Lhasa a Gyantse, Tibete

Gyantse, pelas Alturas do Tibete


Espiritualidade do Gelo
O Dzong de Tibete
Mulheres de Gyantse
Montanhas de Nyenchen Thangla
Estupa que abençoa o glaciar
Moradores de Gyantse
O Reservatório de Manla
O Grande Mosteiro
Tibetana de Gyantse
Rio de Gelo Azul
Socalcos Providenciais
Mastim Tibetano
Andares do Kumbum
Vista sobre Gyantse
Pico de Nyenchen Thangla
Lago Yamdrok
Grande Templo Kumbum
Povoado de Yamdrok
O objectivo final é o Everest Base Camp tibetano. Neste primeiro trajecto, a partir de Lhasa, passamos pelo lago sagrado de Yamdrok (4.441m) e pelo glaciar do desfiladeiro de Karo (5.020 m). Em Gyantse, rendemo-nos ao esplendor budista-tibetano da velha cidadela.

Três dias contados do voo de Chengdu para Lhasa, mesmo tendo dormido umas míseras quatro horas, por fim, despertamos livres de sintomas do Mal de Altitude.

São sete da manhã, a hora que era suposto ter início o pequeno-almoço do Yak Cool Hotel. O único funcionário presente dá-nos uma novidade nada “cool”. A cozinheira tinha-se atrasado, só seria possível a partir das oito.

Em vez de esperarmos, saímos de imediato, no novo jipe atribuído à viagem. Detemo-nos, ainda em Lhasa, numa casa de momos (dumplings tibetanos). Acabado de confecionar, ainda fumegante, o pitéu garantiu-nos as energias necessárias para o percurso desgastante que se seguiria.

Partimos para sul. Cruzamos a ponte Liuwu e o rio Lhasa que empresta o nome à capital tibetana. O rio rende-se a um outro, o Yarlung Zangbo. Aponta à cordilheira dos Himalaias.

Seguimo-lo e aos seus meandros durante quase 200km e em redor de seis horas. Nessa distância e tempo, ascendemos quase mil metros.

Abandonamo-lo em Gangbacun. Muitas curvas e contracurvas depois, chegamos a Zhamalongcun.

Yamdrok: um dos Grandes Lagos do Tecto do Mundo

Em vez de um rio, ficamos com um lago hiperbólico por diante.

Com mais de 72km de extensão, o Yamdrok é um dos três maiores lagos sagrados do Tibete.

Num dia seco e solarengo, como quase todos nestes confins do tecto da Ásia, do cimo do desfiladeiro de Gampa (4790m), o lago resplandece no tom de azul-turquesa que o seu nome tibetano traduz.

Envolvem-no encostas áridas, de um castanho amarelado que contrasta com o azul do céu e com o ligeiramente mais escuro do lago.

No miradouro privilegiado de Gampa, as cores não se ficam por aí.

Sagrado como é, o lago justifica a presença de longas fitas multicolores de bandeiras budistas-tibetanas lunga ta de oração.

Os crentes de passagem asseguram a sua renovação.

Colocam-nas, ali, num cimo destacado e ventoso.

Cabe ao vento agitar as bandeiras de maneira a abençoar e a levar boa fortuna a todos os seres sencientes.

A começar pelos moradores dos lugarejos que vislumbramos do lado de lá, acima de socalcos que, findo o Inverno, gerarão cultivos providenciais.

A maior distância, qualquer que seja a estação do ano, despontam picos nevados imponentes.

São os cumes da cordilheira Nyenchen Thangla.

Tínhamos um longo caminho pela frente.

Lobsang, o tibetano que nos guia, decreta o fim da contemplação e das fotografias, em função do almoço, que se atrasava.

Paramos em Nagarse, num restaurante algo retirado da estrada.

Observa-nos um mastim tibetano negro que se aquece ao sol, adornado por uma coroa vermelha que alguém lhe tinha colocado em jeito de coleira.

Findo o repasto, prosseguimos para oeste.

O Glaciar de Encosta do Desfiladeiro de Karo

Decorrida mais uma hora de percurso, já acima dos 5000 metros, surpreende-nos a visão de um glaciar encavalitado numa encosta rochosa.

Era o término de uma das línguas de um curso de gelo que ali chegava das vertentes setentrionais do Monte Noijin Kangsang (7191m), uma das quatro montanhas sacras do Tibete.

