New Orleans, Luisiana, E.U.A.

A Musa do Grande Sul Americano


French Quarter vs Canal Street
Rua do French Quarter de New Orleans
Tujague’s
Empregado no bar do "Tujague's" um restaurante-bar emblemático de New Orleans.
A Vapor
Um dos barcos a vapor que percorrem o rio Mississipi que cruza New Orleans
Ronnel Johnson
O músico Ronnel Johnson após uma actuação no incontornável Preservation Hall
Barely Legal
Neones de um dos bares da Bourbon Street.
Jazz It Up
"Jazz it Up" um de muitos murais de âmbito musical de New Orleans
1st Line
Banda de rua actua por ocasião do aniversário de uma visitante de New Orleans
Catedral de Saint Louis
a Catedral de Saint Louis
Maison Jazz
Actuação da banda Maison, num bar da Frenchmen Street
Madison Street
A Madison street, ao anoitecer
Streetcar na Canal St.
Um eléctrico percorre a Canal Street
Lafitte Bar
O Lafitte Bar, um dos lugares incontornáveis da Bourbon Street.
Richard Piano Scott Band
Richard Piano Scott e sua banda animam o Fritzels Bar, Bourbon Street.
Muriels
Transeuntes passam em frente ao "Muriels", um dos restaurantes mais antigos e conceituados de New Orleans.
General e ex-Presidente Jackson
Estátua do ex-Presidente dos EUA, Andrew Jackson
Creole Queen
O barco a vapor Creole Queen zarpa para o Mississipi.
Bourbon Street
Multidão preenche a noctívaga e boémia Bourbon Street
Lares Seculares
Casas antigas do French Quarter de New Orleans
Quase noite, Jackson Square
A Jackson square ao anoitecer
Puro Burlesco
Uma das frequentes exibições de burlesco da Jazz House de New Orleans
New Orleans destoa dos fundos conservadores dos E.U.A. como a defensora de todos os direitos, talentos e irreverências. Em tempos francesa, para sempre afrancesada, a cidade do jazz inspira, a novos ritmos contagiantes, a fusão de etnias, culturas, estilos e sabores.

Dariam voltas nos túmulos, os membros da Casa de Bourbon, se lhes chegassem ao outro mundo relatos do que se tornou a rua baptizada em seu nome, na recém-fundada Nouvelle Orleans.

Crepúsculo após crepúsculo, à medida que o céu escurece acima dos arranha-céus e eléctricos pioneiros da Canal St., acentuam-se as luzes e os néones exuberantes da Bourbon Street.

Um eléctrico percorre a Canal Street

Invade-a uma horda de foliões apostados em descomprimir e celebrar a vida, mesmo que isso passe por danar a saúde. Aos poucos, dissemina-se um aroma a cannabis.

Os bares servem bebidas atrás de bebidas, de simples cervejas aos cocktails mais famosos de New Orleans: o Sazerac, bebida oficial da cidade.

Os daiquiris locais, o Ramos Gin Fizz e os seculares Absynthe Frappes, inventados na Old Absynthe House, um dos “bebedouros” incontornáveis da cidade.

Neones de um dos bares da Bourbon Street, o “Barely Legal Club”

Bourbon Street: a New Orleans da Noite sem Fim

Na Bourbon Street, nem todas as bebidas se popularizaram pela elegância e subtileza.

Cruzamo-nos com transeuntes que bebem Hurricanes. Outros, sorvem de Hand Grenades.

Multidão preenche a boémia Bourbon Street

Legalmente servida em meros cinco bares do French Quarter, esta mistura de vodka, rum, gin e licor de melão gera uma euforia adequada à atmosfera circundante.

Em dias de jogos dos Saints – a equipa local de futebol-americano – a cidade veste-se de dourado. Como pudemos testemunhar no festivo “Upper Quarter Bar”, bebe, brinda e festeja pela cadência de cada touchdown conseguido.

