Aquismón, San Luís Potosi, México

A Água que os Deuses Despejam de Jarros


O Letreito Habitual
Letras coloridas identificam Aquismon.
Vendedora Huasteca
Comerciante instalada num mercado de Aquismon.
barcos-rio-tanpaon-huasteca-potosina-san-luis-potosi
Frota de barcos garridos disponíveis no rio Tanpaon.
A Grande Tamul
Uma das três maiores quedas d'água do México.
Decoração de Mercado
Cores bem mexicanas animam um mercado da cidade de Aquismón.
A Sombra Possível
Grande "bonsai" decora o adro da igreja de Aquismon.
Tamul à Vista
Barco com visitantes regressa de uma tentativa de aproximação à cascata de Tamul.
Riacho Afluente
Visitantes admiram a beleza de um riacho que desagua no rio Tampaón.
Rápidos pouco Rápidos
Barqueiros puxam um barco por uma zona de rápidos do rio Tampaón.
Sobre um Rio Tampaón Espelho
Barqueiro rema na direcção da cascata de Tamul.
Peregrinação Guadalupense
Remadores participam numa romaria à cascata de Tamul, à entrada da qual exibirão uma imagem da Virgem de Guadalupe.
Bebedouro Improvisado
Vaca bebe água do rio Tampaón retalhado por um dos barcos que o servem.
Um Naturista Potosino
Vendedor naturista a postos na sua loja do mercado.
A Serra
A vegetação tropical em que s situa Xilitla.
Indígena Huasteca
Nativa de etnia huasteca em trajes tradicionais coloridos.
Tamul à Vista
Barco com visitantes regressa de uma tentativa de aproximação à cascata de Tamul.
Nenhuma queda d’água da Huasteca Potosina se compara com a de Tamul, a terceira mais alta do México, com 105 metros de altura e, na época das chuvas, quase 300 metros de largo. De visita à região, saímos na demanda do salto de rio que os indígenas viam como divino.

A meio da manhã, o Pueblo, desde 2018, Mágico de Aquismón vive o dia-a-dia animado que contribuiu para a sua distinção.

Moradores mayores põem a conversa em dia, sentados no muro que delimita o jardim, junto às letras multicolores com que a municipalidade se anuncia a quem a visita.

O mercado do lado de lá do jardim central já entrou, há algum tempo, no modo frenético habitual. Indígenas teenek e huastecas expõem vegetais, fruta e artesanato.

Em bancas próximas, servem-se tacos, zacahuiles e atoles.

E outros petiscos que, àquela hora, fazem de qualquer coisa entre o pequeno-almoço e o almoço, ou até de ambos.

As Cores e Sabores Huastecas do Pueblo Mágico Aquismón

Numa aresta distinta da também praça, o estabelecimento das raspas Chavitas mantinha a sua promoção sonora badalada pelo altifalante.

Sebastian Madera, mais conhecido por Chavas, relembra-nos o clássico “quem vai a Aquismón e não prova as suas raspas, é como se nunca lá tivesse ido”.

Convicto de que nos tinha persuadido, raspa o gelo de forma enérgica.

Sobre a pilha frígida que assenta nos copos, despeja leite condensado, mango, coco, banana, waffles, gomas e outros itens de doçaria que dão sabor extra ao petisco e fazem o seu total calórico ascender a números recordistas.

Devoramo-lo em três tempos.

Com o sol tropical da Huasteca a subir no horizonte, o efeito refrescante da tal raspa dura o que dura. É sob um braseiro que chegamos ao adro da parróquia de San Miguel Arcangel.

O Adro Inusitado da Parróquia San Miguel Arcangel

Já nos tínhamos habituado à jardinagem de Eduardo Mãos-de-Tesoura que embeleza os zócalos e anuncia tantos templos cristãos do México.

Esta igreja alaranjada e cor de lacre de Aquismón, contentava-se com um arbusto solitário. Uma espécie de Hidra vegetal, de cujos ramos despontavam coroas de folhagem viçosa.

Só por si, o conjunto reluzia de excentricidade. Como se não bastasse, uma moradora, utilitária de um qualquer serviço público próximo, chega determinada a estacionar à sombra. Sem cerimónias, deixa o carro na gerada pelo bonsai superlativo da paróquia.

