Vale de Ezulwini, eSwatini

Em Redor do Vale Real e Celestial de Eswatini


A Execution Rock
A Execution Rock, no cimo da montanha de Nyonyane.
Arte em Mbabane, a capital
Mural em Mbabane, a capital de eSwatini
Mantenga Lodge
O Mantenga Lodge, acima do vale de Ezulwini
Igreja de Lobamba
Igreja em Lobamba, a capital real de eSwatini
Piscina na Floresta
Piscina do Mantenga Lodge
O Parlamento de Lobamba
O Parlamento nacional de Lobamba
Símio na Reserva de Mantenga
Macaco na reserva de Mantenga.
Danças Vigorosas
Exibição de Dança na Mantenga Cultural Village
Em redor do Almoço
Homens da Mantenga Cultural Village
Em Honra da Rainha-Mãe
Estátua da rainha-mãe de eSwatini
Anfitrião Mbuluzi
Anfitrião Mbuluzi, na aldeia cultural de Mantenga
Memorial de Sobhuza II, 2º
Explicações de um guia, no memorial de Sobhuza II
Memorial do Rei Sobhuza II
Estátua do rei Sobhuza II, no seu Memorial
Quedas d’Água de Mantenga
Quedas d'água de Mantenga
A Rocha de Sibebe
A grande rocha de Sibebe
Gado Real
Manada de vacas do rei de eSwatini
O Vale de Ezulwini
O vale de Ezulwini visto da Execution Rock.
Mantenga Cultural Village
A Mantenga Cultural Village, no Vale de Ezulwini
Estendido por quase 30km, o vale de Ezulwini é o coração e a alma da velha Suazilândia. Lá se situa Lobamba, a capital tradicional e assento da monarquia, a pouca distância da capital de facto, Mbabane. Verdejante e panorâmico, profundamente histórico e cultural, o vale mantém-se ainda o cerne turístico do reino de eSwatini.

Estamos no fim de Fevereiro e a mais de mil metros de altitude.

Pela altura do ano, o Estio destas paragens já devia ter começado a baquear. Em vez, o Domingo desperta morno.

Numas poucas horas, devolve Mantenga, o vale de Ezulwini e a maior parte de eSwatini à estufa meteorológica que, assim nos afiançam distintos anfitriões, já se arrasta há uns dias.

Subimos até à varanda de madeira e estação de refeições desafogada do Mantenga Lodge.

O Mantenga Lodge, acima do vale de Ezulwini.

Envolve-a uma floresta tropical que as chuvas fulminantes do fim de tarde e o rio Lusushwana irrigam quase em permanência.

Oposto àquela meia-encosta luxuriante, destaca-se um cabeço granítico que umas poucas nuvens solitárias parecem desafiar.

Ezulwini, a Montanha de Nyonyane e a Execution Rock

De visual dramático, conhecido como Execution Rock, é um dos picos que coroam Nyonyane, uma montanha há muito associada à realeza suazi e, por motivos díspares, à vida e ao seu fim.

A Execution Rock, no cimo da montanha de Nyonyane.

Nos primórdios da região, os bosquímanos usaram grutas e reentrâncias de Nyonyane como abrigos. A sabedoria popular de eSwatini, reiterada, amiúde pelos guias locais, explica o nome do pico.

Noutros tempos de justiça inclemente, os perpetradores de crimes graves, incluindo bruxaria e afins, eram conduzidos ao topo do rochedo e de lá atirados sem apelo.

Em redor, Nyonyane acolhe ainda a realeza suazi falecida. Durante a sua vigência, os membros da família real Dlamini têm aposentos em Ngabezweni.

Uma vez defuntos, são sepultados em grutas das vertentes rochosas de Nyonyane, em áreas consideradas sagradas.

De acordo com Nsesi, um dos nativos que nos guia, o estádio em que se realizam os maiores eventos da nação pode receber quinze mil espectadores. Ficou, no entanto, desprovido de metade da sua estrutura de bancadas. Isto, para que, durante os eventos, os súbditos não virassem as costas à realeza ancestral.

