Baton Rouge, Luisiana, Estados Unidos

Da Fronteira Indígena à Capital do Luisiana


O Cerne de Baton Rouge
Nuvens carregadas além do centro de Baton Rouge
Um Baton Rouge
Mastro indígena que inspirou o baptismo de Baton Rouge.
O Fim de Huey Long
Huey Long, ilustração assassínio no State Capitol de Baton Rouge
A North Street
O arranha-céus do Capitólio no fundo da North Road.
Edifício anexo ao Capitólio
Edifício anexo ao State Capital de Baton Rouge
A Catedral de St. Joseph
A Catedral de St. Joseph na North Street
Pintura pós-Chuvada
O Capitólio de Baton Rouge reflectido num espelho d'água da State Library
Rio Mississipi
Porto e ponte de Baton Rouge, às margens do rio Mississipi
Huey Long
Imagem do ex-senador Huey Long, assassinado no novo capitólio de Baton Rouge
Edifícios do Chief of Staff
Os edifícios do Chief of Staff
Na Base do Capitólio
Conversa sobre a escadaria na base do Capitólio
O Senado
Sala do Senado, na base do arranha-céus do Capitólio de Baton Rouge
Riverside Plaza
Escadaria da Riverside Plaza
Pós-Batega
Parque de estacionamento alagado no centro da capital
O Veterans Park
Jardim dos Veteranos, um de vários em volta do arranha-céus do Capitólio
Rotary Club cromado
O monumento do Rotary Club de Baton Rouge
O Velho Capitólio
O antigo capitólio do Luisiana
Cores do Velho Capitólio
Vitrais do velho Capitólio de Baton Rouge
“Pioneers”
A estátua "Pioneers" em homenagem aos pioneiros do Luisiana
Anoitecer em Baton Rouge
Cores do ocaso decoram a área ajardinada do Capitólio.
Aquando da sua incursão Mississipi acima, os franceses detectaram um bastão vermelho que separava os territórios de duas nações nativas. Dessa expedição de 1723 para cá, sucederam-se as nações europeias dominadoras destas paragens. Com o fluir da História, Baton Rouge tornou-se o cerne político do 18º estado dos E.U.A.

Chegarmos a Baton Rouge, provindos de New Orleans, gera-nos um choque de assepsia com que não contávamos.

De um momento para o outro, some-se a arquitectura francesa e secular de madeira e ferro fundido.

Somem-se as cores fortes, a multidão irrequieta, o cheiro a erva (leia-se maconha) e o pivete pós-noites de festim das Bourbon e Frenchmen Streets. Devemos ressalvar, em defesa de Baton Rouge, que entrámos directos no seu centro e nele nos mantivemos.

Sem perdermos de vista o Lousiana State Capitol, o assento do governo federal do estado, edifício símbolo da cidade, que a identifica e localiza até de dezenas de quilómetros de distância. Com a forma de um T invertido, o edifício tem 140 metros de altura e trinta e quatro andares.

É o mais alto de Baton Rouge, mas já apenas o sétimo do Luisiana.

O novo Lousiana State Capitol em forma de torre substitui o anterior capitólio, uma obra de arte em tudo distinta, erguido em 1846, com o propósito de evitar uma concentração excessiva de influência política em Nova Orleães, a maior cidade do Luisiana.

À época, a quarta maior dos E.U.A.

Quando o visitamos, depressa percebemos o porquê do edifício com arquitectura de palacete, repleto de vitrais prodigiosos, se preservar um dos edifícios históricos incontornáveis da cidade.

Vitrais do velho Capitólio de Baton Rouge

A par com o novo Capitólio do Luisiana, claro está.

O Arranha-Céus Emblemático do Louisiana State Capitol

Ao contrário do que acontece na maior parte das urbes dos Estados Unidos, o arranha-céus do sucessor desponta para o céu numa absoluta solidão.

Em sua volta, ao nível do solo e em contraste com o calcário das fachadas, espraiam-se um lago e dois jardins, incluindo o do Veteran’s Memorial Park, todos contíguos e desafogados.

Jardim dos Veteranos, um de vários em volta do arranha-céus do Capitólio

Ir a Baton Rouge e não subir ao topo do seu State Capitol é bem mais difícil e grave que ir a Roma sem ver o Papa.

Disso conscientes, intrigados pela grandiosidade e excentricidade do edifício e pelo que nos revelaria o seu panorama a 360º, damos-lhe prioridade.

No caminho pedestre a partir do hotel em que estávamos instalados, uns poucos edifícios menores bloqueiam-nos, por momentos, a vista do colosso.

Assim que entramos na N 4th Street, virados a Norte, voltamos a tê-lo pela frente, a aumentar a cada passo.

A Catedral de St. Joseph na North Street

Passamos a catedral de St. Joseph e por entre uns poucos grandes prédios de faces escurecidas.