Taylor prestes a servir mais dois cocktails, em honra dos New Orleans Saints

De bar em bar, dezenas de bandas e músicos embalam uma crescente ebriedade comunal.

Encontramos de tudo um pouco. Duetos em pianos, hard-rock perfurante, música Country, exibições de drag queens em bares arco-íris.

Uma das frequentes exibições de burlesco da Jazz House de New Orleans

E, a pouca distância, na The Jazz Playhouse, um burlesco ainda mais despido e atrevido.

Mural num bar da Frenchmen Street

A amálgama musical renova-se. Volta a baralhar-se nos bares e palcos da nova coqueluche da noite orleaniana, a Frenchmen Street.

Situada na orla do French Quarter, das suas vivendas coloridas elegantes, dotadas de varandas e terraços de ferro fundido, de pátios interiores ajustados entre paredes.

Rua do French Quarter de New Orleans

O Berço e a Casa Americana do Jazz

Se nos mantivermos pela Bourbon, podemos ainda viajar pelo jazz do século XX de New Orleans.

É esse o estilo “vencido” que assistimos Richard Piano Scott e a sua banda tocarem no bar Fritzels Jazz, inspirado em muitas das bandas reputadas que passaram pelo Preservation Hall durante o século XX.

Richard Piano Scott e sua banda animam o Fritzels Bar, Bourbon Street.

Numa era em que vigorava a segregação racial legalizada após a Guerra Civil Americana, esta sala emblemática acolheu as actuações de pioneiros como Louis Armstrong, Buddy Bolden, de bandas, algumas multirraciais, que se exibiam a um público misto entusiasta.

Louva-os, ainda, o Parque Nacional Histórico de Jazz, criado lado a lado com a Congo Square.

É este último o espaço aberto e verdejante em que, durante o século XIX, os habitantes de cor, escravos ou já livres, se encontravam, comerciavam entre si, dançavam e tocavam tambores considerados percussores do jazz.

Portal para o Louis Armstrong Park

Lá levavam também a cabo rituais africanos mais tarde conotados com o vudu, outro dos esoterismos culturais em que New Orleans se tornou prolífica e que os novos agentes turísticos integraram numa panóplia de tours temáticos:

os da New Orleans assombrada, os gastronómicos, de história, de arquitectura e tantos mais.

New Orleans, Musician Loading Zone

Música até nos sinais de trânsito de New Orleans

Mas, regressemos ao Preservation Hall.

Este salão dos sopros e da percussão subsistiu à segregação e ao tempo. Tornou-se um templo jazzístico de integração e multiculturalidade.

Isto, no mesmo contexto em que, na segunda metade do século XX, milhares de músicos de outras partes dos E.U.A., começaram a ver New Orleans como um porto-seguro dos seus talentos.

O músico Ronnel Johnson após uma actuação no incontornável Preservation Hall

Uma das teorias para a alcunha “The Big Easy” da cidade defende, aliás, que adveio da facilidade com que os músicos encontravam empregos.

A outra, ainda actual, terá resultado da sensação de descontração, hedonismo e criatividade transmitida pelos residentes.

Flagboy Giz e a Música Nova de New Orleans

Eternizam a velha New Orleans talentos emergentes como o de Flagboy Giz que faz de todas as suas músicas celebrações da sua ancestralidade indígena, da vida genuína da cidade, da espectacularidade do Mardi Gras

Flagboy Giz após a sua actuação com os Wild Tchoupitoulas no Beignet Festival de New Orleans

e dos músicos em movimento das First Lines, animadores de eventos e acontecimentos, dos aniversários e casamentos aos funerais.

Como canta Flagboy Giz “I fell in Love at the Second Line“.

O mais famoso dos Flagboys apaixonou-se num cortejo que seguia uma destas bandas andantes.

Banda de rua actua por ocasião do aniversário de uma visitante de New Orleans

Os Artistas de Rua de New Orleans

Para todos os efeitos, incluem-se, na categoria, os “empresários”, artistas e oportunistas da Bourbon Street.

O mascarado de Darth Vader que interpreta Céline Dion.

