Chichen Itza, Iucatão, México

À Beira do Cenote, no Âmago da Civilização Maia


Muro do Jogo da Bola
Jogo da Bola em Grupo
O Aro-Cesto
Incrições
Kukulkan
Kukulkan a Dobrar
Kukulkan a Dobrar II
Cabeças de Kukulkan
O Cimo de El Castilo
El Castillo de Chichen Itza
De Passagem
Descida Excepcional
Escultura de Balam
Máscaras maias
Escultura colorida
Rituais cruéis
Triunfos das Conquistas Maias
Fachada Ervada
O Grande Jogo da Bola
Templo dos Guerreiros
Entre os séculos IX a XIII d.C., Chichen Itza destacou-se como a cidade mais importante da Península do Iucatão e do vasto Império Maia. Se a Conquista Espanhola veio precipitar o seu declínio e abandono, a história moderna consagrou as suas ruínas Património da Humanidade e Maravilha do Mundo.

Percorremos a alameda ladeada por árvores que conduz à entrada.

Um dos muitos vendedores maias de artesanato desperta-nos a atenção. Pintava uma cabeça de jaguar que ajustava ao colo, contra uma t-shirt dos Iron Maiden. A delicadeza com que retocava os bigodes do felino sarapintado contrastava com a rudeza da banda.

Detemo-nos a acompanhar a obra. Perguntamos-lhe se a vai pintar de amarelo ou deixar a preto e branco e, conversa puxa conversa, se usava a t-shirt só por usar ou se era um fã a sério do grupo inglês.

Carlos, assim se chamava o artesão, afiança-nos que os adorava. Esclarecidos, ainda assim, intrigados, regressamos ao jaguar que, por boa razão, constava nas bancas de quase todos os vendedores, em formas e tons pouco destoantes.

Mais que o animal em si, as esculturas representavam Ek Balam, um dos deuses maias idolatrados, ícone religioso de incomparável bravura marcial, inspirador de toda uma ordem de soldados ao serviço do imperador.

Ek Balam, uma das divindades que regiam o Xibalba, o inframundo maia, foi, ainda assim, meritório de um templo à superfície em Chichen Itza.

E, a apenas 56 km a nordeste, 175km da capital iucateca Mérida, consagrado com toda uma povoação e lugar cerimonial seus contemporâneos.

De Templo em Templo, atrás dos Enigmas de Chichen Itza

O Templo do Jaguar é dos primeiros com que nos deparamos mal entrarmos em Chichen Itza.

Bem antes de dele nos aproximarmos, assola-nos a impressão de estarmos cercados de felinos. Ouvimos rugidos. Soam-nos demasiado agudos para poderem ser reais.

À medida que caminhamos, percebemos que, além da miríade de esculturas que produzem, os Maias que ali comerciam artesanias, inventaram um brinquedo que, soprado, imitava os jaguares.

Aborrecidos pela rotina, apostados em suscitar a curiosidade dos visitantes, repetiam o bramido do animal vezes sem conta.

Apontamos a leste e ao Templo de Kukulkan, situado no âmago do complexo.

A Supremacia Divina de Kukulman – Quetzalcoatl

Kukulkan, a serpente emplumada era, para os Maias Itza, o único deus acima do jaguar Ek Balam, cerne do culto fortemente influenciado pelo de Quetzalcoatl, há muito em vigor entre os Aztecas do centro do México.

Serviram de faróis espirituais e mundanos a ambas as civilizações e de unificadores contra as ameaças permanentes de povos e cidades rivais.

Em Chichen Itza, Kukulkam foi reverenciado com base na pirâmide socalcada que, mais tarde, os conquistadores espanhóis se habituaram a chamar El Castillo.

Quando a apreciamos, sucessivos guias tentam comprovar aos seus clientes uma ligação sonora com Quetzalcoatl. “Escutem agora, com atenção” ouvimo-los rogar. Seguem-se palmas. As palmas ecoam nas pedras da pirâmide.

