Rapa Nui - Ilha da Páscoa, Chile

Sob o Olhar dos Moais


Vítima do Destino
Um moai meio esculpido abandonado na pedreira de Rano Raraku, em tempos usada pelos nativos de Rapa Nui para esculpir as suas figuras mitológicas.
Ahu Ature Huki – Contraluz
Silhueta dos moais Ahu Ature Huki, re-erguidos pelo explorador norueguês Thor Heyerdahl.
Exército de Moais
Turista asiática posa em frente à formação de moais de Ahu Tongariki.
Cavalos anfíbios
Cavalos refrescam-se em poças lamacentas de Rapa Nui.
Empanadas e outros
Empregadas de uma roulotte que vende empanadas e outros petiscos chilenos.
Moais de Ahu Tongariki
Secção de Ahu Tongariki, a maior formação de moais de Rapa Nui.
As derradeiras palmeiras
Silhueta de palmeiras da praia de Anakena, alegadamente algumas das poucas poupadas pela civilização Rapa Nui.
Moai deitado
Moai semi-esculpido e abandonado no solo da pedreira de Rano Raraku, onde os nativos rapa nui criavam as suas estátuas.
Praia de Anakena
Baia de Anakena, uma das poucas praias de areia branca de Rapa Nui.
Formação Ahu Ature Huki
Moais de Ahu Ature Huki com os seus Pukaos, em plena praia de Anakena.
De olho nos Forasteiros
Pai e filhos sob o olhar do moai anu Tahai.
Pose Rapa Nui
Dançarino Rapa Nui exibe uma dança tradicional durante um espectáculo do bar Matato'a.
Moai com Pukau
Um dos moais de Ahu Tongariki, com o seu Pukao (chapéu) original.
Pau e Amparo
Duas chilenas migradas em Rapa Nui, conformadas com o perfil "Truman Show" da ilha.
Tranquilidade Rapa Nui
Enseada de àguas translúcidas e tranquilas de Rapa Nui.
Guardiães Rapa Nui
Sequência de moais de Ahu Tongariki, virados para o interior da ilha.
Um Pasto sem fim
Cavalos pastam num prado viçoso de Rapa Nui.
Hospitalidade Rapa Nui
Moa Teru Eru descasca cocos para uma turista chilena.
Rano Raraku
Moais semi-enterrados na cratera de Rano Raraku, a pedreira em que, durante meio milénio, foram fabricadas 95% das estátuas monolíticas da ilha.
Bustos moais
Mais moais semi-enterrados na cratera de Rano Raraku, a pedreira em que, durante meio milénio, foram fabricadas 95% das estátuas monolíticas da ilha.
Rapa Nui foi descoberta pelos europeus no dia de Páscoa de 1722. Mas, se o nome cristão ilha da Páscoa faz todo o sentido, a civilização que a colonizou de moais observadores permanece envolta em mistério.

Nenhum outro lugar é tão solitário como a Ilha da Páscoa.

Deitadas sobre um pequeno prado verdejante da beira-mar, Amparo Ortiz Sainz e Pau Santibañez sondam o vasto oceano Pacífico em busca de algo.

As ilhas habitadas mais próximas, as Pitcairn, distam 2100km e o arquipélago Juan Fernández, de que faz parte a ilha Robinson Crusoe, 3700km.

Degredadas da capital Santiago e das famílias, as duas amigas continuam à espera de uma salvação que não chega e que mesmo que chegasse, teriam que rejeitar.

A situação económica agora mais desafogada e estável do Chile não favorece todos os seus jovens.

À falta de empregos recompensadores perto de casa, as duas aceitaram mudar-se para o território mais apartado da nação onde, tendo apenas as finanças em conta, a separação lhes pareceu inicialmente vantajosa.

A Dupla Chilena de “Truman Show”

Depois de três dias de intempérie, um sol estranhamente suave para estas latitudes tropicais acaricia Rapa Nui enquanto o mar acalma.

Amparo e Pau vinham com vontade de aperfeiçoar os seus dotes de surfistas principiantes mas a preguiça e o deleite fácil levavam a melhor.

Tanto elas como a prancha ficavam-se por terra.

Pau e Amparo, Ilha Pascoa, Rapa Nui, Chile

Duas chilenas migradas em Rapa Nui, conformadas com o perfil “Truman Show” da ilha da Páscoa

Interrompemos uma caminhada acelerada pela marginal de Hanga Roa para esclarecer uma qualquer dúvida de orientação e acabamos por nos juntar ao seu retiro.

A conversa não tarda a fluir com o som das ondas em fundo: “Truman Show“. É o que nós costumamos chamar à nossa vida por aqui. Lembram-se daquela cena em que o Jim Carrey choca contra a cápsula invisível do estúdio? Acontece-nos todos os dias.

Mesmo os visitantes como vocês que cá ficam uma semana ou mais, descobrem os moais e as melhores paisagens, dão a volta à ilha e depois ficam sem saber o que fazer. Já devem ter começado a perceber, não? Se quiserem, apareçam no Matato’a mais logo.

