Sydney, Austrália

De Desterro de Criminosos a Cidade Exemplar


Bar sobre o grande estuário
Vida nocturna num bar com vista para o estuário e a Sydney Harbour Bridge.
Uma Inspiração em grande formato
Raparigas asiáticas às compras nas imediações da George Street.
Vela à Luna
Veleiro de competição passa em frente ao Luna Park.
Animação indígena
Aborígene pintado a rigor toca digeridoo no Circular Quay de Sydney.
Outra noite de Ópera
Embarcação deixa marcas de luz quando navega junto à Opera House de Sydney, no grande estuário da cidade.
Pós-Laboral I
Conversas animadas numa das muitas esplanadas sempre à pinha de Sydney.
Sobra de busker
Saltimbanco faz malabarismo com maças e fogo nas imediações do Circular Quay.
Sydney multinível
Trânsito garrido na George Street.
Conversas letradas
Jovens convivem na escadaria de uma biblioteca de Sydney.
Rumo à outra margem
Barco bem iluminado cruza o estuário de Sydney.
Foto(na)galeria
Sessão fotográfica de um casamento numa das galerias comercias do centro.
Decoração urbana natural
Íbis refrescam-se numa fonte artística de Kings Cross.
Opera House sob os holofotes
O edifício mais emblemático de Sydney, Austrália e da Oceania iluminado após o lusco-fusco.
Passeio pela Ponte
Visitantes percorrem o cimo da Harbour Bridge.
Harbour Bridge, versão nocturna
Pormenor da Iluminação da Harbour Bridge.
The Rocks
A zona de divertimento The Rocks, com alguns dos edifícios que albergaram os reclusos chegados da Grã-Bretanha.
Science
Detalhe da arquitectura victoriana prolífica de Sydney.
Saint Andrew’s Cathedral
Escadaria para a Saint Andrew's Cathedral
A primeira das colónias australianas foi erguida por reclusos desterrados. Hoje, os aussies de Sydney gabam-se de antigos condenados da sua árvore genealógica e orgulham-se da prosperidade cosmopolita da megalópole que habitam.

Kings Cross é a primeira zona da cidade com que se deparam grande parte dos forasteiros que chegam pouco dispostos a pagar mais que umas dezenas de dólares por noite dormida.

Salvo a saída e o trajecto arejado a partir do aeroporto, foi também a nossa visão inaugural e surreal da Austrália.

Durante a tarde, percorremos o bairro de trás para a frente sob um sol que nos torrava a pele e cansava a dobrar mas animava as almas fartas da meteorologia enregelante de Seul.

Disputamos com jovens de todas as paragens possíveis as últimas vagas nas pousadas humildes do bairro já apetrechado para mais um Verão em cheio. Mal o lusco-fusco se instalou, Kings Cross transvestiu-se para o seu modo nocturno.

Passaram a percorrê-la bêbados, drogados, prostitutas e chulos, incontáveis personagens marginais de Sydney.

Como acontece em toda e qualquer urbe, encontravam ali o seu nicho social entre bares de alterne, sex shops, peepshows, casas de showgirls, lojas de bebidas alcoólicas e um franchise oportunista de MacDonalds que alimentava a baixo preço e esclerosava aquela artéria já de si disfuncional da cidade.

Pareciam-nos de tal maneira lunáticos, improváveis e proscritos pela própria vida os transeuntes com que nos cruzávamos que demos por nós a ceder ao peso da história colonial britânica para tentarmos explicar a sua inesperada presença e abundância.

Sydney, cidade criminosos exemplar da Austrália, Saint Andrew's Cathedral

Escadaria para a Saint Andrew’s Cathedral

Não queríamos ser negativos. Nem ignorar a importância cultural do bairro que acolheu nos seus clubes musicais e ajudou a lançar para o estrelato bandas australianas tão marcantes como os Go-Betweens e Nick Cave, entre tantos outros.

Mas estariam ali concentrados os genes dos convictos ingleses mais desviados que povoaram os fundos enigmáticos do mundo?

Sydney Cove, o Destino Britânico Eleito para a População Reclusa

Após a declaração da Independência dos E.U.A., em 1776, a Grã-Bretanha deixou de poder enviar os seus reclusos para o outro lado do Atlântico.

