Little Havana, E.U.A.

A Pequena Havana dos Inconformados


Uma espécie de portal
Morador passa em frente ao moral que dá as vindas a quem visita Little Havana.
Domino Park
O centro de dominó e de convívio onde confraternizam diariamente milhares de cubanos.
Art Distric Cigars
Lionel Mackoy e um amigo fumam charutos cubanos no exterior do Art District Cigars.
Galos de cuba
Uma das muitas esculturas de galos disseminadas pela ruas de Little Havana.
Hola América
Grafitti com óbvia inspiração cubana num beco meio escondido de Little Havana.
Presidentes das Américas
Mural do Domino Park que ilustra os presidentes de estado do Caribe e das Américas, durante a cimeira de 1994.
No céu e na terra
Avião dos E.U.A. sobrevoa o litoral da Flórida e, na aparência, a fachada do Teatro de las Bellas Artes.
Pós-matiné
O edifício do Tower Theater, uma espécie de farol multicultural do bairro.
Ao longo das décadas e até aos dias de hoje, milhares de cubanos cruzaram o estreito da Florida em busca da terra da liberdade e da oportunidade. Com os E.U.A. ali a meros 145 km, muitos não foram mais longe. A sua Little Havana de Miami é, hoje, o bairro mais emblemático da diáspora cubana.

Vigora a grelha geométrica em que se espraia a grande e moderna Miami.

Ainda assim, as novas tecnologias de navegação, as várias esculturas garridas de galos disseminadas que representam o orgulho cívico dos moradores e a concentração de negócios conceptualmente cubanos dão-nos a certeza de que chegámos à Little Havana.

Como acontece com qualquer visitante, o objectivo principal da incursão a esta capital cubana “B” é a Calle ocho, o âmago linear do bairro. Depressa memorizamos referências.

Passamos a escolher como perpendiculares a 16th ou 17th Street. Dessas intersecções, percorremos a Ocho até chegarmos ao pitoresco Domino Park onde conseguimos estacionamento gratuito, coisa rara por aqueles lados.

“Máximo Gómez” Park: o Centro de Convívio e Assembleia Política de Little Havana

Frequentado por dezenas de cubanos radicados, o Domino “Máximo Gómez” Park, funciona como uma espécie de assembleia local.

Junto à entrada, vários homens de meia-idade para cima e com sombreros típicos da ilha materna partilham dois ou três bancos de rua. Também repartem o fumo de charutos que outros tantos deles se entretêm a fumar.

Na maior parte dos casos, não terá sido fácil o seu êxodo do sufoco dictatorial imposto pelo recém-falecido Fidel Castro.

Poderá ser o jeito latino de falar mas, quando deles nos aproximamos, dá-nos a ideia de que celebram a liberdade no volume o mais elevado que as suas cordas vocais alcançam.

Domino Park

O centro de dominó e de convívio onde confraternizam diariamente milhares de cubanos.

O debate político é de tal maneira aceso que receamos que os contendentes partam para vias de facto. A presença contínua de um segurança numa casinhola mal-arrumada num recanto do Domino Park leva-nos a crer que, a acontecer, não será a primeira vez.

Little Havana e a Contribuição da Florida Cubana para a Eleição de Donald Trump

Por altura da nossa visita, Donald Trump tinha arrecadado a presidência dos E.U.A. havia menos de um mês. O seu triunfo no estado da Flórida provou-se decisivo. Contra todas as expectativas, o voto dos cubanos-americanos de Miami foi preponderante para esse resultado e uma boa parte dos analistas atribuiu as culpas a Barack Obama.

A 14 de Outubro de 2016, o presidente cessante aliviou o embargo a Cuba pela permissão aos visitantes norte-americanos de trazerem da ilha quantidades ilimitadas de charutos e de rum. Doze dias depois, Obama fez os E.U.A. absterem-se pela primeira vez num voto das Nações Unidas contra aquele mesmo embargo.

As medidas terão desagradado sobretudo aos cubanos-americanos com mais idade que não compreendem o desafogo da condenação do regime cubano sem que haja abertura do outro lado do estreito.