É o único sítio com animação em muitos milhares de quilómetros.”

Regressamos à pousada que nos hospeda ainda antes do anoitecer  e voltamos ao convívio com dois portugueses do Porto que, por mero acaso, ali se haviam também instalado.

Portugueses até no Umbigo do Mundo.

A ilha da Páscoa era o último dos lugares em que esperávamos cruzar-nos com compatriotas mas, inspirados pela histórica vocação lusa de cruzar mares, a Verónica e o Miguel tinham-se mudado da Invicta para estudar arquitectura em Valparaíso.

Gozavam uns dias de férias algo chuvosos naqueles confins quase ilógicos do Chile.

De regresso, quanto terminámos a contagem, foram a metade dos quatro portugueses que encontrámos num ano de volta ao mundo.

As Danças Polinésias do Matato’a Bar

A noite cai e vamos mesmo espreitar o Matato’a Bar, até porque Carole, uma nossa jovem anfitriã francesa de Papeete –Taiti tinha passado horas a gabar o espectáculo de dança ali apresentado ou, mais concretamente a forma física – digamos assim – e a beleza dos rapazes protagonistas.

O nome do bar significa o olho do guerreiro.

Também é usado pelo grupo familiar formado em 1996 por Kevamatato’a Atan. A condizer, as danças masculinas são rápidas e acrobáticas.

Dançarino, Ilha Pascoa, Rapa Nui, Chile

Dançarino Rapa Nui exibe uma dança tradicional durante um espectáculo do bar Matato’a da Ilha da Páscoa

Dramatizadas pela iluminação quente que destaca os corpos suados e as pinturas. São marcas inequívocas de uma genética e cultura polinésia que nem a falta de tatuagens parece por em causa.

Detectamos as heranças artísticas do que se acredita ter sido o passado intensamente bélico da ilha.

Apesar de estarmos num sector do oceano Pacífico quase oposto ao da Nova Zelândia, identificamos também expressões e movimentos a que o povo maori poderia chamar seus.

Enigma atrás de Enigma

Sabemos que a Polinésia encerra incontáveis segredos e a civilização perdida de Rapa Nui, em particular, gera as mais díspares e inesperadas teorias. A função da sua população de moais está no top dos enigmas.

Num dos dias solarengos que se seguem, inspecionamos a estranha formação de Ahu Tongariki, a maior de tantas outras espalhadas pela ilha. É constituída por 15 estátuas cabeçudas com muitas toneladas.

Interrogamo-nos sobre o que teria justificado as tarefas hercúleas da sua escultura, transporte e posicionamento.

ahu tongariki, Ilha Pascoa, Rapa Nui, Chile

Sequência de moais de Ahu Tongariki, virados para o interior de Rapa Nui, a ilha da Páscoa

Mas também imaginamos a comoção do seu derrube pelas facções inimigas durante as guerras civis de Rapa Nui.

E, mais recentemente, do seu arrastamento para o interior pelas ondas do tsunami que invadiu a ilha em 1960.

Descobrimos ainda a ironia de, depois de recuperados por uma equipa de arqueólogos chilenos, os quinze moais terem sido reposicionados e reerguidos entre 1992 e 1995 pela Tadano, uma empresa do país que baptizou mundialmente o fenómeno natural que os havia movido.

Dali, caminhamos até à cratera de Rano Raraku, a pedreira em que, durante meio milénio, foram fabricadas 95% das estátuas monolíticas da ilha, até ao início do século XVIII.

Rano Raraku, Ilha Pascoa, Rapa Nui, Chile

Moais semi-enterrados na cratera de Rano Raraku, a pedreira rapa nui em que, durante meio milénio, foram fabricadas 95% das estátuas monolíticas da ilha da Páscoa

Entre uma comunidade muda de 397 exemplares, descobrimos vários moais gigantescos (até 21.6 metros e 270 toneladas) semi-esculpidos e semi-enterrados.

E, tantos outros, já de pé mas erodidos incluindo o pitoresco Tukuturi, mais pequeno, com barba e ajoelhado.

Se poucas dúvidas existem quanto à proveniência dos ídolos obscuros, a da civilização que os concebeu e idolatrou não é cientificamente inequívoca.

A Origem e o Destino da Civilização Rapa Nui

Moa Teru Eru, um dos três mil e trezentos rapa nuis sobreviventes da ilha, terá uma opinião mas parece mais preocupado com a continuidade da cultura do seu povo.

Nacionalista e voluntarioso,  tornou-se conhecido pelo amor à causa e surpreende-nos em plena acção propagandista quando fotografamos o moai pensativo e inquisidor de olhos brancos e olhar intrigante do ahu Tahai.

Aparece do nada, pouco trajado à moda dos seus antepassados. Veste um saiote, uma echarpe, pulseiras e uma bandolete que segura o cabelo também aprisionado por um carrapito de nuca volumoso. Todas as vestes e adereços são naturais, feitos de fibras secas de vegetação da ilha.

