Kennedy Space Center, Florida, Estados Unidos

A Rampa de Lançamento do Programa Espacial Americano


Fonte Kennedy
Fonte à entrada do Kennedy Space Center homenageia o Presidente que mais impulsionou o Programa Espacial Americano.
Saturn V
Base do foguetão Saturn V em que viajaram todos os astronautas que pisaram a superfície da Lua.
Destroço de vaivém espacial
Criança ajuda a definir a dimensão de uma peça de um vaivém espacial destruído.
Miniatura
Miniatura de foguetões no Kennedy Space Center.
Space X Test
Fotógrafos capturam a ascensão do foguetão Falcon 9 durante o Space X In-Flight Abort Test.
Sala Controle.
Réplica da sala de controle do programa Apollo.
Falcon 9
Foguetão Falcon 9 da Space S ascende durante o Space X In-Flight Abort Test.
Em Espera
Fotógrafos aguardam o lançamento do Falcon 9, parte do Space X In-Flight Abort Test.
Base KSC
Base estrutural de uma das rampas de lançamento do Kennedy Space Center.
Filme 3D “Journey to Space”
Momento de um filme 3D que aborda a conquista do espaço pelos Estados Unidos.
Cápsula Lunar
Cápsula Lunar Apollo 11 exposta no complexo Saturn V.
Astronaut Hall of Fame
Salão espelhado do Astronaut Hall of Fame, que louva os astronautas americanos.
Jardim dos Foguetões
Sol atrás do Rocket Garden do Kennedy Space Center.
Aviso de Entrada
Entrada do Kennedy Space Center com aviso de suspensão do Space X In-Flight Abort Test.
Rocket Garden
Visitante percorre um passadiço elevado do Rocket Garden do Kennedy Space Center.
De viagem pela Flórida, desviamos da órbita programada. Apontamos ao litoral atlântico de Merrit Island e do Cabo Canaveral. Lá exploramos o Kennedy Space Center e acompanhamos um dos lançamentos com que a empresa Space X e os Estados Unidos agora almejam o Espaço.

Foi o primeiro despertar madrugador.

Pesado, sonolento, soturno, na noite que teimava em resistir. Partimos do relvado da Willow Lane de Cocoa. Daquela ruela ajardinada, seguimos as coordenadas sem percalços.

Tinham-nos dito que, em dia de lançamento, devíamos chegar bem cedo. Cumprimos o conselho num grau que roçava o insano. Mesmo assim, percorrida a vastidão de floresta sub-tropical e de prados ensopados, quando nos detemos no semáforo da grande alameda do Kennedy Space Center, somos tudo menos pioneiros.

Desligamos o motor. Reclinamos os bancos. Com o despertador activado, dormitamos.

A ideia era entrarmos a tempo de assistirmos ao lançamento do Space X Crew Dragon In-Flight Abort Test, como o nome indica, programado para interromper a sua ascensão e assegurar que, sem danos, a nave pousasse no Atlântico.

Space X Crew Dragon In-Flight Abort Test que Acabou Abortado

O teste tinha como fim comprovar a segurança da tripulação caso o lançamento oficial tivesse que ser abortado por qualquer razão. Quando despertarmos, apercebemo-nos de que o próprio teste estava enguiçado.

Os painéis electrónicos acima dos pórticos indicavam que o lançamento tinha sido adiado para o dia seguinte.

Segundo apurámos, agitado por um ou dois dias de vento forte, o mar ao largo do Cabo Canaveral, não garantia a integridade da nave, nem a sua recuperação.

Entrada do Kennedy Space Center, Florida, Estados Unidos

Entrada do Kennedy Space Center com aviso de suspensão do Space X In-Flight Abort Test.

A Space X e a NASA contavam que, na manhã seguinte, o vento e o mar amainassem.

Decidimos ficar à descoberta do Kennedy Space Center. Por norma, o centro só abria às nove da manhã. Mas as suas autoridades faziam questão de recompensar o esforço do público dos lançamentos.