Produzem uma espécie de guincho que os guias garantem assemelhar-se ao piar do quetzal, a ave reverenciada pelos povos mexicas e da América Central, cujas penas os Maias acreditavam revestir a Serpente Preciosa.

Não era o único efeito prodigioso que o Templo de Kukulkam gerava. Quem, como nós o circunda, dá com as cabeças duplas da serpente na sua base.

Desvenda que os Maias desenharam e ergueram a pirâmide de maneira a que, cada equinócio do ano fizesse a Kukulkan descer do cimo ao solo.

As Dimensões Astronómicas de Chichen Itza

Quem tem o privilégio de visitar Chichen Itza numa dessas datas, à hora certa, observa os raios de sol a incidirem numa tangente, que só ilumina a aresta dos degraus acima. De tal maneira, que desenha um corpo de serpente quase perfeito.

Os maias eram sérios estudiosos e seguidores da astronomia. Dispuseram os edifícios de Chichen Itza e de várias outras suas cidades de acordo com intrincadas lógicas astronómicas.

O facto de o Templo de Kukulkan possuir 365 degraus e do observatório do Espaço El Caracol lhes permitir seguir a trajectória de Vénus no firmamento, tê-los-á ajudado a calcular a forma como o sol incidia na pirâmide.

A meio de Novembro, tínhamos passado o equinócio de Outono. Estávamos longe do da Primavera. Conformamo-nos, assim, com imaginarmos o fenómeno e a sua ponderada excentricidade. Apenas e só, da base do templo.

Até 2006, os visitantes podiam ascender ao topo do El Castillo, onde conquistavam vistas a 360º, sobre o complexo e a selva em redor.

A benesse foi suspensa ad eternum quando uma visitante californiana de 80 anos desfaleceu, caiu de uma altura de vinte metros e acabou por sucumbir.

Os Rituais Sanguinários que Impunham a Supremacia Maia

A fazer fé na exactidão histórica de “Apocalypto”, filme realizado nesse mesmo ano por Mel Gibson, os degraus da pirâmide já tinham sofrido os impactos de incontáveis outras vítimas.

Numa cena da longa-metragem, passada no cimo do templo, o sumo-sacerdote de Kukulkan arranca os corações a prisioneiros de guerra.

Logo, corta-lhes as cabeças, lançadas escadaria abaixo, sobre um povo Maia sedento de sangue que a crueza da cerimónia leva ao êxtase.

Estas e muitas outras cabeças cortadas, decorrente de batalhas e incursões a territórios de povos inimigos, acabavam empaladas umas sobre as outras, em postes ao alto.

A algumas dezenas de metros do Templo de Kukulkan, deparamo-nos com uma plataforma decorada com gravuras de caveiras.

Denominada de Tzompantli, servia de memorial dos sacrificados, intimidava a população a que, ao mesmo tempo, exibia o poderio e as conquistas do imperador supremo dos Maias.

Chichen Itza: a História Enigmática e Difusa da Grande Capital Maia

Chichen Itza foi fundada entre 750 e 900 d.C. No final do século X, beneficiada pelo declínio de outras cidades do Sul do Iucatão, em especial das aliadas Cobá e Yaxuna e, por algum tempo, aliada à capital do oeste do Iucatão, Uxmal, já controlava a maior parte da península, do Golfo do México aos domínios orientais de Zamá, a Tulum dos nossos dias.

O critério serve o que serve, mas, tinha ainda o maior campo de Jogo da Bola de todo o mapa Maia e Azteca das Américas, com 168 por 70 metros.

Esse Jogo da Bola mantém-se um espaço entremuros amplo, em parte ervado, noutra parte, de uma terra clara batida pelas pisadas dos milhões anuais de visitantes.