Como o é a haste portátil da bandeira rapa nui vermelha e branca que faz ondular e brande de forma altiva em direcção ao oceano enquanto profere pequenos discursos cerimoniais no dialecto local.

Moa numa praia de Rapa Nui/Ilha da Páscoa

Moa entra no mar raso da Ilha da Páscoa, de braços abertos, numa pose evocativa do culto rapa nui de tangata manu.

Parece-nos convocar os povos ancestrais para a celebração dos seus feitos. Se o faz, o apelo é abafado pelo vento contrário e pelo bruar das vagas. Perde-se no isolamento e na origem por confirmar da sua civilização quase sumida.

Nos dias que correm, a resposta mais popular para a proveniência do povo rapa nui é a de que teria chegado do arquipélago das Marquesas ou do Gambier por volta do século IV ou V.

Acredita-se que um desses arquipélagos ou até ambos teriam também fornecido os primeiros habitantes do Havai e da Nova Zelândia.

Que os seus habitantes haviam atingido os novos territórios insulares de uma mesma forma: em enormes canoas duplas preparadas para transportar a comida e os animais domésticos necessários à colonização.

Thor Heyerdahl e a Teoria à Margem das Teorias

A hipótese discordante mais famosa foi formulada pelo escritor e aventureiro norueguês Thor Heyerdahl que viajou para o Peru, ali construiu uma balsa rudimentar à vela a que chamou Kon-tiki

E que a tripulou com cinco outros companheiros durante 101 dias, até que a jangada encalhou num recife do grupo Tuamotu, quase 7000 km de oceano Pacífico depois.

Enseada do Pacífico, Ilha Pascoa, Rapa Nui, Chile

Enseada de àguas translúcidas e tranquilas de Rapa Nui, a Ilha da Páscoa

Com base nas escavações que levou a cabo em Aku Aku (área de Rapa Nui), na experiência da expedição marítima e noutras coincidências históricas – por exemplo, a existência de batatas doces na ilha, Heyerdahl defendeu que Rapa Nui fora ocupada por peruanos ancestrais ou que, no pior dos casos, teria contacto com aquele povo.

As várias análises genéticas e anatómicas efectuadas aos indígenas confirmaram uma bem mais provável origem das Gambier ou Marquesas. Além disso, um tripulante que James Cook recrutara em Bora Bora conseguiu comunicar com os indígenas.

Nem seria preciso tanto. Como qualquer visitante que chegue daquelas paragens, nós próprios reconhecemos facilmente iorana (olá), maururu (obrigado), entre outras expressões elementares.

Mesmo assim, em 1999, foi organizada uma viagem com barcos daquelas regiões que navegou de Mangareva (arquipélago Gambier) até Rapa Nui em apenas 19 dias. As evidências sempre predominaram.

Sem surpresa, a Ilha da Páscoa é há muito considerada o vértice sudeste da vasta Polinésia.

Moais Ahu Tongariki, Ilha Pascoa, Rapa Nui, Chile

Secção de Ahu Tongariki, a maior formação de moais de Rapa Nui, ilha da Páscoa

Ainda em Papeete, Carole tinha-nos pedido o favor de levarmos no avião algumas saias típicas taitianas que Ika, um dos amigos rapa nui que fizera numa das suas inúmeras visitas à ilha lhe pedira.

Quando as entregamos, Ika rejubila: “É isto mesmo! muito obrigado! Vamos usá-las nos nossos espectáculos.

Também andamos a ensaiar danças do Taiti e queríamos ter adereços originais. Acabaram de me fazer muito feliz.”

Aquela reacção tornou-se na nossa derradeira prova escusada de que, para lá do ADN, os nativos da Ilha da Páscoa se sentiam polinésios, apesar das sucessivas intrusões e invasões forasteiras da sua terra.

Os Enigmas da Ascensão e da Queda dos Moais e da Civilização Rapa Nui

Em 1700, as embarcações espanholas usavam há muito as passagens austrais do Atlântico para o Pacífico abertas por Fernão de Magalhães e Sir Francis Drake durante o século XVI.

Foi a expedição holandesa de Jacob Roggeveen a primeira a dar com a ínfima Rapa Nui, no Domingo de Páscoa de 1722.

Ali desembarcada, a tripulação achou os indígenas amigáveis.

Espantou-se com a presença dos moais que os nativos esculpiam como caricaturas das suas próprias imagens, com longas orelhas (os nativos usavam peças de madeira nos lóbulos que os distendiam) e que reverenciavam com pequenos fogos e a prostrar-se diante das estátuas.

ahu-tongariki, Ilha Pascoa, Rapa Nui, Chile

Turista asiática posa em frente à formação de moais de Ahu Tongariki, a maior de Rapa Nui, ilha da Páscoa.

Os próximos visitantes foram exploradores espanhóis que, como esperado, deixaram as primeiras marcas do Cristianismo: três cruzes de madeira sobre colinas da zona de Poike.

Quando o inevitável James Cook chegou, em 1744, já não viu essas cruzes.

