi, Finlândia

Da Lapónia Finlandesa ao Árctico, Visita à Terra do Pai Natal

Fartos de esperar pela descida do velhote de barbas pela chaminé, invertemos a história. Aproveitamos uma viagem à Lapónia Finlandesa e passamos pelo seu furtivo lar.
Kuusamo ao PN Oulanka, Finlândia

Sob o Encanto Gélido do Árctico

Estamos a 66º Norte e às portas da Lapónia. Por estes lados, a paisagem branca é de todos e de ninguém como as árvores cobertas de neve, o frio atroz e a noite sem fim.
Inari, Finlândia

Os Guardiães da Europa Boreal

Há muito discriminado pelos colonos escandinavos, finlandeses e russos, o povo Sami recupera a sua autonomia e orgulha-se da sua nacionalidade.
PN Oulanka, Finlândia

Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
Hailuoto, Finlândia

Um Refúgio no Golfo de Bótnia

Durante o Inverno, a ilha de Hailuoto está ligada à restante Finlândia pela maior estrada de gelo do país. A maior parte dos seus 986 habitantes estima, acima de tudo, o distanciamento que a ilha lhes concede.
Inari, Finlândia

A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
Inari, Finlândia

O Parlamento Babel da Nação Sami

A Nação sami integra quatro países, que ingerem nas vidas dos seus povos. No parlamento de Inari, em vários dialectos, os sami governam-se como podem.
Helsínquia, Finlândia

Uma Via Crucis Frígido-Erudita

Chegada a Semana Santa, Helsínquia exibe a sua crença. Apesar do frio de congelar, actores pouco vestidos protagonizam uma re-encenação sofisticada da Via Crucis por ruas repletas de espectadores.
Helsínquia, Finlândia

A Páscoa Pagã de Seurasaari

Em Helsínquia, o sábado santo também se celebra de uma forma gentia. Centenas de famílias reúnem-se numa ilha ao largo, em redor de fogueiras acesas para afugentar espíritos maléficos, bruxas e trolls
Helsínquia, Finlândia

O Design que Veio do Frio

Com boa parte do território acima do Círculo Polar Árctico, os finlandeses respondem ao clima com soluções eficientes e uma obsessão pela arte, pela estética e pelo modernismo inspirada na vizinha Escandinávia.
Helsínquia, Finlândia

A Fortaleza em Tempos Sueca da Finlândia

Destacada num pequeno arquipélago à entrada de Helsínquia, Suomenlinna foi erguida por desígnios político-militares do reino sueco. Durante mais de um século, a Rússia deteve-a. Desde 1917, que o povo suómi a venera como o bastião histórico da sua espinhosa independência.
Porvoo, Finlândia

Uma Finlândia Medieval e Invernal

Uma das povoações anciãs da nação suómi, no início do século XIV, Porvoo era um entreposto ribeirinho atarefado e a sua terceira cidade. Com o tempo, Porvoo perdeu a importância comercial. Em troca, tornou-se um dos redutos históricos venerados da Finlândia.  
Oulu, Finlândia

Oulu: uma Ode ao Inverno

Situada no cimo nordeste do Golfo de Bótnia, Oulu é uma das cidades mais antigas da Finlândia e a sua capital setentrional. A meros 220km do Círculo Polar Árctico, até nos meses mais frígidos concede uma vida ao ar livre prodigiosa.
Helsínquia, Finlândia

A Filha Suomi do Báltico

Várias cidades cresceram, emanciparam-se e prosperaram à beira deste mar interior do Norte. Helsínquia lá se destacou como a capital monumental da jovem nação finlandesa.
Kemi, Finlândia

Uma Finlândia Pouco Convencional

As próprias autoridades definem Kemi como ”uma pequena cidade ligeiramente aloucada do norte finlandês”. Quando a visitamos, damos connosco numa Lapónia inconformada com os modos tradicionais da região.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
O rio Zambeze, PN Mana Poools
Safari
Kanga Pan, Mana Pools NP, Zimbabwe

Um Manancial Perene de Vida Selvagem

Uma depressão situada a 15km para sudeste do rio Zambeze retém água e minerais durante toda a época seca do Zimbabué. A Kanga Pan, como é conhecida, nutre um dos ecossistemas mais prolíficos do imenso e deslumbrante Parque Nacional Mana Pools.
Fieis acendem velas, templo da Gruta de Milarepa, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 9º Manang a Milarepa Cave, Nepal

Uma Caminhada entre a Aclimatização e a Peregrinação

Em pleno Circuito Annapurna, chegamos por fim a Manang (3519m). Ainda a precisarmos de aclimatizar para os trechos mais elevados que se seguiam, inauguramos uma jornada também espiritual a uma caverna nepalesa de Milarepa (4000m), o refúgio de um siddha (sábio) e santo budista.
Luderitz, Namibia
Arquitectura & Design
Lüderitz, Namibia

