Melbourne, Austrália

O Futebol em que os Australianos Ditam as Regras


Fã aborígene
Um adepto aborígene da equipa de Collingwood (Magpies) segue as emoções da partida. Existem vários jogadores aborígenes ao serviço de distintas equipas australianas de AFL.
Collingwood em campo
Jogadores de Collingwood entram em campo para o início da longa partida de AFL.
Entrada no MCG
As equipas adversárias de Essendon e de Collingwood entram na arena gigantesca do Melbourne Cricket Ground.
Disputa acesa
Jogadores de Essendon e de Collingwood disputam uma bola perdida.
Em Pleno ar
Jogadores de Essendon e de Collingwood saltam para conquistar uma bola aérea.
Disputa aérea
Adversários preparam-se para tentar capturar uma bola lançada ao ar pelo árbitro da partida.
Bola em fuga
Jogadores disputam uma bola perdida no chão.
Fãs
Fans de Essendon apoiam a entrada da sua equipa.
De volta ao relvado
Espectador devolve uma bola pontapeada para a bancada do estádio MCG.
Juntos na vitória
Jogadores de Essendon regressam aos balneários após a vitória contra Collingwood.
Para a frente
Jogador de Collingwood pontapeia a bola para a frente de ataque da sua equipa.
No Escuro
Um momento de escuridão no estádio MCG (Melbourne Cricket Ground) de Melbourne, um dos maiores da Austrália, originalmente erguido para acolher partidas de criquete mas que passou a ser usado também para jogos de AFL
O futebol Australiano
Jogadores disputam um lance junto aos quatro postes que concedem pontos no recém-criado futebol AFL.
Marcadores
Quadro electrónico informa os melhores marcadores.
O Grande MCG
Panorâmica do enorme MCG, o Melbourne Cricket Ground.
Apesar de praticado desde 1841, o Futebol Australiano só conquistou parte da grande ilha. A internacionalização nunca passou do papel, travada pela concorrência do râguebi e do futebol clássico.

Por algum tempo, a vida correu de feição a Tim Reynolds. A mudança da Nova Zelândia para o estado de Victoria foi mais suave do que pensava. E, num ápice, o recém-chegado encontrou emprego, formou família e começou a adaptar-se aos modos australianos.

Mas Tim nunca se conseguiu livrar da sua postura pomposa e demasiado institucional. As frases sempre lhe saíram demasiado pausadas e altivas e as suas expressões de espontaneidade surgiam com meses de intervalo,  vislumbres de uma juventude corrompida e há muito perdida.

Uma das consequências inevitáveis foi o divórcio e a ruptura total do lar que há muito ameaçava desabar. Nick, o seu  filho mais novo, decidira ficar com ele e não com a mãe. A escolha, interesseira, depressa confirmou um total desprezo do descendente. E uma indiferença assumida que só aprofundava a mágoa e o vazio do pai.

É assim que o conhecemos. Desesperado e à procura de uma nova existência. As viagens tinham-se provado uma fuga deliciosa, mas o seu emprego bem remunerado – 1500 dólares australianos por semana como guarda no tribunal de Melbourne – proibiam grandes evasões.

O Acolhimento Generoso de Tim Reynolds

Não podendo ir à montanha, Tim teve que atrair a montanha a si. E a solução a que chegou foi tornar-se anfitrião de estrangeiros de visita ao sul da Austrália, algo que depressa tornou numa obsessão, ao ponto de assumir online o desejo de acolher pessoas de todo o mundo.

Além de contar aos convidados peripécias dos seus desvarios pelo planeta, Tim apreciava desbobinar um requintado conhecimento enciclopédico. Ciente que chegamos de um país adepto do desporto rei, não resiste a relatar velhos feitos de Eusébio e ganha-nos 10 dólares numa aposta sobre o número de títulos mundiais do Uruguai.

Depois, passa a vangloriar as qualidades superiores do râguebi e, para nossa absoluta surpresa, de um desporto desconhecido de que se tornou adepto incondicional após ter chegado da Nova Zelândia, o Futebol Australiano.

As transmissões dos desafios do downunder destas modalidades ajudavam-no a passar o tempo, principalmente enquanto os viajantes que recebia se ausentavam para descobrir Melbourne e a sumptuosidade natural da Great Ocean Road.