Em vez, encontrou grande parte da terra por cultivar e sinais de que o derrube intencional das estátuas – a que os nativos chamavam huri moai –  já acontecia há algum tempo, consequência das divisões e conflitos internos.

Rapa Nui. No Ecrã de um Pseudo-Cinema Local da Ilha da Páscoa

Desesperados com o mau tempo, depois de lermos sobre os episódios seguintes da história acabamos por nos render a uma sua versão hollywoodesca.

O hotel anunciava, em cartazes afixados pela capital, a projecção de “Rapa Nui”, a obra cinematográfica do realizador Kevin Reynolds, co-produzida por Kevin Costner, que dá grande destaque ao culto rapa nui do Homem-Pássaro.

Moai, Rano Raraku, Ilha Pascoa, Rapa Nui, Chile

Um moai meio esculpido abandonado na pedreira de Rano Raraku, em tempos usada pelos nativos de Rapa Nui para esculpir as suas figuras mitológicas, da actual Ilha da Páscoa

Mesmo desconfiados, comparecemos na recepção à hora marcada. Uma empregada chilena acolhe-nos com indiferença, pouco surpreendida por sermos os únicos espectadores da pseudo-sessão.

Conduz-nos a uma sala de estar contígua. Ali, liga o aparelho que projecta de imediato o filme, por cima de uma mesa de snooker e contra a parede oposta. Depois despede-se: “Bueno, que lo disfruten! Yo ya lo vi quiñentas vezes”.

Depressa percebemos que os dois Kevins tinham apostado na acção e no romantismo mas que, em nome do lucro, haviam também sacrificado a presumida veracidade de alguns aspectos. Ainda assim, o enredo fantasiado não omitiu o que se pensa ter sido o cerne cataclísmico da questão.

Registos arqueológicos provaram que, à data da chegada dos primeiros habitantes, prosperavam na ilha várias espécies de árvores.

Incluindo aquelas que poderiam ser as maiores palmeiras do mundo de então, as Aphitonia zizyphoides e Elaeocarpus rarotongensis.

Derradeiras palmeiras, Ilha Pascoa, Rapa Nui, Chile

Silhueta de palmeiras da praia de Anakena, alegadamente algumas das poucas poupadas pela civilização Rapa Nui.

A Mais Provável das Hipóteses para o Declínio Rapa Nui

Mas o seu uso na produção desenfreada e transporte dos moais terá provocado uma deflorestação trágica e uma consequente degradação ambiental.

A construção de barcos de pesca eficientes ter-se-á tornado impossível.

E isso levou à extinção abrupta das aves terrestres – crê-se que as galinhas eram a principal fonte de proteínas – e a uma diminuição drástica das marinhas. Jared Diamond, um cientista norte-americano atreveu-se a sugerir que se poderá ter seguido o canibalismo.

Seja ou não tudo isto verdade, algo fez a população passar de quase 15.000 habitantes, no apogeu, para cerca de 2000 aquando da descoberta holandesa da ilha.

Praia de Anakena, Ilha Pascoa, Rapa Nui, Chile

Baia de Anakena, uma das poucas praias de areia branca de Rapa Nui, ilha da Páscoa.

A tecnologia multimilionária empregue elevou o orçamento de “Rapa Nui”, o filme, a 15 milhões de euros.

Revelou-nos a ilha homónima, os cenários em que decorria a prova e os seus momentos mais arrepiantes sob planos e perspectivas a que não podíamos aspirar.

Mas não nos mostrou a paisagem viva. Insatisfeitos, no dia seguinte alugamos um pequeno jipe, galgamos estradas de lama e enormes poças até conquistarmos os cenários surreais da ilha.

A Anexação Quase Incontestada de Rapa Nui pelo Chile

Os víveres e outros recursos essenciais à subsistência foram recentemente supridos pelo potencial ilimitado dos abastecimentos aéreos do Chile que inaugurou o seu jugo colonial, em 1888, depois de subtrair outros territórios ao Peru e à Bolívia num ímpeto expansionista eufórico.

Ainda assim, não conseguíamos evitar alguma apreensão perante os preços hiper-inflacionados pela insularidade recordista. Afinal, estávamos a viajar há nove meses.

À imagem das florestas milenares da Ilha da Páscoa, as nossas frágeis contas bancárias sofriam abates desesperantes.

Chiquillos, los de Lan Chile no nos traen nada hace algun tiempo! Que bueno que los gringos han preparado la pista para recibir el space shuttle de emergencia” brinca Dona Teresa, a proprietária da pousada Cabañas Vaianny quando nos vê repetir o almoço enlatado pela terceira vez”.

Empanadas e outros, Ilha Pascoa, Rapa Nui, Chile

Empregadas chilenas de uma roulote que vende empanadas e outros petiscos chilenos.

A Vida Rotineira de Hanga Roa, a Capital de Rapa Nui e da Ilha da Páscoa

Como Pau e Amparo, a sua família começou por sofrer com o abandono do continente. Mas o tempo passa.

Às vezes, sara.