Além de mínimo, o veículo é de um verde metalizado que rivaliza com o do arbusto.

Por pouco tempo.

Quando ela o remove do adro, nós, apontamos ao carro em que seguíamos e inauguramos o trajecto para fora de Aquismón, na senda de onde um tal de rio Santa Maria, se cruzava com um outro, denominado Gallinas.

Na Demanda do rio Santa Maria. Que de Santa Maria, se Converte em Tampaón

Demorado, o caminho começa por nos levar ao embarcadero La Morena, situado às margens do Tampaón, uma espécie de reencarnação do Santa Maria.

Encontramo-lo numa zona de grandes pastos mantidos à custa da floresta ribeirinha. Lá nos espera Carlos López, o responsável pelo trajecto fluvial que se seguia.

Carlos conduz-nos, por um trilho ervado.

Quando chegamos à beira-rio, juntam-se dois ajudantes, encarregues de escolher e preparar o barco para a navegação, de entre os vários que víamos, de cores sortidas, uns a flutuarem, outros semi-afundados no caudal translúcido do rio.

Enquanto esperávamos pelo embarque, vacas sedentas surgiam dos pastos acima, algo empoeiradas devido à época de estio e de sequia que estávamos a atravessar.

Duas delas, ignoram a nossa presença.

Descem pela orla enlameada e enfiam os focinhos largos nos barcos anfíbios, como se preferissem beber de uma gamela improvisada.

O Embarque Peculiar em Barcos semi-Afundados

Por fim, os ajudantes de Carlos trazem-nos uma primeira embarcação. Notamos que a água entrava por uma fenda logo à nossa frente. Na posse do equipamento fotográfico com que trabalhamos, recusamo-nos a prosseguir. Carlos pede que lhe tragam outro barco.

O segundo só estava um pouco melhor.

Carlos esforça-se por nos convencer que eram assim mesmo, que todos eles deixavam entrar um pouco de água e que era o inchaço da madeira consequente que os mantinha operacionais. Assegura-nos, ainda, que todos os dias liderava grupos no Tampaón e que, malgrado a entrada de alguma água, nada acontecia.

Acedemos. O barco zarpa.

Ao fim de umas boas pagaiadas contracorrente, algumas centenas de metros para diante, percebemos que tanto Carlos como os ajudantes garantiam que a água que removiam era superior à que entrava.

A Navegação conta-corrente do Tampaón

Tranquilizamo-nos. Dedicamo-nos às pagaiadas que nos competiam e, sempre que o cenário o merecia, a fotografar as margens abruptas do Tampaón.

Chegamos aos primeiros rápidos, impossíveis de vencermos apenas com a força dos braços. Carlos faz-nos desembarcar e percorrer um novo trilho de beira-rio.

Reentramos mais à frente, numa zona em que torrentes de água vindas das encostas a norte se juntavam ao rio, sob distintos fluxos: pequenas cascatas que irrompiam de paredes de musgo pendente, riachos ziguezagueantes pejados de fetos.

E outros.

Desembarcamos num ancoradouro que dava acesso a uns passadiços reveladores de tudo um pouco.

Do seu cimo, encontramos um cenote, uma gruta também ela repleta de água.

Uma Peregrinação Guadalupense pelo Fim da Pandemia

De novo mais próximos do Tampaón, surpreende-nos a passagem de dezenas de remadores, a bordo de uma frota de barcos. Carlos explica-nos que se tratava de uma peregrinação fluvial.

Agradecia o facto de, após um largo período em que, devido à pandemia, as autoridades proibiram a navegação de turistas no rio e inviabilizou o ganha-pão dos seus trabalhadores, a actividade ter voltado ao normal.

Assim, o que víamos passar, eram os donos de barcos, remadores e outros agentes a transportarem e acompanharem uma imagem da Virgem de Guadalupe até às imediações da cascata de Tamul, o garante financeiro e razão de ser de muitas das suas vidas.

Decorrido algum tempo, prosseguimos no mesmo rumo. Até que nos cruzamos com o seu regresso.

Numa zona em que o Tampaón se vê apertado num desfiladeiro de grande altura e, como tal, sombrio, mas em que a água fluía, tranquila, como um espelho de tom azul-esverdeado.

Continuávamos na expectativa do encontro com a grande Tamul. As pagaiadas sucediam-se, umas vezes de uns, outras, de outros.