Essendon vs Collingwood. Derbi no gigantesco Melbourne Cricket Ground

De vez em quando, Tim fazia ainda questão de assistir a um jogo sentado no estádio. A nossa curiosidade pela modalidade, de que nem sequer tínhamos ouvido falar, surgiu como o pretexto que lhe faltava para o repetir.

“Despachem-se, não quero perder o princípio do jogo, alerta enquanto devoramos as últimas batatas fritas na pequena casa de fish & chips de Caulfield.” Contagiados pela sua excitação contida, começamos a sentir algum frenesim.

Entrada em campo, Melbourne Cricket Ground-Rules footbal, Melbourne, AustraliaAs equipas adversárias de Essendon e de Collingwood entram na arena gigantesca do Melbourne Cricket Ground.

Fazemos o caminho de carro dos arredores longínquos até ao centro de Melbourne e chegamos ao estádio atrasados. Compramos os bilhetes, entramos e sentamo-nos ainda entusiasmados, com o jogo já a decorrer.

Mas a euforia depressa se desvanece à medida que as equipas de Collingwood e Essendon disputam o pequeno esferóide esticado, ínfimo na imensidão do Etihad Stadium. Confirmamos a suspeita de que, para qualquer fanático do desporto-rei, também aquele jogo excêntrico se prova demasiado depressa soporífero.

Publico, Melbourne Cricket Ground-Rules footbal, Melbourne, Australia

Panorâmica do enorme MCG, o Melbourne Cricket Ground.

A Inesperada Complexidade do Futebol Australiano

Contamos 36 jogadores em campo, mais uma série de árbitros.

Como se não chegasse, o relvado oval – que parece maior que alguns países – é invadido a toda a hora por intervenientes secundários das equipas com funções para nós enigmáticas e revela-se palco de um caos que as frequentes substituições e interrupções reforçam.

Custa-nos também a apreciar a frequência com que a bola é pontapeada – ou, pior, projectada por punhos fechados – pelos ares ou rebatida contra o chão para depois ser disputada por adversários que saltam de braços esticados para o céu.

Jogador Collingwood, Melbourne Cricket Ground-Rules footbal, Melbourne, AustraliaJogador de Collingwood pontapeia a bola para a frente de ataque da sua equipa.

Estes pretensos defeitos são, no entanto, qualidades únicas para os fãs incorruptíveis do estado de Victoria e de outras paragens australianas.  Num dia de Grand Final da AFL (Australian Football League), o maior estádio do país, o MCG – Melbourne Cricket Ground – sofre uma adaptação à modalidade rival e pode acolher quase cem mil adeptos.

De acordo, em 2008, a média de assistência do campeonato rondou os 39.000 espectadores, num total anual de sete milhões distribuídos por cento e setenta e seis partidas.

A Popularidade Crescente do recém-nascido Futebol Australiano

Apesar destes números convincentes, o futebol australiano é ainda um tema polémico entre os australianos. O desporto impôs-se em Melbourne (onde nasceu) e restante sul habitado da Austrália. Ganha terreno nos outros estados em que a associação nacional tem vindo a injectar dinheiro para o tornar num verdadeiro fenómeno nacional.

Mas a sua popularidade cada vez mais comercial esbarra na do râguebi e do cricket. Apesar de os registos oficiais contarem 130.000 jogadores adultos e cerca de 2.600 equipas, até agora, o footy só convenceu cerca de metade da população da grande ilha.

Curiosamente, muitos aborígenes são fãs inveterados para o que contribuiu o facto de algumas das suas comunidades terem praticantes famosos em vários clubes.

Apoiante, Melbourne Cricket Ground-Rules footbal, Melbourne, AustraliaUm adepto aborígene da equipa de Collingwood (Magpies) segue as emoções da partida. Existem vários jogadores aborígenes ao serviço de distintas equipas australianas de AFL.

Fora da Austrália, são alegadamente 30 os países que o praticam, com maior significado nas vizinhas Papua Nova Guiné e Nova Zelândia mas também na África do Sul, nos Estados Unidos e até um pouco na Europa.

As Inúmeras Variantes do Futebol Australiano

Ao mesmo tempo, o Rules deu origem a uma série de modalidades adaptadas com regras que permitem distintos contactos físicos. Foram os casos do Kick-to-Kick, End-to-End Footy, Markers Up, do AusKick, do Rec Footy, do 9-a-Side Footy e do Masters Australian Footy.