Trump, esse, não perdoou. A 25 de Outubro, encontrou-se com a Associação de Veteranos da Baía dos Porcos e recebeu o seu apoio.

Aproveitou ainda a benesse para acusar Obama e Hillary Clinton de auxiliarem o regime agora liderado por Raul Castro. Ao mesmo tempo, acirrou disputas nunca antes sonhadas no seio das famílias e distintas gerações cubanas exiladas ou descendentes.

A Vida Colorida e Latina no Domino Park e na Little Havana em Geral

Por mais exuberante que se revelasse, a discussão a que assistíamos não passava de uma expressão do inesperado conflito, com extensão nas mesas de dominó em que as peças estrepitavam sob uma tensão lúdica pouco frequente.

Puxamos pelo castelhano e vencemos a estranheza e a reticência dos jogadores face à nossa aproximação de máquinas fotográficas em riste. Alguns dos jogadores põem-se à vontade a fazerem pouco de rivais com pontos fracos: “Fotografem aqui o gringo! Ele sempre quis ser modelo” atira um deles a gozar com o jogador do lado que esconde o carrilhão nas mãos e a face sob um chapéu acobóiado.

Deixamo-los por momentos. Investigarmos o mural em que surgem figuras dos Presidentes do Caribe e da América do Sul, pintado, em 1994, quando Miami foi sede de uma cimeira das Américas.

Presidentes das Américas

Mural do Domino Park que ilustra os presidentes de estado do Caribe e das Américas, durante a cimeira de 1994.

Uma nova altercação, desta feita entre dois jogadores, volta a reclamar-nos a atenção e a do segurança que hesita entre intervir e ver no que dá.

Para lá do gradeamento do parque, a Calle Ocho ocupa as vidas dos residentes da Little Havana, nos dias que correm já não só cubanos apesar de estes continuarem a chegar.

A Calle Ocho e as Otras Calles Não Tão Emblemáticas de Little Havana

Também lhe pertencem agora nicaraguenses e hondurenhos, afro-americanos e uns 10% de brancos não hispânicos, vários deles donos de novos negócios nas zonas mais desejadas de Miami incluindo Miami Beach.

Foram três os fins de dia que passámos em Little Havana, sobre ocasos suaves do Inverno morno e época seca de Miami, com o sol a desfazer-se num laranja quase comunista a Oeste do casario baixo e os neons simples a reclamarem as retinas dos forasteiros.

Do lado de lá do Domino Park, o Tower Theater brilha com elegância.

Pós-matiné

O edifício do Tower Theater, uma espécie de farol multicultural do bairro.

Durante o fim dos anos 50 e 60, quando inúmeros refugiados cubanos chegavam a Miami e a Calle Ocho acolhia os recomeçares dos balseros e outros, os filmes projectados nas suas salas serviam de passatempo mas, mesmo que de uma forma inconsciente, de introdução ao modo de vida americano.

Tower Theater de Little Havana: uma Janela do Bairro para o Mundo

Assim aconteceu durante quase 60 anos até que, em 1984, o cinema foi encerrado. Em 2002, a universidade estatal de Miami Dade assumiu os seus destinos.

Desde então, passou a hospedar o Miami International Fim Festival. Nos dias que correm, a sala funciona como uma espécie de farol da multiculturalidade de Little Havana.

Ostenta um visual de Medeia de Miami e exibe filmes afins produzidos um pouco por todo o mundo. Passa por ele o Walk of Fame local, que homenageia vedetas latinas do mundo do espectáculo, casos da dançarina cubana de salsa Célia Cruz e da cantora Glória Estefan.

O lusco-fusco entra em cena. Apressamo-nos a apreciar mais alguns dos murais da Calle Ocho, seus becos e ruas perpendiculares grafitados com a beleza de uma 8ª Arte. Ficamos com sede.

Uma espécie de portal

Morador passa em frente ao moral que dá as vindas a quem visita Little Havana.

Entramos num pequeno bar-restaurante em que um quase velhote cubano janta ao balcão e alimenta uma conversa conveniente com a empregada que mais o seduzia, tudo no castelhano suave e musical do Caribe, com as Florida Keys e Key West, logo ali abaixo.