Deixamos o jipe. Caminhamos sobre uma gravilha escorregadia.

Até uma estupa de que se estendiam vários tentáculos trepidantes de bandeirolas de oração.

Àquela altitude, cada passada que completávamos parecia-nos um passo na Lua. Derreados e ofegantes, chegamos à base da estupa.

Impressionamo-nos com as fendas profundas e outros recortes caprichosos do rio de gelo. Em pleno Inverno, a probabilidade de assistirmos a derrocadas da sua parede de ablação era diminuta.

De acordo, sob a persistente pressão de Lobsang, retomamos o percurso. Até Gyantse, outros fenómenos e deslumbres haveriam de justificar paragens.

Na iminência de uma tal de aldeia Shagancun, a estrada progride sobre encostas recortadas e acima de um novo lago, a espaços, por promontórios que nos revelam um inesperado panorama gelado.

O Grande Reservatório Gelado de Manla

Avançávamos ao longo do reservatório de Manla, conhecido como a primeira represa do Tibete, com três braços distintos, alimentados pelo rio Chu.

Situada a uns “meros” 4200 metros de altitude, mas com o seu caudal natural detido, o reservatório preservava uma cobertura de gelo em boa parte lisa, de visual vidrado e reflectiva.

Esperamos que a via volte a ascender para alturas panorâmicas ideais. Numa delas, com um dos braços da represa a descoberto e a estrada a ziguezaguear lá em baixo, reclamamos a Lobsang, os nossos direitos de passageiros e clientes.

Lobsang anui à paragem. Acompanhamos o trajecto de um camião vermelho, da lonjura, na nossa direcção.

Quando a carripana por nós passa em óbvio esforço, retornamos ao aperto do jipe e ao destino principal da tarde, a cidade de Gyantse.

Um Guia Deprimido pela Opressão Chinesa

Nesse trecho, Lobsang e o motorista voltam a desabafar sobre a frustração em que eles (e os tibetanos) viviam devida à já longa ocupação chinesa.

E à destruição da cultura e etnia tibetana que Pequim se apressava a substituir pela da etnia Han, a predominante na China.

Sentiam-se oprimidos a dobrar, porque se viam obrigados a trabalhar para agências e patrões chineses.

A China só permitia visitas ao Tibete se reservadas através de agências chinesas. Nós próprios, não tivemos alternativa.

O problema agravava-se, todavia, quando a frustração e a depressão de Lobsang faziam com que, por sistema, se esquivasse à sua responsabilidade de nos proporcionar uma viagem pelo Tibete condigna.

Sempre que possível, Lobsang atrasava as partidas matinais.

Ao longo do dia, encurtava o tempo em cada lugar, a pensar apenas em prolongar o convívio com outros guias seus conhecidos, em povoações que não estavam sequer no itinerário inicial.

Gyantse: uma Majestosa Cidade Fortaleza

Chegamos a Gyantse. O guia volta a tentar um dos seus subterfúgios. Uma imposição, sem sentido, de que só tínhamos vinte minutos para espreitar, após o que seguiríamos.

Conscientes de que não era o que constava no programa, extasiados com a beleza monumental da cidade, activamos o nosso próprio cronómetro.

O sueco Jacob e o norte-americano Ryan que nos acompanhavam percebem e alinham. Lobsang vê-se forçado a esperar.

Estávamos perante uma das mais relevantes cidades históricas do Tibete. A secular Gyantse merecia todo o tempo e mais algum.

Para não o desperdiçarmos, quase corremos de um lado para o outro, também movidos pela incredulidade do cenário.

Gyantse surgiu no coração do vale Nyang Chu, sobre as antigas rotas mercantis de Chumbi que faziam chegar a lã tibetana aos reinos de Sikkim, do Butão e a partes da actual Índia.

Gyantse: da Origem Feudal à Cidade-Museu Habitada dos Nossos Dias

Ergueu-a, durante o século XIV, Pelden Sangpo, um monarca da região que procurava consolidar o feudo que o servia.

Em 1390, a importância de Gyantse era já tal que justificou a construção da fortaleza (dzong) que lá resiste.

Vemo-la pairar, em tom avermelhado, como uma miragem indelével, na crista de um cerro aguçado e rochoso, envolto de uma muralha com 3km de extensão.