Até num espaço diminuto como o de Hanga Roa cabem rotinas recompensadoras: “De mañana, para dejar mi nieta en la escuela, solo tengo que cruzar la calle. Después, llevo casi toda mi vida aquí cerquita”.

Mesmo de péssima qualidade e sempre “chuvosas” as novelas chilenas e restante programação lamentável da TV parecem disfarçar um vazio que nem nos atrevemos a garantir que exista.

Por outro lado, os quartos sem janelas e bafientos do seu lar de aluguer, podem não ambicionam o nível de sofisticação do pretensioso hotel Explora, a quase 6km, mas sustentam o seu clã desterrado.

Lógicas semelhantes justificam que a população chilena já perfaça 40% dos 5000 actuais habitantes da ilha. A maior parte dos colonos até se uniu com parceiros rapa nuis. Isso não impede protestos contra o frequente desrespeito do governo de Santiago pelos direitos indígenas.

É que, malgrado as usurpações culturais e de terras, só foi concedida cidadania chilena aos Rapa Nui, em 1966.

Moa garante-nos que prefere a sua estratégia. Termina a sua cerimónia no ahu Tahai. Logo após, percebe que somos jornalistas portugueses.

Faz questão que o acompanhemos de táxi até Anakena, o lugar em que tinha pensado promover a sabedoria e os valores rapa nui.

Manada, Ilha Pascoa, Rapa Nui, Chile

Cavalos pastam num prado viçoso de Rapa Nui, ilha da Páscoa

O caminho atravessa prados verdejantes em que pastam manadas longínquas de cavalos e termina à vista de pequenos palmeirais.

Quando chegamos, a praia está repleta de veraneantes chilenos e estrangeiros.

Moa anuncia-se com o vento de feição. Perdemo-lo, num ápice, para uma multidão curiosa de mulheres e crianças a quem se dedica a explicar técnicas ancestrais Polinésias de emprego das fibras de coco.

Moa teru eru, Ilha Pascoa, Rapa Nui, Chile

Moa Teru Eru descasca cocos para uma turista chilena.

Precisamos de recuperar energias. Nem de propósito, detectamos várias roulotes-bar no lado oposto da baía e mudamo-nos para uma das suas esplanadas mal amanhadas.

A tarde vai a meio e a oferta já é escassa. À falta de especialidades rapa nui, rendemo-nos à solidez colonial das empanadas.

O Ahu Ature Huki, reerguido por Thor Heyerdahl com a ajuda dos ilhéus, dista apenas algumas dezenas de metros.

Ahu Ature Huki, Ilha Pascoa, Rapa Nui, Chile

Silhueta dos moais rapa nui Ahu Ature Huki, re-erguidos pelo explorador norueguês Thor Heyerdahl.

E enquanto devoramos os pastéis sul-americanos não conseguimos evitar a sensação de que também aqueles moais nos observam.

Tonga, Samoa Ocidental, Polinésia

Pacífico XXL

Durante séculos, os nativos das ilhas polinésias subsistiram da terra e do mar. Até que a intrusão das potências coloniais e a posterior introdução de peças de carne gordas, da fast-food e das bebidas açucaradas geraram uma praga de diabetes e de obesidade. Hoje, enquanto boa parte do PIB nacional de Tonga, de Samoa Ocidental e vizinhas é desperdiçado nesses “venenos ocidentais”, os pescadores mal conseguem vender o seu peixe.
Ilha da Páscoa, Chile

A Descolagem e a Queda do Culto do Homem-Pássaro

Até ao século XVI, os nativos da Ilha da Páscoa esculpiram e idolatraram enormes deuses de pedra. De um momento para o outro, começaram a derrubar os seus moais. Sucedeu-se a veneração de tangatu manu, um líder meio humano meio sagrado, decretado após uma competição dramática pela conquista de um ovo.
Bora-Bora, Raiatea, Huahine, Polinésia Francesa

Um Trio Intrigante de Sociedades

No coração idílico do vasto oceano Pacífico, o Arquipélago da Sociedade, parte da Polinésia Francesa, embeleza o planeta como uma criação quase perfeita da Natureza. Exploramo-lo durante um bom tempo a partir do Taiti. Os últimos dias, dedicamo-los a Bora Bora, Huahine e Raiatea.
El Tatio, Chile

Géiseres El Tatio - Entre o Gelo e o Calor do Atacama

Envolto de vulcões supremos, o campo geotermal de El Tatio, no Deserto de Atacama surge como uma miragem dantesca de enxofre e vapor a uns gélidos 4200 m de altitude. Os seus géiseres e fumarolas atraem hordas de viajantes.
Moorea, Polinésia Francesa

A Irmã Polinésia que Qualquer Ilha Gostaria de Ter

A meros 17km de Taiti, Moorea não conta com uma única cidade e abriga um décimo dos habitantes. Há muito que os taitianos veem o sol pôr-se e transformar a ilha ao lado numa silhueta enevoada para, horas depois, lhe devolver as cores e formas exuberantes. Para quem visita estas paragens longínquas do Pacífico, conhecer também Moorea é um privilégio a dobrar.
Taiti, Polinésia Francesa

