Key West, E.U.A.

O Faroeste Tropical dos E.U.A.


Street Scooter scene
Mural numa rua nas imediações da antiga casa de Ernest Hemingway.
O limite sul
Visitante de Key West faz-se fotografar junto ao marco do Southermost Point of the Continental USA
Cidade verdejante
Panorâmica de Key West, como vista do cimo do farol de Key West.
Teatrinho
Dois figurantes do Key West Shipwreck Treasures Museum dialogam durante uma representação de acolhimento.
Velas à vista
Barcos de recreio repletos de passageiros forasteiros sulcam o mar ao largo de Key West.
Cuba quase à vista
Decoração de um bar junto à Mallory Square e à doca em que atracam os sucessivos cruzeiros.
O engolidor de espadas
Saltimbanco leva a cabo o seu número no limiar da Mallory Square e pouco antes do pôr-do-sol.
Vida Marinha motorizada
Ciclista passa junto de um carro de uma empresa de mergulho com sede na cidade.
Relíquia de madeira
Cimo de velha igreja tradicional, perdida na vegetação tropical da cidade.
The Donald Fashion
T-shirts com Donald Trump entre muitas outras bugigangas e recordações há venda nas incontáveis lojas de Key West.
Um pequeno show
Dois amigos junto a um músico que anima a rua com música caribenha, junto à Customs House.
Adoração solar
Multidão adora o pôr-do-sol a oeste da Mallory Square, junto a um dos cruzeiros que largam turistas em Key West.
Aviso à navegação
Torre do farol de Key West, uma reconstrução do original, destruído por um dos ciclones que ao longo do tempo, devastaram as Florida Keys.
Velas à Vista II
Dois grandes veleiros entre o limiar das Florida Keys e o Golfo do México.
Derradeiras Muralhas do sul
Paredão do Fort Zachary Taylor, a fortificação mais a sul dos Estados Unidos continentais
À moda de Cuba
Galos à solta numa rua das imediações da casa de Ernest Hemingway.
Chegamos ao fim da Overseas Highway e ao derradeiro reduto das propagadas Florida Keys. Os Estados Unidos continentais entregam-se, aqui, a uma deslumbrante vastidão marinha esmeralda-turquesa. E a um devaneio meridional alentado por uma espécie de feitiço caribenho.

Um marco em jeito de bala multicolor destaca-se junto à South Beach. Assinala o “Southernmost Point Continental USA”. Em época alta, mal o sol se eleva do Mar das Antilhas, ali se forma uma fila de forasteiros de inúmeras paragens determinados a fotografar-se no local.

Quando lá chegamos, a multidão é tal e geram-se tantas altercações que decidimos fotografá-los em detrimento de uma dispensável selfie.

Marco do Southermost Point of the Continental USA, Key West, Flórida, Estados Unidos

Visitante de Key West faz-se fotografar junto ao marco do Southermost Point of the Continental USA

O Fundo Tropical e algo Chanfrado dos Estados Unidos

À imagem do Alasca, Key West ganhou fama de tresloucada. Como teorizam, orgulhosos, certos moradores “é como se tivessem abanado os E.U.A. e todos os maluquinhos tivessem caído para o fundo”. Alguns revelaram-se verdadeiros wackos, outros nem tanto.

Tennessee Williams viveu uma vida sóbria, em Key West, durante cerca de 30 anos. A actriz Kelly McGillis, a musa de Pete “Maverick” Mitchell (Tom Cruise) no êxito adolescente dos anos 80 “Top Gun” (“Ases Indomáveis”) chegou a lá gerir um bar, mas sem grandes escândalos.

O escritor laureado Ernest Hemingway, provou-se de longe o mais notório dos inquilinos da cidade. Foi dono de vários gatos com seis dedos, fiel à pescaria de alto-mar e a sucessivas noites de boémia fortemente alcoolizada, interrompidas apenas pelas suas incursões jornalísticas a cenários de guerra ou pré-guerra do Mundo de então.