Está longe de ser tudo. Segundo o mesmo guia, quando os súbditos têm necessidade de apontar a montanha de Nyonyane, devem fazê-lo com o dedo dobrado.

eSwatini, ex-Suazilândia:  a Derradeira Monarquia Absoluta de África

eSwatini preserva uma realeza secular e o derradeiro monarca absoluto (leia-se não constitucional) de África. Como, em Tonga, subsiste o da vasta Polinésia.

Fundou-a um tal de chefe Mtalatala que conduziu o povo suazi através da actual Tanzânia e de Moçambique até aos domínios em que se radicaram.

O vale de Ezulwini visto da Execution Rock.

A sua antiguidade justifica um sem número de protocolos e mesuras, algumas, à luz dos nossos dias, consideradas excêntricas e que conferem ao reino boa parte do fascínio que desperta.

A Realeza de eSwatini e uma Histórica Poligamia

É, por exemplo, expectável que o rei suazi seja polígamo. Mswati III, tem, nem mais nem menos, que catorze mulheres. E, destas, mais de vinte cinco filhos.

A poligamia está de tal maneira implantada na história de eSwatini que, em 2019, o próprio Mswati III se viu obrigado a desmentir uma acusação tornada viral de que tinha decretado que todos os homens seus súbditos deveriam manter, pelo menos, duas mulheres, ou seriam presos.

Dias depois, cumprimos todo um périplo pela capital real de Lobamba.

Inteiramo-nos de muitas outras particularidades.

Eswatini, Ezulwini Valley, Mantenga Cultural Village

A Mantenga Cultural Village, no Vale de Ezulwini

Mantenga e a sua Mantenga Cultural Village

Esse dia inaugural e calorento, começamos por dedicá-lo à Mantenga Cultural Village.

Trata-se de uma povoação instalada às margens do rio Lusushwana.

Cumpre a finalidade de exibir aos visitantes os modos de vida tradicionais do povo suazi.

Anfitrião Mbuluzi, na aldeia cultural de Mantenga

Lá nos serve de anfitrião Paul, assim se apresenta com a sua graça cristã e o cuidado de informar o verdadeiro nome:

Mbuluzi, o mesmo de um rio que flui mais para noroeste da nação, na iminência da fronteira com a África do Sul.

A aldeia agrupa cabanas elementares, protegidas por uma paliçada.

Antes de a percorrermos, Mbuluzi convoca-nos para uma apresentação de danças.

Ia ter lugar no interior de uma cabana comunal bem mais ampla, à sombra e a salvo da fornalha que, entretanto, se tinha intensificado.

Exibição de Dança na Mantenga Cultural Village

As Danças que Espelham o Espírito Aguerrido do Povo Suáti

Lá se apresentam homens e mulheres suazis, os homens de tronco nu, acima de saiotes de pele, adornados ainda por caneleiras e pulseiras felpudas.

As mulheres, trajam as túnicas vermelhas, brancas e negras tradicionais de eSwatini, que vimos, noutras partes e ocasiões, decoradas com a imagem do rei.

Ambos os géneros brandem bastões de madeira e impressionam-nos e aos restantes espectadores com movimentos ora graciosos, ora bélicos e vigorosos que emulam a histórica aptidão suázi para as batalhas e a submissão dos inimigos.

Decorrida mais de meia-hora, comprovado em exibições de dias posteriores, concluímos que, entre uma panóplia de movimentos, se distinguem, nas danças suázis, as sucessivas elevações das pernas acima da cabeça.

Enquanto os dançarinos recuperam do esforço e limpam o suor, Mbuluzi conduz-nos ao interior da paliçada.

Instantes depois, guia-nos de cabana em cabana, cada qual meritória da sua narrativa, algumas, já com a presença dos dançarinos, convertidos em figurantes.