O homem do pino vestido de pirata, acompanhado de um esqueleto, que massacra o pescoço a posar de cabeça para baixo.

Artista de rua cumpre uma acrobacia, na Bourbon Street.

O casal dono de pitons birmanesas que as cede para selfies e carícias.

Crianças que tocam percussão sobre sets de baldes. Um grupo de breakdancers que, entre as actuações, pratica passes de futebol americano.

Um outro talento por reconhecer que, à entrada da terceira idade, pede 20 dólares para contar anedotas porcas.

São exemplos.

Em qualquer noite, a Bourbon Street e vizinhança, acolhem inúmeras actuações dos mais distintos estilos.

New Orleans, Bourbon Street, Dueto Piano

Dueto em piano num bar da Bourbon Street

Como o faz a Jackson Square, o cerne ribeirinho de New Orleans.

Francesa, por breve tempo, Espanhola: a Génese Colonial de New Orleans

Sobretudo, diante do seu Cabildo, o mais exuberante edifício hispânico, erguido entre 1763 e 1803.

Neste período, fruto de uma negociação inusitada, os Espanhóis governaram o Luisiana. Os britânicos tinham acabado de cobrar a colónia aos franceses, após os terem derrotado na Guerra dos Sete anos.

Logo, em jeito de compensação da integração da Florida no Império Britânico, cederam-na ao Império Espanhol.

Além do Cabildo, os espanhóis reergueram a igreja francesa de St. Louis, arrasada pelo Grande Incêndio de 1788. Decorrida meia década, a igreja foi promovida a catedral diocese de New Orleans.

É uma das mais antigas igrejas em uso contínuo dos E.U.A.

A Jackson square ao anoitecer

A desafiar a catolicidade do lugar, uma comunidade de quiromantes, tarólogas e congéneres instala-se ali diante.

Em dias de excessiva concorrência, estendem mesmo as suas profecias convenientes a trechos da Bourbon Street.

Andrew Jackson, a Jackson Square e o Magnetismo Adocicado do Café du Monde

Num plano histórico, em vez de futurologista, destaca-se do jardim contíguo a estátua equestre do general Andrew Jackson.

Jackson conquistou o estatuto de herói americano controverso, louvado pelos admiradores, pelo seu papel na expansão territorial e consolidação dos Estados Unidos.

Estátua do ex-Presidente dos EUA, Andrew Jackson

Foi eleito o sétimo presidente dos E.U.A. Ocupou o cargo de 1829 a 1837. Faleceu em 1845.

Menos de duas décadas depois, a umas dezenas de metros do monumento que o homenageia, na iminência do Mississípi, nascia o “Café du Monde”, outra das imagens de marca afrancesadas do Vieux Carré de New Orleans.

Pela conveniência dos seus “beignets” acompanhados de café-chicória, adaptamo-lo como pouso predilecto na recuperação das várias dezenas de quilómetros que caminhamos na cidade. À margem do lanche tradicional, o “Café du Monde” prenda-nos com deliciosas expressões de harmonia social.

Por norma, um artista de rua lá entretém os clientes com interpretações de canções norte-americanas famosas. O inesperado, advém das participações especiais.

Quando menos ocupados, os empregados oferecem-se para o substituir e cantam um ou dois dos seus temas favoritos, às tantas, acompanhados por clientes.

Mas o beignet também é uma expressão, com sabor e textura de fartura açucarada, da prolífica gastronomia de New Orleans.

A Gastronomia e os Restaurantes Prodigiosos de “The Big Easy”

Ao contrário de tantos outros domínios de comida insípida, demasiado rápida, dos E.U.A., a Cidade do Crescente do Mississípi assimilou sucessivas receitas trazidas pelos franceses, pelos espanhóis, pelos escravos africanos, pelas gentes crioulas e cajun – descendente de franceses-canadianos instalados nas zonas alagadas (bayous) – de italianos e de tantos outros mais tarde para lá migrados.

