New Orleans, Luisiana, E.U.A.

A Musa do Grande Sul Americano


French Quarter vs Canal Street
Rua do French Quarter de New Orleans
Tujague’s
Empregado no bar do "Tujague's" um restaurante-bar emblemático de New Orleans.
A Vapor
Um dos barcos a vapor que percorrem o rio Mississipi que cruza New Orleans
Ronnel Johnson
O músico Ronnel Johnson após uma actuação no incontornável Preservation Hall
Barely Legal
Neones de um dos bares da Bourbon Street.
Jazz It Up
"Jazz it Up" um de muitos murais de âmbito musical de New Orleans
1st Line
Banda de rua actua por ocasião do aniversário de uma visitante de New Orleans
Catedral de Saint Louis
a Catedral de Saint Louis
Maison Jazz
Actuação da banda Maison, num bar da Frenchmen Street
Madison Street
A Madison street, ao anoitecer
Streetcar na Canal St.
Um eléctrico percorre a Canal Street
Lafitte Bar
O Lafitte Bar, um dos lugares incontornáveis da Bourbon Street.
Richard Piano Scott Band
Richard Piano Scott e sua banda animam o Fritzels Bar, Bourbon Street.
Muriels
Transeuntes passam em frente ao "Muriels", um dos restaurantes mais antigos e conceituados de New Orleans.
General e ex-Presidente Jackson
Estátua do ex-Presidente dos EUA, Andrew Jackson
Creole Queen
O barco a vapor Creole Queen zarpa para o Mississipi.
Bourbon Street
Multidão preenche a noctívaga e boémia Bourbon Street
Lares Seculares
Casas antigas do French Quarter de New Orleans
Quase noite, Jackson Square
A Jackson square ao anoitecer
Puro Burlesco
Uma das frequentes exibições de burlesco da Jazz House de New Orleans
New Orleans destoa dos fundos conservadores dos E.U.A. como a defensora de todos os direitos, talentos e irreverências. Em tempos francesa, para sempre afrancesada, a cidade do jazz inspira, a novos ritmos contagiantes, a fusão de etnias, culturas, estilos e sabores.

Dariam voltas nos túmulos, os membros da Casa de Bourbon, se lhes chegassem ao outro mundo relatos do que se tornou a rua baptizada em seu nome, na recém-fundada Nouvelle Orleans.

Crepúsculo após crepúsculo, à medida que o céu escurece acima dos arranha-céus e eléctricos pioneiros da Canal St., acentuam-se as luzes e os néones exuberantes da Bourbon Street.

Um eléctrico percorre a Canal Street

Invade-a uma horda de foliões apostados em descomprimir e celebrar a vida, mesmo que isso passe por danar a saúde. Aos poucos, dissemina-se um aroma a cannabis.

Os bares servem bebidas atrás de bebidas, de simples cervejas aos cocktails mais famosos de New Orleans: o Sazerac, bebida oficial da cidade.

Os daiquiris locais, o Ramos Gin Fizz e os seculares Absynthe Frappes, inventados na Old Absynthe House, um dos “bebedouros” incontornáveis da cidade.

Neones de um dos bares da Bourbon Street, o “Barely Legal Club”

Bourbon Street: a New Orleans da Noite sem Fim

Na Bourbon Street, nem todas as bebidas se popularizaram pela elegância e subtileza.

Cruzamo-nos com transeuntes que bebem Hurricanes. Outros, sorvem de Hand Grenades.

Multidão preenche a boémia Bourbon Street

Legalmente servida em meros cinco bares do French Quarter, esta mistura de vodka, rum, gin e licor de melão gera uma euforia adequada à atmosfera circundante.

Em dias de jogos dos Saints – a equipa local de futebol-americano – a cidade veste-se de dourado. Como pudemos testemunhar no festivo “Upper Quarter Bar”, bebe, brinda e festeja pela cadência de cada touchdown conseguido.

Taylor prestes a servir mais dois cocktails, em honra dos New Orleans Saints

De bar em bar, dezenas de bandas e músicos embalam uma crescente ebriedade comunal.