Homens da Mantenga Cultural Village

A Casa da Avó e as Cascatas do rio Lusushwana

Mbuluzi despende tempo adicional na denominada casa da avó, presente em todas as aldeias tradicionais de eSwatini e até mesmo nas já erguidas em pedra e materiais modernos.

“Onde quer que seja, em eSwatini, a casa da avó continua a ser vista como o “porto de abrigo” comunal, o lugar onde os membros da família se inteiram das novidades e onde procuram conselhos para momentos de indecisão e dificuldade.

Muitas coisas mudaram e mudam neste reino. Acreditem que o respeito pela casa da avó se mantém na base da nossa forma de ser.”

Mbuluzi preocupa-se ainda em, para lá da aldeia e da componente cultural, nos revelar paisagens incontornáveis que não a Execution Rock.

Cumprida uma viagem de jipe e a pé até à beira do rio, damos com as cascatas de Mantenga e com um bando de javalis-africanos sedentos, ansiosos por se meterem na água.

Quedas d’água de Mantenga

Por essa altura, o calor atingia o seu ápice. Gerava cumulus nimbus impressionantes que auguravam o dilúvio breve do dia.

Durante todo aquele périplo, tinha-se insinuado, acima, a Execution Rock. Haveríamos de a conquistar, dias mais tarde, a partir de uma vertente oposta de Mlilwane.

Nessa tarde, ainda nos rendemos a uma outra elevação emblemática da nação.

Cruzamos Mbabane, a capital executiva de eSwatini, morada de quase cem mil dos quase 1.3 milhões de súbditos, na sua grande maioria de etnia suázi, sendo que cerca de 15% são Zulus e de outras etnias.

Mural em Mbabane, a capital de eSwatini

 

A Monumental Sibebe Rock

De Mbabane, prosseguimos para norte, por um vale comparável ao de Ezulwini, aprofundado pelo tal rio Mbuluzi.

Às tantas, uma enorme falésia de pedra cinzenta-listada destaca-se da planura e das encostas verdejantes.

A grande rocha de Sibebe

Por alguma razão, consta nos rótulos da cerveja mais popular do país.

Impressionante como a víamos, com os seus 800 metros de altura, a Sibebe rock define um dos monólitos superlativos de África, promovido, amiúde, como um dos maiores à face da Terra.

Lá tem lugar a competição Sibebe Survivor que envolve a escalada extenuante e, em boa parte, rastejante até ao cimo.

Uma lesão inesperada e o calor abrasivo impedem-nos de a tentarmos. Em vez, dedicamo-nos à cerveja, se bem que não a de Sibebe, a de marula.

Em eSwatini, era, naquela altura do ano, confeccionada e consumida em enormes quantidades. Justificava, até mesmo, todo um festival nacional, celebrado numa exuberante ebriedade.

Por sua culpa, um número substancial de súbditos ziguezagueava, em euforia, por caminhos rectos.

O Parlamento nacional de Lobamba

Lobamba: a Capital Real de eSwatini

A nossa introdução à cerveja de marula começou, com relativa pompa e circunstância, por uma visita a Lobamba.

Lobamba é a capital legislativa do Reino de eSwatini, sede do Parlamento, da Aldeia Real de Ludzidzini, a residência da Rainha-Mãe de eSwatini.

E ainda do King Sobhuza II Memorial Park, erguido em honra do rei que conduziu a então Suazilândia à independência do Reino Unido.

Estátua do rei Sobhuza II, no seu Memorial

Sobhuza II orgulhou-se de ter conseguido a emancipação suazi dos colonos sem conflitos e sem gerar inimigos para a sua nação, a famosa citação “I Have no Enemies”.

Provou-se também o verdadeiro peso-pesado suázi da poligamia, chefe de uma família que se estimava contar com cerca de seiscentos descendentes crianças, supostamente todos de apelido Dlamini.

Finda essa incursão, em jeito de contraponto, Bongani Motsa (grato, no dialecto suáti), o guia designado, propõe-nos visitarmos o bairro em que tinha nascido, Txuluga.