Essa muralha defende o mosteiro de Palcho e o seu incrível kumbum, uma estrutura da escola sakya do budismo-tibetano.

Tem seis andares e 77 capelas empilhadas que contêm mais de dez mil murais.

Durante muito tempo, Gyantse foi a terceira maior cidade do Tibete, a seguir a Lhasa e a Shigatse.

A invasão chinesa do Tibete, de 1950, roubou a Gyantse o seu protagonismo.

Os chineses fecharam as antigas rotas comerciais, em detrimento de Lhasa.

Durante a Revolução Cultural de Mao Zedong, pilharam o mosteiro, o templo kumbum e até o forte.

Após a revolta tibetana de 1959, cerca de quatrocentos monges e outros religiosos foram aprisionados no mosteiro.

Boa parte dos artesãos locais viram-se obrigados a fugir da cidade. Mesmo assim, mais tarde, a população de Gyantse recuperou de oito mil para, em redor de vinte mil habitantes.

Ao contrário de outras povoações que, devido ao influxo de chineses e à interferência económica e cultural de Pequim, a ultrapassaram na população, Gyantse permanece sobretudo tibetana.

As suas gentes reactivaram parte da função religiosa do mosteiro e dos templos.

Continuam a percorrer as ruas com os seus penteados e nos seus trajes tradicionais.

Em tempos prodigioso, o mercado multiétnico local, antes visitado por nepaleses, butaneses e até muçulmanos de Ladak e de outras paragens, deixou de fazer sentido.

A Improvável Visita dos Quatro Forasteiros Ocidentais

Gyantse subsiste, sobretudo, como uma grande cidade museu habitada e com uma crescente procura turística.

No pino do Inverno, no entanto, seríamos só nos os quatro e uns tantos outros gatos pingados, os forasteiros de visita ao Tibete.

Os tibetanos contemplavam-nos com regozijo e surpresa.

Espanto que o sueco Jacob, senhor de quase dois metros de altura, fazia redobrar.

Podíamos ter ficado toda a semana à descoberta de Gyantse. Quase três horas depois, Lobsang fartou-se. Veio ao nosso encontro.

Reclamou a sua manipulação da viagem.

Sobre as oito da noite, demos entrada em Shigatse.

Lhasa, Tibete

Sera, o Mosteiro do Sagrado Debate

Em poucos lugares do mundo se usa um dialecto com tanta veemência como no mosteiro de Sera. Ali, centenas de monges travam, em tibetano, debates intensos e estridentes sobre os ensinamentos de Buda.
Bhaktapur, Nepal

As Máscaras Nepalesas da Vida

O povo indígena Newar do Vale de Katmandu atribui grande importância à religiosidade hindu e budista que os une uns aos outros e à Terra. De acordo, abençoa os seus ritos de passagem com danças newar de homens mascarados de divindades. Mesmo se há muito repetidas do nascimento à reencarnação, estas danças ancestrais não iludem a modernidade e começam a ver um fim.
Lhasa, Tibete

Quando o Budismo se Cansa da Meditação

Nem só com silêncio e retiro espiritual se procura o Nirvana. No Mosteiro de Sera, os jovens monges aperfeiçoam o seu saber budista com acesos confrontos dialécticos e bateres de palmas crepitantes.
Dali, China

A China Surrealista de Dali

Encaixada num cenário lacustre mágico, a antiga capital do povo Bai manteve-se, até há algum tempo, um refúgio da comunidade mochileira de viajantes. As mudanças sociais e económicas da China fomentaram a invasão de chineses à descoberta do recanto sudoeste da nação.
Bingling Si, China

O Desfiladeiro dos Mil Budas

Durante mais de um milénio e, pelo menos sete dinastias, devotos chineses exaltaram a sua crença religiosa com o legado de esculturas num estreito remoto do rio Amarelo. Quem desembarca no Desfiladeiro dos Mil Budas, pode não achar todas as esculturas mas encontra um santuário budista deslumbrante.
Longsheng, China

Huang Luo: a Aldeia Chinesa dos Cabelos mais Longos

Numa região multiétnica coberta de arrozais socalcados, as mulheres de Huang Luo renderam-se a uma mesma obsessão capilar. Deixam crescer os cabelos mais longos do mundo, anos a fio, até um comprimento médio de 170 a 200 cm. Por estranho que pareça, para os manterem belos e lustrosos, usam apenas água e arrôz.
Huang Shan, China