Quando nele entramos, damos com umas poucas dezenas, uns vinte, alinhados, compenetrados nas explicações que um guia lhes transmitia, sob um dos aros em que os jogadores maias tinham que acertar com uma bola de cautchu, com movimentos vigorosos de anca.

Crê-se que duzentos anos depois do ápice, por volta de 1100 d.C., Chichen Itza entrou no seu próprio declínio. Favoreceu, assim, a ascensão de outra capital a oeste, Mayapan.

A Polémica Maia-Tolteca por Detrás da Origem e História de Chichen Itza

Estima-se que a cidade terá sido atacada e lotada. Alguns teóricos defendem que pelos Toltecas do centro do México com quem os Maias há muito comerciavam.

Outros, são apologistas de que os Toltecas se haviam integrado entre os Maias, que estes eram, na realidade, compostos de membros das duas etnias.

O que explica a similitude arquitectónica de alguns dos edifícios de Chichen Itza, sobretudo do Templo dos Guerreiros, com outros encontrados em Tula, em tempos, a capital dos Toltecas.

No início do século XIII, Mayapan derrotou Chichen Itza.

Décadas mais tarde, a antiga capital viu-se abandonada pelos seus governantes e pela elite que os secundava, não necessariamente por toda a população.

Voltamos a avançar no tempo. Mais dois séculos.

Duas Gerações de Franciscos Montejos e a Conquista Espanhola do Iucatão

Em 1526, Cristóvão Colombo tinha já revelado a América. Uma sucessão de outros navegadores e de conquistadores zarparam do sul da Ibéria apostados em fazer fortuna e reclamar novas terras para a Coroa Espanhola.

Duas gerações de Montejos, ambos Franciscos, foram autorizados a conquistar a Península do Iucatão. A meio do século XVI, após vários reveses, Francisco Montejo filho conseguiu aliciar os Maias do sudoeste do Iucatão a se aliarem às suas forças invasoras.

O exército que formou provou-se avassalador. Submeteu os Maias inimigos que resistiam.

Os conquistadores espanhóis apoderaram-se do Iucatão, da costa caribenha ao território oposto de Campeche. Não tarda, de todo o actual México, América Central e do Sul.

Chichen Itza sumiu-se na História. Até aos novos exploradores e estudiosos do século XIX a terem resgatado à selva iucateca.

Malgrado a longa imposição e devastação hispânica, os Maias subsistem nos domínios antes governados pelas suas cidades-estado.

A Relação Maia Contemporânea com a Chichen Itza de Hoje

Voltaram a Chichen Itza. Veem as ruínas agora Maravilha do Mundo como um Património da Humanidade e legado divino, uma espécie de sustento sagrado.

No extremo nordeste do complexo, entre o Templo dos Guerreiros e o mercado, os rugidos dos jaguares Balam continuam. Um outro prodígio maia chama-nos a atenção.

Basílio pouco ou nada se deixa importunar. Compenetrado, pachorrento, o artesão de meia-idade retoca o seu mais recente quadro esculpido, a representar o Jogo da Bola maia em distintas perspectivas e momentos.

Aproximamo-nos. Apreciamos o trabalho minucioso que levava a cabo e o que tinha já terminado e ansiava vender. Basílio compreende. Aceita que, mesmo que a nossa vontade fosse essa, não podíamos pagar-lhe os quase 200 euros que pedia por um dos exemplares.

Resigna-se com uma serenidade e dignidade só ao alcance dos povos mais sábios.

Prova-nos, ali, de sorriso nos lábios, como, mesmo forçados a partilhar as suas terras e monumentos, os Maias continuam a louvar a sua civilização.