A norte da North Street, damos entrada no domínio geometrizado que serve de preambulo, lugar de departamentos, da biblioteca e do museu estatal.

Nos jardins do complexo, distrai-nos uma população de esquilos ocupados com a sua recolecção.

Os edifícios do Chief of Staff

Uma faixa ampla de estacionamento gera um hiato no verde.

Do lado de lá, fazemo-nos à escadaria do Capitólio, feita de 49 degraus de granito, cada qual com o nome de um dos outros estados dos E.U.A., na ordem por que se tornaram estados.

Na base da escadaria, para conseguirmos avistar a cúpula distante do arranha-céus, já nos vemos forçados a uma inclinação dramática do pescoço.

Conversa sobre a escadaria na base do Capitólio

Subimo-la entre as duas esculturas que a flanqueiam.

Uma, a “Patriots”. A outra, “Pioneers”.

Nesta, alinham-se as figuras mais preponderantes na colonização do Luisiana, a partir da expedição francesa pioneira.

A estátua “Pioneers” em homenagem aos pioneiros do Luisiana

Vencida a escadaria, acedemos ao Memorial Hall.

Dão-nos carta branca para cirandarmos.

Espreitamos a Câmara do Senado.

Encontramo-la vazia.

Sala do Senado, na base do arranha-céus do Capitólio de Baton Rouge

Metemo-nos num dos elevadores e antecipamos a subida ao topo panorâmico.

À boa maneira americana, chegados ao andar de saída, damos com uma gift shop.

Trocamo-la pelo exterior.

Tinha decorrido um bom tempo desde que deixámos o hotel.

Os Panoramas Desafogados do Âmago do Luisiana

A meio de Outubro, ainda faz um calor húmido e opressivo. Reparamos numa frente de cumulus nimbus distantes, mas enormes, com bases escurecidas e relampejantes.

Tinham-se formado sobre o Golfo do México. Internava-se no Luisiana, na nossa direção.

Nuvens carregadas além do centro de Baton Rouge

Damos a volta à cúpula.

Admiramos como Baton Rouge se disseminava na margem leste do Mississipi, com o retalho diminuto de West Baton Rouge do outro lado do rio.

Também por ali, percorrem o Mississipi incontáveis navios, sobretudo barcaças.

O porto local é, aliás, no que diz respeito a tonelagem, o décimo dos E.U.A.

Porto e ponte de Baton Rouge, às margens do rio Mississipi

Para norte, estendem-se instalações petroquímicas imensas, detidas pela famosa petroleira Exxon Mobil, outra das provas de como Baton Rouge se tornou um dos principais polos industriais e tecnológicos do Grande Sul americano e a capital do Luisiana.

Em boa parte, devido às mentes determinadas e ambiciosas de alguns dos seus políticos.

Huey Long: de Ditador em Incubação a Vítima de Assassínio

Mesmo na Democracia vulnerável dos Estados Unidos, quando as ideologias e interesses chocam, ocorrem actos tirânicos e tragédias. Se Dallas vitimou John F. Kennedy, Huey Long viu-se vitima de Baton Rouge.

Naquele mesmo Capitólio que Huey Long tudo fez para ver erguido enquanto torre e onde manteve um apartamento no 24º andar, diz-se que por considerar que a altitude ajudaria a curar a febre dos fenos que o apoquentava.

Imagem do ex-senador Huey Long, assassinado no novo capitólio de Baton Rouge

Huey Long evoluiu de vendedor-ambulante até advogado conceituado.

Enquanto democrata, populista como poucos outros, tornou-se o 40º Senador, dono e senhor do Luisiana, não tarda, com ambições presidenciais.

Huey Long tornou-se de tal maneira manipulador e controlador que o historiador David Kennedy não teve pejo em escrever “que o seu regime, no Luisiana, fora o mais próximo de uma ditadura que a América tinha conhecido”.

Em Setembro de 1935, Long entrou no Capitólio determinado a aprovar uma série de leis que consolidariam uma opressão cada vez mais antidemocrática do seu estado, incluindo a remoção de um juiz seu opositor que representava um determinado distrito há 28 anos.

Pelas 9h20 da noite do dia 8, Huey conseguiu-o. Mais que indignado, irado, o genro do juiz, de seu nome Carl Weiss acercou-se de Huey Long e disparou um único tiro. Huey faleceu trinta e uma horas depois. Weiss, esse, soçobrou de imediato.

Huey Long, ilustração assassínio no State Capitol de Baton Rouge

A 60 balas disparadas pelos seguranças de Huey Long que tinham as alcunhas de Cossacos e de Esmaga-Crânios. Huey Long foi sepultado junto ao “seu” capitólio, uma estátua acima da sepultura honra-o.