A pressa era relativa. Além disso, contra a corrente, sempre que nos aplicávamos, sentíamos, num instante, os braços e os ombros a arder.

Por fim, entramos numa zona ainda mais sombria.

Lá damos com um ilhéu de rocha no meio do rio, elevado face ao caudal. Carlos confirma que se tratava do derradeiro ponto de desembarque e da plataforma de que iríamos apreciar Tamul, umas cascatas mais impressionantes que já admirámos.

Subimos para o ponto mais alto do ilhéu.

O Primeiro Vislumbre da Grande Cascata Tamul

Dali, vemos a enorme cortina de água gerada pelo mergulho de mais de 100 metros do afluente Gallinas sobre o Santa Maria que, dali em diante e com um caudal quase duplo, assumia o nome de Tampaón.

O Tampaón flui por mais 165km, até se juntar ao rio Moctezuma e formar o Pánuco, no caminho do inevitável Golfo do México, do mar em que Hernán Cortez desembarcou e mudou, para todo o sempre, o destino dos Mexicas, dos Maias e de tantos outros indígenas.

Aquismón, Huasteca Potosina, San Luís Potosi, México, vendedora huasteca

Do ilhéu de rocha em que nos mantínhamos, só quase víamos o perfil fumegante das quedas mais próximas da cascata.

Sabíamos, no entanto, que se estendia por centenas de metros mais e que tanto no cimo do Gallinas como no fundo do desfiladeiro ainda ao sol, o rio exibia um caudal quase turquesa.

Para os nativos huastecas (ou teenek) aquela visão e o seu fenómeno eram de tal maneira exuberantes que acreditavam serem criados pelos deuses, que eram as divindades quem fazia despejar a água, ora azulada ora esverdeada, de gigantescos jarros.

Por curto que pareça, é esse o conceito sintetizado em Tamul, “o lugar dos jarros”.

A Contemplação em Modo Drone da Tamul que se Escondia

Frustrados pelo pouco que o miradouro nos revelava, tratamos de enviar, como emissário visual e fotográfico, o mais recente reforço tecnológico, o drone que agora carregamos.

O seu lançamento prova-se um martírio. Naquele desfiladeiro apertado, o sinal de GPS teimava em se esconder.

Só após um demorado período de voo precário o conseguimos detectar, e manobrar o aparelho para altitudes que nos revelavam o conjunto dos dois rios, das cascatas e da selva envolvente em todo o seu esplendor.

Estávamos entretidos nessa pilotagem quando Carlos nos vêm alertar para o problema que se avolumava abaixo, e nas nossas costas.

Nos instantes finais dessa já quase meia-hora, tinham chegado vários barcos ao ilhéu. Os passageiros estavam tão fartos de remar como ansiosos para espreitarem a famosa Tamul.

Aflito, Carlos dita que tínhamos que fazer o drone regressar e voltar ao barco o quanto antes. Enquanto finalizávamos a recuperação do aparelho, já o ilhéu se enchia de passageiros inquietos, indignados, num equilíbrio que a sobrelotação do rochedo fazia instável.

Regressamos a favor da corrente. Percebemos, no entanto, que nem o alegado sentido descendente da navegação nos ajudava. O Tampaón como que resistia a poupar-nos o esforço e o cansaço.

Só quando chegamos aos rápidos pudemos largar as pagaias e deixar-nos levar pela força da corrente, sobrevoados por abutres na expectativa de um acidente, embalados pelo canto mágico das oropéndolas centroamericanas.

Ao voltarmos a terra, ao mesmo embarcadouro La Morena, outras vacas bebiam no meio da esquadra de barcos garridos, anfíbios e até afundados que enchia o Tampaón de cor.