Uxmal, Iucatão, México

A Capital Maia que Se Empilhou Até ao Colapso

O termo Uxmal significa construída três vezes. Na longa era pré-Hispânica de disputa do mundo Maia, a cidade teve o seu apogeu, correspondente ao cimo da Pirâmide do Adivinho no seu âmago. Terá sido abandonada antes da Conquista Espanhola do Iucatão. As suas ruínas são das mais intactas da Península do Iucatão.
Tulum, México

A Mais Caribenha das Ruínas Maias

Erguida à beira-mar como entreposto excepcional decisivo para a prosperidade da nação Maia, Tulum foi uma das suas últimas cidades a sucumbir à ocupação hispânica. No final do século XVI, os seus habitantes abandonaram-na ao tempo e a um litoral irrepreensível da península do Iucatão.
Cobá a Pac Chen, México

Das Ruínas aos Lares Maias

Na Península de Iucatão, a história do segundo maior povo indígena mexicano confunde-se com o seu dia-a-dia e funde-se com a modernidade. Em Cobá, passámos do cimo de uma das suas pirâmides milenares para o coração de uma povoação dos nossos tempos.
Mérida, México

A Mais Exuberante das Méridas

Em 25 a.C, os romanos fundaram Emerita Augusta, capital da Lusitânia. A expansão espanhola gerou três outras Méridas no mundo. Das quatro, a capital do Iucatão é a mais colorida e animada, resplandecente de herança colonial hispânica e vida multiétnica.
San Cristóbal de Las Casas, México

O Lar Doce Lar da Consciência Social Mexicana

Maia, mestiça e hispânica, zapatista e turística, campestre e cosmopolita, San Cristobal não tem mãos a medir. Nela, visitantes mochileiros e activistas políticos mexicanos e expatriados partilham uma mesma demanda ideológica.
Izamal, México

A Cidade Mexicana, Santa, Bela e Amarela

Até à chegada dos conquistadores espanhóis, Izamal era um polo de adoração do deus Maia supremo Itzamná e Kinich Kakmó, o do sol. Aos poucos, os invasores arrasaram as várias pirâmides dos nativos. No seu lugar, ergueram um grande convento franciscano e um prolífico casario colonial, com o mesmo tom solar em que a cidade hoje católica resplandece.
Iucatão, México

A Lei de Murphy Sideral que Condenou os Dinossauros

Cientistas que estudam a cratera provocada pelo impacto de um meteorito há 66 milhões de anos chegaram a uma conclusão arrebatadora: deu-se exatamente sobre uma secção dos 13% da superfície terrestre suscetíveis a tal devastação. Trata-se de uma zona limiar da península mexicana de Iucatão que um capricho da evolução das espécies nos permitiu visitar.
Iucatão, México

O Fim do Fim do Mundo

O dia anunciado passou mas o Fim do Mundo teimou em não chegar. Na América Central, os Maias da actualidade observaram e aturaram, incrédulos, toda a histeria em redor do seu calendário.
Campeche, México

Um Bingo tão lúdico que se joga com bonecos

Nas noites de sextas um grupo de senhoras ocupam mesas do Parque Independencia e apostam ninharias. Os prémios ínfimos saem-lhes em combinações de gatos, corações, cometas, maracas e outros ícones.
Campeche, México

Campeche Sobre Can Pech

Como aconteceu por todo o México, os conquistadores chegaram, viram e venceram. Can Pech, a povoação maia, contava com quase 40 mil habitantes, palácios, pirâmides e uma arquitetura urbana exuberante, mas, em 1540, subsistiam menos de 6 mil nativos. Sobre as ruínas, os espanhóis ergueram Campeche, uma das mais imponentes cidades coloniais das Américas.

Cidade do México, México

Alma Mexicana

Com mais de 20 milhões de habitantes numa vasta área metropolitana, esta megalópole marca, a partir do seu cerne de zócalo, o pulsar espiritual de uma nação desde sempre vulnerável e dramática.