Txuluga e a Prova da Cerveja de Marula

Descobrimo-lo feito de lares e outros edifícios pobres, numa discrepância polémica com o fausto esbanjador, inevitavelmente, gerador de frustração e protesto em que vive a Realeza.

Ironia das ironias: Bongani esclarece-nos que Txuluga também é o bairro de que provinha Sobhuza II, pai falecido da nação e do actual rei Mswati III.

Cirandamos entre casas abarracadas. Saudados com júbilo por sucessivos moradores alcoolizados. “Bom, com tanta pergunta sobre a marula e a cerveja, está na altura de a provarem!”

Seguimos o guia por duas ou três ruelas sinuosas. No fundo de uma delas, um grupo de nativos convive animado pela bebida. Vende-a, ao copo de plástico, uma fornecedora inesperada, Busi Mthembu, uma viúva idosa que se limita a cobrar, mas se mantém à margem da festa.

Provamos a cerveja, sob o esgar gozão dos convivas. Sabe-nos na mesma linha de bebidas artesanais que provámos noutras partes de África, por exemplo, os vinhos de palma e de caju.

Bebericamos um pouco mais, de maneira a justificarmos a aprovação e a atenção de Bongani Motsa. Após o que nos despedimos dos moradores e deixamos Txuluga, antes que a marula fermentada nos vitimasse.

Regressamos a Mantenga só ligeiramente zonzos,

Pelo caminho, uma manada de vacas detém-nos e ao restante trânsito.

Dizem-nos que o gado pertence ao rei Mswati III.

Manada de vacas do rei de eSwatini

A bátega do dia não tardou a apoderar-se do vale e a refrear os ânimos no reino de eSwatini.

 

Como Ir

Voe para Mbabane via Maputo, com a TAP Air Portugal: flytap.com/ e a FlyAirlink.

Onde Ficar

Mantenga Lodge: mantengalodge.com; +268 2416 1049

Mais Informação e Apoio na Preparação da Sua Viagem

The Kingdom of Eswatini: www.thekingdomofeswatini.com

Tongatapu, Tonga

A Última Monarquia da Polinésia

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À Beira do Velho Fim do Mundo

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À Mesa do Adamastor

Dos tempos primordiais das Descobertas à actualidade, a Montanha da Mesa sempre se destacou acima da imensidão sul-africana e dos oceanos em redor. Os séculos passaram e a Cidade do Cabo expandiu-se a seus pés. Tanto os capetonians como os forasteiros de visita se habituaram a contemplar, a ascender e a venerar esta meseta imponente e mítica.
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A Ilha ao Largo do Apartheid

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Ao Fim e ao Cabo

A dobragem do Cabo das Tormentas, liderada por Bartolomeu Dias, transformou esse quase extremo sul de África numa escala incontornável. E, com o tempo, na Cidade do Cabo, um dos pontos de encontro civilizacionais e urbes monumentais à face da Terra.
Garden Route, África do Sul

O Litoral Jardim da África do Sul

Estendida por mais de 200km de costa natural, a Garden Route ziguezagueia por florestas, praias, lagos, desfiladeiros e parques naturais esplendorosos. Percorremo-la de leste para oeste, ao longo dos fundos dramáticos do continente africano.
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Uma África Tão Selvagem Quanto Zulu

Na eminência do litoral de Moçambique, a província de KwaZulu-Natal abriga uma inesperada África do Sul. Praias desertas repletas de dunas, vastos pântanos estuarinos e colinas cobertas de nevoeiro preenchem esta terra selvagem também banhada pelo oceano Índico. Partilham-na os súbditos da sempre orgulhosa nação zulu e uma das faunas mais prolíficas e diversificadas do continente africano.
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Grande Zimbabwe, Pequena Dança Bira