Wilkommen in Afrika

O chanceler Bismarck sempre desdenhou as possessões ultramarinas. Contra a sua vontade e todas as probabilidades, em plena Corrida a África, o mercador Adolf Lüderitz forçou a Alemanha assumir um recanto inóspito do continente. A cidade homónima prosperou e preserva uma das heranças mais excêntricas do império germânico.
lagoas e fumarolas, vulcoes, PN tongariro, nova zelandia
Aventura
Tongariro, Nova Zelândia

Os Vulcões de Todas as Discórdias

No final do século XIX, um chefe indígena cedeu os vulcões do PN Tongariro à coroa britânica. Hoje, parte significativa do povo maori reclama aos colonos europeus as suas montanhas de fogo.
Parada e Pompa
Cerimónias e Festividades
São Petersburgo, Rússia

A Rússia Vai Contra a Maré. Siga a Marinha

A Rússia dedica o último Domingo de Julho às suas forças navais. Nesse dia, uma multidão visita grandes embarcações ancoradas no rio Neva enquanto marinheiros afogados em álcool se apoderam da cidade.
tunel de gelo, rota ouro negro, Valdez, Alasca, EUA
Cidades
Valdez, Alasca

Na Rota do Ouro Negro

Em 1989, o petroleiro Exxon Valdez provocou um enorme desastre ambientai. A embarcação deixou de sulcar os mares mas a cidade vitimada que lhe deu o nome continua no rumo do crude do oceano Árctico.
jovem vendedora, nacao, pao, uzbequistao
Comida
Vale de Fergana, Usbequistão

Uzbequistão, a Nação a Que Não Falta o Pão

Poucos países empregam os cereais como o Usbequistão. Nesta república da Ásia Central, o pão tem um papel vital e social. Os Uzbeques produzem-no e consomem-no com devoção e em abundância.
Casal mascarado para a convenção Kitacon.
Cultura
Kemi, Finlândia

Uma Finlândia Pouco Convencional

As próprias autoridades definem Kemi como ”uma pequena cidade ligeiramente aloucada do norte finlandês”. Quando a visitamos, damos connosco numa Lapónia inconformada com os modos tradicionais da região.
Espectador, Melbourne Cricket Ground-Rules footbal, Melbourne, Australia
Desporto
Melbourne, Austrália

O Futebol em que os Australianos Ditam as Regras

Apesar de praticado desde 1841, o Futebol Australiano só conquistou parte da grande ilha. A internacionalização nunca passou do papel, travada pela concorrência do râguebi e do futebol clássico.
Aurora ilumina o vale de Pisang, Nepal.
Em Viagem
Circuito Annapurna: 3º- Upper Pisang, Nepal

Uma Inesperada Aurora Nevada

Aos primeiros laivos de luz, a visão do manto branco que cobrira a povoação durante a noite deslumbra-nos. Com uma das caminhadas mais duras do Circuito Annapurna pela frente, adiamos a partida tanto quanto possível. Contrariados, deixamos Upper Pisang rumo a Ngawal quando a derradeira neve se desvanecia.
Elalab, vista aérea, Guiné Bissau
Étnico
Elalab, Guiné Bissau

Uma Tabanca na Guiné dos Meandros sem Fim

São incontáveis os afluentes e canais que, a norte do grande rio Cacheu, serpenteiam entre manguezais e encharcam terras firmes. Contra todas as dificuldades, gentes felupes lá se instalaram e mantêm povoações prolíficas que envolveram de arrozais. Elalab, uma delas, tornou-se uma das tabancas mais naturais e exuberantes da Guiné Bissau.
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

A Vida Lá Fora

Em plena costa do Ouro
História
Elmina, Gana

O Primeiro Jackpot dos Descobrimentos Portugueses

No séc. XVI, Mina gerava à Coroa mais de 310 kg de ouro anuais. Este proveito suscitou a cobiça da Holanda e da Inglaterra que se sucederam no lugar dos portugueses e fomentaram o tráfico de escravos para as Américas. A povoação em redor ainda é conhecida por Elmina mas, hoje, o peixe é a sua mais evidente riqueza.
Fontainhas, Santo Antão, Cabo Verde, casario equilibrista
Ilhas
Ponta do Sol a Fontainhas, Santo Antão, Cabo Verde

Uma Viagem Vertiginosa a Partir da Ponta do Sol

Atingimos o limiar norte de Santo Antão e de Cabo Verde. Em nova tarde de luz radiosa, acompanhamos a azáfama atlântica dos pescadores e o dia-a-dia menos litoral da vila. Com o ocaso iminente, inauguramos uma demanda sombria e intimidante do povoado das Fontainhas.
Almada Negreiros, Roça Saudade, São Tomé
Literatura
Saudade, São Tomé, São Tomé e Príncipe