Aprimoraram-se, assim, o gumbo, a jambalaya, os lagostins estufados e sandwiches bem guarnecidas como os Po-Boys e as “sicilianas” muffalletas.

Transeuntes passam em frente ao “Muriels”, um dos restaurantes mais antigos e conceituados de New Orleans.

Se é verdade que dezenas de estabelecimentos os anunciam, só uns poucos, com uma antiguidade e espaços condizentes com a riqueza histórica de New Orleans, os servem perfeitos ou quase-perfeitos.

Incluem-se, nesses, os anciãos da restauração Muriel’s, instalado num edifício do meio do século XVIII e o Tujague’s, restaurante estabelecido em 1856 e há muito conceituado.

Empregado no bar do “Tujague’s” um restaurante-bar emblemático de New Orleans.

A Cidade do Crescente do Mississípi

Como tudo o mais, os colonos, os comerciantes, os atacantes e os imigrantes chegaram à cidade pelo Mississípi sinuoso.

Admiramo-lo do topo panorâmico Vue Orleans, da beira-rio e a bordo do navio a vapor “Creole Queen”, um dos três que prendam os forasteiros com a experiência de navegar o Mississípi à moda antiga.

O barco a vapor “Creole Queen” zarpa para o Mississipi.

Situada pouco acima da foz da principal artéria fluvial dos Estados Unidos, New Orleans ocupa a mesma posição fulcral.

Razão de ser de dezenas de batalhas e conflitos, anteriores e posteriores à Guerra Civil Americana cujo desfecho veio viabilizar o fim da Escravatura, como o progressismo libertário que continua a favorecer The Big Easy.

Artista drag anima um bar da Bourbon Street

FICHA DE DESTINO

1 – Miami

2 – New Orleans

COMO IR

Reserve o voo Lisboa – Miami (Flórida), Estados Unidos, com a TAP: flytap.com por a partir de 820€.

De Miami, poderá cumprir a ligação para New Orleans (1h30) por, a partir de 150€, ida-e-volta.

Onde Ficar:

The Mercantile Hotel:

themercantilehotelneworleans.com

Tel.: +1 504 558 1914-1914

Miami, Flórida, E.U.A.

A Porta de Entrada da América Latina

Não é só a localização privilegiada, entre um oceano exuberante e o verde dos Everglades, com a vastidão caribenha logo ali a sul. É o afago tropical, o do clima e o cultural e uma modernidade urbana exemplar. Cada vez mais em castelhano, num contexto latino-americano.
Kennedy Space Center, Florida, Estados Unidos

A Rampa de Lançamento do Programa Espacial Americano

De viagem pela Flórida, desviamos da órbita programada. Apontamos ao litoral atlântico de Merrit Island e do Cabo Canaveral. Lá exploramos o Kennedy Space Center e acompanhamos um dos lançamentos com que a empresa Space X e os Estados Unidos agora almejam o Espaço.
Parque Nacional Everglades, Flórida, E.U.A.

O Grande Rio Ervado da Flórida

Quem sobrevoa o sul do 27º estado espanta-se com a vastidão verde, lisa e ensopada que contrasta com os tons oceânicos em redor. Este ecossistema de pântano-pradaria único nos EUA abriga uma fauna prolífica dominada por 200 mil dos 1.25 milhões de jacarés da Flórida.
Miami Beach, E.U.A.

A Praia de Todas as Vaidades

Poucos litorais concentram, ao mesmo tempo, tanto calor e exibições de fama, de riqueza e de glória. Situada no extremo sudeste dos E.U.A., Miami Beach tem acesso por seis pontes que a ligam ao resto da Florida. É parco para o número de almas que a desejam.
Saint Augustine, Florida, E.U.A.

De Regresso aos Primórdios da Florida Hispânica

A disseminação de atracções turísticas de gosto questionável, torna-se superficial se tivermos em conta a profundidade histórica em questão. Estamos perante a cidade dos E.U.A. contíguos há mais tempo habitada. Desde que os exploradores espanhóis a fundaram, em 1565, que St. Augustine resiste a quase tudo.
Miami, E.U.A.