Encontramos de tudo um pouco. Duetos em pianos, hard-rock perfurante, música Country, exibições de drag queens em bares arco-íris.

Uma das frequentes exibições de burlesco da Jazz House de New Orleans

E, a pouca distância, na The Jazz Playhouse, um burlesco ainda mais despido e atrevido.

Mural num bar da Frenchmen Street

A amálgama musical renova-se. Volta a baralhar-se nos bares e palcos da nova coqueluche da noite orleaniana, a Frenchmen Street.

Situada na orla do French Quarter, das suas vivendas coloridas elegantes, dotadas de varandas e terraços de ferro fundido, de pátios interiores ajustados entre paredes.

Rua do French Quarter de New Orleans

O Berço e a Casa Americana do Jazz

Se nos mantivermos pela Bourbon, podemos ainda viajar pelo jazz do século XX de New Orleans.

É esse o estilo “vencido” que assistimos Richard Piano Scott e a sua banda tocarem no bar Fritzels Jazz, inspirado em muitas das bandas reputadas que passaram pelo Preservation Hall durante o século XX.

Richard Piano Scott e sua banda animam o Fritzels Bar, Bourbon Street.

Numa era em que vigorava a segregação racial legalizada após a Guerra Civil Americana, esta sala emblemática acolheu as actuações de pioneiros como Louis Armstrong, Buddy Bolden, de bandas, algumas multirraciais, que se exibiam a um público misto entusiasta.

Louva-os, ainda, o Parque Nacional Histórico de Jazz, criado lado a lado com a Congo Square.

É este último o espaço aberto e verdejante em que, durante o século XIX, os habitantes de cor, escravos ou já livres, se encontravam, comerciavam entre si, dançavam e tocavam tambores considerados percussores do jazz.

Portal para o Louis Armstrong Park

Lá levavam também a cabo rituais africanos mais tarde conotados com o vudu, outro dos esoterismos culturais em que New Orleans se tornou prolífica e que os novos agentes turísticos integraram numa panóplia de tours temáticos:

os da New Orleans assombrada, os gastronómicos, de história, de arquitectura e tantos mais.

New Orleans, Musician Loading Zone

Música até nos sinais de trânsito de New Orleans

Mas, regressemos ao Preservation Hall.

Este salão dos sopros e da percussão subsistiu à segregação e ao tempo. Tornou-se um templo jazzístico de integração e multiculturalidade.

Isto, no mesmo contexto em que, na segunda metade do século XX, milhares de músicos de outras partes dos E.U.A., começaram a ver New Orleans como um porto-seguro dos seus talentos.

O músico Ronnel Johnson após uma actuação no incontornável Preservation Hall

Uma das teorias para a alcunha “The Big Easy” da cidade defende, aliás, que adveio da facilidade com que os músicos encontravam empregos.

A outra, ainda actual, terá resultado da sensação de descontração, hedonismo e criatividade transmitida pelos residentes.

Flagboy Giz e a Música Nova de New Orleans

Eternizam a velha New Orleans talentos emergentes como o de Flagboy Giz que faz de todas as suas músicas celebrações da sua ancestralidade indígena, da vida genuína da cidade, da espectacularidade do Mardi Gras

Flagboy Giz após a sua actuação com os Wild Tchoupitoulas no Beignet Festival de New Orleans

e dos músicos em movimento das First Lines, animadores de eventos e acontecimentos, dos aniversários e casamentos aos funerais.

Como canta Flagboy Giz “I fell in Love at the Second Line“.

O mais famoso dos Flagboys apaixonou-se num cortejo que seguia uma destas bandas andantes.

Banda de rua actua por ocasião do aniversário de uma visitante de New Orleans

Os Artistas de Rua de New Orleans

Para todos os efeitos, incluem-se, na categoria, os “empresários”, artistas e oportunistas da Bourbon Street.

O mascarado de Darth Vader que interpreta Céline Dion.

O homem do pino vestido de pirata, acompanhado de um esqueleto, que massacra o pescoço a posar de cabeça para baixo.