Uma enorme oposição via-o como um tirano populista. E, no entanto, mais de 200.000 pessoas acompanharam o seu funeral.

Terminamos a volta pelo museu do Capitólio que descreve estes factos. Caminhamos rumo à biblioteca estadual, no extremo sul dos Capitol Gardens.

A Meteorologia Tropical e Ensopada de Baton Rouge

As nuvens que tínhamos avistado do alto da varanda panorâmica estavam iminentes. Sob os cumulus nimbus, o sol abrasador dá lugar a sombra.

Parque de estacionamento alagado no centro da capital

Num ápice, as nuvens libertam uma bátega assustadora.

Refugiamo-nos no Museu do Capitol Park.

Lá nos entretemos, com a história, a tradição e a cultura cajun do Luisiana.

O Capitólio de Baton Rouge reflectido num espelho d’água da State Library

Meia-hora depois, a bátega já tinha debandado para norte.

Regressamos ao exterior, com o sol a debater-se com as nuvens remanescentes.

Decidimos prosseguir até ao Mississipi. Seguirmos a sua margem a leste do Capitólio para sul, a ver o que nos revelaria.

A Marginal Elevada que protege a Cidade do rio Mississipi

A tarefa estava facilitada por uma marginal separada da cidade por uma tal de Riverside Road movimentada, uma marginal elevada, preventiva de inundações, uma imagem de marca estrutural no Luisiana sempre vulnerável aos furacões.

O monumento do Rotary Club de Baton Rouge

Cruzamo-nos com joggers, com namorados e com um bando de jovens BMXs que tudo fazem para que fotografemos algumas das suas manobras “Y’all should shoot this one, bro, this one is special!”.

Tínhamos chegado à Riverfront Plaza da cidade.

Uma ponte elevada com origem num complexo de pavilhões e espaços de exibição passava sobre a River Road e continuava para a City Dock.

Escadaria da Riverside Plaza

Já sobre o Mississipi e ao lado navio USS KIDD, o único Destroyer americano que sobreviveu à 2ª Guerra Mundial e que se mantém tal e qual, por ali fundeado em jeito de museu-memorial.

Dessa Riverfront Plaza, destaca-se ainda o mastro que celebra a génese colonial da cidade.

Foram os franceses os primeiros europeus a explorarem estas partes das Américas, uma comitiva liderada, em 1698, por Pierre Le Moyne d’Iberville.

Ora, narrativas dessa expedição revelaram que, ao chegarem àquela zona do Mississipi, os franceses encontraram um bastão, vermelho como o que tínhamos perante nós, espetado na margem.

Mastro indígena que inspirou o baptismo de Baton Rouge.

Apuraram que marcava uma divisória entre o domínio dos indígenas Houma e o dos Bayagoula.

Segundo os escritos de André-Joseph Pénicaut, um carpinteiro que viajava na expedição, os nativos já chamavam ao lugar Istrouma (mastro vermelho). Os colonos franceses eternizaram o nome actual de Baton Rouge.

E se New Orleans goza da sua fama planetária, Baton Rouge prolifera no seu outro lugar de destaque.

O arranha-céus do Capitólio no fundo da North Road.

Florida Keys, E.U.A.

A Alpondra Caribenha dos E.U.A.

Os Estados Unidos continentais parecem encerrar-se, a sul, na sua caprichosa península da Flórida. Não se ficam por aí. Mais de cem ilhas de coral, areia e mangal formam uma excêntrica extensão tropical que há muito seduz os veraneantes norte-americanos.
Miami, E.U.A.

Uma Obra-Prima da Reabilitação Urbana

Na viragem para o século XXI, o bairro Wynwood mantinha-se repleto de fábricas e armazéns abandonados e grafitados. Tony Goldman, um investidor imobiliário astuto, comprou mais de 25 propriedades e fundou um parque mural. Muito mais que ali homenagear o grafiti, Goldman fundou o grande bastião da criatividade de Miami.
Tombstone, E.U.A.

Tombstone: a Cidade Demasiado Dura para Morrer

Filões de prata descobertos no fim do século XIX fizeram de Tombstone um centro mineiro próspero e conflituoso na fronteira dos Estados Unidos com o México. Lawrence Kasdan, Kurt Russel, Kevin Costner e outros realizadores e actores hollywoodescos tornaram famosos os irmãos Earp e o duelo sanguinário de “O.K. Corral”. A Tombstone que, ao longo dos tempos tantas vidas reclamou, está para durar.
Miami Beach, E.U.A.

A Praia de Todas as Vaidades

Poucos litorais concentram, ao mesmo tempo, tanto calor e exibições de fama, de riqueza e de glória. Situada no extremo sudeste dos E.U.A., Miami Beach tem acesso por seis pontes que a ligam ao resto da Florida. É parco para o número de almas que a desejam.
Little Havana, E.U.A.