Key West, Flórida, Estados Unidos

Panorâmica de Key West, como vista do cimo do farol de Key West.

O clima quente e húmido e a sensação de liberdade e de evasão transmitida pelo mar sem fim, inspiraram e atraíram, a Key West, formas alternativas e descontraídas de ser e de estar. Existências em tudo distintas das do Norte onde o pragmatismo financeiro e o individualismo há muito tinham levado a melhor.

Do Existencialismo ao Capitalismo Forçado

E, no entanto, vítima do influxo crescente de forasteiros, Key West viu-se atafulhada de lojas, bares, restaurantes, casas de espectáculo e museus, muitos abertos pelas companhias de cruzeiros com o fim de entreter os passageiros que lá faziam desembarcar.

A cidade e a ilha ganharam, assim, uma estranha aura de parque temático sem entrada, aberto a todas as excentricidades e propostas de diversão e facturação.

Farol de Key West, Flórida Keys, Estados Unidos

Torre do farol de Key West, uma reconstrução do original, destruído por um dos ciclones que ao longo do tempo, devastaram as Florida Keys.

Em frente da casa de Hemingway, uma senhora numa pequena banca motorizada vende cocos, sumo de cana-de-açúcar e limonada. Cada coco – que noutra partes do Caribe nem um dólar vale – custa ali, mesmo que ínfimo, nem mais nem menos que cinco dólares. Um galo com visual garrido e garboso de guerreiro de luta de galos circunda a sua venda, atento aos petiscos que consegue extraviar.

Calos numa rua de Hemingway em Key West, EUA

Galos à solta numa rua das imediações da casa de Ernest Hemingway.

Malgrado a sofisticação e devassa turística dominante,

Key West preserva destas coisas. Na sequência de casas caribenhas recém-restauradas, demasiado brilhantes e faustosas, encontramos outras, desgastadas e decadentes. Por perto, alguns nativos partilham alpendres e bancos de rua à sombra.

Mural de Key West, Flórida Keys, Estados Unidos

Mural numa rua nas imediações da antiga casa de Ernest Hemingway.

A seus pés, mais galos e galinhas vasculham o solo, para cá e para lá, como membros de direito do lugar e quase que das famílias de sangue misto que com eles coabitam.

Às Portas de Cuba

Em termos culturais e étnicos, as Florida Keys – como boa parte da Florida – são intensamente cubanas. Foi um dos seus traços que mais encantou Ernest Hemingway e o levou a residir em Key West, antes de, em 1942, se mudar para a Finca Vigia.

Assim se chamava a fazenda dos subúrbios havaneses de San Francisco de Paula que viria a habitar até 1960, com um papel cada vez mais activo no sucesso estrondoso da Revolução Cubana.

Músico e pequena audiência, Key West, Estados Unidos

Dois amigos junto a um músico que anima a rua com música caribenha, junto à Customs House

A Florida, as Florida Keys e Key West andaram, aliás, quase sempre de braço dado com Cuba. A origem desta intimidade caribenha tem o aroma intenso dos melhores habanos.

No final do século XIX, as empresas americanas de charutos começaram a mudar-se de Cuba para a Florida para assim evitarem os impostos levantados pelo governo. Por essa altura, os trabalhadores cubanos moviam-se livremente entre Havana, Tampa e Key West, entre 50 e 100 mil, todos os anos. Muitos, acabaram por se radicar a norte do Estreito.

Ora, em 1953, quando Fidel Castro liderou o seu exército revolucionário, tomou Cuba e a atirou ao fosso ideológico e social do Comunismo, milhões de cubanos desiludidos pela limitação da sua liberdade e degradação das condições de vida, inauguraram uma série de vagas de emigração ilegal balsera.

Demasiados sucumbiram às condições precárias em que empreendiam a travessia. Ao longo do século XX, centenas de milhares de cubanos insatisfeitos – muitos, sobreviventes dessa mesma travessia –  inundaram as Florida Keys, a Florida e outras partes dos E.U.A.