Artista de rua cumpre uma acrobacia, na Bourbon Street.

O casal dono de pitons birmanesas que as cede para selfies e carícias.

Crianças que tocam percussão sobre sets de baldes. Um grupo de breakdancers que, entre as actuações, pratica passes de futebol americano.

Um outro talento por reconhecer que, à entrada da terceira idade, pede 20 dólares para contar anedotas porcas.

São exemplos.

Em qualquer noite, a Bourbon Street e vizinhança, acolhem inúmeras actuações dos mais distintos estilos.

New Orleans, Bourbon Street, Dueto Piano

Dueto em piano num bar da Bourbon Street

Como o faz a Jackson Square, o cerne ribeirinho de New Orleans.

Francesa, por breve tempo, Espanhola: a Génese Colonial de New Orleans

Sobretudo, diante do seu Cabildo, o mais exuberante edifício hispânico, erguido entre 1763 e 1803.

Neste período, fruto de uma negociação inusitada, os Espanhóis governaram o Luisiana. Os britânicos tinham acabado de cobrar a colónia aos franceses, após os terem derrotado na Guerra dos Sete anos.

Logo, em jeito de compensação da integração da Florida no Império Britânico, cederam-na ao Império Espanhol.

Além do Cabildo, os espanhóis reergueram a igreja francesa de St. Louis, arrasada pelo Grande Incêndio de 1788. Decorrida meia década, a igreja foi promovida a catedral diocese de New Orleans.

É uma das mais antigas igrejas em uso contínuo dos E.U.A.

A Jackson square ao anoitecer

A desafiar a catolicidade do lugar, uma comunidade de quiromantes, tarólogas e congéneres instala-se ali diante.

Em dias de excessiva concorrência, estendem mesmo as suas profecias convenientes a trechos da Bourbon Street.

Andrew Jackson, a Jackson Square e o Magnetismo Adocicado do Café du Monde

Num plano histórico, em vez de futurologista, destaca-se do jardim contíguo a estátua equestre do general Andrew Jackson.

Jackson conquistou o estatuto de herói americano controverso, louvado pelos admiradores, pelo seu papel na expansão territorial e consolidação dos Estados Unidos.

Estátua do ex-Presidente dos EUA, Andrew Jackson

Foi eleito o sétimo presidente dos E.U.A. Ocupou o cargo de 1829 a 1837. Faleceu em 1845.

Menos de duas décadas depois, a umas dezenas de metros do monumento que o homenageia, na iminência do Mississípi, nascia o “Café du Monde”, outra das imagens de marca afrancesadas do Vieux Carré de New Orleans.

Pela conveniência dos seus “beignets” acompanhados de café-chicória, adaptamo-lo como pouso predilecto na recuperação das várias dezenas de quilómetros que caminhamos na cidade. À margem do lanche tradicional, o “Café du Monde” prenda-nos com deliciosas expressões de harmonia social.

Por norma, um artista de rua lá entretém os clientes com interpretações de canções norte-americanas famosas. O inesperado, advém das participações especiais.

Quando menos ocupados, os empregados oferecem-se para o substituir e cantam um ou dois dos seus temas favoritos, às tantas, acompanhados por clientes.

Mas o beignet também é uma expressão, com sabor e textura de fartura açucarada, da prolífica gastronomia de New Orleans.

A Gastronomia e os Restaurantes Prodigiosos de “The Big Easy”

Ao contrário de tantos outros domínios de comida insípida, demasiado rápida, dos E.U.A., a Cidade do Crescente do Mississípi assimilou sucessivas receitas trazidas pelos franceses, pelos espanhóis, pelos escravos africanos, pelas gentes crioulas e cajun – descendente de franceses-canadianos instalados nas zonas alagadas (bayous) – de italianos e de tantos outros mais tarde para lá migrados.

Aprimoraram-se, assim, o gumbo, a jambalaya, os lagostins estufados e sandwiches bem guarnecidas como os Po-Boys e as “sicilianas” muffalletas.

