Ilha do Norte, Nova Zelândia

Viagem pelo Caminho da Maoridade


Tempo de surf
Jovem surfista neozelandesa contempla o oceano Pacífico numa praia do norte da Baía de Hawke, no leste da Ilha do Norte.
Pura intimidação
Figurante de guerreiro maori protagoniza um ritual guerreiro secular.
Numa neblina sulfurosa
Visitantes caminham na névoa das Crateras da Lua, uma superfície altamente geotérmica situada em Taupo, no coração da ilha do Norte.
Manobras poi
Mulher maori manuseia bolas poi, criadas ao longo da história pelas mulheres das tribos para sua diversão mas também usadas pelos homens para aumentar a sua força e flexibilidade.
Um lago maori
O lago Rotomahana, situado nas imediações do Monte Tarawera, um vulcão responsável por uma das erupções mais destrutivas da Nova Zelândia.
Espiral Koru
Uma escultura de um koru, um símbolo maori inspirado nas novas folhas enroladas dos fetos prateados que abundam na Nova Zelândia. Simbolizam nova vida e crescimento.
Show carmesim
Momento de um espectáculo étnico mas algo conceptual protagonizado por jovens maori.
Ilha verde e irrigada
Uma das inúmeras quedas d' água do interior da Ilha do Norte formadas após chuvas.
Trabalhos oficinais
Instrutor examina o trabalho de um aprendiz de artesanato maori madeira.
Memória maori
Fotografia histórica de uma mulher maori vestida e tatuada de acordo com a tradição.
Duo maori
Dois actores maori de uma aldeia temática nos arredores de Rotorua. O homem, de pele e cabelo mais claros e feições reencena a tradição nativa de deitar a língua de fora em sinal de desafio.
Força da Natureza kiwi
Cenário outonal do rio Waikato, nas imediações de Taupo, coração da Ilha do Norte.
Arquitectura colonial
Secção do edificio histórico do Rotorua Museum um edifício colonial destacado do centro de Rotorua.
Waitangi
Mastro com as bandeiras que confirmam o acordo entre o povo Maori e os colonos europeus.
Canoa
A Nova Zelândia é um dos países em que descendentes de colonos e nativos mais se respeitam. Ao explorarmos a sua lha do Norte, inteirámo-nos do amadurecimento interétnico desta nação tão da Commonwealth como maori e polinésia.

São três as novidades que constata quem, como nós, chega pela primeira vez a terras de Rotorua:

um aroma sulfuroso disseminado e intenso, a grande concentração de habitantes nativos e uma inesperada profusão de espectáculos culturais maori.

As duas últimas, mais que a primeira, atraíram-nos à cidade mas, ainda estávamos a quilómetros da sua entrada quando as partículas de enxofre na atmosfera nos invadiram as narinas.

Ilha do Norte, Nova Zelândia, Maori, Rotorua Museum

Secção do edificio histórico do Rotorua Museum um edifício colonial destacado do centro de Rotorua.

Quilómetro após quilómetro, embrenhámo-nos na zona termal mais dinâmica da Nova Zelândia, salpicada de géiseres, nascentes termais e poças de lama explosivas.

Enquanto isso, o odor pestilento apoderou-se do interior do carro, das nossas roupas, bagagens, também das ruas e do quarto em que nos alojámos.

Esse mesmo abrigo de beira de estrada estabeleceu um limite para a idiotice em que nos víamos há meses, a carregarmos uma tenda de campismo comprada, em Perth, no distante extremo ocidental da Oceânia.

A tenda já nos tinha feito sofrer a bom sofrer para evitarmos pagar multas por excesso de peso das companhias aéreas. Decidimos livrar-nos dela e o Cash Converter que encontrámos pareceu-nos perfeito.

“Dá-me a ideia que não lhe deram grande uso!” atira Jonas, o jovem empregado de balcão maori, após o inevitável kia ora de boas-vindas e com boa-disposição e forte brilho no olhar.“ Desculpem mas, mesmo assim, vou ter que a examinar.”

Enquanto o fez, o funcionário deu um seguimento frenético à conversa.

Ao abrigo da famosa paixão maori pelo korero (tagarelice), falou de si e da família sem qualquer cerimónia ou complexos e questionou-nos, de forma inocente e interessada, quanto a nós e às nossas.

Perdemos quase 70 dólares no negócio mas lucrámos a confirmação da afabilidade e vivacidade do povo maori, noção que tínhamos começado a formar, em Hobart, na Tasmânia, em convívio com Helena Gill uma anfitriã imigrada nas portas dos fundos da Austrália.