Disputa no ar, Melbourne Cricket Ground-Rules footbal, Melbourne, AustraliaJogadores de Essendon e de Collingwood saltam para conquistar uma bola aérea.

Quando confrontados com a ausência de campos dedicados, jogadores australianos a viver no estrangeiro criaram as versões locais possíveis. Foram os casos do Metro Footy e do Samoa Rules.

Em 1956, o Rules foi praticado como desporto de exibição nos Jogos Olímpicos de Verão de Melbourne. Mais tarde, a partir de 1967, tiveram lugar várias partidas entre clubes australianos e gaélicos (principalmente irlandeses).

Em 1998, concretizaram-se as Internacional Rules Series, uma competição entre as duas selecções respectivas que seria suspensa, em 2007, devido à violência desmedida da equipa australiana no ano anterior.

O exagero dos ozzies obrigou até a que as leis de jogo fossem alteradas para salvaguardar o jogador portador da bola. No ano seguinte, essa protecção pareceu assegurada e a prova minimal foi retomada na Austrália.

Correria, Melbourne Cricket Ground-Rules footbal, Melbourne, Australia

Jogadores disputam uma bola perdida no chão.

Tim é apenas um dos muitos adeptos mais recentes mas defende o “Rules” com a força de uma multidão: “Vocês europeus são eternos viciados nesse desporto de bárbaros …” alfineta sem nunca perder a compostura. “Aqui, estamos sempre em evolução.”

Os Registos Possíveis do Derbi de Melbourne

Acabamos por o confirmar quando somos vítimas do marketing de que se envolveu a modalidade. À entrada no estádio, seguranças displicentes tinham-nos deixado passar com as máquinas fotográficas e lentes profissionais. Mas, registávamos já o jogo há meia-hora quando um steward vindo do nada nos proíbe de fotografar por restricções comerciais da equipa da casa.

Claque, Melbourne Cricket Ground-Rules footbal, Melbourne, AustraliaFans de Essendon apoiam a entrada da sua equipa.

Tim faz-nos a vontade e refugiamo-nos da supervisão nuns confins isolados do terceiro anel. Dali, roubamos algumas imagens extra mas distanciamo-nos ainda mais da acção e na curta relação com o desporto.

Após o apito final, os Bombers de Essendon levam a melhor sobre os Magpies (pegas) listados de Collingwood. O anfitrião regressa a casa animado e nós com a curiosidade satisfeita mas pouco convencidos.

Essendon, Melbourne Cricket Ground-Rules footbal, Melbourne, AustraliaJogadores de Essendon regressam aos balneários após a vitória contra Collingwood.

Os australianos criaram o Rules e atrevem-se a chamar futebol a um desporto em que, quase um século depois, todos os praticantes continuam a jogar também com as mãos. Para qualquer fã do futebol a sério, o castigo é óbvio: eles que o joguem.

Great Ocean Road, Austrália

Oceano Fora, pelo Grande Sul Australiano

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Melbourne, Austrália

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Busselton, Austrália

2000 metros em Estilo Aussie

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Competições

Homem, uma Espécie Sempre à Prova

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Perth, Austrália

A Cidade Solitária

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Quando só as Lutas de Galos Despertam as Filipinas

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Cidade
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Pelas Terras Moçambicanas do Chá

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O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

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Rinoceronte, PN Kaziranga, Assam, Índia
Safari
PN Kaziranga, Índia

O Baluarte dos Monocerontes Indianos

Situado no estado de Assam, a sul do grande rio Bramaputra, o PN Kaziranga ocupa uma vasta área de pântano aluvial. Lá se concentram dois terços dos rhinocerus unicornis do mundo, entre em redor de 100 tigres, 1200 elefantes e muitos outros animais. Pressionado pela proximidade humana e pela inevitável caça furtiva, este parque precioso só não se tem conseguido proteger das cheias hiperbólicas das monções e de algumas polémicas.
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Circuito Annapurna 10º: Manang a Yak Kharka, Nepal

A Caminho das Terras (Mais) Altas dos Annapurnas

Após uma pausa de aclimatização na civilização quase urbana de Manang (3519 m), voltamos a progredir na ascensão para o zénite de Thorong La (5416 m). Nesse dia, atingimos o lugarejo de Yak Kharka, aos 4018 m, um bom ponto de partida para os acampamentos na base do grande desfiladeiro.
Pela sombra
Arquitectura & Design
Miami, E.U.A.