Huang Shan: as Montanhas Amarelas dos Picos Flutuantes

Os picos graníticos das montanhas amarelas e flutuantes de Huang Shan, de que brotam pinheiros acrobatas, surgem em ilustrações artísticas da China sem conta. O cenário real, além de remoto, permanece mais de 200 dias escondido acima das nuvens.
Dunhuang, China

Um Oásis na China das Areias

A milhares de quilómetros para oeste de Pequim, a Grande Muralha tem o seu extremo ocidental e a China é outra. Um inesperado salpicado de verde vegetal quebra a vastidão árida em redor. Anuncia Dunhuang, antigo entreposto crucial da Rota da Seda, hoje, uma cidade intrigante na base das maiores dunas da Ásia.
Dali, China

Flash Mob à Moda Chinesa

A hora está marcada e o lugar é conhecido. Quando a música começa a tocar, uma multidão segue a coreografia de forma harmoniosa até que o tempo se esgota e todos regressam às suas vidas.
Circuito Annapurna: 8º Manang, Nepal

Manang: a Derradeira Aclimatização em Civilização

Seis dias após a partida de Besisahar chegamos por fim a Manang (3519m). Situada no sopé das montanhas Annapurna III e Gangapurna, Manang é a civilização que mima e prepara os caminhantes para a travessia sempre temida do desfiladeiro de Thorong La (5416 m).
Circuito Annapurna: 13º - High Camp a Thorong La a Muktinath, Nepal

No Auge do Circuito dos Annapurnas

Aos 5416m de altitude, o desfiladeiro de Thorong La é o grande desafio e o principal causador de ansiedade do itinerário. Depois de, em Outubro de 2014, ter vitimado 29 montanhistas, cruzá-lo em segurança gera um alívio digno de dupla celebração.
Chã das Caldeiras, Ilha do Fogo Cabo Verde

Um Clã "Francês" à Mercê do Fogo

Em 1870, um conde nascido em Grenoble a caminho de um exílio brasileiro, fez escala em Cabo Verde onde as beldades nativas o prenderam à ilha do Fogo. Dois dos seus filhos instalaram-se em plena cratera do vulcão e lá continuaram a criar descendência. Nem a destruição causada pelas recentes erupções demove os prolíficos Montrond do “condado” que fundaram na Chã das Caldeiras.    
Passo do Lontra, Miranda, Brasil

O Brasil Alagado a um Passo da Lontra

Estamos no limiar oeste do Mato Grosso do Sul mas mato, por estes lados, é outra coisa. Numa extensão de quase 200.000 km2, o Brasil surge parcialmente submerso, por rios, riachos, lagoas e outras águas dispersas em vastas planícies de aluvião. Nem o calor ofegante da estação seca drena a vida e a biodiversidade de lugares e fazendas pantaneiras como a que nos acolheu às margens do rio Miranda.
Castro Laboreiro, Portugal  

Do Castro de Laboreiro à Raia da Serra Peneda - Gerês

Chegamos à (i) eminência da Galiza, a 1000m de altitude e até mais. Castro Laboreiro e as aldeias em redor impõem-se à monumentalidade granítica das serras e do Planalto da Peneda e de Laboreiro. Como o fazem as suas gentes resilientes que, entregues ora a Brandas ora a Inverneiras, ainda chamam casa a estas paragens deslumbrantes.
Grande Zimbabwe

Grande Zimbabué, Mistério sem Fim

Entre os séculos XI e XIV, povos Bantu ergueram aquela que se tornou a maior cidade medieval da África sub-saariana. De 1500 em diante, à passagem dos primeiros exploradores portugueses chegados de Moçambique, a cidade estava já em declínio. As suas ruínas que inspiraram o nome da actual nação zimbabweana encerram inúmeras questões por responder.  
Izamal, México

A Cidade Mexicana, Santa, Bela e Amarela

Até à chegada dos conquistadores espanhóis, Izamal era um polo de adoração do deus Maia supremo Itzamná e Kinich Kakmó, o do sol. Aos poucos, os invasores arrasaram as várias pirâmides dos nativos. No seu lugar, ergueram um grande convento franciscano e um prolífico casario colonial, com o mesmo tom solar em que a cidade hoje católica resplandece.
Cape Coast, Gana