Uma Obra-Prima da Reabilitação Urbana

Na viragem para o século XXI, o bairro Wynwood mantinha-se repleto de fábricas e armazéns abandonados e grafitados. Tony Goldman, um investidor imobiliário astuto, comprou mais de 25 propriedades e fundou um parque mural. Muito mais que ali homenagear o grafiti, Goldman fundou o grande bastião da criatividade de Miami.
Key West, E.U.A.

O Faroeste Tropical dos E.U.A.

Chegamos ao fim da Overseas Highway e ao derradeiro reduto das propagadas Florida Keys. Os Estados Unidos continentais entregam-se, aqui, a uma deslumbrante vastidão marinha esmeralda-turquesa. E a um devaneio meridional alentado por uma espécie de feitiço caribenho.
Little Havana, E.U.A.

A Pequena Havana dos Inconformados

Ao longo das décadas e até aos dias de hoje, milhares de cubanos cruzaram o estreito da Florida em busca da terra da liberdade e da oportunidade. Com os E.U.A. ali a meros 145 km, muitos não foram mais longe. A sua Little Havana de Miami é, hoje, o bairro mais emblemático da diáspora cubana.
São Francisco, E.U.A.

Cidade do Nevoeiro

Inspirada pelo passado hippie e embalada pelas viagens de cable car acima e abaixo das suas colinas, a população de São Francisco tornou-se numa das mais criativas e artísticas dos Estados Unidos. Debaixo da neblina, esta metrópole californiana amadureceu livre de preconceitos e resiste como a grande musa da inovação sócio-cultural norte-americana.
Florida Keys, E.U.A.

A Alpondra Caribenha dos E.U.A.

Os Estados Unidos continentais parecem encerrar-se, a sul, na sua caprichosa península da Flórida. Não se ficam por aí. Mais de cem ilhas de coral, areia e mangal formam uma excêntrica extensão tropical que há muito seduz os veraneantes norte-americanos.
Las Vegas, E.U.A.

Capital Mundial dos Casamentos vs Cidade do Pecado

A ganância do jogo, a luxúria da prostituição e a ostentação generalizada fazem parte de Las Vegas. Como as capelas que não têm olhos nem ouvidos e promovem matrimónios excêntricos, rápidos e baratos.
Key West, Estados Unidos

O Recreio Caribenho de Hemingway

Efusivo como sempre, Ernest Hemingway qualificou Key West como “o melhor lugar em que tinha estado...”. Nos fundos tropicais dos E.U.A. contíguos, encontrou evasão e diversão tresloucada e alcoolizada. E a inspiração para escrever com intensidade a condizer.
Tombstone, E.U.A.

Tombstone: a Cidade Demasiado Dura para Morrer

Filões de prata descobertos no fim do século XIX fizeram de Tombstone um centro mineiro próspero e conflituoso na fronteira dos Estados Unidos com o México. Lawrence Kasdan, Kurt Russel, Kevin Costner e outros realizadores e actores hollywoodescos tornaram famosos os irmãos Earp e o duelo sanguinário de “O.K. Corral”. A Tombstone que, ao longo dos tempos tantas vidas reclamou, está para durar.
Grand Canyon, E.U.A.

Viagem pela América do Norte Abismal

O rio Colorado e tributários começaram a fluir no planalto homónimo há 17 milhões de anos e expuseram metade do passado geológico da Terra. Também esculpiram uma das suas mais deslumbrantes entranhas.
Monte Denali, Alasca

O Tecto Sagrado da América do Norte

Os indígenas Athabascan chamaram-no Denali, ou o Grande e reverenciam a sua altivez. Esta montanha deslumbrante suscitou a cobiça dos montanhistas e uma longa sucessão de ascensões recordistas.
Juneau, Alasca

A Pequena Capital do Grande Alasca

De Junho a Agosto, Juneau desaparece por detrás dos navios de cruzeiro que atracam na sua doca-marginal. Ainda assim, é nesta pequena capital que se decidem os destinos do 49º estado norte-americano.
Monument Valley, E.U.A.