Inundados de prisioneiros, os governantes decidiram fundar um novo entreposto penal nas terras descobertas por James Cook, cerca de dezasseis anos antes.

O assentamento inaugural teve lugar em Sydney Cove. Fez-se com base em estabelecimentos prisionais erguidos em terras da tribo aborígene Eora.

Em 1792, eram apenas 4300 os reclusos britânicos desterrados mas mais de metade da população nativa da zona (4 a 8 mil indígenas)  já fora dizimada por uma epidemia de varíola disseminada pelos prisioneiros.

Sydney, cidade criminosos exemplar da Austrália, CBD

Barco bem iluminado cruza o estuário de Sydney.

Quem hoje visita Sydney, não demora a fazer-se ao litoral do seu Harbour privilegiado que ainda nos tempos da expansão, o capitão Arthur Phillip e outros homens do mar logo catalogaram como um dos melhores estuários que alguma vez tinham visto.

Sydney Harbour, um Estuário Grandioso Virado ao Mar da Tasmânia

Compramos alguns rolos generosos de sushi à entrada da estação de metro e almoçamos em movimento, tarde e a más horas.

Partilhamos a carruagem de dois andares com um grupos de amigos surfistas louros e tagarelas. Eles, a caminho do éden balnear de Bondi Beach. Saímos entre os quase arranha-céus do Central Business District (CBD), a umas poucas centenas de metros das águas bem mais interiores e calmas de Circular Quay.

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Saltimbanco faz malabarismo com maças e fogo nas imediações do Circular Quay.

Um saltimbanco ganhava a vida a exibir malabarismos com chamas sobre um enorme monociclo que pedalava na penumbra gerada por uma estrutura rodoviária metálica.

Mais para diante, uma dupla de aborígenes quase despida e pintada a rigor faziam o mesmo, no seu caso, a tocar longos temas hipnóticos de digeridoo embrulhados em distintos ambientes house.

“Obrigado, amigos. Cheguem lá mais perto, não vos vamos morder!

A não ser que se pareçam com um canguru, claro!” anuncia um deles com forte sotaque ozzy em busca da audiência e dos dólares que trocavam pelos seus CD’s musicais.

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Aborígene pintado a rigor toca digeridoo no Circular Quay de Sydney.

Da Presença Aborígene aos Australianos de Todas as Partes

Da era aborígene à contemporânea muito mudou no panorama étnico da Austrália. Sydney, em particular, tornou-se a sua cidade cosmopolita e multicultural.

Vivem em redor de 55.000 habitantes com ascendência aborígene na cidade, vindos dos quadro cantos da grande ilha.

Hoje, dos seus quase cinco milhões de cidadãos, mais de 1.5 milhões nasceram noutras paragens não australianas do mundo, uma tendência imigratória que se estabeleceu após o fim da 2ª Guerra Mundial e se continua a intensificar com forte contribuição dos neozelandeses, dos chineses, indianos, vietnamitas, coreanos e filipinos, ainda dos libaneses, italianos e gregos.

Sydney, fala 250 línguas. Um terço dos habitantes domina outra que não o inglês.

Enquanto caminhávamos ao longo das ruas comerciais de Pitt, York e George revelavam-se tão predominantes os asiáticos que mais parecia que estávamos em Hong Kong.

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Raparigas asiáticas às compras nas imediações da George Street.

O cúmulo da asienação de Sydney chegou-nos aos ouvidos quando o dono de olhos em bico de um estabelecimento se indignou perante a nossa resistência de ficarmos com um troco aldrabado:

That’s lubish!” atirou o pequeno empresário recém-chegado no seu inglês ainda precário.

O Hedonismo Histórico das Gentes de Sydney

Por aqueles lados ou onde quer que fosse, apreciávamos como quase todos os sydneysiders aproveitavam a generosidade do clima da zona.

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Estátua de Thomas Sutcliffe Mort, junto a uma esplanada da zona histórica de Sydney.

Os executivos do CBD e empregados dos bancos combinavam camisas de manga-curta e até calções com gravatas pouco apertadas que impingiam um mínimo de cerimónia profissional.

Após as quatro ou as cinco da tarde – o limite bem vespertino dos horários de trabalho – em vez de se enfiarem em casa, juntavam-se aos magotes a emborcar cerveja em pubs ou ao ar livre.