E, noutros contactos na vasta Ilha do Sul, onde tanto a população geral como a maori são muito menores que as da vizinha do Norte.

Só conhecíamos os maoris desses primeiros contactos e, como a maior parte das pessoas que põem pela primeira vez os pés na Nova Zelândia, de “Piano” de Jane Campion – com Harvey Keitel a fazer de Baines, um marinheiro retirado e guarda-florestal que adaptara muitos dos costumes indígenas incluindo a excêntrica tatuagem facial ainda usada por muitos maoris.

Ilha do Norte, Nova Zelândia, Maori, Memória maori

Fotografia histórica de uma mulher maori vestida e tatuada de acordo com a tradição.

Estava na altura de descobrirmos mais.

Rotorua, um Cerne Vulcânico e Pestilento da Nova Zelândia Maori

Mesmo se em jeito de negócio, em nenhum outro lugar do país os maoris exibiam tanto os seus costumes e rituais como em Rotorua. Confrontados com a inexistência de um verdadeiro festival ou evento étnico por aqueles dias, conformámo-nos com um dos espectáculos.

À entrada da aldeia temática, guerreiros munidos de bastões confrontaram-nos com os seus movimentos bélicos e esgares assustadores, usados ao longo do tempo para manterem ao largo os visitantes indesejados.

Ilha do Norte, Nova Zelândia, Maori, Guerreiro

Figurante de guerreiro maori protagoniza um ritual guerreiro secular.

Finda a ameaça, um chefe da aldeia saudou o recém-nomeado representante dos visitantes com um roçar de narizes acolhedor.

A Colonização Maori e Europeia de Aoteraoa, as Ilhas da Nova Zelândia

Uma vez validada a nossa presença, deambulámos de casa em casa da pretensa povoação a admirar diversos costumes, artes e ofícios, alguns narrados e explicados pelos seus protagonistas.

Seguiu-se um espectáculo musical e de dança que incluiu a mais desejada das actuações, um haka levado a cabo por homens e mulheres.

Ilha do Norte, Nova Zelândia, Maori, espectáculo

Momento de um espectáculo étnico mas algo conceptual protagonizado por jovens maori.

Hoje, menos de 40% dos quase 70 mil habitantes de Rotorua são maoris, uma percentagem bem superior aos 15% do total da Nova Zelândia.

Crê-se ter sido essa a última paragem de uma diáspora de mais de dois mil anos a bordo de grandes canoas waka que levou os polinésios do Sudeste Asiático até Fiji, Samoa, Tonga, ilhas da Polinésia Francesa e Cook, Havai e Ilha da Páscoa.

Ilha do Norte, Nova Zelândia, Maori, canoa Waitangi

Canoa cerimonial maori no lugar do Tratado de Waitangi, na ilha do Norte.

Nos séculos posteriores à chegada a Aoteraoa – assim chamam os maoris à Nova Zelândia – forjaram a sua própria cultura, diferenciada do resto da Polinésia pelo isolamento, o clima temperado em vez de tropical e a natureza condizente.

Após o desembarque de James Cook de 1769 – 127 anos depois da chegada pioneira do holandês Abel Tasman -, dependendo das zonas e das alturas, as relações entre os maoris e os europeus oscilaram entre uma cordialidade conveniente e as Guerras da Terra da Nova Zelândia.

Este conflito, em particular ficou mal resolvido, em 1840, pelo polémico Tratado de Waitangi.

Nele se estabeleceu que os colonos reconheciam os maoris como verdadeiros donos dos seus domínios e propriedades e que beneficiariam dos mesmos direitos dos súbditos britânicos.

Os nativos mantinham-se nos redutos ainda rurais das suas tribos. Mas, em 1930, o trabalho no campo já escasseava. Muitos indígenas migraram para as cidades fundadas pelos europeus.

Essa confluência suscitou o abandono das estruturas tribais e a assimilação maori dos modos de vida ocidentais.

E a Intrincada Coexistência Étnica entre Maori e Descendentes de Europeus

Mesmo se de forma menos óbvia que nas grandes urbes de Auckland e da capital Wellington, quando conduzimos pelos arredores de Rotorua e Taupo – onde demos pequenos passos para a humanidade subsumidos na névoa sulfurosa das Crateras da Lua.

Ilha do Norte, Nova Zelândia, Maori, Rotorua névoa

Visitantes caminham na névoa das Crateras da Lua, uma superfície altamente geotérmica situada em Taupo, no coração da ilha do Norte.