De acordo, permitiram-lhe o acesso às instalações duas horas antes.

Entramos. Cumprimentamos com um “salamat” efusivo a funcionária das Filipinas com quem tínhamos falado na tarde anterior, quando levantámos os bilhetes.

À Descoberta do Espaço, no Vasto Kennedy Space Center

Bastam uns passos do pórtico interior em diante para nos confrontarmos com o Rocket Garden, uma espécie de instalação feita de foguetões a apontarem para o céu que parecem saudar os recém-chegados.

Rocket Garden, Kennedy Space Center, Florida, Estados Unidos

Sol atrás do Rocket Garden do Kennedy Space Center.

Deambulamos entre aqueles prodígios agora de museu, intrigados pelas suas histórias espaciais e abismais.

Lá constava o Mercury Redstone 3 que lançou o sonho americano e em que Alan Shepard levou a bom porto o primeiro voo espacial tripulado dos Estados Unidos, entre vários outros dos sucessivos programas da NASA: o Mercury, o Gemini e o Apollo.

Investigamos as cápsulas tripuladas ali expostas para que os visitantes possam sentir o conforto – ou, na maior parte dos casos, a falta dele – em que os astronautas viajaram para o Espaço.

O sol empinava-se já sobre Atlântico a leste e o Hall of Fame dos Astronautas dos Estados Unidos não tardou a abrir.

Kennedy Space Center, Florida, Estados Unidos

Visitante percorre um passadiço elevado do Rocket Garden do Kennedy Space Center.

No Hall of Fame, encontramos um sortido de momentos e de personalidades determinantes para a ciência espacial, e, claro está, os astronautas que, ao longo das décadas, lhe tinham concedido as suas vidas.

Mas não só.

A Memória Controversa de Martin Luther King no Hall of Fame do KSC

O memorial revelou-se político que bastasse para destacar também Martin Luther King.

Este malogrado activista visitou a Florida por várias vezes, incluindo a região de Cocoa da actual Space Coast e das imediações do Kennedy Space Center. Ali conviveu e partilhou ideais com o pastor influente W.O. Wells.

Numa dessas ocasiões, Wells chegou a escrever a Kennedy e expressou preocupação com o dever que a NASA tinha de contratar também empregados da minoria negra e de outras, algo que até à data estava longe de acontecer.

Fonte, Kennedy Space Center, Florida, Estados Unidos

Fonte à entrada do Kennedy Space Center homenageia o Presidente que mais impulsionou o Programa Espacial Americano.

No seu livro “Where do We Go From Here” de 1967, meio ano após a explosão que matou três astronautas da missão Apollo I num lançamento de teste, Luther King, desafiou os Estados Unidos a darem prioridade à resolução dos seus problemas internos, em vez da conquista da Lua:

“…se a nossa nação pode gastar 35 mil milhões de dólares por ano para travar uma guerra maléfica, injusta no Vietname e 20 mil milhões para levar um homem à Lua, então também pode gastar alguns mil milhões para pôr os filhos de Deus sobre os seus próprios pés, aqui na Terra.”

Por contraditório que possa soar, Wells testemunhou que Luther King expressou o desejo de assistir a um dos lançamentos de foguetões.

Em simultâneo, cerca de um ano após o seu assassínio em Atlanta, as palavras de King nos seus discursos e obras, instigaram manifestações junto ao Kennedy Space Center, numa altura em que a NASA se preparava para lançar o seu Apollo II, a primeira missão tripulada a visar a Lua.

Hall of Fame, Kennedy Space Center, Florida, Estados Unidos

Salão espelhado do Astronaut Hall of Fame, que louva os astronautas americanos.

Continuamos a atravessar o Hall of Fame, cada vez mais incomodados com o protagonismo exagerado e até ridículo dado ao heroísmo que os americanos tanto valorizam e que já não parecem conseguir dissociar das suas vidas.

O pavilhão do Hall of Fame termina em tons de azul-cosmos e dourado, num salão com dezenas de perfis dos protagonistas da conquista do Espaço, reflectidos num solo lustroso.