Decoração de bar junto à Mallory Square, Key West, Flórida Keys, Estados Unidos

Decoração de um bar junto à Mallory Square e à doca em que atracam os sucessivos cruzeiros.

A Quimera da Conch Republic

A própria Key West frenética e rendida aos dólares a que nos tentávamos adaptar teve os seus momentos ideológicos e revolucionários. Em 1982, a Marinha dos E.U.A. respondeu a um fluxo de emigração cubana para a Florida denominado Mariel Boatlift, com um bloqueio naval e rodoviário. A US Hwy 1 (Overseas Highway) foi barrada e todos os veículos revistados.

O bloqueio paralisou as Florida Keys e despoletou a fúria de Key West. Como resposta, a sua população solidária declarou a independência de uma tal de Conch Republic, baptismo inspirado no termo que designa os nativos e colonos pioneiros das Florida Keys e das Bahamas. Mesmo idealista e quimérica,  a sua micronação espontânea nunca seria esquecida.

Perdura em bandeiras, instrumentos musicais como o Conchalele e numa miríade de itens comemorativos do género, casos das t-shirts que admiramos lado a lado com outras que ridicularizam ou louvam Donald Trump e nos fazem sorrir a condizer.

We shall overcomb” versa uma delas, que exibe o cabelo de fios-de-ovos do agora presidente norte-americano de forma a desenhar uma águia alourada de bico aberto.

T-shirt com Donald Trump, Key West, Flórida, Estados Unidos

T-shirts com Donald Trump entre muitas outras bugigangas e recordações há venda nas incontáveis lojas de Key West.

Noutra ainda, Trump abre o seu fato protocolar e revela um traje icónico de Super-Homem.

A cada 23 de Abril, a Conch Republic é comemorada por um festival cultural e gastronómico para que contribuem dezenas de estabelecimentos e organizações da cidade. E, no entanto, são notórias as razões porque o estado que os seus defensores almejaram nunca poderia ter passado do sonho.

Após deixarmos a antiga casa de Hemingway, visitamos uma delas, um lar ainda mais pomposo e influente de Key West, simbólico do poderio incomensurável dos E.U.A. e pouco paciente para com movimentos independentistas, por mais quiméricos que sejam: a Little White House de Harry Truman.

Little White House, Key West, Flórida Keys, Estados Unidos

A entrada da Little White House, uma propriedade do governos dos EUA, frequentada por vários dos seus presidentes.

Uma Pequena Casa Branca no Fundo Tropical dos E.U.A.

Entre americanos híper-patriotas e estrangeiros surpreendidos pelo perfil elegante, mas quase museu-Playmobil da mansão, lá examinamos fotos, mobílias e objectos marcantes dos tempos despendidos por Truman e sucessores em Key West.

Quase sempre por motivos estratégicos, distintos presidentes, antes e depois de Truman, lá protagonizaram reuniões familiares e políticas, encontros diplomáticos e até mini-cimeiras. Na verdade, por detrás da preferência da Little White House esteve quase sempre o desejo de descanso, de evasão ou de quebra da rotina.

Dwight Eisenhower marcou na propriedade uma série de encontros com o seu staff. Mas também lá se refugiou para recuperar de um ataque cardíaco. John Kennedy frequentou-a uma segunda vez, em 1962, em plena Crise dos Mísseis Cubanos e Invasão da Baía dos Porcos que se desenrolaram ali à porta.

Em 2005, o Presidente Bill e a senadora Hillary Clinton partilharam toda uma semana naquela Casa Branca mais pequena, simplesmente a descansar.

E, chegado o ano de 2009, as autoridades da Casa Branca de Inverno (assim é também chamada) tentaram exercer influência para que os Obamas e Bo, o seu cão de água português, lá passassem as férias. Nunca chegou a acontecer, por tudo excepto falta de segurança.

A mansão goza da protecção adicional do vizinho Forte Zachary Taylor, a mais austral das instalações militares dos Estados Unidos continentais e ainda da Estação Aérea-Naval de Boca Chica, situada a meros 6km.