E por outras povoações menores, constatamos que a coexistência de maoris e descendentes dos colonos apenas evolui.

Malgrado o acordado em Waitangi, os colonos já se tinham apoderado das melhores terras, com óbvia vantagem na vida moderna que impuseram à nação.

Essa supremacia deixou os maoris em apuros sociais e económicos, a começar pela dificuldade em aceder ao ensino superior e ter empregos qualificados e bem pagos.

Ilha do Norte, Nova Zelândia, Maori, Trabalhos oficinais

Instrutor examina o trabalho de um aprendiz de artesanato maori madeira.

De acordo, a maioria das famílias nativas concentra-se em bairros periféricos com condições de vida bem mais precárias do que as da classe média de ascendência britânica ou de muitos emigrantes asiáticos ou de outras paragens.

Em demasiados casos, dependem do cheque da segurança social, são mais propensos a doenças e a violência doméstica e constituem mais de metade da população prisional.

O Respeito Crescente pelos Territórios e Direitos dos Maoris

Mas, desde 1960, que a situação não pára de melhorar. Nessa década, um tribunal deu por ilegais as confiscações coloniais de terras.

Pouco depois, o governo devolveu ao povo maori os seus lugares sagrados e recursos naturais.

Ilha do Norte, Nova Zelândia, Maori, rio Waikato

Cenário outonal do rio Waikato, nas imediações de Taupo, coração da Ilha do Norte.

Para muitos maoris que se consideram hóspedes dos brancos, só então terminaram as longas Guerras da Terra.

O número de representantes maoris no parlamento aumentou e o valor da cultura maori e do dialecto Te Reo – que já surge nos sinais de trânsito, mapas etc. etc. – dispararam com o aumento abrupto de visitantes estrangeiros às ilhas kiwi.

Uma rede recente de jardins de infância, escolas e universidades garantem, agora, a educação na língua maori complementada por uma cadeia nacional de estações de rádio e canais de TV detidos e geridos pelos próprios maoris que ganham mais e mais notoriedade.

A Notoriedade Mundial do Povo Maori, pelo seu Poderoso Râguebi

Enquanto escrevíamos este mesmo texto, decorria o campeonato do mundo de râguebi por terras dos velhos colonos ingleses. Como quase sempre acontece, a Nova Zelândia era a selecção que mais se destacava e atraía.

Faz-nos mesmo interromper a sua criação para assistirmos ao massacre da França aos braços dos All Blacks (62-13) nos quartos de final. Sete dos jogadores All Blacks presentes na competição são maoris.

Todos os jogos da selecção kiwi têm início após hakas exuberantes que os maoris concederam que fossem dançados também por jogadores pakeha e que até a nós intimidam.

Aliás, há alguns anos, quando os maoris decidiram introduzir um novo haka, toda a comunidade pakeha do râguebi se envolveu no debate, algo que ajuda a exemplificar a seriedade do compromisso interétnico que presenciámos dia após dia, por toda a Nova Zelândia, isto quando as próprias identidades maori e pakeha se diluem sob a fusão da genética.

Ilha do Norte, Nova Zelândia, Maori, Tempo de surf

Jovem surfista neozelandesa contempla o oceano Pacífico numa praia do norte da Baía de Hawke, no leste da Ilha do Norte.

À saída de uns duches de praia de Whangarei, conhecemos Renee Lee. No meio do palavreado, a jovem surfista tatuada devolve-nos a complexa questão: “Maori..?

Eu nunca sei muito bem se sou maori ou pakeha. O meu pai é maori e a minha mãe holandesa.

A minha filha é loura… Digam-me lá vocês: o que acham que sou?”

Nelson a Wharariki, PN Abel Tasman, Nova Zelândia

O Litoral Maori em que os Europeus Deram à Costa

Abel Janszoon Tasman explorava mais da recém-mapeada e mítica "Terra Australis" quando um equívoco azedou o contacto com nativos de uma ilha desconhecida. O episódio inaugurou a história colonial da Nova Zelândia. Hoje, tanto a costa divinal em que o episódio se sucedeu como os mares em redor evocam o navegador holandês.
Wanaka, Nova Zelândia

Que Bem que Se Está no Campo dos Antípodas

Se a Nova Zelândia é conhecida pela sua tranquilidade e intimidade com a Natureza, Wanaka excede qualquer imaginário. Situada num cenário idílico entre o lago homónimo e o místico Mount Aspiring, ascendeu a lugar de culto. Muitos kiwis aspiram a para lá mudar as suas vidas.
Península de Banks, Nova Zelândia