Transeuntes passam em frente ao “Muriels”, um dos restaurantes mais antigos e conceituados de New Orleans.

Se é verdade que dezenas de estabelecimentos os anunciam, só uns poucos, com uma antiguidade e espaços condizentes com a riqueza histórica de New Orleans, os servem perfeitos ou quase-perfeitos.

Incluem-se, nesses, os anciãos da restauração Muriel’s, instalado num edifício do meio do século XVIII e o Tujague’s, restaurante estabelecido em 1856 e há muito conceituado.

Empregado no bar do “Tujague’s” um restaurante-bar emblemático de New Orleans.

A Cidade do Crescente do Mississípi

Como tudo o mais, os colonos, os comerciantes, os atacantes e os imigrantes chegaram à cidade pelo Mississípi sinuoso.

Admiramo-lo do topo panorâmico Vue Orleans, da beira-rio e a bordo do navio a vapor “Creole Queen”, um dos três que prendam os forasteiros com a experiência de navegar o Mississípi à moda antiga.

O barco a vapor “Creole Queen” zarpa para o Mississipi.

Situada pouco acima da foz da principal artéria fluvial dos Estados Unidos, New Orleans ocupa a mesma posição fulcral.

Razão de ser de dezenas de batalhas e conflitos, anteriores e posteriores à Guerra Civil Americana cujo desfecho veio viabilizar o fim da Escravatura, como o progressismo libertário que continua a favorecer The Big Easy.

Artista drag anima um bar da Bourbon Street

FICHA DE DESTINO

1 – Miami

2 – New Orleans

COMO IR

Reserve o voo Lisboa – Miami (Flórida), Estados Unidos, com a TAP: flytap.com por a partir de 820€.

De Miami, poderá cumprir a ligação para New Orleans (1h30) por, a partir de 150€, ida-e-volta.

Onde Ficar:

The Mercantile Hotel:

themercantilehotelneworleans.com

Tel.: +1 504 558 1914-1914

Miami, Flórida, E.U.A.

A Porta de Entrada da América Latina

Não é só a localização privilegiada, entre um oceano exuberante e o verde dos Everglades, com a vastidão caribenha logo ali a sul. É o afago tropical, o do clima e o cultural e uma modernidade urbana exemplar. Cada vez mais em castelhano, num contexto latino-americano.
Kennedy Space Center, Florida, Estados Unidos

A Rampa de Lançamento do Programa Espacial Americano

De viagem pela Flórida, desviamos da órbita programada. Apontamos ao litoral atlântico de Merrit Island e do Cabo Canaveral. Lá exploramos o Kennedy Space Center e acompanhamos um dos lançamentos com que a empresa Space X e os Estados Unidos agora almejam o Espaço.
Parque Nacional Everglades, Flórida, E.U.A.

O Grande Rio Ervado da Flórida

Quem sobrevoa o sul do 27º estado espanta-se com a vastidão verde, lisa e ensopada que contrasta com os tons oceânicos em redor. Este ecossistema de pântano-pradaria único nos EUA abriga uma fauna prolífica dominada por 200 mil dos 1.25 milhões de jacarés da Flórida.
Miami Beach, E.U.A.

A Praia de Todas as Vaidades

Poucos litorais concentram, ao mesmo tempo, tanto calor e exibições de fama, de riqueza e de glória. Situada no extremo sudeste dos E.U.A., Miami Beach tem acesso por seis pontes que a ligam ao resto da Florida. É parco para o número de almas que a desejam.
Saint Augustine, Florida, E.U.A.

De Regresso aos Primórdios da Florida Hispânica

A disseminação de atracções turísticas de gosto questionável, torna-se superficial se tivermos em conta a profundidade histórica em questão. Estamos perante a cidade dos E.U.A. contíguos há mais tempo habitada. Desde que os exploradores espanhóis a fundaram, em 1565, que St. Augustine resiste a quase tudo.
Miami, E.U.A.