Champotón, México

Rodeo Debaixo de Sombreros

Champoton, em Campeche, acolhe uma feira honra da Virgén de La Concepción. O rodeo mexicano sob sombreros local revela a elegância e perícia dos vaqueiros da região.
San Cristobal de las Casas a Campeche, México

Uma Estafeta de Fé

Equivalente católica da Nª Sra. de Fátima, a Nossa Senhora de Guadalupe move e comove o México. Os seus fiéis cruzam-se nas estradas do país, determinados em levar a prova da sua fé à patrona das Américas.
Campeche, México

Há 200 Anos a Brincar com a Sorte

No fim do século XVIII, os campechanos renderam-se a um jogo introduzido para esfriar a febre das cartas a dinheiro. Hoje, jogada quase só por abuelitas, a loteria local pouco passa de uma diversão.
Barrancas del Cobre, Chihuahua, México

O México Profundo das Barrancas del Cobre

Sem aviso, as terras altas de Chihuahua dão lugar a ravinas sem fim. Sessenta milhões de anos geológicos sulcaram-nas e tornaram-nas inóspitas. Os indígenas Rarámuri continuam a chamar-lhes casa.
Creel a Los Mochis, México

Barrancas de Cobre, Caminho de Ferro

O relevo da Sierra Madre Occidental tornou o sonho um pesadelo de construção que durou seis décadas. Em 1961, por fim, o prodigioso Ferrocarril Chihuahua al Pacifico foi inaugurado. Os seus 643km cruzam alguns dos cenários mais dramáticos do México.
Chihuahua, México

¡ Ay Chihuahua !

Os mexicanos adaptaram a expressão como uma das suas preferidas manifestações de surpresa. À descoberta da capital do estado homónimo do Noroeste, exclamamo-la amiúde.
Real de Catorce, San Luís Potosi, México

De Filão da Nova Espanha a Pueblo Mágico Mexicano

No início do século XIX, era uma das povoações mineiras que mais prata garantia à Coroa Espanhola. Um século depois, a prata tinha-se desvalorizado de tal maneira que Real de Catorce se viu abandonada. A sua história e os cenários peculiares filmados por Hollywood, cotaram-na uma das aldeias preciosas do México.
Real de Catorce, San Luís Potosi, México

A Depreciação da Prata que Levou à do Pueblo (Parte II)

Com a viragem para o século XX, o valor do metal precioso bateu no fundo. De povoação prodigiosa, Real de Catorce passou a fantasma. Ainda à descoberta, exploramos as ruínas das minas na sua origem e o encanto do Pueblo ressuscitado.
Xilitla, San Luís Potosi, México

O Delírio Mexicano de Edward James

Na floresta tropical de Xilitla, a mente inquieta do poeta Edward James fez geminar um jardim-lar excêntrico. Hoje, Xilitla é louvada como um Éden do surreal.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Skipper de uma das bangkas do Raymen Beach Resort durante uma pausa na navegação
Praia
Ilhas Guimaras  e  Ave Maria, Filipinas

Rumo à Ilha Ave Maria, Numas Filipinas Cheias de Graça

À descoberta do arquipélago de Visayas Ocidental, dedicamos um dia para viajar de Iloilo, ao longo do Noroeste de Guimaras. O périplo balnear por um dos incontáveis litorais imaculados das Filipinas, termina numa deslumbrante ilha Ave Maria.
Serengeti, Grande Migração Savana, Tanzania, gnus no rio
Safari
PN Serengeti, Tanzânia

A Grande Migração da Savana Sem Fim

Nestas pradarias que o povo Masai diz siringet (correrem para sempre), milhões de gnus e outros herbívoros perseguem as chuvas. Para os predadores, a sua chegada e a da monção são uma mesma salvação.
Jovens percorrem a rua principal de Chame, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 1º - Pokhara a ChameNepal

Por Fim, a Caminho

Depois de vários dias de preparação em Pokhara, partimos em direcção aos Himalaias. O percurso pedestre só o começamos em Chame, a 2670 metros de altitude, com os picos nevados da cordilheira Annapurna já à vista. Até lá, completamos um doloroso mas necessário preâmbulo rodoviário pela sua base subtropical.
Competição do Alaskan Lumberjack Show, Ketchikan, Alasca, EUA
Arquitectura & Design
Ketchikan, Alasca

Aqui Começa o Alasca

A realidade passa despercebida a boa parte do mundo, mas existem dois Alascas. Em termos urbanos, o estado é inaugurado no sul do seu oculto cabo de frigideira, uma faixa de terra separada dos restantes E.U.A. pelo litoral oeste do Canadá. Ketchikan, é a mais meridional das cidades alasquenses, a sua Capital da Chuva e a Capital Mundial do Salmão.
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Aventura

Mal de Altitude: não é mau. É péssimo!