O Estilhaço de Terra Divinal da Península de Banks

Vista do ar, a mais óbvia protuberância da costa leste da Ilha do Sul parece ter implodido vezes sem conta. Vulcânica mas verdejante e bucólica, a Península de Banks confina na sua geomorfologia de quase roda-dentada a essência da sempre invejável vida neozelandesa.
Napier, Nova Zelândia

De volta aos Anos 30 - Calhambeque Tour

Numa cidade reerguida em Art Deco e com atmosfera dos "anos loucos" e seguintes, o meio de locomoção adequado são os elegantes automóveis clássicos dessa era. Em Napier, estão por toda a parte.
Christchurch, Nova Zelândia

O Feiticeiro Amaldiçoado da Nova Zelândia

Apesar da sua notoriedade nos antípodas, Ian Channell, o feiticeiro da Nova Zelândia não conseguiu prever ou evitar vários sismos que assolaram Christchurch. Com 88 anos de idade, após 23 anos de contrato com a cidade, fez afirmações demasiado polémicas e acabou despedido.
Tongariro, Nova Zelândia

Os Vulcões de Todas as Discórdias

No final do século XIX, um chefe indígena cedeu os vulcões do PN Tongariro à coroa britânica. Hoje, parte significativa do povo maori reclama aos colonos europeus as suas montanhas de fogo.
Nova Zelândia  

Quando Contar Ovelhas Tira o Sono

Há 20 anos, a Nova Zelândia tinha 18 ovinos por cada habitante. Por questões políticas e económicas, a média baixou para metade. Nos antípodas, muitos criadores estão preocupados com o seu futuro.
Mount Cook, Nova Zelândia

O Monte Fura Nuvens

O Aoraki/Monte Cook até pode ficar muito aquém do tecto do Mundo mas é a montanha mais imponente e elevada da Nova Zelândia.
Napier, Nova Zelândia

De Volta aos Anos 30

Devastada por um sismo, Napier foi reconstruida num Art Deco quase térreo e vive a fazer de conta que parou nos Anos Trinta. Os seus visitantes rendem-se à atmosfera Great Gatsby que a cidade encena.
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.
Bay of Islands, Nova Zelândia

O Âmago Civilizacional da Nova Zelândia

Waitangi é o lugar chave da Independência e da já longa coexistência dos nativos maori com os colonos britânicos. Na Bay of Islands em redor, celebra-se a beleza idílico-marinha dos antípodas neozelandeses mas também a complexa e fascinante nação kiwi.
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
Rinoceronte, PN Kaziranga, Assam, Índia
Safari
PN Kaziranga, Índia

O Baluarte dos Monocerontes Indianos

Situado no estado de Assam, a sul do grande rio Bramaputra, o PN Kaziranga ocupa uma vasta área de pântano aluvial. Lá se concentram dois terços dos rhinocerus unicornis do mundo, entre em redor de 100 tigres, 1200 elefantes e muitos outros animais. Pressionado pela proximidade humana e pela inevitável caça furtiva, este parque precioso só não se tem conseguido proteger das cheias hiperbólicas das monções e de algumas polémicas.
Aurora ilumina o vale de Pisang, Nepal.
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 3º- Upper Pisang, Nepal

Uma Inesperada Aurora Nevada

Aos primeiros laivos de luz, a visão do manto branco que cobrira a povoação durante a noite deslumbra-nos. Com uma das caminhadas mais duras do Circuito Annapurna pela frente, adiamos a partida tanto quanto possível. Contrariados, deixamos Upper Pisang rumo a Ngawal quando a derradeira neve se desvanecia.
A pequena-grande Senglea II
Arquitectura & Design
Senglea, Malta

A Cidade Maltesa com Mais Malta

No virar do século XX, Senglea acolhia 8.000 habitantes em 0.2 km2, um recorde europeu, hoje, tem “apenas” 3.000 cristãos bairristas. É a mais diminuta, sobrelotada e genuína das urbes maltesas.
Totems, aldeia de Botko, Malekula,Vanuatu
Aventura
Malekula, Vanuatu

Canibalismo de Carne e Osso

Até ao início do século XX, os comedores de homens ainda se banqueteavam no arquipélago de Vanuatu. Na aldeia de Botko descobrimos porque os colonizadores europeus tanto receavam a ilha de Malekula.
cavaleiros do divino, fe no divino espirito santo, Pirenopolis, Brasil
Cerimónias e Festividades
Pirenópolis, Brasil