Xilitla, San Luís Potosi, México

O Delírio Mexicano de Edward James

Na floresta tropical de Xilitla, a mente inquieta do poeta Edward James fez geminar um jardim-lar excêntrico. Hoje, Xilitla é louvada como um Éden do surreal.
Real de Catorce, San Luís Potosi, México

De Filão da Nova Espanha a Pueblo Mágico Mexicano

No início do século XIX, era uma das povoações mineiras que mais prata garantia à Coroa Espanhola. Um século depois, a prata tinha-se desvalorizado de tal maneira que Real de Catorce se viu abandonada. A sua história e os cenários peculiares filmados por Hollywood, cotaram-na uma das aldeias preciosas do México.
Real de Catorce, San Luís Potosi, México

A Depreciação da Prata que Levou à do Pueblo (Parte II)

Com a viragem para o século XX, o valor do metal precioso bateu no fundo. De povoação prodigiosa, Real de Catorce passou a fantasma. Ainda à descoberta, exploramos as ruínas das minas na sua origem e o encanto do Pueblo ressuscitado.
Creel a Los Mochis, México

Barrancas de Cobre, Caminho de Ferro

O relevo da Sierra Madre Occidental tornou o sonho um pesadelo de construção que durou seis décadas. Em 1961, por fim, o prodigioso Ferrocarril Chihuahua al Pacifico foi inaugurado. Os seus 643km cruzam alguns dos cenários mais dramáticos do México.
Barrancas del Cobre, Chihuahua, México

O México Profundo das Barrancas del Cobre

Sem aviso, as terras altas de Chihuahua dão lugar a ravinas sem fim. Sessenta milhões de anos geológicos sulcaram-nas e tornaram-nas inóspitas. Os indígenas Rarámuri continuam a chamar-lhes casa.
Tulum, México

A Mais Caribenha das Ruínas Maias

Erguida à beira-mar como entreposto excepcional decisivo para a prosperidade da nação Maia, Tulum foi uma das suas últimas cidades a sucumbir à ocupação hispânica. No final do século XVI, os seus habitantes abandonaram-na ao tempo e a um litoral irrepreensível da península do Iucatão.
Iucatão, México

O Fim do Fim do Mundo

O dia anunciado passou mas o Fim do Mundo teimou em não chegar. Na América Central, os Maias da actualidade observaram e aturaram, incrédulos, toda a histeria em redor do seu calendário.
Iucatão, México

A Lei de Murphy Sideral que Condenou os Dinossauros

Cientistas que estudam a cratera provocada pelo impacto de um meteorito há 66 milhões de anos chegaram a uma conclusão arrebatadora: deu-se exatamente sobre uma secção dos 13% da superfície terrestre suscetíveis a tal devastação. Trata-se de uma zona limiar da península mexicana de Iucatão que um capricho da evolução das espécies nos permitiu visitar.
Chichen Itza, Iucatão, México

À Beira do Cenote, no Âmago da Civilização Maia

Entre os séculos IX a XIII d.C., Chichen Itza destacou-se como a cidade mais importante da Península do Iucatão e do vasto Império Maia. Se a Conquista Espanhola veio precipitar o seu declínio e abandono, a história moderna consagrou as suas ruínas Património da Humanidade e Maravilha do Mundo.
Uxmal, Iucatão, México

A Capital Maia que Se Empilhou Até ao Colapso

O termo Uxmal significa construída três vezes. Na longa era pré-Hispânica de disputa do mundo Maia, a cidade teve o seu apogeu, correspondente ao cimo da Pirâmide do Adivinho no seu âmago. Terá sido abandonada antes da Conquista Espanhola do Iucatão. As suas ruínas são das mais intactas da Península do Iucatão.
Izamal, México

A Cidade Mexicana, Santa, Bela e Amarela

Até à chegada dos conquistadores espanhóis, Izamal era um polo de adoração do deus Maia supremo Itzamná e Kinich Kakmó, o do sol. Aos poucos, os invasores arrasaram as várias pirâmides dos nativos. No seu lugar, ergueram um grande convento franciscano e um prolífico casario colonial, com o mesmo tom solar em que a cidade hoje católica resplandece.
Campeche, México

Campeche Sobre Can Pech

Como aconteceu por todo o México, os conquistadores chegaram, viram e venceram. Can Pech, a povoação maia, contava com quase 40 mil habitantes, palácios, pirâmides e uma arquitetura urbana exuberante, mas, em 1540, subsistiam menos de 6 mil nativos. Sobre as ruínas, os espanhóis ergueram Campeche, uma das mais imponentes cidades coloniais das Américas.
Mérida, México

A Mais Exuberante das Méridas

Em 25 a.C, os romanos fundaram Emerita Augusta, capital da Lusitânia. A expansão espanhola gerou três outras Méridas no mundo. Das quatro, a capital do Iucatão é a mais colorida e animada, resplandecente de herança colonial hispânica e vida multiétnica.
Cobá a Pac Chen, México