Uma Obra-Prima da Reabilitação Urbana

Na viragem para o século XXI, o bairro Wynwood mantinha-se repleto de fábricas e armazéns abandonados e grafitados. Tony Goldman, um investidor imobiliário astuto, comprou mais de 25 propriedades e fundou um parque mural. Muito mais que ali homenagear o grafiti, Goldman fundou o grande bastião da criatividade de Miami.
Key West, E.U.A.

O Faroeste Tropical dos E.U.A.

Chegamos ao fim da Overseas Highway e ao derradeiro reduto das propagadas Florida Keys. Os Estados Unidos continentais entregam-se, aqui, a uma deslumbrante vastidão marinha esmeralda-turquesa. E a um devaneio meridional alentado por uma espécie de feitiço caribenho.
Little Havana, E.U.A.

A Pequena Havana dos Inconformados

Ao longo das décadas e até aos dias de hoje, milhares de cubanos cruzaram o estreito da Florida em busca da terra da liberdade e da oportunidade. Com os E.U.A. ali a meros 145 km, muitos não foram mais longe. A sua Little Havana de Miami é, hoje, o bairro mais emblemático da diáspora cubana.
São Francisco, E.U.A.

Cidade do Nevoeiro

Inspirada pelo passado hippie e embalada pelas viagens de cable car acima e abaixo das suas colinas, a população de São Francisco tornou-se numa das mais criativas e artísticas dos Estados Unidos. Debaixo da neblina, esta metrópole californiana amadureceu livre de preconceitos e resiste como a grande musa da inovação sócio-cultural norte-americana.
Florida Keys, E.U.A.

A Alpondra Caribenha dos E.U.A.

Os Estados Unidos continentais parecem encerrar-se, a sul, na sua caprichosa península da Flórida. Não se ficam por aí. Mais de cem ilhas de coral, areia e mangal formam uma excêntrica extensão tropical que há muito seduz os veraneantes norte-americanos.
Las Vegas, E.U.A.

Capital Mundial dos Casamentos vs Cidade do Pecado

A ganância do jogo, a luxúria da prostituição e a ostentação generalizada fazem parte de Las Vegas. Como as capelas que não têm olhos nem ouvidos e promovem matrimónios excêntricos, rápidos e baratos.
Key West, Estados Unidos

O Recreio Caribenho de Hemingway

Efusivo como sempre, Ernest Hemingway qualificou Key West como “o melhor lugar em que tinha estado...”. Nos fundos tropicais dos E.U.A. contíguos, encontrou evasão e diversão tresloucada e alcoolizada. E a inspiração para escrever com intensidade a condizer.
Tombstone, E.U.A.

Tombstone: a Cidade Demasiado Dura para Morrer

Filões de prata descobertos no fim do século XIX fizeram de Tombstone um centro mineiro próspero e conflituoso na fronteira dos Estados Unidos com o México. Lawrence Kasdan, Kurt Russel, Kevin Costner e outros realizadores e actores hollywoodescos tornaram famosos os irmãos Earp e o duelo sanguinário de “O.K. Corral”. A Tombstone que, ao longo dos tempos tantas vidas reclamou, está para durar.
Grand Canyon, E.U.A.

Viagem pela América do Norte Abismal

O rio Colorado e tributários começaram a fluir no planalto homónimo há 17 milhões de anos e expuseram metade do passado geológico da Terra. Também esculpiram uma das suas mais deslumbrantes entranhas.
Monte Denali, Alasca

O Tecto Sagrado da América do Norte

Os indígenas Athabascan chamaram-no Denali, ou o Grande e reverenciam a sua altivez. Esta montanha deslumbrante suscitou a cobiça dos montanhistas e uma longa sucessão de ascensões recordistas.
Juneau, Alasca

A Pequena Capital do Grande Alasca

De Junho a Agosto, Juneau desaparece por detrás dos navios de cruzeiro que atracam na sua doca-marginal. Ainda assim, é nesta pequena capital que se decidem os destinos do 49º estado norte-americano.
Monument Valley, E.U.A.

Índios ou cowboys?