As Excêntricas Limitações Alcoólicas  Locais

Sentamo-nos três cadeiras ao lado. Pedimos um smoothie e uma cerveza Hatuey, Cuban Style Ale mas produzida na Florida como aconteceu com tudo o que é cubano por aqueles lados, após o doloroso virar de costas decretado pelo agravamento do embargo de 1962.

“Nós aqui só vendemos bebidas a quem também compra alimentos!” informa-nos a jovem empregada que logo regressa ao convívio com o cliente senior. “Mas isso é uma regra das autoridades de Miami ou é algo aqui do bar?” retorquimos ligeiramente indignados.

“Não, não! Esta, para variar, é só de cá do bar. O patrão lá tem as suas razões.” “Bom, sendo assim, vamos querer duas empanadas, daquelas ali. Já lá as vamos escolher.”

Recuperamos energias. Ao voltarmos à Calle Ocho, achamo-nos num cenário nocturno.

No céu e na terra

Avião dos E.U.A. sobrevoa o litoral da Flórida e, na aparência, a fachada do Teatro de las Bellas Artes.

Sem sabermos muito bem como, não tardamos a regressar ao âmbito cinematográfico.

A Inesperada Conversa com um Pretenso Samuel L. Jackson

À imagem de Cuba, a Little Havana não faz sentido sem as suas lojas, fábricas e salões de charutos.

Fotografamos um deles, o “Art District Cigars” quando um cliente do lado de dentro da montra resolve meter-se connosco e animar as imagens. Volvidos alguns minutos, regressamos à loja fumarenta.

Art Distric Cigars

Lionel Mackoy e um amigo fumam charutos cubanos no exterior do Art District Cigars.

Sentado na companhia de um amigo numa mini-esplanada à porta, o mesmo atrevido aborda-nos.  Encaramo-lo e podíamos jurar que estávamos perante Samuel L. Jackson mas não nos queremos precipitar já que, pelo menos nos filmes em que entra, Jackson é um verdadeiro camaleão.

Estimulado por algum álcool e ávido de convívio e diversão, o homem puxa pelo charuto e pela conversa enquanto o amigo se mantém à defesa, intimidado pela cobertura mediática que antes nos vira dar ao estabelecimento.

Até que surge Alberto, um terceiro compincha que vivera no Brasil, lá tinha amigos e fazia questão de praticar o português enferrujado. E Marco, o dono do estabelecimento. Todos se pareciam conhecer de há muito.

Por essa altura, o afro-americano com quem disparatávamos, apresentava-se mas foi interrompido pelo dono do lugar. “esperem, é agora que ele vos vai impingir um nome qualquer. Mas vocês não estão a ver quem ele é? Esta cara não vos diz nada? É o Samuel L. Jackson, rapazes!“

Ficamos estupefactos. Afinal, era mesmo? “Confrontado com a nossa dúvida, o até então, extrovertido e desenvergonhado alvo das atenções mostra-se atrapalhado. “Não, não sou nada! Ele é maluco.” Voltamos a examinar o seu perfil.

Apuramos que, ou a vestia de propósito para passar despercebido, ou a roupa que trajava era demasiado clássica para o actor que deu vida a Jules, o gangster sempre cool de “Pulp Fiction”. Resolvemos deixar a conversa fluir mas a situação só se torna mais excêntrica.

A Intervenção de um Ciclista Cubano que Esteve na Guerra em Angola

Passa um ciclista negro que nos parece inebriado. Começa por nos pedir uns dólares mas diversifica a abordagem e acaba por apurar que somos portugueses.

“Portugueses, não acredito! Eu fui militar. Sabem que estive a lutar em Angola?!” “Isto é verdade?”, perguntamos ao grupo de amigos, nós cada vez mais assoberbados com tanta incerteza e surrealismo.

“É verdade que ele esteve numa data de sítios mas, se fosse a vocês, não lhe ligava muito. Ele farta-se de inventar.”

A acreditarmos nas suas anteriores palavras, o conselho vinha de Lionel McKoy, não de Samuel L. Jackson.