De Autocarro, em Órbita das Instalações da NASA

Deixamo-lo à pressa, disparados para uma doca de embarque, apesar de tudo, bem menos pomposa do Centro. “The Journey Starts Here” dita uma escotilha com visual de “Espaço 1999”.

Do lado de lá, juntamo-nos a uma fila já longa e embarcamos num dos autocarros que percorrem as instalações da NASA, as suas diversas plataformas de ensaios, de lançamentos e afins.

Base, Kennedy Space Center, Florida, Estados Unidos

Base estrutural de uma das rampas de lançamento do Kennedy Space Center.

É o próprio motorista que narra a viagem, que nos introduz ao grande edifício quase cúbico da NASA, ao complexo de lançamentos 39B, e ao enorme hangar de montagem dos foguetões e veículos espaciais.

O Programa Apollo e o foguetão Saturn V, uma Dupla de Sucesso

Numa das suas paragens, o autocarro deixa-nos à porta do complexo Apollo/Saturn V. Lá nos impressiona, pela sua dimensão avassaladora, o foguetão Saturn V, mais importante que os demais já que todos os humanos que pisaram a Lua com partida do Kennedy Space Center a atingiram a bordo de um Saturn V.

Ali, de uma ponta à outra, tentamos destrinçar as diversas partes da sua estrutura:

a cápsula Apollo, o módulo lunar, os tanques de oxigénio líquido (LOX), os de combustível e as secções ocupadas pelos três conjuntos de RocketDynes, a começar pelos cinco motores F-1 da base a que uma inesperada proximidade confere um dramatismo especial.

Saturn V, Kennedy Space Center, Florida, Estados Unidos

Base do foguetão Saturn V em que viajaram todos os astronautas que pisaram a superfície da Lua.

Admiramos também os vários protótipos de fatos espaciais propostos à NASA e os moldes das mãos dos astronautas usados para criar as suas luvas.

Observamos o Lunar Roving Vehicle com o fascínio saudosista de quem gastou muitas horas de infância a jogar “Moon Alert”, um dos primeiros lançamentos (leia-se criação e comercialização de jogos) para ZX Spectrum da empresa Ocean Software.

Já mais a sério, se bem que ainda em modo de simulação, assistimos às operações que viabilizaram o lançamento do Saturn V do programa Apollo 8.

A Alunagem Periclitante de Neil Armstrong e Buzz Aldrin

E, numa outra sala, acompanhamos a viagem lunar que terminou com a alunagem pioneira.

Lá compreendemos melhor o quão periclitante e marginal se provou a sua concretização.

Como Neil Armstrong se apercebeu de que o lugar de contacto programado no computador do veículo correspondia a uma área repleta de rochas.

Sala Controle Apollo, Kennedy Space Center, Florida, Estados Unidos

Réplica da sala de controle do Programa Apollo.

Como se viu obrigado a assumir o modo semi-automático do “Eagle” e, com o combustível prestes a terminar, o conseguiu pousar numa área relativamente plana de Mare Tranquilitatis.

Experimentamos tudo isto. E muito mais.

Na curta e, por comparação, insignificante viagem de volta no autocarro pela área entre os rios Indian e Banana, o motorista aponta aos passageiros alguns dos aligators com que os funcionários da NASA se habituaram a conviver. Frustrados por aquele súbito regresso às banalidades terrenas, corremos para o complexo do Space Shuttle Atlantis.

No interior, à imagem do que acontecera com o foguetão Saturn V, espantamo-nos com a elegância – bem mais que com a dimensão – deste vaivém espacial que deixava a terra a bruar e a fumegar mas regressava num pouso suave mais planante que o de muitos aviões comerciais.

E que conseguiram furtar-se às piores tragédias do Programa Espacial Americano, os vaivéns Challenger e Columbia.

Fragmento de vaivém espacial, Kennedy Space Center, Florida, Estados Unidos

Criança ajuda a definir a dimensão de uma peça de um vaivém espacial destruído.