Índios ou cowboys?

Realizadores de Westerns emblemáticos como John Ford imortalizaram aquele que é o maior território indígena dos Estados Unidos. Hoje, na Nação Navajo, os navajo também vivem na pele dos velhos inimigos.
Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Las Vegas, E.U.A.

Onde o Pecado tem Sempre Perdão

Projectada do Deserto Mojave como uma miragem de néon, a capital norte-americana do jogo e do espectáculo é vivida como uma aposta no escuro. Exuberante e viciante, Vegas nem aprende nem se arrepende.
Navajo Nation, E.U.A.

Por Terras da Nação Navajo

De Kayenta a Page, com passagem pelo Marble Canyon, exploramos o sul do Planalto do Colorado. Dramáticos e desérticos, os cenários deste domínio indígena recortado no Arizona revelam-se esplendorosos.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Serengeti, Grande Migração Savana, Tanzania, gnus no rio
Safari
PN Serengeti, Tanzânia

A Grande Migração da Savana Sem Fim

Nestas pradarias que o povo Masai diz siringet (correrem para sempre), milhões de gnus e outros herbívoros perseguem as chuvas. Para os predadores, a sua chegada e a da monção são uma mesma salvação.
Monges na escadaria do mosteiro Tashi Lha Khang
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 16º - Marpha, Nepal

Marpha e o Fim Antecipado do Circuito

Contados treze dias de caminhada desde a já longínqua Chame, chegamos a Marpha. Abrigada no sopé de uma encosta, na iminência do rio Gandaki, Marpha revela-se a derradeira povoação preservada e encantadora do percurso. O excesso de obras ao longo da via F042 que nos levaria de volta a Pokhara, faz-nos encurtar a segunda parte do Circuito Annapurna.
Arquitectura & Design
Cemitérios

A Última Morada

Dos sepulcros grandiosos de Novodevichy, em Moscovo, às ossadas maias encaixotadas de Pomuch, na província mexicana de Campeche, cada povo ostenta a sua forma de vida. Até na morte.
lagoas e fumarolas, vulcoes, PN tongariro, nova zelandia
Aventura
Tongariro, Nova Zelândia

Os Vulcões de Todas as Discórdias

No final do século XIX, um chefe indígena cedeu os vulcões do PN Tongariro à coroa britânica. Hoje, parte significativa do povo maori reclama aos colonos europeus as suas montanhas de fogo.
Sombra de sucesso
Cerimónias e Festividades
Champotón, México

Rodeo Debaixo de Sombreros

Champoton, em Campeche, acolhe uma feira honra da Virgén de La Concepción. O rodeo mexicano sob sombreros local revela a elegância e perícia dos vaqueiros da região.
Rua de São Pedro Atacama, Chile
Cidades
San Pedro de Atacama, Chile

São Pedro de Atacama: a Vida em Adobe no Mais Árido dos Desertos

Os conquistadores espanhóis tinham partido e o comboio desviou as caravanas de gado e nitrato. San Pedro recuperava a paz mas uma horda de forasteiros à descoberta da América do Sul invadiu o pueblo.
fogon de Lola, comida rica, Costa Rica, Guapiles
Comida
Fogón de Lola, Costa Rica

O Sabor a Costa Rica de El Fogón de Lola

Como o nome deixa perceber, o Fogón de Lola de Guapiles serve pratos confeccionados ao fogão e ao forno, segundo tradição familiar costarricense. Em particular, a família da Tia Lola.
Desfile de nativos-mericanos, Pow Pow, Albuquerque, Novo México, Estados Unidos
Cultura
Albuquerque, E.U.A.