O Festival da Divina Purificação

Reza a história que, em tempos, uma praga devastou a população da Cape Coast do actual Gana. Só as preces dos sobreviventes e a limpeza do mal levada a cabo pelos deuses terão posto cobro ao flagelo. Desde então, os nativos retribuem a bênção das 77 divindades da região tradicional Oguaa com o frenético festival Fetu Afahye.
Fish River Canyon, Namíbia

As Entranhas Namibianas de África

Quando nada o faz prever, uma vasta ravina fluvial esventra o extremo meridional da Namíbia. Com 160km de comprimento, 27km de largura e, a espaços, 550 metros de profundidade, o Fish River Canyon é o Grand Canyon de África. E um dos maiores desfiladeiros à face da Terra.
Tonga, Samoa Ocidental, Polinésia

Pacífico XXL

Durante séculos, os nativos das ilhas polinésias subsistiram da terra e do mar. Até que a intrusão das potências coloniais e a posterior introdução de peças de carne gordas, da fast-food e das bebidas açucaradas geraram uma praga de diabetes e de obesidade. Hoje, enquanto boa parte do PIB nacional de Tonga, de Samoa Ocidental e vizinhas é desperdiçado nesses “venenos ocidentais”, os pescadores mal conseguem vender o seu peixe.
Circuito Annapurna: 2º - Chame a Upper PisangNepal

(I)Eminentes Annapurnas

Despertamos em Chame, ainda abaixo dos 3000m. Lá  avistamos, pela primeira vez, os picos nevados e mais elevados dos Himalaias. De lá partimos para nova caminhada do Circuito Annapurna pelos sopés e encostas da grande cordilheira. Rumo a Upper Pisang.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Skipper de uma das bangkas do Raymen Beach Resort durante uma pausa na navegação
Praia
Ilhas Guimaras  e  Ave Maria, Filipinas

Rumo à Ilha Ave Maria, Numas Filipinas Cheias de Graça

À descoberta do arquipélago de Visayas Ocidental, dedicamos um dia para viajar de Iloilo, ao longo do Noroeste de Guimaras. O périplo balnear por um dos incontáveis litorais imaculados das Filipinas, termina numa deslumbrante ilha Ave Maria.
Fogueira ilumina e aquece a noite, junto ao Reilly's Rock Hilltop Lodge,
Safari
Santuário de Vida Selvagem Mlilwane, eSwatini

O Fogo que Reavivou a Vida Selvagem de eSwatini

A meio do século passado, a caça excessiva extinguia boa parte da fauna do reino da Suazilândia. Ted Reilly, filho do colono pioneiro proprietário de Mlilwane entrou em acção. Em 1961, lá criou a primeira área protegida dos Big Game Parks que mais tarde fundou. Também conservou o termo suazi para os pequenos fogos que os relâmpagos há muito geram.
Monges na escadaria do mosteiro Tashi Lha Khang
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 16º - Marpha, Nepal

Marpha e o Fim Antecipado do Circuito

Contados treze dias de caminhada desde a já longínqua Chame, chegamos a Marpha. Abrigada no sopé de uma encosta, na iminência do rio Gandaki, Marpha revela-se a derradeira povoação preservada e encantadora do percurso. O excesso de obras ao longo da via F042 que nos levaria de volta a Pokhara, faz-nos encurtar a segunda parte do Circuito Annapurna.
Gravuras, Templo Karnak, Luxor, Egipto
Arquitectura & Design
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De Luxor a Tebas: viagem ao Antigo Egipto

Tebas foi erguida como a nova capital suprema do Império Egípcio, o assento de Amon, o Deus dos Deuses. A moderna Luxor herdou o Templo de Karnak e a sua sumptuosidade. Entre uma e a outra fluem o Nilo sagrado e milénios de história deslumbrante.
Pleno Dog Mushing
Aventura
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O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.
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Cerimónias e Festividades
Jerusalém, Israel

Em Festa no Muro das Lamentações

Nem só a preces e orações atende o lugar mais sagrado do judaísmo. As suas pedras milenares testemunham, há décadas, o juramento dos novos recrutas das IDF e ecoam os gritos eufóricos que se seguem.
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Um Japão Milenar Quase Perdido