Uma Simulação Trepidante do Lançamento de um Foguetão Espacial

Conhecíamos bem a última das modalidades. Experimentámos, assim, o que sentiam os astronautas durante os lançamentos dos foguetões.

Quase deitados, amarrados por cintos de segurança em grandes cadeirões, vibrámos e estremecemos como se os gigantescos motores dos foguetões nos tivessem, de facto, a propulsionar.

Apesar de tudo, pensávamos que as descolagens fossem, para os astronautas, experiências mais extremas.

Cumpridas todas aquelas visitas e simulações, o dia no Space Center aproximava-se do fim. Passámo-lo em absoluto deslumbre. Mas não nos esquecíamos da frustração em que tínhamos amanhecido.

De acordo, na madrugada seguinte, repetimos o despertar nocturno.

De Volta ao Space X Crew Dragon In-Flight Abort Test 

A Space X ia tentar uma vez mais o Space X Crew Dragon In-Flight Abort Test. Nós, tudo faríamos para o testemunhar.

Em vez de nos dirigirmos ao Space Center, tentamos aproximar-nos mais da área do lançamento. Apontamos à praia de Playa Linda, um desses lugares privilegiados.

Chegados a Titusville, atravessamos a ponte A. Max Brewer. Como receávamos, do lado de lá, a polícia barrava o acesso à Merrit Island que acolhia o Space Center e dava acesso à Playa Linda.

Invertemos rumo. Estacionamos num ponto da margem do Indian River que nos parecia favorável. Fotografamos o raiar do dia. Desligamos o motor, reclinamos os bancos.

Com o despertador activado, dormitamos.

A Ascensão Estratosférica e a Descida Programada Sobre o Oceano Atlântico

Aos poucos, toda a margem se encheu de um público multinacional entusiasta, munido de câmaras e tripés  orientados para o Atlântico.

Espera do teste, Kennedy Space Center, Florida, Estados Unidos

Fotógrafos aguardam o lançamento do Falcon 9, parte do Space X In-Flight Abort Test.

Verificamos os sucessivos anúncios enviados pela app do Kennedy Space Center.

Tudo indicava que o lançamento se iria mesmo realizar.

Por volta das dez da manhã, à hora anunciada, o foguetão Falcon 9 lá surgiu acima da vegetação da ilha de Merrit, com os motores a gerarem um longo feixe incandescente. Subiu até quase o perdermos de vista.

Falcon 9, Kennedy Space Center, Florida, Estados Unidos

Foguetão Falcon 9 da Space S ascende durante o Space X In-Flight Abort Test.

Pouco depois, desfez-se num fogo de artifício estratosférico.

Tinha sido aquele o momento da interrupção do lançamento testado pela Space X de Elon Musk, a empresa privada que, saturados com os gigantescos custos e fracos proveitos da NASA, os Estados Unidos encarregaram de prosseguir com o programa espacial, com foco em Marte e num modo bastante mais económico.

Já imperceptível aos olhos, como às objectivas que possuíamos, a cápsula Dragon da tripulação precipitou-se sobre o oceano.

De acordo com o planeado, a Space X recuperou-a.

Voltou a furtar-se a danos multimilionários.

 

COMO IR

Reserve e voe com TAP Air Portugal: www.flytap.com  A TAP voa, directo, de Lisboa para Miami, todos os dias.

Wycliffe Wells, Austrália

Os Ficheiros Pouco Secretos de Wycliffe Wells

Há décadas que os moradores, peritos de ovnilogia e visitantes testemunham avistamentos em redor de Wycliffe Wells. Aqui, Roswell nunca serviu de exemplo e cada novo fenómeno é comunicado ao mundo.
Samarcanda, Usbequistão

O Sultão Astrónomo

Neto de um dos grandes conquistadores da Ásia Central, Ulugh Beg preferiu as ciências. Em 1428, construiu um observatório espacial em Samarcanda. Os seus estudos dos astros levaram-lhe o nome a uma cratera da Lua.
Mauna Kea, Havai

Mauna Kea: um Vulcão de Olho no Espaço

O tecto do Havai era interdito aos nativos por abrigar divindades benevolentes. Mas, a partir de 1968 várias nações sacrificaram a paz dos deuses e ergueram a maior estação astronómica à face da Terra
Little Havana, E.U.A.