Realizadores de Westerns emblemáticos como John Ford imortalizaram aquele que é o maior território indígena dos Estados Unidos. Hoje, na Nação Navajo, os navajo também vivem na pele dos velhos inimigos.
Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Las Vegas, E.U.A.

Onde o Pecado tem Sempre Perdão

Projectada do Deserto Mojave como uma miragem de néon, a capital norte-americana do jogo e do espectáculo é vivida como uma aposta no escuro. Exuberante e viciante, Vegas nem aprende nem se arrepende.
Navajo Nation, E.U.A.

Por Terras da Nação Navajo

De Kayenta a Page, com passagem pelo Marble Canyon, exploramos o sul do Planalto do Colorado. Dramáticos e desérticos, os cenários deste domínio indígena recortado no Arizona revelam-se esplendorosos.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Skipper de uma das bangkas do Raymen Beach Resort durante uma pausa na navegação
Praia
Ilhas Guimaras  e  Ave Maria, Filipinas

Rumo à Ilha Ave Maria, Numas Filipinas Cheias de Graça

À descoberta do arquipélago de Visayas Ocidental, dedicamos um dia para viajar de Iloilo, ao longo do Noroeste de Guimaras. O périplo balnear por um dos incontáveis litorais imaculados das Filipinas, termina numa deslumbrante ilha Ave Maria.
Leões juvenis num braço arenoso do rio Chire
Safari
PN Liwonde, Malawi

A Reanimação Prodigiosa do PN Liwonde

Durante largo tempo, a incúria generalizada e o alastrar da caça furtiva vitimaram esta reserva animal. Em 2015, a African Parks entrou em cena. Em pouco tempo, também beneficiário da água abundante do lago Malombe e do rio Chire, o Parque Nacional Liwonde tornou-se um dos mais vivos e exuberantes do Malawi.
Yak Kharka a Thorong Phedi, Circuito Annapurna, Nepal, iaques
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 11º: Yak Karkha a Thorong Phedi, Nepal

A Chegada ao Sopé do Desfiladeiro

Num pouco mais de 6km, subimos dos 4018m aos 4450m, na base do desfiladeiro de Thorong La. Pelo caminho, questionamos se o que sentíamos seriam os primeiros problemas de Mal de Altitude. Nunca passou de falso alarme.
Arquitectura & Design
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O Mundo à Defesa – Castelos e Fortalezas que Resistem

Sob ameaça dos inimigos desde os confins dos tempos, os líderes de povoações e de nações ergueram castelos e fortalezas. Um pouco por todo o lado, monumentos militares como estes continuam a resistir.
Salto Angel, Rio que cai do ceu, Angel Falls, PN Canaima, Venezuela
Aventura
PN Canaima, Venezuela

Kerepakupai, Salto Angel: O Rio Que Cai do Céu

Em 1937, Jimmy Angel aterrou uma avioneta sobre uma meseta perdida na selva venezuelana. O aventureiro americano não encontrou ouro mas conquistou o baptismo da queda d'água mais longa à face da Terra
religiosos militares, muro das lamentacoes, juramento bandeira IDF, Jerusalem, Israel
Cerimónias e Festividades
Jerusalém, Israel

Em Festa no Muro das Lamentações

Nem só a preces e orações atende o lugar mais sagrado do judaísmo. As suas pedras milenares testemunham, há décadas, o juramento dos novos recrutas das IDF e ecoam os gritos eufóricos que se seguem.
Santo Domingo, Cidade Colonial, República Dominicana, Diego Colombo
Cidades
Santo Domingo, República Dominicana

A Mais Longeva Anciã Colonial das Américas

Santo Domingo é a colónia há mais tempo habitada do Novo Mundo. Fundada, em 1498, por Bartolomeu Colombo, a capital da República Dominicana preserva intacto um verdadeiro tesouro de resiliência histórica.
jovem vendedora, nacao, pao, uzbequistao
Comida
Vale de Fergana, Usbequistão