Paredão do Fort Zachary Taylor, a fortificação mais a sul dos Estados Unidos continentais

Com a tarde a consolidar-se, mudamo-nos para a marina da cidade em plena azáfama de acolhimento e embarque das tripulações e passageiros em dezenas de navios de recreio.

Damos com programas para todos os gostos, do mero passeio e convívio regado a champanhe em catamarãs sofisticados, a navegações participativas em escunas e veleiros, uns históricos, outros nem por isso.

Navegações Românticas de Pôr-do-sol & Batalhas de Piratas de faz-de-conta

Subimos a bordo de uma dessas relíquias flutuantes. Jeff, o dono trintão da embarcação e timoneiro da pequena expedição inaugura um discurso bacoco-sentimental que quase leva alguns dos embarcados mais sensíveis à lágrima: “tenho que vos agradecer do fundo do coração por nos terem escolhido.

A vida bafejou-me com este barco. Graças a ele – e a vocês, claro – tenho o melhor trabalho do Planeta. Faço isto todos os fins de tarde como se fosse a primeira vez.” Em simultâneo, à boa-maneira americana, os tripulantes por ele contratados destacam do briefing, o lugar em que os passageiros já sensibilizados devem depositar as gorjetas.

O vento intensifica-se. Num ápice, afastamo-nos. Partilhamos o oceano ao largo de Key West com uma frota de naves concorrentes. Duas delas içam bandeiras piratas e levam tão a  sério quanto possível a missão de recrear o passado da região.

Veleiros de recreio, Key West, Flórida, Estados Unidos

Barcos de recreio repletos de passageiros forasteiros sulcam o mar ao largo de Key West

Piratas de Faz de Conta e Conquistadores a Sério

Fazem-se cruzar uma, duas, três vezes. A cada uma das razias alvejam-se com tiros de canhão de pólvora seca que, mais que não seja, atingem os tímpanos dos passageiros surpresos.

Desde 1521 – quando o mesmo explorador e conquistador espanhol Juan Ponce de Leon que se diz ter almejado a Fonte da Juventude inspirou nestas paragens a colónia de Cayo Hueso – muitos combates reais e naufrágios por ali tiveram lugar.

De 1761, a região alternou entre a Coroa Hispânica e a Britânica até que, em 1821, toda a Florida, incluindo as Keys foi oferecida pelo governador espanhol de Cuba a um oficial da Marinha Real Espanhola.

Juan Pablo Salas entrou numa tal ansiedade para lucrar com ela que a vendeu por verdadeiras pechinchas a dois compradores norte-americanos. Desfeito o imbróglio, um deles assumiu-se como real dono. Daí em diante, Key West preservou-se como uma posse inquestionada dos E.U.A.

Adoração do pôr-do-sol na Mallory Square, Key West, Flórida Keys, Estados Unidos

Multidão adora o pôr-do-sol a oeste da Mallory Square, junto a um dos cruzeiros que largam turistas em Key West

O Ocaso Concorrido da Mallory Square

Regressamos à Marina. Mudamo-nos para a frente oceânica da tão ou mais atarefada Mallory Square. Cruzeiros recém-atracados inundam de forasteiros frescos a zona histórica da cidade.

Uma multidão curiosa lá se  distrai com os espectáculos saltimbancos: sobressaem, pelo seu espalhafato, o do equilibrista Reidiculous e um outro, de um engolidor de espadas anónimo, que anuncia cada uma das proezas com voz de bagaço.

Saltimbanco engolidor de espadas, Key West, Flórida, Estados Unidos

Saltimbanco leva a cabo o seu número no limiar da Mallory Square e pouco antes do pôr-do-sol

O iminente mergulho do grande astro dita o término das exibições. Centenas de espectadores deixam as estrelas de rua entregues à contagem das doações. Por fim, o sol desfaz-se sobre o Golfo do México.