Uma Obra-Prima da Reabilitação Urbana

Na viragem para o século XXI, o bairro Wynwood mantinha-se repleto de fábricas e armazéns abandonados e grafitados. Tony Goldman, um investidor imobiliário astuto, comprou mais de 25 propriedades e fundou um parque mural. Muito mais que ali homenagear o grafiti, Goldman fundou o grande bastião da criatividade de Miami.
Pleno Dog Mushing
Aventura
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.
Dia da Austrália, Perth, bandeira australiana
Cerimónias e Festividades
Perth, Austrália

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hué, cidade comunista, Vietname Imperial, Comunismo Imperial
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Hué, Vietname

A Herança Vermelha do Vietname Imperial

Sofreu as piores agruras da Guerra do Vietname e foi desprezada pelos vietcong devido ao passado feudal. As bandeiras nacional-comunistas esvoaçam sobre as suas muralhas mas Hué recupera o esplendor.
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Um Ganha Pão do Uzbequistão

Numa de muitas padarias de Margilan, desgastado pelo calor intenso do forno tandyr, o padeiro Maruf'Jon trabalha meio-cozido como os distintos pães tradicionais vendidos por todo o Usbequistão
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Matmata, Tataouine:  Tunísia

A Base Terrestre da Guerra das Estrelas

Por razões de segurança, o planeta Tatooine de "O Despertar da Força" foi filmado em Abu Dhabi. Recuamos no calendário cósmico e revisitamos alguns dos lugares tunisinos com mais impacto na saga.  
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Desporto
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O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
Homens dragam areia do leito do rio Sangha para pirogas plataforma.
Em Viagem
Expedição Ducret 1º:  OuéssoPN Lobéké, Rep. Congo; Camarões

A Subida Inaugural do rio Sangha

Durante uma hora, sobrevoamos a vastidão tropical imensa que separa a capital Brazzaville da pequena cidade ribeirinha de Ouésso. Das suas margens, ascendemos o rio Sangha até ao parque nacional camaronês de Lobéké, num cenário ainda com muito de “Coração das Trevas”.
Ilha do Norte, Nova Zelândia, Maori, Tempo de surf
Étnico
Ilha do Norte, Nova Zelândia

Viagem pelo Caminho da Maoridade

A Nova Zelândia é um dos países em que descendentes de colonos e nativos mais se respeitam. Ao explorarmos a sua lha do Norte, inteirámo-nos do amadurecimento interétnico desta nação tão da Commonwealth como maori e polinésia.
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

A Vida Lá Fora

Tulum, Ruínas Maias da Riviera Maia, México
História
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A Mais Caribenha das Ruínas Maias

Erguida à beira-mar como entreposto excepcional decisivo para a prosperidade da nação Maia, Tulum foi uma das suas últimas cidades a sucumbir à ocupação hispânica. No final do século XVI, os seus habitantes abandonaram-na ao tempo e a um litoral irrepreensível da península do Iucatão.
aggie grey, Samoa, pacífico do Sul, Marlon Brando Fale
Ilhas
Apia, Samoa Ocidental

A Anfitriã do Pacífico do Sul

Vendeu burgers aos GI’s na 2ª Guerra Mundial e abriu um hotel que recebeu Marlon Brando e Gary Cooper. Aggie Grey faleceu em 1988 mas o seu legado de acolhimento perdura no Pacífico do Sul.
Cavalos sob nevão, Islândia Neve Sem Fim Ilha Fogo
Inverno Branco
Husavik a Myvatn, Islândia

Neve sem Fim na Ilha do Fogo

Quando, a meio de Maio, a Islândia já conta com o aconchego do sol mas o frio mas o frio e a neve perduram, os habitantes cedem a uma fascinante ansiedade estival.
Enseada, Big Sur, Califórnia, Estados Unidos
Literatura
Big Sur, E.U.A.