A Pequena Havana dos Inconformados

Ao longo das décadas e até aos dias de hoje, milhares de cubanos cruzaram o estreito da Florida em busca da terra da liberdade e da oportunidade. Com os E.U.A. ali a meros 145 km, muitos não foram mais longe. A sua Little Havana de Miami é, hoje, o bairro mais emblemático da diáspora cubana.
Miami Beach, E.U.A.

A Praia de Todas as Vaidades

Poucos litorais concentram, ao mesmo tempo, tanto calor e exibições de fama, de riqueza e de glória. Situada no extremo sudeste dos E.U.A., Miami Beach tem acesso por seis pontes que a ligam ao resto da Florida. É parco para o número de almas que a desejam.
Miami, E.U.A.

Uma Obra-Prima da Reabilitação Urbana

Na viragem para o século XXI, o bairro Wynwood mantinha-se repleto de fábricas e armazéns abandonados e grafitados. Tony Goldman, um investidor imobiliário astuto, comprou mais de 25 propriedades e fundou um parque mural. Muito mais que ali homenagear o grafiti, Goldman fundou o grande bastião da criatividade de Miami.
Florida Keys, E.U.A.

A Alpondra Caribenha dos E.U.A.

Os Estados Unidos continentais parecem encerrar-se, a sul, na sua caprichosa península da Flórida. Não se ficam por aí. Mais de cem ilhas de coral, areia e mangal formam uma excêntrica extensão tropical que há muito seduz os veraneantes norte-americanos.
Key West, Estados Unidos

O Recreio Caribenho de Hemingway

Efusivo como sempre, Ernest Hemingway qualificou Key West como “o melhor lugar em que tinha estado...”. Nos fundos tropicais dos E.U.A. contíguos, encontrou evasão e diversão tresloucada e alcoolizada. E a inspiração para escrever com intensidade a condizer.
Tombstone, E.U.A.

Tombstone: a Cidade Demasiado Dura para Morrer

Filões de prata descobertos no fim do século XIX fizeram de Tombstone um centro mineiro próspero e conflituoso na fronteira dos Estados Unidos com o México. Lawrence Kasdan, Kurt Russel, Kevin Costner e outros realizadores e actores hollywoodescos tornaram famosos os irmãos Earp e o duelo sanguinário de “O.K. Corral”. A Tombstone que, ao longo dos tempos tantas vidas reclamou, está para durar.
Grand Canyon, E.U.A.

Viagem pela América do Norte Abismal

O rio Colorado e tributários começaram a fluir no planalto homónimo há 17 milhões de anos e expuseram metade do passado geológico da Terra. Também esculpiram uma das suas mais deslumbrantes entranhas.
Monte Denali, Alasca

O Tecto Sagrado da América do Norte

Os indígenas Athabascan chamaram-no Denali, ou o Grande e reverenciam a sua altivez. Esta montanha deslumbrante suscitou a cobiça dos montanhistas e uma longa sucessão de ascensões recordistas.
Juneau, Alasca

A Pequena Capital do Grande Alasca

De Junho a Agosto, Juneau desaparece por detrás dos navios de cruzeiro que atracam na sua doca-marginal. Ainda assim, é nesta pequena capital que se decidem os destinos do 49º estado norte-americano.
Monument Valley, E.U.A.

Índios ou cowboys?

Realizadores de Westerns emblemáticos como John Ford imortalizaram aquele que é o maior território indígena dos Estados Unidos. Hoje, na Nação Navajo, os navajo também vivem na pele dos velhos inimigos.
Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Las Vegas, E.U.A.