Suscita uma adoração fotográfica contagiosa e inaugura nova noite de boémia alcoólico-tropical nos confins caribenhos dos E.U.A.

Veleiros ao largo de Key West, Flórida Keys, Estados Unidos

Dois grandes veleiros entre o limiar das Florida Keys e o Golfo do México.

A TAP tem voos diários de Lisboa para Miami, com partida às 10:35 e chegada a Miami às 14:30.

Florida Keys, E.U.A.

A Alpondra Caribenha dos E.U.A.

Os Estados Unidos continentais parecem encerrar-se, a sul, na sua caprichosa península da Flórida. Não se ficam por aí. Mais de cem ilhas de coral, areia e mangal formam uma excêntrica extensão tropical que há muito seduz os veraneantes norte-americanos.
Miami, E.U.A.

Uma Obra-Prima da Reabilitação Urbana

Na viragem para o século XXI, o bairro Wynwood mantinha-se repleto de fábricas e armazéns abandonados e grafitados. Tony Goldman, um investidor imobiliário astuto, comprou mais de 25 propriedades e fundou um parque mural. Muito mais que ali homenagear o grafiti, Goldman fundou o grande bastião da criatividade de Miami.
Tombstone, E.U.A.

Tombstone: a Cidade Demasiado Dura para Morrer

Filões de prata descobertos no fim do século XIX fizeram de Tombstone um centro mineiro próspero e conflituoso na fronteira dos Estados Unidos com o México. Lawrence Kasdan, Kurt Russel, Kevin Costner e outros realizadores e actores hollywoodescos tornaram famosos os irmãos Earp e o duelo sanguinário de “O.K. Corral”. A Tombstone que, ao longo dos tempos tantas vidas reclamou, está para durar.
Miami Beach, E.U.A.

A Praia de Todas as Vaidades

Poucos litorais concentram, ao mesmo tempo, tanto calor e exibições de fama, de riqueza e de glória. Situada no extremo sudeste dos E.U.A., Miami Beach tem acesso por seis pontes que a ligam ao resto da Florida. É parco para o número de almas que a desejam.
Little Havana, E.U.A.

A Pequena Havana dos Inconformados

Ao longo das décadas e até aos dias de hoje, milhares de cubanos cruzaram o estreito da Florida em busca da terra da liberdade e da oportunidade. Com os E.U.A. ali a meros 145 km, muitos não foram mais longe. A sua Little Havana de Miami é, hoje, o bairro mais emblemático da diáspora cubana.
Grand Canyon, E.U.A.

Viagem pela América do Norte Abismal

O rio Colorado e tributários começaram a fluir no planalto homónimo há 17 milhões de anos e expuseram metade do passado geológico da Terra. Também esculpiram uma das suas mais deslumbrantes entranhas.
Monte Denali, Alasca

O Tecto Sagrado da América do Norte

Os indígenas Athabascan chamaram-no Denali, ou o Grande e reverenciam a sua altivez. Esta montanha deslumbrante suscitou a cobiça dos montanhistas e uma longa sucessão de ascensões recordistas.
Sitka, Alasca

Sitka: Viagem por um Alasca que Já foi Russo

Em 1867, o czar Alexandre II teve que vender o Alasca russo aos Estados Unidos. Na pequena cidade de Sitka, encontramos o legado russo mas também os nativos Tlingit que os combateram.
Juneau, Alasca

A Pequena Capital do Grande Alasca

De Junho a Agosto, Juneau desaparece por detrás dos navios de cruzeiro que atracam na sua doca-marginal. Ainda assim, é nesta pequena capital que se decidem os destinos do 49º estado norte-americano.
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.
Monument Valley, E.U.A.

Índios ou cowboys?

Realizadores de Westerns emblemáticos como John Ford imortalizaram aquele que é o maior território indígena dos Estados Unidos. Hoje, na Nação Navajo, os navajo também vivem na pele dos velhos inimigos.
Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Las Vegas, E.U.A.