Almada Negreiros: da Saudade à Eternidade

Almada Negreiros nasceu, em Abril de 1893, numa roça do interior de São Tomé. À descoberta das suas origens, estimamos que a exuberância luxuriante em que começou a crescer lhe tenha oxigenado a profícua criatividade.
Terraços de Sistelo, Serra do Soajo, Arcos de Valdevez, Minho, Portugal
Natureza
Sistelo, Peneda-Gerês, Portugal

Do “Pequeno Tibete Português” às Fortalezas do Milho

Deixamos as fragas da Srª da Peneda, rumo a Arcos de ValdeVez e às povoações que um imaginário erróneo apelidou de Pequeno Tibete Português. Dessas aldeias socalcadas, passamos por outras famosas por guardarem, como tesouros dourados e sagrados, as espigas que colhem. Caprichoso, o percurso revela-nos a natureza resplandecente e a fertilidade verdejante destas terras da Peneda-Gerês.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Vista Miradouro, Alexander Selkirk, na Pele Robinson Crusoe, Chile
Parques Naturais
Ilha Robinson Crusoe, Chile

Alexander Selkirk: na Pele do Verdadeiro Robinson Crusoe

A principal ilha do arquipélago Juan Fernández foi abrigo de piratas e tesouros. A sua história fez-se de aventuras como a de Alexander Selkirk, o marinheiro abandonado que inspirou o romance de Dafoe
Caiaquer no lago Sinclair, Cradle Mountain - Lake Sinclair National Park, Tasmania, Austrália
Património Mundial UNESCO
À Descoberta de Tassie, Parte 4 -  Devonport a Strahan, Austrália

Pelo Oeste Selvagem da Tasmânia

Se a quase antípoda Tazzie já é um mundo australiano à parte, o que dizer então da sua inóspita região ocidental. Entre Devonport e Strahan, florestas densas, rios esquivos e um litoral rude batido por um oceano Índico quase Antárctico geram enigma e respeito.
Em quimono de elevador, Osaka, Japão
Personagens
Osaka, Japão

Na Companhia de Mayu

A noite japonesa é um negócio bilionário e multifacetado. Em Osaka, acolhe-nos uma anfitriã de couchsurfing enigmática, algures entre a gueixa e a acompanhante de luxo.
Vista aérea de Moorea
Praias
Moorea, Polinésia Francesa

A Irmã Polinésia que Qualquer Ilha Gostaria de Ter

A meros 17km de Taiti, Moorea não conta com uma única cidade e abriga um décimo dos habitantes. Há muito que os taitianos veem o sol pôr-se e transformar a ilha ao lado numa silhueta enevoada para, horas depois, lhe devolver as cores e formas exuberantes. Para quem visita estas paragens longínquas do Pacífico, conhecer também Moorea é um privilégio a dobrar.
Jovens percorrem a rua principal de Chame, Nepal
Religião
Circuito Annapurna: 1º - Pokhara a ChameNepal

Por Fim, a Caminho

Depois de vários dias de preparação em Pokhara, partimos em direcção aos Himalaias. O percurso pedestre só o começamos em Chame, a 2670 metros de altitude, com os picos nevados da cordilheira Annapurna já à vista. Até lá, completamos um doloroso mas necessário preâmbulo rodoviário pela sua base subtropical.
white pass yukon train, Skagway, Rota do ouro, Alasca, EUA
Sobre Carris
Skagway, Alasca

Uma Variante da Febre do Ouro do Klondike

A última grande febre do ouro norte-americana passou há muito. Hoje em dia, centenas de cruzeiros despejam, todos os Verões, milhares de visitantes endinheirados nas ruas repletas de lojas de Skagway.
cowboys oceania, Rodeo, El Caballo, Perth, Australia
Sociedade
Perth, Austrália

Cowboys da Oceania

O Texas até fica do outro lado do mundo mas não faltam vaqueiros no país dos coalas e dos cangurus. Rodeos do Outback recriam a versão original e 8 segundos não duram menos no Faroeste australiano.
Mulheres com cabelos longos de Huang Luo, Guangxi, China
Vida Quotidiana
Longsheng, China

Huang Luo: a Aldeia Chinesa dos Cabelos mais Longos

Numa região multiétnica coberta de arrozais socalcados, as mulheres de Huang Luo renderam-se a uma mesma obsessão capilar. Deixam crescer os cabelos mais longos do mundo, anos a fio, até um comprimento médio de 170 a 200 cm. Por estranho que pareça, para os manterem belos e lustrosos, usam apenas água e arrôz.
Bando de flamingos, Laguna Oviedo, República Dominicana
Vida Selvagem
Laguna de Oviedo, República Dominicana

O Mar (nada) Morto da República Dominicana

A hipersalinidade da Laguna de Oviedo oscila consoante a evaporação e da água abastecida pela chuva e pelos caudais vindos da serra vizinha de Bahoruco. Os nativos da região estimam que, por norma, tem três vezes o nível de sal do mar. Lá desvendamos colónias prolíficas de flamingos e de iguanas entre tantas outras espécies que integram este que é um dos ecossistemas mais exuberantes da ilha de Hispaniola.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.