Uzbequistão, a Nação a Que Não Falta o Pão

Poucos países empregam os cereais como o Usbequistão. Nesta república da Ásia Central, o pão tem um papel vital e social. Os Uzbeques produzem-no e consomem-no com devoção e em abundância.
Maiko durante espectaculo cultural em Nara, Geisha, Nara, Japao
Cultura
Quioto, Japão

Sobrevivência: A Última Arte Gueixa

Já foram quase 100 mil mas os tempos mudaram e as gueixas estão em vias de extinção. Hoje, as poucas que restam vêem-se forçadas a ceder a modernidade menos subtil e elegante do Japão.
Natação, Austrália Ocidental, Estilo Aussie, Sol nascente nos olhos
Desporto
Busselton, Austrália

2000 metros em Estilo Aussie

Em 1853, Busselton foi dotada de um dos pontões então mais longos do Mundo. Quando a estrutura decaiu, os moradores decidiram dar a volta ao problema. Desde 1996 que o fazem, todos os anos. A nadar.
Cenário marciano do Deserto Branco, Egipto
Em Viagem
Deserto Branco, Egipto

O Atalho Egípcio para Marte

Numa altura em que a conquista do vizinho do sistema solar se tornou uma obsessão, uma secção do leste do Deserto do Sahara abriga um vasto cenário afim. Em vez dos 150 a 300 dias que se calculam necessários para atingir Marte, descolamos do Cairo e, em pouco mais de três horas, damos os primeiros passos no Oásis de Bahariya. Em redor, quase tudo nos faz sentir sobre o ansiado Planeta Vermelho.
Tambores e tatoos
Étnico
Taiti, Polinésia Francesa

Taiti Para lá do Clichê

As vizinhas Bora Bora e Maupiti têm cenários superiores mas o Taiti é há muito conotado com paraíso e há mais vida na maior e mais populosa ilha da Polinésia Francesa, o seu milenar coração cultural.
tunel de gelo, rota ouro negro, Valdez, Alasca, EUA
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sensações vs Impressões

Colonia del Sacramento, Uruguai
História
Colónia do Sacramento, Uruguai

Colónia do Sacramento: o Legado Uruguaio de um Vaivém Histórico

A fundação de Colónia do Sacramento pelos portugueses gerou conflitos recorrentes com os rivais hispânicos. Até 1828, esta praça fortificada, hoje sedativa, mudou de lado vezes sem conta.
Centro Cultural Jean Marie Tjibaou, Nova Caledonia, Grande Calhau, Pacifico do Sul
Ilhas
Grande Terre, Nova Caledónia

O Grande Calhau do Pacífico do Sul

James Cook baptizou assim a longínqua Nova Caledónia porque o fez lembrar a Escócia do seu pai, já os colonos franceses foram menos românticos. Prendados com uma das maiores reservas de níquel do mundo, chamaram Le Caillou à ilha-mãe do arquipélago. Nem a sua mineração obsta a que seja um dos mais deslumbrantes retalhos de Terra da Oceânia.
Geotermia, Calor da Islândia, Terra do Gelo, Geotérmico, Lagoa Azul
Inverno Branco
Islândia

O Aconchego Geotérmico da Ilha do Gelo

A maior parte dos visitantes valoriza os cenários vulcânicos da Islândia pela sua beleza. Os islandeses também deles retiram calor e energia cruciais para a vida que levam às portas do Árctico.
Casal de visita a Mikhaylovskoe, povoação em que o escritor Alexander Pushkin tinha casa
Literatura
São Petersburgo e Mikhaylovskoe, Rússia

O Escritor que Sucumbiu ao Próprio Enredo

Alexander Pushkin é louvado por muitos como o maior poeta russo e o fundador da literatura russa moderna. Mas Pushkin também ditou um epílogo quase tragicómico da sua prolífica vida.
Natureza
Fanal, Madeira, Portugal

Fanal. Um Pasto algo Surreal

Irrigadas pelas nuvens que chegam do Atlântico Norte, as terras altas e verdejantes do Fanal são ideais para o pasto de bovinos. O gado parece já fazer parte da paisagem mágica e nem sequer as incursões humanas como a nossa parecem afectar a sua rotina.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Recompensa Kukenam
Parques Naturais
Monte Roraima, Venezuela