Onde o Pecado tem Sempre Perdão

Projectada do Deserto Mojave como uma miragem de néon, a capital norte-americana do jogo e do espectáculo é vivida como uma aposta no escuro. Exuberante e viciante, Vegas nem aprende nem se arrepende.
Navajo Nation, E.U.A.

Por Terras da Nação Navajo

De Kayenta a Page, com passagem pelo Marble Canyon, exploramos o sul do Planalto do Colorado. Dramáticos e desérticos, os cenários deste domínio indígena recortado no Arizona revelam-se esplendorosos.
Vale da Morte, E.U.A.

O Ressuscitar do Lugar Mais Quente

Desde 1921 que Al Aziziyah, na Líbia, era considerado o lugar mais quente do Planeta. Mas a polémica em redor dos 58º ali medidos fez com que, 99 anos depois, o título fosse devolvido ao Vale da Morte.
São Francisco, E.U.A.

Cable Cars de São Francisco: uma Vida aos Altos e Baixos

Um acidente macabro com uma carroça inspirou a saga dos cable cars de São Francisco. Hoje, estas relíquias funcionam como uma operação de charme da cidade do nevoeiro mas também têm os seus riscos.
Mauna Kea, Havai

Mauna Kea: um Vulcão de Olho no Espaço

O tecto do Havai era interdito aos nativos por abrigar divindades benevolentes. Mas, a partir de 1968 várias nações sacrificaram a paz dos deuses e ergueram a maior estação astronómica à face da Terra
Pearl Harbor, Havai

O Dia em que o Japão foi Longe Demais

Em 7 de Dezembro de 1941, o Japão atacou a base militar de Pearl Harbor. Hoje, partes do Havai parecem colónias nipónicas mas os EUA nunca esquecerão a afronta.
PN Katmai, Alasca

Nos Passos do Grizzly Man

Timothy Treadwell conviveu Verões a fio com os ursos de Katmai. Em viagem pelo Alasca, seguimos alguns dos seus trilhos mas, ao contrário do protector tresloucado da espécie, nunca fomos longe demais.
Valdez, Alasca

Na Rota do Ouro Negro

Em 1989, o petroleiro Exxon Valdez provocou um enorme desastre ambientai. A embarcação deixou de sulcar os mares mas a cidade vitimada que lhe deu o nome continua no rumo do crude do oceano Árctico.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Esteros del Iberá, Pantanal Argentina, Jacaré
Safari
Esteros del Iberá, Argentina

O Pantanal das Pampas

No mapa mundo, para sul do famoso pantanal brasileiro, surge uma região alagada pouco conhecida mas quase tão vasta e rica em biodiversidade. A expressão guarani Y berá define-a como “águas brilhantes”. O adjectivo ajusta-se a mais que à sua forte luminância.
Rebanho em Manang, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 8º Manang, Nepal

Manang: a Derradeira Aclimatização em Civilização

Seis dias após a partida de Besisahar chegamos por fim a Manang (3519m). Situada no sopé das montanhas Annapurna III e Gangapurna, Manang é a civilização que mima e prepara os caminhantes para a travessia sempre temida do desfiladeiro de Thorong La (5416 m).
Visitantes nos Jameos del Água
Arquitectura & Design
Lanzarote, Ilhas Canárias

A César Manrique o que é de César Manrique

Só por si, Lanzarote seria sempre uma Canária à parte mas é quase impossível explorá-la sem descobrir o génio irrequieto e activista de um dos seus filhos pródigos. César Manrique faleceu há quase trinta anos. A obra prolífica que legou resplandece sobre a lava da ilha vulcânica que o viu nascer.
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Aventura
Tongariro, Nova Zelândia

Os Vulcões de Todas as Discórdias

No final do século XIX, um chefe indígena cedeu os vulcões do PN Tongariro à coroa britânica. Hoje, parte significativa do povo maori reclama aos colonos europeus as suas montanhas de fogo.
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Cerimónias e Festividades
Jerusalém, Israel