Cavalgada de Fé

Introduzida, em 1819, por padres portugueses, a Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis agrega uma complexa rede de celebrações religiosas e pagãs. Dura mais de 20 dias, passados, em grande parte, sobre a sela.
Music Theatre and Exhibition Hall, Tbilissi, Georgia
Cidades
Tbilisi, Geórgia

Geórgia ainda com Perfume a Revolução das Rosas

Em 2003, uma sublevação político-popular fez a esfera de poder na Geórgia inclinar-se do Leste para Ocidente. De então para cá, a capital Tbilisi não renegou nem os seus séculos de história também soviética, nem o pressuposto revolucionário de se integrar na Europa. Quando a visitamos, deslumbramo-nos com a fascinante mixagem das suas passadas vidas.
Cacau, Chocolate, Sao Tome Principe, roça Água Izé
Comida
São Tomé e Príncipe

Roças de Cacau, Corallo e a Fábrica de Chocolate

No início do séc. XX, São Tomé e Príncipe geravam mais cacau que qualquer outro território. Graças à dedicação de alguns empreendedores, a produção subsiste e as duas ilhas sabem ao melhor chocolate.
Kigurumi Satoko, Templo Hachiman, Ogimashi, Japão
Cultura
Ogimashi, Japão

Um Japão Histórico-Virtual

Higurashi no Naku Koro ni” foi uma série de animação nipónica e jogo de computador com enorme sucesso. Em Ogimashi, aldeia de Shirakawa-Go, convivemos com um grupo de kigurumis das suas personagens.
Espectador, Melbourne Cricket Ground-Rules footbal, Melbourne, Australia
Desporto
Melbourne, Austrália

O Futebol em que os Australianos Ditam as Regras

Apesar de praticado desde 1841, o Futebol Australiano só conquistou parte da grande ilha. A internacionalização nunca passou do papel, travada pela concorrência do râguebi e do futebol clássico.
Jovens percorrem a rua principal de Chame, Nepal
Em Viagem
Circuito Annapurna: 1º - Pokhara a ChameNepal

Por Fim, a Caminho

Depois de vários dias de preparação em Pokhara, partimos em direcção aos Himalaias. O percurso pedestre só o começamos em Chame, a 2670 metros de altitude, com os picos nevados da cordilheira Annapurna já à vista. Até lá, completamos um doloroso mas necessário preâmbulo rodoviário pela sua base subtropical.
Corrida de camelos, Festival do Deserto, Sam Sam Dunes, Rajastão, Índia
Étnico
Jaisalmer, Índia

Há Festa no Deserto do Thar

Mal o curto Inverno parte, Jaisalmer entrega-se a desfiles, a corridas de camelos e a competições de turbantes e de bigodes. As suas muralhas, ruelas e as dunas em redor ganham mais cor que nunca. Durante os três dias do evento, nativos e forasteiros assistem, deslumbrados, a como o vasto e inóspito Thar resplandece afinal de vida.
Ocaso, Avenida dos Baobás, Madagascar
Portfólio Fotográfico Got2Globe

Dias Como Tantos Outros

Porvoo, Finlândia, armazéns
História
Porvoo, Finlândia

Uma Finlândia Medieval e Invernal

Uma das povoações anciãs da nação suómi, no início do século XIV, Porvoo era um entreposto ribeirinho atarefado e a sua terceira cidade. Com o tempo, Porvoo perdeu a importância comercial. Em troca, tornou-se um dos redutos históricos venerados da Finlândia.  
Ilhas
São Nicolau, Cabo Verde

Fotografia dess Nha Terra São Nicolau

A voz da saudosa Cesária Verde cristalizou o sentimento dos cabo-verdianos que se viram forçados a deixar a sua ilha. Quem visita São Nicolau ou, vá lá que seja, admira imagens que a bem ilustrem, percebe porque os seus lhe chamam, para sempre e com orgulho, nha terra.
Maksim, povo Sami, Inari, Finlandia-2
Inverno Branco
Inari, Finlândia

Os Guardiães da Europa Boreal

Há muito discriminado pelos colonos escandinavos, finlandeses e russos, o povo Sami recupera a sua autonomia e orgulha-se da sua nacionalidade.
Enseada, Big Sur, Califórnia, Estados Unidos
Literatura
Big Sur, E.U.A.