Nativos de etnia Karanga da aldeia KwaNemamwa exibem as danças tradicionais Bira aos visitantes privilegiados das ruínas do Grande Zimbabwe. o lugar mais emblemático do Zimbabwe, aquele que, decretada a independência da Rodésia colonial, inspirou o nome da nova e problemática nação.  
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Grande Zimbabué, Mistério sem Fim

Entre os séculos XI e XIV, povos Bantu ergueram aquela que se tornou a maior cidade medieval da África sub-saariana. De 1500 em diante, à passagem dos primeiros exploradores portugueses chegados de Moçambique, a cidade estava já em declínio. As suas ruínas que inspiraram o nome da actual nação zimbabweana encerram inúmeras questões por responder.  
PN Gorongosa, Moçambique

O Coração da Vida Selvagem de Moçambique dá Sinais de Vida

A Gorongosa abrigava um dos mais exuberantes ecossistemas de África mas, de 1980 a 1992, sucumbiu à Guerra Civil travada entre a FRELIMO e a RENAMO. Greg Carr, o inventor milionário do Voice Mail recebeu a mensagem do embaixador moçambicano na ONU a desafiá-lo a apoiar Moçambique. Para bem do país e da humanidade, Carr comprometeu-se a ressuscitar o parque nacional deslumbrante que o governo colonial português lá criara.
Enxame, Moçambique

Área de Serviço à Moda Moçambicana

Repete-se em quase todas as paragens em povoações de Moçambique dignas de aparecer nos mapas. O machimbombo (autocarro) detém-se e é cercado por uma multidão de empresários ansiosos. Os produtos oferecidos podem ser universais como água ou bolachas ou típicos da zona. Nesta região a uns quilómetros de Nampula, as vendas de fruta eram sucediam-se, sempre bastante intensas.
Reserva Natural de Malolotja, eSwatini

Malolotja: o Rio, as quedas d'água e a Reserva Natural Grandiosa

Meros 32km a nordeste da capital Mbabane, sobre a fronteira com a África do Sul, ascendemos a terras altas, rugosas e vistosas de eSwatini. Por lá flui o rio Malolotja e se despenham as cascatas homónimas, as mais altas do Reino. Manadas de zebras e de antílopes percorrem os pastos e florestas em redor, numa das reservas com maior biodiversidade do sul de África.  
Santuário de Vida Selvagem Mlilwane, eSwatini

O Fogo que Reavivou a Vida Selvagem de eSwatini

A meio do século passado, a caça excessiva extinguia boa parte da fauna do reino da Suazilândia. Ted Reilly, filho do colono pioneiro proprietário de Mlilwane entrou em acção. Em 1961, lá criou a primeira área protegida dos Big Game Parks que mais tarde fundou. Também conservou o termo suazi para os pequenos fogos que os relâmpagos há muito geram.
Reserva de KaMsholo, eSwatini

Entre as Girafas de KaMsholo e Cia

Situada a leste da cordilheira de Libombo, a fronteira natural entre eSwatini, Moçambique e a África do Sul, KaMsholo conta com 700 hectares de savana pejada de acácias e um lago, habitats de uma fauna prolífica. Entre outras explorações e incursões, lá interagimos com a mais alta das espécies.
Reserva de Vida Selvagem Mkhaya, eSwatini

A Reserva dos Rinocerontes Garantidos

Criada, em 1979, com o fim de evitar a extinção do precioso gado nguni, Mkhaya ajustou-se a uma missão tão ou mais importante. Preserva espécimes de boa parte da fauna indígena ameaçada da região. Com destaque para rinocerontes (brancos e negros) que os rangers locais se gabam de sempre revelarem.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Duo de girafas cruzadas acima da savana, com os montes Libombo em fundo
Safari
Reserva de KaMsholo, eSwatini

Entre as Girafas de KaMsholo e Cia

Situada a leste da cordilheira de Libombo, a fronteira natural entre eSwatini, Moçambique e a África do Sul, KaMsholo conta com 700 hectares de savana pejada de acácias e um lago, habitats de uma fauna prolífica. Entre outras explorações e incursões, lá interagimos com a mais alta das espécies.
Braga ou Braka ou Brakra, no Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 6º – Braga, Nepal