Em Festa no Muro das Lamentações

Nem só a preces e orações atende o lugar mais sagrado do judaísmo. As suas pedras milenares testemunham, há décadas, o juramento dos novos recrutas das IDF e ecoam os gritos eufóricos que se seguem.
Cidade do Cabo, África do Sul, Nelson Mandela
Cidades
Cidade do Cabo, África do Sul

Ao Fim e ao Cabo

A dobragem do Cabo das Tormentas, liderada por Bartolomeu Dias, transformou esse quase extremo sul de África numa escala incontornável. E, com o tempo, na Cidade do Cabo, um dos pontos de encontro civilizacionais e urbes monumentais à face da Terra.
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Comida
Vale de Fergana, Usbequistão

Uzbequistão, a Nação a Que Não Falta o Pão

Poucos países empregam os cereais como o Usbequistão. Nesta república da Ásia Central, o pão tem um papel vital e social. Os Uzbeques produzem-no e consomem-no com devoção e em abundância.
Tabatô, Guiné Bissau, tabanca músicos mandingas. Baidi
Cultura
Tabatô, Guiné Bissau

A Tabanca dos Músicos Poetas Mandingas

Em 1870, uma comunidade de músicos mandingas em itinerância, instalou-se junto à actual cidade de Bafatá. A partir da Tabatô que fundaram, a sua cultura e, em particular, os seus balafonistas prodigiosos, deslumbram o Mundo.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Desporto
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
Cruzeiro Princess Yasawa, Maldivas
Em Viagem
Maldivas

Cruzeiro pelas Maldivas, entre Ilhas e Atóis

Trazido de Fiji para navegar nas Maldivas, o Princess Yasawa adaptou-se bem aos novos mares. Por norma, bastam um ou dois dias de itinerário, para a genuinidade e o deleite da vida a bordo virem à tona.
Tambores e tatoos
Étnico
Taiti, Polinésia Francesa

Taiti Para lá do Clichê

As vizinhas Bora Bora e Maupiti têm cenários superiores mas o Taiti é há muito conotado com paraíso e há mais vida na maior e mais populosa ilha da Polinésia Francesa, o seu milenar coração cultural.
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Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 2)

Um Sol, tantas Luzes

A maior parte das fotografias em viagem são tiradas com luz solar. A luz solar e a meteorologia formam uma interacção caprichosa. Saiba como a prever, detectar e usar no seu melhor.
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Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
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À Volta do Fogo

Ditaram o tempo e as leis da geomorfologia que a ilha-vulcão do Fogo se arredondasse como nenhuma outra em Cabo Verde. À descoberta deste arquipélago exuberante da Macaronésia, circundamo-la contra os ponteiros do relógio. Deslumbramo-nos no mesmo sentido.
lago ala juumajarvi, parque nacional oulanka, finlandia
Inverno Branco
Kuusamo ao PN Oulanka, Finlândia

Sob o Encanto Gélido do Árctico

Estamos a 66º Norte e às portas da Lapónia. Por estes lados, a paisagem branca é de todos e de ninguém como as árvores cobertas de neve, o frio atroz e a noite sem fim.
Vista do topo do Monte Vaea e do tumulo, vila vailima, Robert Louis Stevenson, Upolu, Samoa
Literatura
Upolu, Samoa

A Ilha do Tesouro de Stevenson

Aos 30 anos, o escritor escocês começou a procurar um lugar que o salvasse do seu corpo amaldiçoado. Em Upolu e nos samoanos, encontrou um refúgio acolhedor a que entregou a sua vida de alma e coração.
Ponte Suspensa, Cabro Muco, vulcão Miravalles
Natureza
Miravalles, Costa Rica

O Vulcão que Miravalles

Com 2023 metros, o Miravalles destaca-se no norte da Costa Rica, bem acima de uma cordilheira de pares que inclui o La Giganta, o Tenório, Espiritu Santo, o Santa Maria, o Rincón de La Vieja e o Orosi. Inactivo no que diz respeito a erupções, alimenta um campo geotermal prolífico que amorna as vidas dos costarriquenhos à sua sombra.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Caminhantes abaixo do Zabriskie Point, Vale da Morte, Califórnia, Estados Unidos da América
Parques Naturais
Vale da Morte, E.U.A.