Taiti Para lá do Clichê

As vizinhas Bora Bora e Maupiti têm cenários superiores mas o Taiti é há muito conotado com paraíso e há mais vida na maior e mais populosa ilha da Polinésia Francesa, o seu milenar coração cultural.
Luxor, Egipto

De Luxor a Tebas: viagem ao Antigo Egipto

Tebas foi erguida como a nova capital suprema do Império Egípcio, o assento de Amon, o Deus dos Deuses. A moderna Luxor herdou o Templo de Karnak e a sua sumptuosidade. Entre uma e a outra fluem o Nilo sagrado e milénios de história deslumbrante.
Ilha do Norte, Nova Zelândia

Viagem pelo Caminho da Maoridade

A Nova Zelândia é um dos países em que descendentes de colonos e nativos mais se respeitam. Ao explorarmos a sua lha do Norte, inteirámo-nos do amadurecimento interétnico desta nação tão da Commonwealth como maori e polinésia.
Maupiti, Polinésia Francesa

Uma Sociedade à Margem

À sombra da fama quase planetária da vizinha Bora Bora, Maupiti é remota, pouco habitada e ainda menos desenvolvida. Os seus habitantes sentem-se abandonados mas quem a visita agradece o abandono.
Espectáculos

O Mundo em Cena

Um pouco por todo o Mundo, cada nação, região ou povoação e até bairro tem a sua cultura. Em viagem, nada é mais recompensador do que admirar, ao vivo e in loco, o que as torna únicas.
Machu Picchu, Peru

A Cidade Perdida em Mistério dos Incas

Ao deambularmos por Machu Picchu, encontramos sentido nas explicações mais aceites para a sua fundação e abandono. Mas, sempre que o complexo é encerrado, as ruínas ficam entregues aos seus enigmas.
Papeete, Polinésia Francesa

O Terceiro Sexo do Taiti

Herdeiros da cultura ancestral da Polinésia, os mahu preservam um papel incomum na sociedade. Perdidos algures entre os dois géneros, estes homens-mulher continuam a lutar pelo sentido das suas vidas.
PN Torres del Paine, Chile

A Mais Dramática das Patagónias

Em nenhuma outra parte os confins austrais da América do Sul se revelam tão arrebatadores como na cordilheira de Paine. Ali, um castro natural de colossos de granito envolto de lagos e glaciares projecta-se da pampa e submete-se aos caprichos da meteorologia e da luz.
San Pedro de Atacama, Chile

São Pedro de Atacama: a Vida em Adobe no Mais Árido dos Desertos

Os conquistadores espanhóis tinham partido e o comboio desviou as caravanas de gado e nitrato. San Pedro recuperava a paz mas uma horda de forasteiros à descoberta da América do Sul invadiu o pueblo.
Ilha Robinson Crusoe, Chile

Alexander Selkirk: na Pele do Verdadeiro Robinson Crusoe

A principal ilha do arquipélago Juan Fernández foi abrigo de piratas e tesouros. A sua história fez-se de aventuras como a de Alexander Selkirk, o marinheiro abandonado que inspirou o romance de Dafoe
Deserto de Atacama, Chile

A Vida nos Limites do Deserto de Atacama

Quando menos se espera, o lugar mais seco do mundo revela novos cenários extraterrestres numa fronteira entre o inóspito e o acolhedor, o estéril e o fértil que os nativos se habituaram a atravessar.
Puerto Natales-Puerto Montt, Chile

Cruzeiro num Cargueiro

Após longa pedinchice de mochileiros, a companhia chilena NAVIMAG decidiu admiti-los a bordo. Desde então, muitos viajantes exploraram os canais da Patagónia, lado a lado com contentores e gado.
Vulcão Villarrica, Chile

Ascensão à Cratera do Vulcão Villarrica, Sempre em Actividade

Pucón abusa da confiança da natureza e prospera no sopé da montanha Villarrica.Seguimos este mau exemplo por trilhos gelados e conquistamos a cratera de um dos vulcões mais activos da América do Sul.
Pucón, Chile

Entre as Araucárias de La Araucania

A determinada latitude do longilíneo Chile, entramos em La Araucanía. Este é um Chile rude, repleto de vulcões, lagos, rios, quedas d’água e das florestas de coníferas de que brotou o nome da região. E é o coração de pinhão da maior etnia indígena do país: a Mapuche.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Skipper de uma das bangkas do Raymen Beach Resort durante uma pausa na navegação
Praia
Ilhas Guimaras  e  Ave Maria, Filipinas

Rumo à Ilha Ave Maria, Numas Filipinas Cheias de Graça

À descoberta do arquipélago de Visayas Ocidental, dedicamos um dia para viajar de Iloilo, ao longo do Noroeste de Guimaras. O périplo balnear por um dos incontáveis litorais imaculados das Filipinas, termina numa deslumbrante ilha Ave Maria.
Parque Nacional Gorongosa, Moçambique, Vida Selvagem, leões
Safari
PN Gorongosa, Moçambique