Em viagem, acontece vermo-nos confrontados com a falta de tempo para explorar um lugar tão imperdível como elevado. Ditam a medicina e as experiências prévias com o Mal de Altitude que não devemos arriscar subir à pressa.
Bom conselho Budista
Cerimónias e Festividades
Chiang Mai, Tailândia

300 Wats de Energia Espiritual e Cultural

Os tailandeses chamam a cada templo budista wat e a sua capital do norte tem-nos em óbvia abundância. Entregue a sucessivos eventos realizados entre santuários, Chiang Mai nunca se chega a desligar.
Cansaço em tons de verde
Cidades
Suzdal, Rússia

Em Suzdal, é de Pequenino que se Celebra o Pepino

Com o Verão e o tempo quente, a cidade russa de Suzdal descontrai da sua ortodoxia religiosa milenar. A velha cidade também é famosa por ter os melhores pepinos da nação. Quando Julho chega, faz dos recém-colhidos um verdadeiro festival.
Comida
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Um Ganha Pão do Uzbequistão

Numa de muitas padarias de Margilan, desgastado pelo calor intenso do forno tandyr, o padeiro Maruf'Jon trabalha meio-cozido como os distintos pães tradicionais vendidos por todo o Usbequistão
Cabine lotada
Cultura
Saariselka, Finlândia

O Delicioso Calor do Árctico

Diz-se que os finlandeses criaram os SMS para não terem que falar. O imaginário dos nórdicos frios perde-se na névoa das suas amadas saunas, verdadeiras sessões de terapia física e social.
Desporto
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Homem, uma Espécie Sempre à Prova

Está-nos nos genes. Pelo prazer de participar, por títulos, honra ou dinheiro, as competições dão sentido ao Mundo. Umas são mais excêntricas que outras.
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À Descoberta de Tassie, Parte 3, Tasmânia, Austrália

Tasmânia de Alto a Baixo

Há muito a vítima predilecta das anedotas australianas, a Tasmânia nunca perdeu o orgulho no jeito aussie mais rude ser. Tassie mantém-se envolta em mistério e misticismo numa espécie de traseiras dos antípodas. Neste artigo, narramos o percurso peculiar de Hobart, a capital instalada no sul improvável da ilha até à costa norte, a virada ao continente australiano.
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Uma China Impressionante

Um dos mais conceituados realizadores asiáticos, Zhang Yimou dedicou-se às grandes produções ao ar livre e foi o co-autor das cerimónias mediáticas dos J.O. de Pequim. Mas Yimou também é responsável por “Impressions”, uma série de encenações não menos polémicas com palco em lugares emblemáticos.
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Portfólio Fotográfico Got2Globe
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Sensações vs Impressões

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Defensores das Suas Pátrias

Mesmo em tempos de paz, detectamos militares por todo o lado. A postos, nas cidades, cumprem missões rotineiras que requerem rigor e paciência.
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É apenas a terceira maior ilha do arquipélago. Impressionou tanto os navegadores e colonos europeus que estes se habituaram a tratá-la como a suprema.
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Há muito discriminado pelos colonos escandinavos, finlandeses e russos, o povo Sami recupera a sua autonomia e orgulha-se da sua nacionalidade.
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A Irmã Polinésia que Qualquer Ilha Gostaria de Ter