A Costa de Todos os Refúgios

Ao longo de 150km, o litoral californiano submete-se a uma vastidão de montanha, oceano e nevoeiro. Neste cenário épico, centenas de almas atormentadas seguem os passos de Jack Kerouac e Henri Miller.
Natal na Austrália, Platipus = ornitorrincos
Natureza
Atherton Tableland, Austrália

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Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
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Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Viajante acima da lagoa gelada de Jökursarlón, Islândia
Parques Naturais
Lagoa Jökursarlón, Glaciar Vatnajökull, Islândia

Já Vacila o Glaciar Rei da Europa

Só na Gronelândia e na Antárctica se encontram geleiras comparáveis ao Vatnajökull, o glaciar supremo do velho continente. E no entanto, até este colosso que dá mais sentido ao termo Terra do Gelo se está a render ao cerco inexorável do aquecimento global.
Moscovo, Kremlin, Praça Vermelha, Rússia, rio Moscovo
Património Mundial UNESCO
Moscovo, Rússia

A Fortaleza Suprema da Rússia

Foram muitos os kremlins erguidos, ao longos dos tempos, na vastidão do país dos czares. Nenhum se destaca, tão monumental como o da capital Moscovo, um centro histórico de despotismo e prepotência que, de Ivan o Terrível a Vladimir Putin, para melhor ou pior, ditou o destino da Rússia.
Ooty, Tamil Nadu, cenário de Bollywood, Olhar de galã
Personagens
Ooty, Índia

No Cenário Quase Ideal de Bollywood

O conflito com o Paquistão e a ameaça do terrorismo tornaram as filmagens em Caxemira e Uttar Pradesh um drama. Em Ooty, constatamos como esta antiga estação colonial britânica assumia o protagonismo.
Jabula Beach, Kwazulu Natal, Africa do Sul
Praias
Santa Lucia, África do Sul

Uma África Tão Selvagem Quanto Zulu

Na eminência do litoral de Moçambique, a província de KwaZulu-Natal abriga uma inesperada África do Sul. Praias desertas repletas de dunas, vastos pântanos estuarinos e colinas cobertas de nevoeiro preenchem esta terra selvagem também banhada pelo oceano Índico. Partilham-na os súbditos da sempre orgulhosa nação zulu e uma das faunas mais prolíficas e diversificadas do continente africano.
Jovens percorrem a rua principal de Chame, Nepal
Religião
Circuito Annapurna: 1º - Pokhara a ChameNepal

Por Fim, a Caminho

Depois de vários dias de preparação em Pokhara, partimos em direcção aos Himalaias. O percurso pedestre só o começamos em Chame, a 2670 metros de altitude, com os picos nevados da cordilheira Annapurna já à vista. Até lá, completamos um doloroso mas necessário preâmbulo rodoviário pela sua base subtropical.
Composição Flam Railway abaixo de uma queda d'água, Noruega
Sobre Carris
Nesbyen a Flam, Noruega

Flam Railway: Noruega Sublime da Primeira à Última Estação

Por estrada e a bordo do Flam Railway, num dos itinerários ferroviários mais íngremes do mundo, chegamos a Flam e à entrada do Sognefjord, o maior, mais profundo e reverenciado dos fiordes da Escandinávia. Do ponto de partida à derradeira estação, confirma-se monumental esta Noruega que desvendamos.
Nissan, Moda, Toquio, Japao
Sociedade
Tóquio, Japão

À Moda de Tóquio

No ultra-populoso e hiper-codificado Japão, há sempre espaço para mais sofisticação e criatividade. Sejam nacionais ou importados, é na capital que começam por desfilar os novos visuais nipónicos.
Cruzamento movimentado de Tóquio, Japão
Vida Quotidiana
Tóquio, Japão

A Noite Sem Fim da Capital do Sol Nascente

Dizer que Tóquio não dorme é eufemismo. Numa das maiores e mais sofisticadas urbes à face da Terra, o crepúsculo marca apenas o renovar do quotidiano frenético. E são milhões as suas almas que, ou não encontram lugar ao sol, ou fazem mais sentido nos turnos “escuros” e obscuros que se seguem.
Elefante caminha acima da praia e lagoa na orla do PN Loango
Vida Selvagem

PN Loango, Gabão

Numa Orla Edénica da África Equatorial

Quase 80% do território gabonês é composto por floresta tropical densa. O PN Loango fica na confluência exuberante dessa floresta com o litoral Atlântico. É feito de lagoas, de rios largos e escuros, de uma savana assente em areia repleta de bolsas de selva misteriosa. Percorrem-no elefantes, búfalos, gorilas, chimpanzés, sitatungas, javalis. Espécies sem fim de um domínio terrestre protegido e prodigioso.

Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.