Onde o Pecado tem Sempre Perdão

Projectada do Deserto Mojave como uma miragem de néon, a capital norte-americana do jogo e do espectáculo é vivida como uma aposta no escuro. Exuberante e viciante, Vegas nem aprende nem se arrepende.
Navajo Nation, E.U.A.

Por Terras da Nação Navajo

De Kayenta a Page, com passagem pelo Marble Canyon, exploramos o sul do Planalto do Colorado. Dramáticos e desérticos, os cenários deste domínio indígena recortado no Arizona revelam-se esplendorosos.
Vale da Morte, E.U.A.

O Ressuscitar do Lugar Mais Quente

Desde 1921 que Al Aziziyah, na Líbia, era considerado o lugar mais quente do Planeta. Mas a polémica em redor dos 58º ali medidos fez com que, 99 anos depois, o título fosse devolvido ao Vale da Morte.
São Francisco, E.U.A.

Cable Cars de São Francisco: uma Vida aos Altos e Baixos

Um acidente macabro com uma carroça inspirou a saga dos cable cars de São Francisco. Hoje, estas relíquias funcionam como uma operação de charme da cidade do nevoeiro mas também têm os seus riscos.
Pearl Harbor, Havai

O Dia em que o Japão foi Longe Demais

Em 7 de Dezembro de 1941, o Japão atacou a base militar de Pearl Harbor. Hoje, partes do Havai parecem colónias nipónicas mas os EUA nunca esquecerão a afronta.
PN Katmai, Alasca

Nos Passos do Grizzly Man

Timothy Treadwell conviveu Verões a fio com os ursos de Katmai. Em viagem pelo Alasca, seguimos alguns dos seus trilhos mas, ao contrário do protector tresloucado da espécie, nunca fomos longe demais.
Leão, elefantes, PN Hwange, Zimbabwe
Safari
PN Hwange, Zimbabwé

O Legado do Saudoso Leão Cecil

No dia 1 de Julho de 2015, Walter Palmer, um dentista e caçador de trofeus do Minnesota matou Cecil, o leão mais famoso do Zimbabué. O abate gerou uma onda viral de indignação. Como constatamos no PN Hwange, quase dois anos volvidos, os descendentes de Cecil prosperam.
Aurora ilumina o vale de Pisang, Nepal.
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 3º- Upper Pisang, Nepal

Uma Inesperada Aurora Nevada

Aos primeiros laivos de luz, a visão do manto branco que cobrira a povoação durante a noite deslumbra-nos. Com uma das caminhadas mais duras do Circuito Annapurna pela frente, adiamos a partida tanto quanto possível. Contrariados, deixamos Upper Pisang rumo a Ngawal quando a derradeira neve se desvanecia.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Arquitectura & Design
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Alturas Tibetanas, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
Aventura

Mal de Altitude: não é mau. É péssimo!

Em viagem, acontece vermo-nos confrontados com a falta de tempo para explorar um lugar tão imperdível como elevado. Ditam a medicina e as experiências prévias com o Mal de Altitude que não devemos arriscar subir à pressa.
Cerimónias e Festividades
Sósias, actores e figurantes

Estrelas do Faz de Conta

Protagonizam eventos ou são empresários de rua. Encarnam personagens incontornáveis, representam classes sociais ou épocas. Mesmo a milhas de Hollywood, sem eles, o Mundo seria mais aborrecido.
MAL(E)divas
Cidades
Malé, Maldivas

As Maldivas a Sério

Contemplada do ar, Malé, a capital das Maldivas, pouco mais parece que uma amostra de ilha atafulhada. Quem a visita, não encontra coqueiros deitados, praias de sonho, SPAs ou piscinas infinitas. Deslumbra-se com o dia-a-dia maldivano  genuíno que as brochuras turísticas omitem.
Singapura Capital Asiática Comida, Basmati Bismi
Comida
Singapura