A meros 17km de Taiti, Moorea não conta com uma única cidade e abriga um décimo dos habitantes. Há muito que os taitianos veem o sol pôr-se e transformar a ilha ao lado numa silhueta enevoada para, horas depois, lhe devolver as cores e formas exuberantes. Para quem visita estas paragens longínquas do Pacífico, conhecer também Moorea é um privilégio a dobrar.
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Outono
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Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
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Nas Origens da Remota Democracia Viking

As fundações do governo popular que nos vêm à mente são as helénicas. Mas aquele que se crê ter sido o primeiro parlamento do mundo foi inaugurado em pleno século X, no interior enregelado da Islândia.
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Bhaktapur, Nepal

As Máscaras Nepalesas da Vida

O povo indígena Newar do Vale de Katmandu atribui grande importância à religiosidade hindu e budista que os une uns aos outros e à Terra. De acordo, abençoa os seus ritos de passagem com danças newar de homens mascarados de divindades. Mesmo se há muito repetidas do nascimento à reencarnação, estas danças ancestrais não iludem a modernidade e começam a ver um fim.
ora de cima escadote, feiticeiro da nova zelandia, Christchurch, Nova Zelandia
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O Feiticeiro Amaldiçoado da Nova Zelândia

Apesar da sua notoriedade nos antípodas, Ian Channell, o feiticeiro da Nova Zelândia não conseguiu prever ou evitar vários sismos que assolaram Christchurch. Com 88 anos de idade, após 23 anos de contrato com a cidade, fez afirmações demasiado polémicas e acabou despedido.
Praia Balandra, México, Baja Califórnia, vista aérea
Praias
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Tesouros Balneares do Mar de Cortés

Proclamada, amiúde, a praia mais bonita do México, encontramos na enseada recortada de playa Balandra um caso sério de exotismo paisagístico. Em duo com a vizinha playa Tecolote, revela-se uma das beira-mares realmente imperdíveis da vasta Baixa Califórnia.
Forte de São Filipe, Cidade Velha, ilha de Santiago, Cabo Verde
Religião
Cidade Velha, Cabo Verde

Cidade Velha: a anciã das Cidades Tropico-Coloniais

Foi a primeira povoação fundada por europeus abaixo do Trópico de Câncer. Em tempos determinante para expansão portuguesa para África e para a América do Sul e para o tráfico negreiro que a acompanhou, a Cidade Velha tornou-se uma herança pungente mas incontornável da génese cabo-verdiana.

Comboio do Fim do Mundo, Terra do Fogo, Argentina
Sobre Carris
Ushuaia, Argentina

Ultima Estação: Fim do Mundo

Até 1947, o Tren del Fin del Mundo fez incontáveis viagens para que os condenados do presídio de Ushuaia cortassem lenha. Hoje, os passageiros são outros mas nenhuma outra composição passa mais a Sul.
Walter Peak, Queenstown, Nova Zelandia
Sociedade
Nova Zelândia  

Quando Contar Ovelhas Tira o Sono

Há 20 anos, a Nova Zelândia tinha 18 ovinos por cada habitante. Por questões políticas e económicas, a média baixou para metade. Nos antípodas, muitos criadores estão preocupados com o seu futuro.
Vida Quotidiana
Profissões Árduas

O Pão que o Diabo Amassou

O trabalho é essencial à maior parte das vidas. Mas, certos trabalhos impõem um grau de esforço, monotonia ou perigosidade de que só alguns eleitos estão à altura.
Fazenda de São João, Pantanal, Miranda, Mato Grosso do Sul, ocaso
Vida Selvagem
Fazenda São João, Miranda, Brasil

Pantanal com o Paraguai à Vista

Quando a fazenda Passo do Lontra decidiu expandir o seu ecoturismo, recrutou a outra fazenda da família, a São João. Mais afastada do rio Miranda, esta outra propriedade revela um Pantanal remoto, na iminência do Paraguai. Do país e do rio homónimo.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.