O Coração da Vida Selvagem de Moçambique dá Sinais de Vida

A Gorongosa abrigava um dos mais exuberantes ecossistemas de África mas, de 1980 a 1992, sucumbiu à Guerra Civil travada entre a FRELIMO e a RENAMO. Greg Carr, o inventor milionário do Voice Mail recebeu a mensagem do embaixador moçambicano na ONU a desafiá-lo a apoiar Moçambique. Para bem do país e da humanidade, Carr comprometeu-se a ressuscitar o parque nacional deslumbrante que o governo colonial português lá criara.
Thorong Pedi a High Camp, circuito Annapurna, Nepal, caminhante solitário
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 12º - Thorong Phedi a High Camp

O Prelúdio da Travessia Suprema

Este trecho do Circuito Annapurna só dista 1km mas, em menos de duas horas, leva dos 4450m aos 4850m e à entrada do grande desfiladeiro. Dormir no High Camp é uma prova de resistência ao Mal de Montanha que nem todos passam.
Sombra vs Luz
Arquitectura & Design
Quioto, Japão

O Templo de Quioto que Renasceu das Cinzas

O Pavilhão Dourado foi várias vezes poupado à destruição ao longo da história, incluindo a das bombas largadas pelos EUA mas não resistiu à perturbação mental de Hayashi Yoken. Quando o admirámos, luzia como nunca.
O pequeno farol de Kallur, destacado no relevo caprichoso do norte da ilha de Kalsoy.
Aventura
Kalsoy, Ilhas Faroé

Um Farol no Fim do Mundo Faroês

Kalsoy é uma das ilhas mais isoladas do arquipélago das faroés. Também tratada por “a flauta” devido à forma longilínea e aos muitos túneis que a servem, habitam-na meros 75 habitantes. Muitos menos que os forasteiros que a visitam todos os anos atraídos pelo deslumbre boreal do seu farol de Kallur.
Via Conflituosa
Cerimónias e Festividades
Jerusalém, Israel

Pelas Ruas Beliciosas da Via Dolorosa

Em Jerusalém, enquanto percorrem a Via Dolorosa, os crentes mais sensíveis apercebem-se de como a paz do Senhor é difícil de alcançar nas ruelas mais disputadas à face da Terra.
Forte de San Louis, Fort de France-Martinica, Antihas Francesas
Cidades
Fort-de-France, Martinica

Liberdade, Bipolaridade e Tropicalidade

Na capital da Martinica confirma-se uma fascinante extensão caribenha do território francês. Ali, as relações entre os colonos e os nativos descendentes de escravos ainda suscitam pequenas revoluções.
Máquinas Bebidas, Japão
Comida
Japão

O Império das Máquinas de Bebidas

São mais de 5 milhões as caixas luminosas ultra-tecnológicas espalhadas pelo país e muitas mais latas e garrafas exuberantes de bebidas apelativas. Há muito que os japoneses deixaram de lhes resistir.
Eswatini, Ezulwini Valley, Mantenga Cultural Village
Cultura
Vale de Ezulwini, eSwatini

Em Redor do Vale Real e Celestial de Eswatini

Estendido por quase 30km, o vale de Ezulwini é o coração e a alma da velha Suazilândia. Lá se situa Lobamba, a capital tradicional e assento da monarquia, a pouca distância da capital de facto, Mbabane. Verdejante e panorâmico, profundamente histórico e cultural, o vale mantém-se ainda o cerne turístico do reino de eSwatini.
Natação, Austrália Ocidental, Estilo Aussie, Sol nascente nos olhos
Desporto
Busselton, Austrália

2000 metros em Estilo Aussie

Em 1853, Busselton foi dotada de um dos pontões então mais longos do Mundo. Quando a estrutura decaiu, os moradores decidiram dar a volta ao problema. Desde 1996 que o fazem, todos os anos. A nadar.
Em Viagem
Chefchouen a Merzouga, Marrocos

Marrocos de Cima a Baixo

Das ruelas anis de Chefchaouen às primeiras dunas do Saara revelam-se, em Marrocos, os contrastes bem marcados das primeiras terras africanas, como sempre encarou a Ibéria este vasto reino magrebino.
Conversa entre fotocópias, Inari, Parlamento Babel da Nação Sami Lapónia, Finlândia
Étnico
Inari, Finlândia

O Parlamento Babel da Nação Sami

A Nação sami integra quatro países, que ingerem nas vidas dos seus povos. No parlamento de Inari, em vários dialectos, os sami governam-se como podem.
tunel de gelo, rota ouro negro, Valdez, Alasca, EUA
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sensações vs Impressões

Buda Vairocana, templo Todai ji, Nara, Japão
História
Nara, Japão

O Berço Colossal do Budismo Nipónico

Nara deixou, há muito, de ser capital e o seu templo Todai-ji foi despromovido. Mas o Grande Salão mantém-se o maior edifício antigo de madeira do Mundo. E alberga o maior buda vairocana de bronze.
Vai-e-vem fluvial
Ilhas
Iriomote, Japão