A Capital Asiática da Comida

Eram 4 as etnias condóminas de Singapura, cada qual com a sua tradição culinária. Adicionou-se a influência de milhares de imigrados e expatriados numa ilha com metade da área de Londres. Apurou-se a nação com a maior diversidade gastronómica do Oriente.
Tabatô, Guiné Bissau, tabanca músicos mandingas. Baidi
Cultura
Tabatô, Guiné Bissau

A Tabanca dos Músicos Poetas Mandingas

Em 1870, uma comunidade de músicos mandingas em itinerância, instalou-se junto à actual cidade de Bafatá. A partir da Tabatô que fundaram, a sua cultura e, em particular, os seus balafonistas prodigiosos, deslumbram o Mundo.
Natação, Austrália Ocidental, Estilo Aussie, Sol nascente nos olhos
Desporto
Busselton, Austrália

2000 metros em Estilo Aussie

Em 1853, Busselton foi dotada de um dos pontões então mais longos do Mundo. Quando a estrutura decaiu, os moradores decidiram dar a volta ao problema. Desde 1996 que o fazem, todos os anos. A nadar.
Teleférico que liga Puerto Plata ao cimo do PN Isabel de Torres
Em Viagem
Puerto Plata, República Dominicana

Prata da Casa Dominicana

Puerto Plata resultou do abandono de La Isabela, a segunda tentativa de colónia hispânica das Américas. Quase meio milénio depois do desembarque de Colombo, inaugurou o fenómeno turístico inexorável da nação. Numa passagem-relâmpago pela província, constatamos como o mar, a montanha, as gentes e o sol do Caribe a mantêm a reluzir.
Étnico
Pentecostes, Vanuatu

Naghol: O Bungee Jumping sem Modernices

Em Pentecostes, no fim da adolescência, os jovens lançam-se de uma torre apenas com lianas atadas aos tornozelos. Cordas elásticas e arneses são pieguices impróprias de uma iniciação à idade adulta.
luz solar fotografia, sol, luzes
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 2)

Um Sol, tantas Luzes

A maior parte das fotografias em viagem são tiradas com luz solar. A luz solar e a meteorologia formam uma interacção caprichosa. Saiba como a prever, detectar e usar no seu melhor.
Nacionalismo Colorido
História
Cartagena de Índias, Colômbia

A Cidade Apetecida

Muitos tesouros passaram por Cartagena antes da entrega à Coroa espanhola - mais que os piratas que os tentaram saquear. Hoje, as muralhas protegem uma cidade majestosa sempre pronta a "rumbear".
São Jorge, Açores, Fajã dos Vimes
Ilhas
São Jorge, Açores

De Fajã em Fajã

Abundam, nos Açores, faixas de terra habitável no sopé de grandes falésias. Nenhuma outra ilha tem tantas fajãs como as mais de 70 da esguia e elevada São Jorge. Foi nelas que os jorgenses se instalaram. Nelas assentam as suas atarefadas vidas atlânticas.
Verificação da correspondência
Inverno Branco
Rovaniemi, Finlândia

Da Lapónia Finlandesa ao Árctico, Visita à Terra do Pai Natal

Fartos de esperar pela descida do velhote de barbas pela chaminé, invertemos a história. Aproveitamos uma viagem à Lapónia Finlandesa e passamos pelo seu furtivo lar.
Na pista de Crime e Castigo, Sao Petersburgo, Russia, Vladimirskaya
Literatura
São Petersburgo, Rússia

Na Pista de “Crime e Castigo”

Em São Petersburgo, não resistimos a investigar a inspiração para as personagens vis do romance mais famoso de Fiódor Dostoiévski: as suas próprias lástimas e as misérias de certos concidadãos.
Natureza
Glaciares

Planeta Azul-Gelado

Formam-se nas grandes latitudes e/ou altitudes. No Alasca ou na Nova Zelândia, na Argentina ou no Chile, os rios de gelo são sempre visões impressionantes de uma Terra tão frígida quanto inóspita.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Carrinha no Jossingfjord, Magma Geopark, Noruega
Parques Naturais
Magma Geopark, Noruega