Ou saíam para correr ou andar de bicicleta nos seus parques e jardins vastos, floridos e solarengos preferidos, dispostos em redor das muitas baías e penínsulas daquela urbe meridional.

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Íbis refrescam-se numa fonte artística de Kings Cross.

Como tínhamos já constatado no metro, adolescentes despreocupados trajavam camisas floreadas ou andavam – a pé ou de autocarro – de tronco nu e chinelo a trocar a sua bola de râguebi ou futebol australiano ou com pranchas de surf e bodyboard, consoante o desporto que mais os cativasse.

Não nos atrevemos a contradizer a noção de que, devido ao seu isolamento geográfico e à obsessão pelo desporto, pelo convívio alcoolizado pela evasão para a natureza oceânica e do Outback, a Austrália será um grande deserto, também cultural, de população anglófona hedonista, avessa à estratificação de classes e pouco polida.

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Australianos acompanham a acção no Circular Quay, na zona portuária de The Rocks.

Acredita-se que tal se deve ao facto de descender tanto dos reclusos como dos militares que controlaram as operações coloniais até ao princípio do século XIX.

A pagarem o trabalho e os produtos locais em rum e, por isso, alcunhados de Rum Corps, esses muitos soldados desafiaram e suplantaram a autoridade de três dos primeiros governadores da colónia.

Um deles chamava-se William Bligh, tornado notório por uma não menos famosa “Revolta na Bounty”, ocorrida no Taiti.

Mas, se existem lugares que procuram erradicar a aspereza civilizacional da nação, Sydney é um deles.

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Interior das galerias comerciais Queen Victoria.

A Imponência Arquitectónica e Cultura da Sydney Opera House

A impressionante Opera House continua na vanguarda desta missão.

Encontrámo-la pela frente após passarmos pelos ancoradouros sempre movimentados de Circular Quay e pelos edifícios seculares de The Rocks que albergaram os primeiros reclusos e seus guardiães, hoje preservados enquanto lojas, galerias de arte, cafés e pubs.

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A zona de divertimento The Rocks, com alguns dos edifícios que albergaram os reclusos chegados da Grã-Bretanha.

Em 1973, quando foi inaugurada, a Opera House suscitou enorme polémica mais que não fosse por ter custado 109 milhões de dólares quando havia sido orçamentada em sete milhões.

Foi esse o preço da sua arquitectura destemida, interpretada como velas brancas ao vento, carapaças alvas de tartarugas, conchas marinhas e bossas de camelos, de qualquer das maneiras, logo promovida ao grande símbolo de Sydney.

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Embarcação navega junto à Opera House de Sydney, no grande estuário da cidade.

É o palco de exploração exaustiva de quase todos os visitantes da cidade e também de cerca de 3000 eventos anuais de diversas artes.

Enquanto a admiramos, reparamos que dezenas de vultos caminham nas alturas do cimo da Sydney Harbour Brigde, com vistas deslumbrantes para a Ópera House e o estuário sem fim.

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Visitantes percorrem o cimo da Harbour Bridge.

Sem surpresa, apesar da distância para o resto do mundo Sydney é uma das suas quinze cidades mais visitadas.

Recebe, por ano, cerca três milhões de visitantes internacionais, quase metade dos da Austrália.

Destes, um bom número apercebe-se da prosperidade e qualidade de vida única oferecida pela cada vez maior megalópole da Oceânia, retornam e instalam-se de vez.

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Vida nocturna num bar com vista para o estuário e a Sydney Harbour Bridge.

Já lá aterrámos em duas ocasiões. Nunca nos aconteceu.

À Descoberta de Tassie,  Parte 2 - Hobart a Port Arthur, Austrália

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Batemans Bay a Jervis Bay, Austrália

Nova Gales do Sul, de Baía em Baía

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Tambores e tatoos
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Taiti Para lá do Clichê

As vizinhas Bora Bora e Maupiti têm cenários superiores mas o Taiti é há muito conotado com paraíso e há mais vida na maior e mais populosa ilha da Polinésia Francesa, o seu milenar coração cultural.
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La Palma, Canárias

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Em 1986, Madonna Louise Ciccone lançou um êxito que popularizou a atracção exercida por uma isla imaginária. Ambergris Caye, no Belize, colheu proveitos. Do lado de cá do Atlântico, há muito que os palmeros assim veem a sua real e deslumbrante Canária.
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