A Costa de Todos os Refúgios

Ao longo de 150km, o litoral californiano submete-se a uma vastidão de montanha, oceano e nevoeiro. Neste cenário épico, centenas de almas atormentadas seguem os passos de Jack Kerouac e Henri Miller.
Camponesa, Majuli, Assam, India
Natureza
Majuli, Índia

Uma Ilha em Contagem Decrescente

Majuli é a maior ilha fluvial da Índia e seria ainda uma das maiores à face da Terra não fosse a erosão do rio Bramaputra que há séculos a faz diminuir. Se, como se teme, ficar submersa dentro de vinte anos, mais que uma ilha, desaparecerá um reduto cultural e paisagístico realmente místico do Subcontinente.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Manatee Creek, Florida, Estados Unidos da América
Parques Naturais
Florida Keys, E.U.A.

A Alpondra Caribenha dos E.U.A.

Os Estados Unidos continentais parecem encerrar-se, a sul, na sua caprichosa península da Flórida. Não se ficam por aí. Mais de cem ilhas de coral, areia e mangal formam uma excêntrica extensão tropical que há muito seduz os veraneantes norte-americanos.
Kiomizudera, Quioto, um Japão Milenar quase perdido
Património Mundial UNESCO
Quioto, Japão

Um Japão Milenar Quase Perdido

Quioto esteve na lista de alvos das bombas atómicas dos E.U.A. e foi mais que um capricho do destino que a preservou. Salva por um Secretário de Guerra norte-americano apaixonado pela sua riqueza histórico-cultural e sumptuosidade oriental, a cidade foi substituída à última da hora por Nagasaki no sacrifício atroz do segundo cataclismo nuclear.
Monumento do Heroes Acre, Zimbabwe
Personagens
Harare, Zimbabwe

O Último Estertor do Surreal Mugabué

Em 2015, a primeira-dama do Zimbabué Grace Mugabe afirmou que o presidente, então com 91 anos, governaria até aos 100, numa cadeira-de-rodas especial. Pouco depois, começou a insinuar-se à sua sucessão. Mas, nos últimos dias, os generais precipitaram, por fim, a remoção de Robert Mugabe que substituiram pelo antigo vice-presidente Emmerson Mnangagwa.
Mini-snorkeling
Praias
Ilhas Phi Phi, Tailândia

De regresso à Praia de Danny Boyle

Passaram 15 anos desde a estreia do clássico mochileiro baseado no romance de Alex Garland. O filme popularizou os lugares em que foi rodado. Pouco depois, alguns desapareceram temporária mas literalmente do mapa mas, hoje, a sua fama controversa permanece intacta.
A Crucificação em Helsínquia
Religião
Helsínquia, Finlândia

Uma Via Crucis Frígido-Erudita

Chegada a Semana Santa, Helsínquia exibe a sua crença. Apesar do frio de congelar, actores pouco vestidos protagonizam uma re-encenação sofisticada da Via Crucis por ruas repletas de espectadores.
Comboio Kuranda train, Cairns, Queensland, Australia
Sobre Carris
Cairns-Kuranda, Austrália

Comboio para o Meio da Selva

Construído a partir de Cairns para salvar da fome mineiros isolados na floresta tropical por inundações, com o tempo, o Kuranda Railway tornou-se no ganha-pão de centenas de aussies alternativos.
Gatis de Tóquio, Japão, clientes e gato sphynx
Sociedade
Tóquio, Japão

Ronronares Descartáveis

Tóquio é a maior das metrópoles mas, nos seus apartamentos exíguos, não há lugar para mascotes. Empresários nipónicos detectaram a lacuna e lançaram "gatis" em que os afectos felinos se pagam à hora.
Mulheres com cabelos longos de Huang Luo, Guangxi, China
Vida Quotidiana
Longsheng, China

Huang Luo: a Aldeia Chinesa dos Cabelos mais Longos

Numa região multiétnica coberta de arrozais socalcados, as mulheres de Huang Luo renderam-se a uma mesma obsessão capilar. Deixam crescer os cabelos mais longos do mundo, anos a fio, até um comprimento médio de 170 a 200 cm. Por estranho que pareça, para os manterem belos e lustrosos, usam apenas água e arrôz.
Devils Marbles, Alice Springs a Darwin, Stuart hwy, Caminho do Top End
Vida Selvagem
Alice Springs a Darwin, Austrália

Estrada Stuart, a Caminho do Top End da Austrália

Do Red Centre ao Top End tropical, a estrada Stuart Highway percorre mais de 1.500km solitários através da Austrália. Nesse trajecto, o Território do Norte muda radicalmente de visual mas mantém-se fiel à sua alma rude.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.