E, a continuarmos a nele crer, também Lionel era um militar ou ex-militar. Tinha passado pelas Lajes num dia de muito vento que o fez impressionar-se ainda mais com o fim-do-mundo em que, a esforço, o avião em que seguia conseguira aterrar.

O email que nos escreveu para mantermos contacto começava por ussmidwaycv41, o nome de um porta-aviões dos E.U.A.

A Crise dos Mísseis que Antecedeu a Diáspora e a Fundação da Little Havana

Em 1962, durante a Crise dos Mísseis, foram o cruzador USS Newport News e o USS Leary os navios bandeira do bloqueio naval imposto pelos E.U.A. com o objectivo de evitar a chegada de mais embarcações soviéticas carregadas de armamento nuclear para ser instalado em Cuba.

Por essa altura, os Estados Unidos e a União Soviética conseguiram, em última instância, evitar uma guerra que poderia ter sido apocalíptica.

A 28 de Setembro de 1965, Fidel Castro anunciou que os cubanos que desejassem emigrar o poderiam fazer a começar em 10 de Outubro. Mais de um milhão e meio de cubanos se mudaram da sua ilha natal para os Estados Unidos.

Hola América

Grafitti com óbvia inspiração cubana num beco meio escondido de Little Havana.

Quase um milhão vive, hoje, na Florida, na sua maioria em Miami, cidade em que um terço da população tem origem cubana.

A Little Havana que explorávamos é apenas o pequeno coração norte-americano de Cuba.

Key West, Estados Unidos

O Recreio Caribenho de Hemingway

Efusivo como sempre, Ernest Hemingway qualificou Key West como “o melhor lugar em que tinha estado...”. Nos fundos tropicais dos E.U.A. contíguos, encontrou evasão e diversão tresloucada e alcoolizada. E a inspiração para escrever com intensidade a condizer.
Key West, E.U.A.

O Faroeste Tropical dos E.U.A.

Chegamos ao fim da Overseas Highway e ao derradeiro reduto das propagadas Florida Keys. Os Estados Unidos continentais entregam-se, aqui, a uma deslumbrante vastidão marinha esmeralda-turquesa. E a um devaneio meridional alentado por uma espécie de feitiço caribenho.
Florida Keys, E.U.A.

A Alpondra Caribenha dos E.U.A.

Os Estados Unidos continentais parecem encerrar-se, a sul, na sua caprichosa península da Flórida. Não se ficam por aí. Mais de cem ilhas de coral, areia e mangal formam uma excêntrica extensão tropical que há muito seduz os veraneantes norte-americanos.
Miami, E.U.A.

Uma Obra-Prima da Reabilitação Urbana

Na viragem para o século XXI, o bairro Wynwood mantinha-se repleto de fábricas e armazéns abandonados e grafitados. Tony Goldman, um investidor imobiliário astuto, comprou mais de 25 propriedades e fundou um parque mural. Muito mais que ali homenagear o grafiti, Goldman fundou o grande bastião da criatividade de Miami.
Miami Beach, E.U.A.

A Praia de Todas as Vaidades

Poucos litorais concentram, ao mesmo tempo, tanto calor e exibições de fama, de riqueza e de glória. Situada no extremo sudeste dos E.U.A., Miami Beach tem acesso por seis pontes que a ligam ao resto da Florida. É parco para o número de almas que a desejam.
Melbourne, Austrália

Uma Austrália "Asienada"

Capital cultural aussie, Melbourne também é frequentemente eleita a cidade com melhor qualidade de vida do Mundo. Quase um milhão de emigrantes orientais aproveitaram este acolhimento imaculado.
Little India, Singapura

Little Índia. A Singapura de Sari

São uns milhares de habitantes em vez dos 1.3 mil milhões da pátria-mãe mas não falta alma à Little India, um bairro da ínfima Singapura. Nem alma, nem cheiro a caril e música de Bollywood.
Tombstone, E.U.A.

Tombstone: a Cidade Demasiado Dura para Morrer

Filões de prata descobertos no fim do século XIX fizeram de Tombstone um centro mineiro próspero e conflituoso na fronteira dos Estados Unidos com o México. Lawrence Kasdan, Kurt Russel, Kevin Costner e outros realizadores e actores hollywoodescos tornaram famosos os irmãos Earp e o duelo sanguinário de “O.K. Corral”. A Tombstone que, ao longo dos tempos tantas vidas reclamou, está para durar.
Grand Canyon, E.U.A.