Iriomote, uma Pequena Amazónia do Japão Tropical

Florestas tropicais e manguezais impenetráveis preenchem Iriomote sob um clima de panela de pressão. Aqui, os visitantes estrangeiros são tão raros como o yamaneko, um lince endémico esquivo.
Barcos sobre o gelo, ilha de Hailuoto, Finlândia
Inverno Branco
Hailuoto, Finlândia

Um Refúgio no Golfo de Bótnia

Durante o Inverno, a ilha de Hailuoto está ligada à restante Finlândia pela maior estrada de gelo do país. A maior parte dos seus 986 habitantes estima, acima de tudo, o distanciamento que a ilha lhes concede.
Visitantes da casa de Ernest Hemingway, Key West, Florida, Estados Unidos
Literatura
Key West, Estados Unidos

O Recreio Caribenho de Hemingway

Efusivo como sempre, Ernest Hemingway qualificou Key West como “o melhor lugar em que tinha estado...”. Nos fundos tropicais dos E.U.A. contíguos, encontrou evasão e diversão tresloucada e alcoolizada. E a inspiração para escrever com intensidade a condizer.
vale profundo, socalcos arroz, batad, filipinas
Natureza
Batad, Filipinas

Os Socalcos que Sustentam as Filipinas

Há mais de 2000 anos, inspirado pelo seu deus do arroz, o povo Ifugao esquartejou as encostas de Luzon. O cereal que os indígenas ali cultivam ainda nutre parte significativa do país.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Walvis Bay, Namíbia, baía, dunas
Parques Naturais
Walvis Bay, Namíbia

O Litoral Descomunal de Walvis Bay

Da maior cidade costeira da Namíbia ao limiar do deserto do Namibe de Sandwich Harbour, vai um domínio de oceano, dunas, nevoeiro e vida selvagem sem igual. Desde 1790, que a profícua Walvis Bay lhe serve de portal.
Nacionalismo Colorido
Património Mundial UNESCO
Cartagena de Índias, Colômbia

A Cidade Apetecida

Muitos tesouros passaram por Cartagena antes da entrega à Coroa espanhola - mais que os piratas que os tentaram saquear. Hoje, as muralhas protegem uma cidade majestosa sempre pronta a "rumbear".
Mascarado de Zorro em exibição num jantar da Pousada Hacienda del Hidalgo, El Fuerte, Sinaloa, México
Personagens
El Fuerte, Sinaloa, México

O Berço de Zorro

El Fuerte é uma cidade colonial do estado mexicano de Sinaloa. Na sua história, estará registado o nascimento de Don Diego de La Vega, diz-se que numa mansão da povoação. Na sua luta contra as injustiças do jugo espanhol, Don Diego transformava-se num mascarado esquivo. Em El Fuerte, o lendário “El Zorro” terá sempre lugar.
Vilanculos, Moçambique, Dhows percorrem um canal
Praias
Vilankulos, Moçambique

Índico vem, Índico Vai

A porta de entrada para o arquipélago de Bazaruto de todos os sonhos, Vilankulos tem os seus próprios encantos. A começar pela linha de costa elevada face ao leito do Canal de Moçambique que, a proveito da comunidade piscatória local, as marés ora inundam, ora descobrem.
Djerba, Ilha, Tunísia, Amazigh e os seus camelos
Religião
Djerba, Tunísia

A Ilha Tunisina da Convivência

Há muito que a maior ilha do Norte de África acolhe gentes que não lhe resistiram. Ao longo dos tempos, Fenícios, Gregos, Cartagineses, Romanos, Árabes chamaram-lhe casa. Hoje, comunidades muçulmanas, cristãs e judaicas prolongam uma partilha incomum de Djerba com os seus nativos Berberes.
white pass yukon train, Skagway, Rota do ouro, Alasca, EUA
Sobre Carris
Skagway, Alasca

Uma Variante da Febre do Ouro do Klondike

A última grande febre do ouro norte-americana passou há muito. Hoje em dia, centenas de cruzeiros despejam, todos os Verões, milhares de visitantes endinheirados nas ruas repletas de lojas de Skagway.
Cruzamento movimentado de Tóquio, Japão
Sociedade
Tóquio, Japão

A Noite Sem Fim da Capital do Sol Nascente

Dizer que Tóquio não dorme é eufemismo. Numa das maiores e mais sofisticadas urbes à face da Terra, o crepúsculo marca apenas o renovar do quotidiano frenético. E são milhões as suas almas que, ou não encontram lugar ao sol, ou fazem mais sentido nos turnos “escuros” e obscuros que se seguem.
Amaragem, Vida à Moda Alasca, Talkeetna
Vida Quotidiana
Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Parque Nacional Etosha Namíbia, chuva
Vida Selvagem
PN Etosha, Namíbia

A Vida Exuberante da Namíbia Branca

Um salar vasto rasga o norte namibiano. O Parque Nacional Etosha que o envolve revela-se um habitat árido, mas providencial, de incontáveis espécies selvagens africanas.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.