Uma Noruega Algo Lunar

Se recuássemos aos confins geológicos do tempo, encontraríamos o sudoeste da Noruega repleto de enormes montanhas e de um magma incandescente que sucessivos glaciares viriam a moldar. Os cientistas apuraram que o mineral ali predominante é mais comum na Lua que na Terra. Vários dos cenários que exploramos no vasto Magma Geopark da região parecem tirados do nosso grande satélite natural.
Palmeiras de San Cristobal de La Laguna, Tenerife, Canárias
Património Mundial UNESCO
Tenerife, Canárias

Pelo Leste da Ilha da Montanha Branca

A quase triangular Tenerife tem o centro dominado pelo majestoso vulcão Teide. Na sua extremidade oriental, há um outro domínio rugoso, mesmo assim, lugar da capital da ilha e de outras povoações incontornáveis, de bosques misteriosos e de incríveis litorais abruptos.
Vista do topo do Monte Vaea e do tumulo, vila vailima, Robert Louis Stevenson, Upolu, Samoa
Personagens
Upolu, Samoa

A Ilha do Tesouro de Stevenson

Aos 30 anos, o escritor escocês começou a procurar um lugar que o salvasse do seu corpo amaldiçoado. Em Upolu e nos samoanos, encontrou um refúgio acolhedor a que entregou a sua vida de alma e coração.
Mini-snorkeling
Praias
Ilhas Phi Phi, Tailândia

De regresso à Praia de Danny Boyle

Passaram 15 anos desde a estreia do clássico mochileiro baseado no romance de Alex Garland. O filme popularizou os lugares em que foi rodado. Pouco depois, alguns desapareceram temporária mas literalmente do mapa mas, hoje, a sua fama controversa permanece intacta.
Forte de São Filipe, Cidade Velha, ilha de Santiago, Cabo Verde
Religião
Cidade Velha, Cabo Verde

Cidade Velha: a anciã das Cidades Tropico-Coloniais

Foi a primeira povoação fundada por europeus abaixo do Trópico de Câncer. Em tempos determinante para expansão portuguesa para África e para a América do Sul e para o tráfico negreiro que a acompanhou, a Cidade Velha tornou-se uma herança pungente mas incontornável da génese cabo-verdiana.

Executivos dormem assento metro, sono, dormir, metro, comboio, Toquio, Japao
Sobre Carris
Tóquio, Japão

Os Hipno-Passageiros de Tóquio

O Japão é servido por milhões de executivos massacrados com ritmos de trabalho infernais e escassas férias. Cada minuto de tréguas a caminho do emprego ou de casa lhes serve para o seu inemuri, dormitar em público.
Em quimono de elevador, Osaka, Japão
Sociedade
Osaka, Japão

Na Companhia de Mayu

A noite japonesa é um negócio bilionário e multifacetado. Em Osaka, acolhe-nos uma anfitriã de couchsurfing enigmática, algures entre a gueixa e a acompanhante de luxo.
Vendedores de fruta, Enxame, Moçambique
Vida Quotidiana
Enxame, Moçambique

Área de Serviço à Moda Moçambicana

Repete-se em quase todas as paragens em povoações de Moçambique dignas de aparecer nos mapas. O machimbombo (autocarro) detém-se e é cercado por uma multidão de empresários ansiosos. Os produtos oferecidos podem ser universais como água ou bolachas ou típicos da zona. Nesta região a uns quilómetros de Nampula, as vendas de fruta eram sucediam-se, sempre bastante intensas.
Manada de búfalos asiáticos, Maguri Beel, Assam, Índia
Vida Selvagem
Maguri Bill, Índia

Um Pantanal nos Confins do Nordeste Indiano

O Maguri Bill ocupa uma área anfíbia nas imediações assamesas do rio Bramaputra. É louvado como um habitat incrível sobretudo de aves. Quando o navegamos em modo de gôndola, deparamo-nos com muito (mas muito) mais vida que apenas a asada.
Pleno Dog Mushing
Voos Panorâmicos
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.