Quioto esteve na lista de alvos das bombas atómicas dos E.U.A. e foi mais que um capricho do destino que a preservou. Salva por um Secretário de Guerra norte-americano apaixonado pela sua riqueza histórico-cultural e sumptuosidade oriental, a cidade foi substituída à última da hora por Nagasaki no sacrifício atroz do segundo cataclismo nuclear.
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Gastronomia Sem Fronteiras nem Preconceitos

Cada povo, suas receitas e iguarias. Em certos casos, as mesmas que deliciam nações inteiras repugnam muitas outras. Para quem viaja pelo mundo, o ingrediente mais importante é uma mente bem aberta.
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A Tabanca dos Músicos Poetas Mandingas

Em 1870, uma comunidade de músicos mandingas em itinerância, instalou-se junto à actual cidade de Bafatá. A partir da Tabatô que fundaram, a sua cultura e, em particular, os seus balafonistas prodigiosos, deslumbram o Mundo.
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Desporto
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
Vendedores de fruta, Enxame, Moçambique
Em Viagem
Enxame, Moçambique

Área de Serviço à Moda Moçambicana

Repete-se em quase todas as paragens em povoações de Moçambique dignas de aparecer nos mapas. O machimbombo (autocarro) detém-se e é cercado por uma multidão de empresários ansiosos. Os produtos oferecidos podem ser universais como água ou bolachas ou típicos da zona. Nesta região a uns quilómetros de Nampula, as vendas de fruta eram sucediam-se, sempre bastante intensas.
Jingkieng Wahsurah, ponte de raízes da aldeia de Nongblai, Meghalaya, Índia
Étnico
Meghalaya, Índia

Pontes de Povos que Criam Raízes

A imprevisibilidade dos rios na região mais chuvosa à face da Terra nunca demoveu os Khasi e os Jaintia. Confrontadas com a abundância de árvores ficus elastica nos seus vales, estas etnias habituaram-se a moldar-lhes os ramos e estirpes. Da sua tradição perdida no tempo, legaram centenas de pontes de raízes deslumbrantes às futuras gerações.
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O Terreno e o Celestial

Mascarado de Zorro em exibição num jantar da Pousada Hacienda del Hidalgo, El Fuerte, Sinaloa, México
História
El Fuerte, Sinaloa, México

O Berço de Zorro

El Fuerte é uma cidade colonial do estado mexicano de Sinaloa. Na sua história, estará registado o nascimento de Don Diego de La Vega, diz-se que numa mansão da povoação. Na sua luta contra as injustiças do jugo espanhol, Don Diego transformava-se num mascarado esquivo. Em El Fuerte, o lendário “El Zorro” terá sempre lugar.
Ao fim da tarde
Ilhas
Ilha de Moçambique, Moçambique  

A Ilha de Ali Musa Bin Bique. Perdão, de Moçambique

Com a chegada de Vasco da Gama ao extremo sudeste de África, os portugueses tomaram uma ilha antes governada por um emir árabe a quem acabaram por adulterar o nome. O emir perdeu o território e o cargo. Moçambique - o nome moldado - perdura na ilha resplandecente em que tudo começou e também baptizou a nação que a colonização lusa acabou por formar.
Igreja Sta Trindade, Kazbegi, Geórgia, Cáucaso
Inverno Branco
Kazbegi, Geórgia

Deus nas Alturas do Cáucaso

No século XIV, religiosos ortodoxos inspiraram-se numa ermida que um monge havia erguido a 4000 m de altitude e empoleiraram uma igreja entre o cume do Monte Kazbek (5047m) e a povoação no sopé. Cada vez mais visitantes acorrem a estas paragens místicas na iminência da Rússia. Como eles, para lá chegarmos, submetemo-nos aos caprichos da temerária Estrada Militar da Geórgia.
Casal de visita a Mikhaylovskoe, povoação em que o escritor Alexander Pushkin tinha casa
Literatura
São Petersburgo e Mikhaylovskoe, Rússia

O Escritor que Sucumbiu ao Próprio Enredo

Alexander Pushkin é louvado por muitos como o maior poeta russo e o fundador da literatura russa moderna. Mas Pushkin também ditou um epílogo quase tragicómico da sua prolífica vida.
Fim do dia no lago da barragem do rio Teesta, em Gajoldoba, Índia
Natureza
Dooars, Índia