O Ressuscitar do Lugar Mais Quente

Desde 1921 que Al Aziziyah, na Líbia, era considerado o lugar mais quente do Planeta. Mas a polémica em redor dos 58º ali medidos fez com que, 99 anos depois, o título fosse devolvido ao Vale da Morte.
Ao fim da tarde
Património Mundial UNESCO
Ilha de Moçambique, Moçambique  

A Ilha de Ali Musa Bin Bique. Perdão, de Moçambique

Com a chegada de Vasco da Gama ao extremo sudeste de África, os portugueses tomaram uma ilha antes governada por um emir árabe a quem acabaram por adulterar o nome. O emir perdeu o território e o cargo. Moçambique - o nome moldado - perdura na ilha resplandecente em que tudo começou e também baptizou a nação que a colonização lusa acabou por formar.
Personagens
Sósias, actores e figurantes

Estrelas do Faz de Conta

Protagonizam eventos ou são empresários de rua. Encarnam personagens incontornáveis, representam classes sociais ou épocas. Mesmo a milhas de Hollywood, sem eles, o Mundo seria mais aborrecido.
Avião em aterragem, Maho beach, Sint Maarten
Praias
Maho Beach, Sint Maarten

A Praia Caribenha Movida a Jacto

À primeira vista, o Princess Juliana International Airport parece ser apenas mais um nas vastas Caraíbas. Sucessivas aterragens a rasar a praia Maho que antecede a sua pista, as descolagens a jacto que distorcem as faces dos banhistas e os projectam para o mar, fazem dele um caso à parte.
Mosteiro de Tawang, Arunachal Pradesh, Índia
Religião
Tawang, Índia

O Vale Místico da Profunda Discórdia

No limiar norte da província indiana de Arunachal Pradesh, Tawang abriga cenários dramáticos de montanha, aldeias de etnia Mompa e mosteiros budistas majestosos. Mesmo se desde 1962 os rivais chineses não o trespassam, Pequim olha para este domínio como parte do seu Tibete. De acordo, há muito que a religiosidade e o espiritualismo ali comungam com um forte militarismo.
Executivos dormem assento metro, sono, dormir, metro, comboio, Toquio, Japao
Sobre Carris
Tóquio, Japão

Os Hipno-Passageiros de Tóquio

O Japão é servido por milhões de executivos massacrados com ritmos de trabalho infernais e escassas férias. Cada minuto de tréguas a caminho do emprego ou de casa lhes serve para o seu inemuri, dormitar em público.
patpong, bar go go, banguecoque, mil e uma noites, tailandia
Sociedade
Banguecoque, Tailândia

Mil e Uma Noites Perdidas

Em 1984, Murray Head cantou a magia e bipolaridade nocturna da capital tailandesa em "One Night in Bangkok". Vários anos, golpes de estado, e manifestações depois, Banguecoque continua sem sono.
Retorno na mesma moeda
Vida Quotidiana
Dawki, Índia

Dawki, Dawki, Bangladesh à Vista

Descemos das terras altas e montanhosas de Meghalaya para as planas a sul e abaixo. Ali, o caudal translúcido e verde do Dawki faz de fronteira entre a Índia e o Bangladesh. Sob um calor húmido que há muito não sentíamos, o rio também atrai centenas de indianos e bangladeshianos entregues a uma pitoresca evasão.
Salvamento de banhista em Boucan Canot, ilha da Reunião
Vida Selvagem
Reunião

O Melodrama Balnear da Reunião

Nem todos os litorais tropicais são retiros prazerosos e revigorantes. Batido por rebentação violenta, minado de correntes traiçoeiras e, pior, palco dos ataques de tubarões mais frequentes à face da Terra, o da ilha da Reunião falha em conceder aos seus banhistas a paz e o deleite que dele anseiam.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.