Viagem pela América do Norte Abismal

O rio Colorado e tributários começaram a fluir no planalto homónimo há 17 milhões de anos e expuseram metade do passado geológico da Terra. Também esculpiram uma das suas mais deslumbrantes entranhas.
Monte Denali, Alasca

O Tecto Sagrado da América do Norte

Os indígenas Athabascan chamaram-no Denali, ou o Grande e reverenciam a sua altivez. Esta montanha deslumbrante suscitou a cobiça dos montanhistas e uma longa sucessão de ascensões recordistas.
Juneau, Alasca

A Pequena Capital do Grande Alasca

De Junho a Agosto, Juneau desaparece por detrás dos navios de cruzeiro que atracam na sua doca-marginal. Ainda assim, é nesta pequena capital que se decidem os destinos do 49º estado norte-americano.
Monument Valley, E.U.A.

Índios ou cowboys?

Realizadores de Westerns emblemáticos como John Ford imortalizaram aquele que é o maior território indígena dos Estados Unidos. Hoje, na Nação Navajo, os navajo também vivem na pele dos velhos inimigos.
Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Las Vegas, E.U.A.

Onde o Pecado tem Sempre Perdão

Projectada do Deserto Mojave como uma miragem de néon, a capital norte-americana do jogo e do espectáculo é vivida como uma aposta no escuro. Exuberante e viciante, Vegas nem aprende nem se arrepende.
Navajo Nation, E.U.A.

Por Terras da Nação Navajo

De Kayenta a Page, com passagem pelo Marble Canyon, exploramos o sul do Planalto do Colorado. Dramáticos e desérticos, os cenários deste domínio indígena recortado no Arizona revelam-se esplendorosos.
Vale da Morte, E.U.A.

O Ressuscitar do Lugar Mais Quente

Desde 1921 que Al Aziziyah, na Líbia, era considerado o lugar mais quente do Planeta. Mas a polémica em redor dos 58º ali medidos fez com que, 99 anos depois, o título fosse devolvido ao Vale da Morte.
São Francisco, E.U.A.

Cable Cars de São Francisco: uma Vida aos Altos e Baixos

Um acidente macabro com uma carroça inspirou a saga dos cable cars de São Francisco. Hoje, estas relíquias funcionam como uma operação de charme da cidade do nevoeiro mas também têm os seus riscos.
Mauna Kea, Havai

Mauna Kea: um Vulcão de Olho no Espaço

O tecto do Havai era interdito aos nativos por abrigar divindades benevolentes. Mas, a partir de 1968 várias nações sacrificaram a paz dos deuses e ergueram a maior estação astronómica à face da Terra
Pearl Harbor, Havai

O Dia em que o Japão foi Longe Demais

Em 7 de Dezembro de 1941, o Japão atacou a base militar de Pearl Harbor. Hoje, partes do Havai parecem colónias nipónicas mas os EUA nunca esquecerão a afronta.
PN Katmai, Alasca

Nos Passos do Grizzly Man

Timothy Treadwell conviveu Verões a fio com os ursos de Katmai. Em viagem pelo Alasca, seguimos alguns dos seus trilhos mas, ao contrário do protector tresloucado da espécie, nunca fomos longe demais.
hipopotamos, parque nacional chobe, botswana
Safari
PN Chobe, Botswana

Chobe: um rio na Fronteira da Vida com a Morte

O Chobe marca a divisão entre o Botswana e três dos países vizinhos, a Zâmbia, o Zimbabwé e a Namíbia. Mas o seu leito caprichoso tem uma função bem mais crucial que esta delimitação política.
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 5º - Ngawal a BragaNepal

Rumo a Braga. A Nepalesa.