Às Portas dos Himalaias

Chegamos ao limiar norte de Bengala Ocidental. O subcontinente entrega-se a uma vasta planície aluvial preenchida por plantações de chá, selva, rios que a monção faz transbordar sobre arrozais sem fim e povoações a rebentar pelas costuras. Na iminência da maior das cordilheiras e do reino montanhoso do Butão, por óbvia influência colonial britânica, a Índia trata esta região deslumbrante por Dooars.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Parques Naturais
Viagens de Barco

Para Quem Só Enjoa de Navegar na Net

Embarque e deixe-se levar em viagens de barco imperdíveis como o arquipélago filipino de Bacuit e o mar gelado do Golfo finlandês de Bótnia.
Tequila, cidade de Jalisco, México, jima
Património Mundial UNESCO
Tequila, JaliscoMéxico

Tequila: a Destilação do Oeste Mexicano que Anima o Mundo

Desiludidos com a falta de vinho e de aguardente, os Conquistadores do México aprimoraram a aptidão indígena milenar de produzir álcool. No século XVII, os espanhóis estavam satisfeitos com a sua pinga e começaram a exportá-la. A partir de Tequila, o pueblo, hoje, centro de região demarcada. E nome por que se tornou famosa.
Verificação da correspondência
Personagens
Rovaniemi, Finlândia

Da Lapónia Finlandesa ao Árctico, Visita à Terra do Pai Natal

Fartos de esperar pela descida do velhote de barbas pela chaminé, invertemos a história. Aproveitamos uma viagem à Lapónia Finlandesa e passamos pelo seu furtivo lar.
Teleférico que liga Puerto Plata ao cimo do PN Isabel de Torres
Praias
Puerto Plata, República Dominicana

Prata da Casa Dominicana

Puerto Plata resultou do abandono de La Isabela, a segunda tentativa de colónia hispânica das Américas. Quase meio milénio depois do desembarque de Colombo, inaugurou o fenómeno turístico inexorável da nação. Numa passagem-relâmpago pela província, constatamos como o mar, a montanha, as gentes e o sol do Caribe a mantêm a reluzir.
Kremlin de Rostov Veliky, Rússia
Religião
Rostov Veliky, Rússia

Sob as Cúpulas da Alma Russa

É uma das mais antigas e importantes cidades medievais, fundada durante as origens ainda pagãs da nação dos czares. No fim do século XV, incorporada no Grande Ducado de Moscovo, tornou-se um centro imponente da religiosidade ortodoxa. Hoje, só o esplendor do kremlin moscovita suplanta o da cidadela da tranquila e pitoresca Rostov Veliky.
Trem do Serra do Mar, Paraná, vista arejada
Sobre Carris
Curitiba a Morretes, Paraná, Brasil

Paraná Abaixo, a Bordo do Trem Serra do Mar

Durante mais de dois séculos, só uma estrada sinuosa e estreita ligava Curitiba ao litoral. Até que, em 1885, uma empresa francesa inaugurou um caminho-de-ferro com 110 km. Percorremo-lo, até Morretes, a estação, hoje, final para passageiros. A 40km do término original e costeiro de Paranaguá.
Erika Mae
Sociedade
Filipinas

Os Donos da Estrada Filipina

Com o fim da 2ª Guerra Mundial, os filipinos transformaram milhares de jipes norte-americanos abandonados e criaram o sistema de transporte nacional. Hoje, os exuberantes jeepneys estão para as curvas.
saksun, Ilhas Faroé, Streymoy, aviso
Vida Quotidiana
Saksun, StreymoyIlhas Faroé

A Aldeia Faroesa que Não Quer ser a Disneylandia

Saksun é uma de várias pequenas povoações deslumbrantes das Ilhas Faroé, que cada vez mais forasteiros visitam. Diferencia-a a aversão aos turistas do seu principal proprietário rural, autor de repetidas antipatias e atentados contra os invasores da sua terra.
Serengeti, Grande Migração Savana, Tanzania, gnus no rio
Vida Selvagem
PN Serengeti, Tanzânia

A Grande Migração da Savana Sem Fim

Nestas pradarias que o povo Masai diz siringet (correrem para sempre), milhões de gnus e outros herbívoros perseguem as chuvas. Para os predadores, a sua chegada e a da monção são uma mesma salvação.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.