Num Nepal Mais Velho que o Mosteiro de Braga

Quatro dias de caminhada depois, dormimos aos 3.519 metros de Braga (Braka). À chegada, apenas o nome nos é familiar. Confrontados com o encanto místico da povoação, disposta em redor de um dos mosteiros budistas mais antigos e reverenciados do circuito Annapurna, lá prolongamos a aclimatização com subida ao Ice Lake (4620m).
Igreja colonial de São Francisco de Assis, Taos, Novo Mexico, E.U.A
Arquitectura & Design
Taos, E.U.A.

A América do Norte Ancestral de Taos

De viagem pelo Novo México, deslumbramo-nos com as duas versões de Taos, a da aldeola indígena de adobe do Taos Pueblo, uma das povoações dos E.U.A. habitadas há mais tempo e em contínuo. E a da Taos cidade que os conquistadores espanhóis legaram ao México, o México cedeu aos Estados Unidos e que uma comunidade criativa de descendentes de nativos e artistas migrados aprimoram e continuam a louvar.
Totems, aldeia de Botko, Malekula,Vanuatu
Aventura
Malekula, Vanuatu

Canibalismo de Carne e Osso

Até ao início do século XX, os comedores de homens ainda se banqueteavam no arquipélago de Vanuatu. Na aldeia de Botko descobrimos porque os colonizadores europeus tanto receavam a ilha de Malekula.
Bertie em calhambeque, Napier, Nova Zelândia
Cerimónias e Festividades
Napier, Nova Zelândia

De Volta aos Anos 30

Devastada por um sismo, Napier foi reconstruida num Art Deco quase térreo e vive a fazer de conta que parou nos Anos Trinta. Os seus visitantes rendem-se à atmosfera Great Gatsby que a cidade encena.
Casario de Gangtok, Sikkim, Índia
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Gangtok, Índia

Uma Vida a Meia-Encosta

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Comida
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Uma Economia de Mercado

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Os GI's partiram com o fim da 2ª Guerra Mundial mas a música do interior dos EUA que ouviam ainda anima a Cordillera de Luzon. É de tricycle e ao seu ritmo que visitamos os terraços de arroz de Hungduan.
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Ainda Circula a Sério o Comboio Himalaia de Brincar

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Dizer que Tóquio não dorme é eufemismo. Numa das maiores e mais sofisticadas urbes à face da Terra, o crepúsculo marca apenas o renovar do quotidiano frenético. E são milhões as suas almas que, ou não encontram lugar ao sol, ou fazem mais sentido nos turnos “escuros” e obscuros que se seguem.
Visitantes nas ruínas de Talisay, ilha de Negros, Filipinas
Vida Quotidiana
Talisay City, Filipinas

Monumento a um Amor Luso-Filipino

No final do século XIX, Mariano Lacson, um fazendeiro filipino e Maria Braga, uma portuguesa de Macau, apaixonaram-se e casaram. Durante a gravidez do que seria o seu 11º filho, Maria sucumbiu a uma queda. Destroçado, Mariano ergueu uma mansão em sua honra. Em plena 2ª Guerra Mundial, a mansão foi incendiada mas as ruínas elegantes que resistiram eternizam a sua trágica relação.
Wadjemup, Rottnest Island, Quokkas
Vida Selvagem
Wadjemup, Rottnest Island, Austrália

Entre Quokkas e outros Espíritos Aborígenes

No século XVII, um capitão holandês apelidou esta ilha envolta de um oceano Índico turquesa, de “Rottnest, um ninho de ratos”. Os quokkas que o iludiram sempre foram, todavia, marsupiais, considerados sagrados pelos aborígenes Whadjuk Noongar da Austrália Ocidental. Como a ilha edénica em que os colonos britânicos os martirizaram.
Pleno Dog Mushing
Voos Panorâmicos
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.