Soam os Tambores, Resistem os Índios

Com mais de 500 tribos presentes, o pow wow "Gathering of the Nations" celebra o que de sagrado subsiste das culturas nativo-americanas. Mas também revela os danos infligidos pela civilização colonizadora.
Desporto
Competições

Homem, uma Espécie Sempre à Prova

Está-nos nos genes. Pelo prazer de participar, por títulos, honra ou dinheiro, as competições dão sentido ao Mundo. Umas são mais excêntricas que outras.
Devils Marbles, Alice Springs a Darwin, Stuart hwy, Caminho do Top End
Em Viagem
Alice Springs a Darwin, Austrália

Estrada Stuart, a Caminho do Top End da Austrália

Do Red Centre ao Top End tropical, a estrada Stuart Highway percorre mais de 1.500km solitários através da Austrália. Nesse trajecto, o Território do Norte muda radicalmente de visual mas mantém-se fiel à sua alma rude.
Casinhas miniatura, Chã das Caldeiras, Vulcão Fogo, Cabo Verde
Étnico
Chã das Caldeiras, Ilha do Fogo Cabo Verde

Um Clã “Francês” à Mercê do Fogo

Em 1870, um conde nascido em Grenoble a caminho de um exílio brasileiro, fez escala em Cabo Verde onde as beldades nativas o prenderam à ilha do Fogo. Dois dos seus filhos instalaram-se em plena cratera do vulcão e lá continuaram a criar descendência. Nem a destruição causada pelas recentes erupções demove os prolíficos Montrond do “condado” que fundaram na Chã das Caldeiras.    
Ocaso, Avenida dos Baobás, Madagascar
Portfólio Fotográfico Got2Globe

Dias Como Tantos Outros

Khiva, Uzbequistão, Fortaleza, Rota da Seda,
História
Khiva, Uzbequistão

A Fortaleza da Rota da Seda que a União Soviética Aveludou

Nos anos 80, dirigentes soviéticos renovaram Khiva numa versão amaciada que, em 1990, a UNESCO declarou património Mundial. A URSS desintegrou-se no ano seguinte. Khiva preservou o seu novo lustro.
Manhã cedo no Lago
Ilhas

Nantou, Taiwan

No Âmago da Outra China

Nantou é a única província de Taiwan isolada do oceano Pacífico. Quem hoje descobre o coração montanhoso desta região tende a concordar com os navegadores portugueses que baptizaram Taiwan de Formosa.

Geotermia, Calor da Islândia, Terra do Gelo, Geotérmico, Lagoa Azul
Inverno Branco
Islândia

O Aconchego Geotérmico da Ilha do Gelo

A maior parte dos visitantes valoriza os cenários vulcânicos da Islândia pela sua beleza. Os islandeses também deles retiram calor e energia cruciais para a vida que levam às portas do Árctico.
Casal de visita a Mikhaylovskoe, povoação em que o escritor Alexander Pushkin tinha casa
Literatura
São Petersburgo e Mikhaylovskoe, Rússia

O Escritor que Sucumbiu ao Próprio Enredo

Alexander Pushkin é louvado por muitos como o maior poeta russo e o fundador da literatura russa moderna. Mas Pushkin também ditou um epílogo quase tragicómico da sua prolífica vida.
Estancia Harberton, Tierra del Fuego, Argentina
Natureza
Terra do Fogo, Argentina

Uma Fazenda no Fim do Mundo

Em, 1886, Thomas Bridges, um órfão inglês levado pela família missionária adoptiva para os confins do hemisfério sul fundou a herdade anciã da Terra do Fogo. Bridges e os descendentes entregaram-se ao fim do mundo. Hoje, a sua Estancia Harberton é um deslumbrante monumento argentino à determinação e à resiliência humana.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Joshua Tree Parque Nacional, Califórnia, Estados Unidos,
Parques Naturais
PN Joshua Tree, Califórnia, Estados Unidos

Os Braços Virados ao Céu do PN Joshua Tree

Chegados ao extremo sul da Califórnia, espantamo-nos com as incontáveis árvores de Josué que despontam dos desertos de Mojave e Colorado. Tal como os colonos mórmons que as terão baptizado, cruzamos e louvamos estes cenários inóspitos do Faroeste norte-americano.
Ilha do Principe, São Tomé e Principe
Património Mundial UNESCO
Príncipe, São Tomé e Príncipe