Passamos nova manhã de meteorologia gloriosa à descoberta de Ngawal. Segue-se um curto trajecto na direcção de Manang, a principal povoação no caminho para o zénite do circuito Annapurna. Ficamo-nos por Braga (Braka). A aldeola não tardaria a provar-se uma das suas mais inolvidáveis escalas.
Igreja colonial de São Francisco de Assis, Taos, Novo Mexico, E.U.A
Arquitectura & Design
Taos, E.U.A.

A América do Norte Ancestral de Taos

De viagem pelo Novo México, deslumbramo-nos com as duas versões de Taos, a da aldeola indígena de adobe do Taos Pueblo, uma das povoações dos E.U.A. habitadas há mais tempo e em contínuo. E a da Taos cidade que os conquistadores espanhóis legaram ao México, o México cedeu aos Estados Unidos e que uma comunidade criativa de descendentes de nativos e artistas migrados aprimoram e continuam a louvar.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Aventura
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
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Cerimónias e Festividades
Albuquerque, E.U.A.

Soam os Tambores, Resistem os Índios

Com mais de 500 tribos presentes, o pow wow "Gathering of the Nations" celebra o que de sagrado subsiste das culturas nativo-americanas. Mas também revela os danos infligidos pela civilização colonizadora.
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Os Saltos e Sobressaltos da ex-Capital Mundial da Borracha

De 1879 a 1912, só a bacia do rio Amazonas gerava o latex de que, de um momento para o outro, o mundo precisou e, do nada, Manaus tornou-se uma das cidades mais avançadas à face da Terra. Mas um explorador inglês levou a árvore para o sudeste asiático e arruinou a produção pioneira. Manaus voltou a provar a sua elasticidade. É a maior cidade da Amazónia e a sétima do Brasil.
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O Sabor a Costa Rica de El Fogón de Lola

Como o nome deixa perceber, o Fogón de Lola de Guapiles serve pratos confeccionados ao fogão e ao forno, segundo tradição familiar costarricense. Em particular, a família da Tia Lola.
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Cultura
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Tequila: a Destilação do Oeste Mexicano que Anima o Mundo

Desiludidos com a falta de vinho e de aguardente, os Conquistadores do México aprimoraram a aptidão indígena milenar de produzir álcool. No século XVII, os espanhóis estavam satisfeitos com a sua pinga e começaram a exportá-la. A partir de Tequila, o pueblo, hoje, centro de região demarcada. E nome por que se tornou famosa.
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O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
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Às Portas dos Himalaias

Chegamos ao limiar norte de Bengala Ocidental. O subcontinente entrega-se a uma vasta planície aluvial preenchida por plantações de chá, selva, rios que a monção faz transbordar sobre arrozais sem fim e povoações a rebentar pelas costuras. Na iminência da maior das cordilheiras e do reino montanhoso do Butão, por óbvia influência colonial britânica, a Índia trata esta região deslumbrante por Dooars.
Capacete capilar
Étnico
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Canibalismo e Cabelo, Velhos Passatempos de Viti Levu, ilhas Fiji

Durante 2500 anos, a antropofagia fez parte do quotidiano de Fiji. Nos séculos mais recentes, a prática foi adornada por um fascinante culto capilar. Por sorte, só subsistem vestígios da última moda.
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O Melhor do Mundo – Portfólio Got2Globe

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Ilhas
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As Ilhas Africanas das Especiarias

Vasco da Gama abriu o Índico ao império luso. No século XVIII, o arquipélago de Zanzibar tornou-se o maior produtor de cravinho e as especiarias disponíveis diversificaram-se, tal como os povos que as disputaram.
Igreja Sta Trindade, Kazbegi, Geórgia, Cáucaso
Inverno Branco
Kazbegi, Geórgia

Deus nas Alturas do Cáucaso

No século XIV, religiosos ortodoxos inspiraram-se numa ermida que um monge havia erguido a 4000 m de altitude e empoleiraram uma igreja entre o cume do Monte Kazbek (5047m) e a povoação no sopé. Cada vez mais visitantes acorrem a estas paragens místicas na iminência da Rússia. Como eles, para lá chegarmos, submetemo-nos aos caprichos da temerária Estrada Militar da Geórgia.
Casal de visita a Mikhaylovskoe, povoação em que o escritor Alexander Pushkin tinha casa
Literatura
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O Escritor que Sucumbiu ao Próprio Enredo