A Pequena Havana dos Inconformados

Ao longo das décadas e até aos dias de hoje, milhares de cubanos cruzaram o estreito da Florida em busca da terra da liberdade e da oportunidade. Com os E.U.A. ali a meros 145 km, muitos não foram mais longe. A sua Little Havana de Miami é, hoje, o bairro mais emblemático da diáspora cubana.
Grand Canyon, E.U.A.

Viagem pela América do Norte Abismal

O rio Colorado e tributários começaram a fluir no planalto homónimo há 17 milhões de anos e expuseram metade do passado geológico da Terra. Também esculpiram uma das suas mais deslumbrantes entranhas.
Monte Denali, Alasca

O Tecto Sagrado da América do Norte

Os indígenas Athabascan chamaram-no Denali, ou o Grande e reverenciam a sua altivez. Esta montanha deslumbrante suscitou a cobiça dos montanhistas e uma longa sucessão de ascensões recordistas.
Juneau, Alasca

A Pequena Capital do Grande Alasca

De Junho a Agosto, Juneau desaparece por detrás dos navios de cruzeiro que atracam na sua doca-marginal. Ainda assim, é nesta pequena capital que se decidem os destinos do 49º estado norte-americano.
Monument Valley, E.U.A.

Índios ou cowboys?

Realizadores de Westerns emblemáticos como John Ford imortalizaram aquele que é o maior território indígena dos Estados Unidos. Hoje, na Nação Navajo, os navajo também vivem na pele dos velhos inimigos.
Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Las Vegas, E.U.A.

Onde o Pecado tem Sempre Perdão

Projectada do Deserto Mojave como uma miragem de néon, a capital norte-americana do jogo e do espectáculo é vivida como uma aposta no escuro. Exuberante e viciante, Vegas nem aprende nem se arrepende.
Navajo Nation, E.U.A.

Por Terras da Nação Navajo

De Kayenta a Page, com passagem pelo Marble Canyon, exploramos o sul do Planalto do Colorado. Dramáticos e desérticos, os cenários deste domínio indígena recortado no Arizona revelam-se esplendorosos.
Vale da Morte, E.U.A.

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Desde 1921 que Al Aziziyah, na Líbia, era considerado o lugar mais quente do Planeta. Mas a polémica em redor dos 58º ali medidos fez com que, 99 anos depois, o título fosse devolvido ao Vale da Morte.
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Um acidente macabro com uma carroça inspirou a saga dos cable cars de São Francisco. Hoje, estas relíquias funcionam como uma operação de charme da cidade do nevoeiro mas também têm os seus riscos.
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Mauna Kea: um Vulcão de Olho no Espaço

O tecto do Havai era interdito aos nativos por abrigar divindades benevolentes. Mas, a partir de 1968 várias nações sacrificaram a paz dos deuses e ergueram a maior estação astronómica à face da Terra
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O Dia em que o Japão foi Longe Demais

Em 7 de Dezembro de 1941, o Japão atacou a base militar de Pearl Harbor. Hoje, partes do Havai parecem colónias nipónicas mas os EUA nunca esquecerão a afronta.
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Nos Passos do Grizzly Man

Timothy Treadwell conviveu Verões a fio com os ursos de Katmai. Em viagem pelo Alasca, seguimos alguns dos seus trilhos mas, ao contrário do protector tresloucado da espécie, nunca fomos longe demais.
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Em 1989, o petroleiro Exxon Valdez provocou um enorme desastre ambientai. A embarcação deixou de sulcar os mares mas a cidade vitimada que lhe deu o nome continua no rumo do crude do oceano Árctico.
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Uma Variante da Febre do Ouro do Klondike

A última grande febre do ouro norte-americana passou há muito. Hoje em dia, centenas de cruzeiros despejam, todos os Verões, milhares de visitantes endinheirados nas ruas repletas de lojas de Skagway.
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Órfãos do Verão do Amor

O inconformismo e a criatividade ainda estão presentes no antigo bairro Flower Power. Mas, quase 50 anos depois, a geração hippie deu lugar a uma juventude sem-abrigo, descontrolada e até agressiva.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
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Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
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O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

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O Pantanal das Pampas

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Circuito Annapurna 11º: Yak Karkha a Thorong Phedi, Nepal

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Barco e timoneiro, Cayo Los Pájaros, Los Haitises, República Dominicana
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Dizer que Tóquio não dorme é eufemismo. Numa das maiores e mais sofisticadas urbes à face da Terra, o crepúsculo marca apenas o renovar do quotidiano frenético. E são milhões as suas almas que, ou não encontram lugar ao sol, ou fazem mais sentido nos turnos “escuros” e obscuros que se seguem.
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PN Tortuguero, Costa Rica

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No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.