Das Ruínas aos Lares Maias

Na Península de Iucatão, a história do segundo maior povo indígena mexicano confunde-se com o seu dia-a-dia e funde-se com a modernidade. Em Cobá, passámos do cimo de uma das suas pirâmides milenares para o coração de uma povoação dos nossos tempos.
San Cristóbal de Las Casas, México

O Lar Doce Lar da Consciência Social Mexicana

Maia, mestiça e hispânica, zapatista e turística, campestre e cosmopolita, San Cristobal não tem mãos a medir. Nela, visitantes mochileiros e activistas políticos mexicanos e expatriados partilham uma mesma demanda ideológica.
Campeche, México

Um Bingo tão lúdico que se joga com bonecos

Nas noites de sextas um grupo de senhoras ocupam mesas do Parque Independencia e apostam ninharias. Os prémios ínfimos saem-lhes em combinações de gatos, corações, cometas, maracas e outros ícones.

Cidade do México, México

Alma Mexicana

Com mais de 20 milhões de habitantes numa vasta área metropolitana, esta megalópole marca, a partir do seu cerne de zócalo, o pulsar espiritual de uma nação desde sempre vulnerável e dramática.

Champotón, México

Rodeo Debaixo de Sombreros

Champoton, em Campeche, acolhe uma feira honra da Virgén de La Concepción. O rodeo mexicano sob sombreros local revela a elegância e perícia dos vaqueiros da região.
San Cristobal de las Casas a Campeche, México

Uma Estafeta de Fé

Equivalente católica da Nª Sra. de Fátima, a Nossa Senhora de Guadalupe move e comove o México. Os seus fiéis cruzam-se nas estradas do país, determinados em levar a prova da sua fé à patrona das Américas.
Campeche, México

Há 200 Anos a Brincar com a Sorte

No fim do século XVIII, os campechanos renderam-se a um jogo introduzido para esfriar a febre das cartas a dinheiro. Hoje, jogada quase só por abuelitas, a loteria local pouco passa de uma diversão.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
O rio Zambeze, PN Mana Poools
Safari
Kanga Pan, Mana Pools NP, Zimbabwe

Um Manancial Perene de Vida Selvagem

Uma depressão situada a 15km para sudeste do rio Zambeze retém água e minerais durante toda a época seca do Zimbabué. A Kanga Pan, como é conhecida, nutre um dos ecossistemas mais prolíficos do imenso e deslumbrante Parque Nacional Mana Pools.
Monte Lamjung Kailas Himal, Nepal, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 2º - Chame a Upper PisangNepal

(I)Eminentes Annapurnas

Despertamos em Chame, ainda abaixo dos 3000m. Lá  avistamos, pela primeira vez, os picos nevados e mais elevados dos Himalaias. De lá partimos para nova caminhada do Circuito Annapurna pelos sopés e encostas da grande cordilheira. Rumo a Upper Pisang.
Visitantes nas ruínas de Talisay, ilha de Negros, Filipinas
Arquitectura & Design
Talisay City, Filipinas

Monumento a um Amor Luso-Filipino

No final do século XIX, Mariano Lacson, um fazendeiro filipino e Maria Braga, uma portuguesa de Macau, apaixonaram-se e casaram. Durante a gravidez do que seria o seu 11º filho, Maria sucumbiu a uma queda. Destroçado, Mariano ergueu uma mansão em sua honra. Em plena 2ª Guerra Mundial, a mansão foi incendiada mas as ruínas elegantes que resistiram eternizam a sua trágica relação.
Era Susi rebocado por cão, Oulanka, Finlandia
Aventura
PN Oulanka, Finlândia

Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
Corrida de camelos, Festival do Deserto, Sam Sam Dunes, Rajastão, Índia
Cerimónias e Festividades
Jaisalmer, Índia

Há Festa no Deserto do Thar

Mal o curto Inverno parte, Jaisalmer entrega-se a desfiles, a corridas de camelos e a competições de turbantes e de bigodes. As suas muralhas, ruelas e as dunas em redor ganham mais cor que nunca. Durante os três dias do evento, nativos e forasteiros assistem, deslumbrados, a como o vasto e inóspito Thar resplandece afinal de vida.
Rua de São Pedro Atacama, Chile
Cidades
San Pedro de Atacama, Chile