Alexander Pushkin é louvado por muitos como o maior poeta russo e o fundador da literatura russa moderna. Mas Pushkin também ditou um epílogo quase tragicómico da sua prolífica vida.
Cascata de Tamul, Aquismón, Huasteca Potosina, San Luís Potosi, México
Natureza
Aquismón, San Luís Potosi, México

A Água que os Deuses Despejam de Jarros

Nenhuma queda d’água da Huasteca Potosina se compara com a de Tamul, a terceira mais alta do México, com 105 metros de altura e, na época das chuvas, quase 300 metros de largo. De visita à região, saímos na demanda do salto de rio que os indígenas viam como divino.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
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Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Geotermia, Calor da Islândia, Terra do Gelo, Geotérmico, Lagoa Azul
Parques Naturais
Islândia

O Aconchego Geotérmico da Ilha do Gelo

A maior parte dos visitantes valoriza os cenários vulcânicos da Islândia pela sua beleza. Os islandeses também deles retiram calor e energia cruciais para a vida que levam às portas do Árctico.
Jabula Beach, Kwazulu Natal, Africa do Sul
Património Mundial UNESCO
Santa Lucia, África do Sul

Uma África Tão Selvagem Quanto Zulu

Na eminência do litoral de Moçambique, a província de KwaZulu-Natal abriga uma inesperada África do Sul. Praias desertas repletas de dunas, vastos pântanos estuarinos e colinas cobertas de nevoeiro preenchem esta terra selvagem também banhada pelo oceano Índico. Partilham-na os súbditos da sempre orgulhosa nação zulu e uma das faunas mais prolíficas e diversificadas do continente africano.
Ooty, Tamil Nadu, cenário de Bollywood, Olhar de galã
Personagens
Ooty, Índia

No Cenário Quase Ideal de Bollywood

O conflito com o Paquistão e a ameaça do terrorismo tornaram as filmagens em Caxemira e Uttar Pradesh um drama. Em Ooty, constatamos como esta antiga estação colonial britânica assumia o protagonismo.
Teleférico que liga Puerto Plata ao cimo do PN Isabel de Torres
Praias
Puerto Plata, República Dominicana

Prata da Casa Dominicana

Puerto Plata resultou do abandono de La Isabela, a segunda tentativa de colónia hispânica das Américas. Quase meio milénio depois do desembarque de Colombo, inaugurou o fenómeno turístico inexorável da nação. Numa passagem-relâmpago pela província, constatamos como o mar, a montanha, as gentes e o sol do Caribe a mantêm a reluzir.
Sombra vs Luz
Religião
Quioto, Japão

O Templo de Quioto que Renasceu das Cinzas

O Pavilhão Dourado foi várias vezes poupado à destruição ao longo da história, incluindo a das bombas largadas pelos EUA mas não resistiu à perturbação mental de Hayashi Yoken. Quando o admirámos, luzia como nunca.
De volta ao sol. Cable Cars de São Francisco, Vida Altos e baixos
Sobre Carris
São Francisco, E.U.A.

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Corrida de Renas , Kings Cup, Inari, Finlândia
Sociedade
Inari, Finlândia

A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
O projeccionista
Vida Quotidiana
Sainte-Luce, Martinica

Um Projeccionista Saudoso

De 1954 a 1983, Gérard Pierre projectou muitos dos filmes famosos que chegavam à Martinica. 30 anos após o fecho da sala em que trabalhava, ainda custava a este nativo nostálgico mudar de bobine.
Penhascos acima do Valley of Desolation, junto a Graaf Reinet, África do Sul
Vida Selvagem
Graaf-Reinet, África do Sul

Uma Lança Bóer na África do Sul

Nos primeiros tempos coloniais, os exploradores e colonos holandeses tinham pavor do Karoo, uma região de grande calor, grande frio, grandes inundações e grandes secas. Até que a Companhia Holandesa das Índias Orientais lá fundou Graaf-Reinet. De então para cá, a quarta cidade mais antiga da nação arco-íris prosperou numa encruzilhada fascinante da sua história.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.