Viagem ao Retiro Nobre da Ilha do Príncipe

A 150 km de solidão para norte da matriarca São Tomé, a ilha do Príncipe eleva-se do Atlântico profundo num cenário abrupto e vulcânico de montanha coberta de selva. Há muito encerrada na sua natureza tropical arrebatadora e num passado luso-colonial contido mas comovente, esta pequena ilha africana ainda abriga mais estórias para contar que visitantes para as escutar.
Mascarado de Zorro em exibição num jantar da Pousada Hacienda del Hidalgo, El Fuerte, Sinaloa, México
Personagens
El Fuerte, Sinaloa, México

O Berço de Zorro

El Fuerte é uma cidade colonial do estado mexicano de Sinaloa. Na sua história, estará registado o nascimento de Don Diego de La Vega, diz-se que numa mansão da povoação. Na sua luta contra as injustiças do jugo espanhol, Don Diego transformava-se num mascarado esquivo. Em El Fuerte, o lendário “El Zorro” terá sempre lugar.
Cruzeiro Princess Yasawa, Maldivas
Praias
Maldivas

Cruzeiro pelas Maldivas, entre Ilhas e Atóis

Trazido de Fiji para navegar nas Maldivas, o Princess Yasawa adaptou-se bem aos novos mares. Por norma, bastam um ou dois dias de itinerário, para a genuinidade e o deleite da vida a bordo virem à tona.
Celebração newar, Bhaktapur, Nepal
Religião
Bhaktapur, Nepal

As Máscaras Nepalesas da Vida

O povo indígena Newar do Vale de Katmandu atribui grande importância à religiosidade hindu e budista que os une uns aos outros e à Terra. De acordo, abençoa os seus ritos de passagem com danças newar de homens mascarados de divindades. Mesmo se há muito repetidas do nascimento à reencarnação, estas danças ancestrais não iludem a modernidade e começam a ver um fim.
Composição Flam Railway abaixo de uma queda d'água, Noruega
Sobre Carris
Nesbyen a Flam, Noruega

Flam Railway: Noruega Sublime da Primeira à Última Estação

Por estrada e a bordo do Flam Railway, num dos itinerários ferroviários mais íngremes do mundo, chegamos a Flam e à entrada do Sognefjord, o maior, mais profundo e reverenciado dos fiordes da Escandinávia. Do ponto de partida à derradeira estação, confirma-se monumental esta Noruega que desvendamos.
Nissan, Moda, Toquio, Japao
Sociedade
Tóquio, Japão

À Moda de Tóquio

No ultra-populoso e hiper-codificado Japão, há sempre espaço para mais sofisticação e criatividade. Sejam nacionais ou importados, é na capital que começam por desfilar os novos visuais nipónicos.
saksun, Ilhas Faroé, Streymoy, aviso
Vida Quotidiana
Saksun, StreymoyIlhas Faroé

A Aldeia Faroesa que Não Quer ser a Disneylandia

Saksun é uma de várias pequenas povoações deslumbrantes das Ilhas Faroé, que cada vez mais forasteiros visitam. Diferencia-a a aversão aos turistas do seu principal proprietário rural, autor de repetidas antipatias e atentados contra os invasores da sua terra.
Tartaruga recém-nascida, PN Tortuguero, Costa Rica
Vida Selvagem
PN Tortuguero, Costa Rica

Uma Noite no Berçário de Tortuguero

O nome da região de Tortuguero tem uma óbvia e antiga razão. Há muito que as tartarugas do Atlântico e do Mar das Caraíbas se reunem nas praias de areia negro do seu estreito litoral para desovarem. Numa das noites que passamos em Tortuguero assistimos aos seus frenéticos nascimentos.
Pleno Dog Mushing
Voos Panorâmicos
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.