Viagem No Tempo ao Mundo Perdido do Monte Roraima

Perduram no cimo do Monte Roraima cenários extraterrestres que resistiram a milhões de anos de erosão. Conan Doyle criou, em "O Mundo Perdido", uma ficção inspirada no lugar mas nunca o chegou a pisar.
Barco e timoneiro, Cayo Los Pájaros, Los Haitises, República Dominicana
Património Mundial UNESCO
Península de Samaná, PN Los Haitises, República Dominicana

Da Península de Samaná aos Haitises Dominicanos

No recanto nordeste da República Dominicana, onde a natureza caribenha ainda triunfa, enfrentamos um Atlântico bem mais vigoroso que o esperado nestas paragens. Lá cavalgamos em regime comunitário até à famosa cascata Limón, cruzamos a baía de Samaná e nos embrenhamos na “terra das montanhas” remota e exuberante que a encerra.
femea e cria, passos grizzly, parque nacional katmai, alasca
Personagens
PN Katmai, Alasca

Nos Passos do Grizzly Man

Timothy Treadwell conviveu Verões a fio com os ursos de Katmai. Em viagem pelo Alasca, seguimos alguns dos seus trilhos mas, ao contrário do protector tresloucado da espécie, nunca fomos longe demais.
Lançamento de rede, ilha de Ouvéa-Ilhas Lealdade, Nova Caledónia
Praias
Ouvéa, Nova Caledónia

Entre a Lealdade e a Liberdade

A Nova Caledónia sempre questionou a integração na longínqua França. Na ilha de Ouvéa, arquipélago das Lealdade, encontramos uma história de resistência mas também nativos que preferem a cidadania e os privilégios francófonos.
Ulugh Beg, Astrónomo, Samarcanda, Uzbequistão, Um matrimónio espacial
Religião
Samarcanda, Usbequistão

O Sultão Astrónomo

Neto de um dos grandes conquistadores da Ásia Central, Ulugh Beg preferiu as ciências. Em 1428, construiu um observatório espacial em Samarcanda. Os seus estudos dos astros levaram-lhe o nome a uma cratera da Lua.
Chepe Express, Ferrovia Chihuahua Al Pacifico
Sobre Carris
Creel a Los Mochis, México

Barrancas de Cobre, Caminho de Ferro

O relevo da Sierra Madre Occidental tornou o sonho um pesadelo de construção que durou seis décadas. Em 1961, por fim, o prodigioso Ferrocarril Chihuahua al Pacifico foi inaugurado. Os seus 643km cruzam alguns dos cenários mais dramáticos do México.
Tombola, bingo de rua-Campeche, Mexico
Sociedade
Campeche, México

Um Bingo tão lúdico que se joga com bonecos

Nas noites de sextas um grupo de senhoras ocupam mesas do Parque Independencia e apostam ninharias. Os prémios ínfimos saem-lhes em combinações de gatos, corações, cometas, maracas e outros ícones.
Retorno na mesma moeda
Vida Quotidiana
Dawki, Índia

Dawki, Dawki, Bangladesh à Vista

Descemos das terras altas e montanhosas de Meghalaya para as planas a sul e abaixo. Ali, o caudal translúcido e verde do Dawki faz de fronteira entre a Índia e o Bangladesh. Sob um calor húmido que há muito não sentíamos, o rio também atrai centenas de indianos e bangladeshianos entregues a uma pitoresca evasão.
Wadjemup, Rottnest Island, Quokkas
Vida Selvagem
Wadjemup, Rottnest Island, Austrália

Entre Quokkas e outros Espíritos Aborígenes

No século XVII, um capitão holandês apelidou esta ilha envolta de um oceano Índico turquesa, de “Rottnest, um ninho de ratos”. Os quokkas que o iludiram sempre foram, todavia, marsupiais, considerados sagrados pelos aborígenes Whadjuk Noongar da Austrália Ocidental. Como a ilha edénica em que os colonos britânicos os martirizaram.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.