São Pedro de Atacama: a Vida em Adobe no Mais Árido dos Desertos

Os conquistadores espanhóis tinham partido e o comboio desviou as caravanas de gado e nitrato. San Pedro recuperava a paz mas uma horda de forasteiros à descoberta da América do Sul invadiu o pueblo.
Moradora obesa de Tupola Tapaau, uma pequena ilha de Samoa Ocidental.
Comida
Tonga, Samoa Ocidental, Polinésia

Pacífico XXL

Durante séculos, os nativos das ilhas polinésias subsistiram da terra e do mar. Até que a intrusão das potências coloniais e a posterior introdução de peças de carne gordas, da fast-food e das bebidas açucaradas geraram uma praga de diabetes e de obesidade. Hoje, enquanto boa parte do PIB nacional de Tonga, de Samoa Ocidental e vizinhas é desperdiçado nesses “venenos ocidentais”, os pescadores mal conseguem vender o seu peixe.
Intersecção
Cultura
Hungduan, Filipinas

Filipinas em Estilo Country

Os GI's partiram com o fim da 2ª Guerra Mundial mas a música do interior dos EUA que ouviam ainda anima a Cordillera de Luzon. É de tricycle e ao seu ritmo que visitamos os terraços de arroz de Hungduan.
Fogo artifício de 4 de Julho-Seward, Alasca, Estados Unidos
Desporto
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
ilha Streymoy, Ilhas Faroe, Tjornuvik, Gigante e Bruxa
Em Viagem
Streymoy, Ilhas Faroé

Streymoy Acima, ao Sabor da Ilha das Correntes

Deixamos a capital Torshavn rumo a norte. Cruzamos de Vestmanna para a costa leste de Streymoy. Até chegarmos ao extremo setentrional de Tjornuvík, deslumbramo-nos vezes sem conta com a excentricidade verdejante da maior ilha faroesa.
Encontro das águas, Manaus, Amazonas, Brasil
Étnico
Manaus, Brasil

Ao Encontro do Encontro das Águas

O fenómeno não é único mas, em Manaus, reveste-se de uma beleza e solenidade especial. A determinada altura, os rios Negro e Solimões convergem num mesmo leito do Amazonas mas, em vez de logo se misturarem, ambos os caudais prosseguem lado a lado. Enquanto exploramos estas partes da Amazónia, testemunhamos o insólito confronto do Encontro das Águas.
Ocaso, Avenida dos Baobás, Madagascar
Portfólio Fotográfico Got2Globe

Dias Como Tantos Outros

Fim do dia no lago da barragem do rio Teesta, em Gajoldoba, Índia
História
Dooars, Índia

Às Portas dos Himalaias

Chegamos ao limiar norte de Bengala Ocidental. O subcontinente entrega-se a uma vasta planície aluvial preenchida por plantações de chá, selva, rios que a monção faz transbordar sobre arrozais sem fim e povoações a rebentar pelas costuras. Na iminência da maior das cordilheiras e do reino montanhoso do Butão, por óbvia influência colonial britânica, a Índia trata esta região deslumbrante por Dooars.
Ilha Maurícia, viagem Índico, queda de água de Chamarel
Ilhas
Maurícias

Uma Míni Índia nos Fundos do Índico

No século XIX, franceses e britânicos disputaram um arquipélago a leste de Madagáscar antes descoberto pelos portugueses. Os britânicos triunfaram, re-colonizaram as ilhas com cortadores de cana-de-açúcar do subcontinente e ambos admitiram a língua, lei e modos francófonos precedentes. Desta mixagem, surgiu a exótica Maurícia.
costa, fiorde, Seydisfjordur, Islandia
Inverno Branco
Seydisfjordur, Islândia

Da Arte da Pesca à Pesca da Arte

Quando armadores de Reiquejavique compraram a frota pesqueira de Seydisfjordur, a povoação teve que se adaptar. Hoje, captura discípulos da arte de Dieter Roth e outras almas boémias e criativas.
Enseada, Big Sur, Califórnia, Estados Unidos
Literatura
Big Sur, E.U.A.

A Costa de Todos os Refúgios

Ao longo de 150km, o litoral californiano submete-se a uma vastidão de montanha, oceano e nevoeiro. Neste cenário épico, centenas de almas atormentadas seguem os passos de Jack Kerouac e Henri Miller.
Visitante, Michaelmas Cay, Grande Barreira de Recife, Australia
Natureza
Michaelmas Cay, Austrália

A Milhas do Natal (parte I)

Na Austrália, vivemos o mais incaracterístico dos 24os de Dezembro. Zarpamos para o Mar de Coral e desembarcamos num ilhéu idílico que partilhamos com gaivinas-de-bico-laranja e outras aves.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
bandeira argentina no lago-glaciar perito moreno-argentina
Parques Naturais
Perito Moreno, Argentina

O Glaciar Que Resiste

O aquecimento é supostamente global mas não chega a todo o lado. Na Patagónia, alguns rios de gelo resistem.De tempos a tempos, o avanço do Perito Moreno provoca derrocadas que fazem parar a Argentina
Buda Vairocana, templo Todai ji, Nara, Japão
Património Mundial UNESCO
Nara, Japão

O Berço Colossal do Budismo Nipónico

Nara deixou, há muito, de ser capital e o seu templo Todai-ji foi despromovido. Mas o Grande Salão mantém-se o maior edifício antigo de madeira do Mundo. E alberga o maior buda vairocana de bronze.
Mascarado de Zorro em exibição num jantar da Pousada Hacienda del Hidalgo, El Fuerte, Sinaloa, México
Personagens
El Fuerte, Sinaloa, México

O Berço de Zorro

El Fuerte é uma cidade colonial do estado mexicano de Sinaloa. Na sua história, estará registado o nascimento de Don Diego de La Vega, diz-se que numa mansão da povoação. Na sua luta contra as injustiças do jugo espanhol, Don Diego transformava-se num mascarado esquivo. Em El Fuerte, o lendário “El Zorro” terá sempre lugar.
Parque Nacional Cahuita, Costa Rica, Caribe, Punta Cahuita vista aérea
Praias
Cahuita, Costa Rica

Uma Costa Rica de Rastas

Em viagem pela América Central, exploramos um litoral da Costa Rica tão afro quanto das Caraíbas. Em Cahuita, a Pura Vida inspira-se numa fé excêntrica em Jah e numa devoção alucinante pela cannabis.
Religião
Circuito Annapurna: 5º - Ngawal a BragaNepal

Rumo a Braga. A Nepalesa.

Passamos nova manhã de meteorologia gloriosa à descoberta de Ngawal. Segue-se um curto trajecto na direcção de Manang, a principal povoação no caminho para o zénite do circuito Annapurna. Ficamo-nos por Braga (Braka). A aldeola não tardaria a provar-se uma das suas mais inolvidáveis escalas.
Composição Flam Railway abaixo de uma queda d'água, Noruega
Sobre Carris
Nesbyen a Flam, Noruega

Flam Railway: Noruega Sublime da Primeira à Última Estação

Por estrada e a bordo do Flam Railway, num dos itinerários ferroviários mais íngremes do mundo, chegamos a Flam e à entrada do Sognefjord, o maior, mais profundo e reverenciado dos fiordes da Escandinávia. Do ponto de partida à derradeira estação, confirma-se monumental esta Noruega que desvendamos.
Kente Festival Agotime, Gana, ouro
Sociedade
Kumasi a Kpetoe, Gana

Uma Viagem-Celebração da Moda Tradicional Ganesa

Após algum tempo na grande capital ganesa ashanti cruzamos o país até junto à fronteira com o Togo. Os motivos para esta longa travessia foram os do kente, um tecido de tal maneira reverenciado no Gana que diversos chefes tribais lhe dedicam todos os anos um faustoso festival.
Amaragem, Vida à Moda Alasca, Talkeetna
Vida Quotidiana
Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Transpantaneira pantanal do Mato Grosso, capivara
Vida Selvagem
Pantanal do Mato Grosso, Brasil

Transpantaneira, Pantanal e Confins do Mato Grosso

Partimos do coração sul-americano de Cuiabá para sudoeste e na direcção da Bolívia. A determinada altura, a asfaltada MT060 passa sob um portal pitoresco e a Transpantaneira. Num ápice, o estado brasileiro de Mato Grosso alaga-se. Torna-se um Pantanal descomunal.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.