Santiago, Cabo Verde

Santiago de Baixo a Cima


Cumes de São Jorge dos Órgãos
O cimo serrado das montanhas visto do Mirador de Tancon de São Jorge dos Órgãos.
Assomada
O casario de cima e o de baixo, em Assomada.
Miúdas Bouganvilea
Amigas posam e brincam em frente a uma grande colónia de bouganvileas.
Assomada
Pico aguçado desponta de trás do casario de Assomada.
Dança do Campo
Camponês dança acima da grande sumauma Pé di Polón.
Ao Sopé do Pé di Polon
Casal à sobra do grande Pé di Polón.
Caldo de Cana em Ebulição
Um grupo de produtores acompanha a fervura do caldo de cana-de-açúcar.
De Volta do Alambique
Anciãos tratam da montagem de um alambique.
Melaço
Uma prova bem mexida de grogue com melaço.
Carga Pesada
Camponeses carregam sacas de grãos, junto à base do Pé di Polón.
Picos (Achada Igreja)
A crista verdejante em que alonga Picos (Achada Igreja)
Igreja São Salvador do Mundo
A Igreja São Salvador do Mundo na base do Monte Guililância.
Dª Teresa
Moradora de Leitãozinho nas imediações do trapiche local.
Cumes no Horizonte
Sucessivos picos acima de um casario disperso de Santiago.
Serra da Malagueta
Vale fluvial profundo visto do cimo da Serra da Malagueta.
Vulcão Fogo
O cone do vulcão Fogo muito acima da linha mais alta de Santiago.
Tarrafal à Vista
O casario do Tarrafal, no cimo noroeste da ilha de Santiago.
A Ilha e o vulcão Fogo
Ocaso alaranja o horizonte e reforça a silhueta da ilha e do vulcão Fogo.
Aterrados na capital cabo-verdiana de Praia, exploramos a sua pioneira antecessora. Da Cidade Velha, percorremos a crista montanhosa e deslumbrante de Santiago, até ao topo desafogado de Tarrafal.

Chegamos à rotunda que interrompe a Circular da Praia nas imediações do Estádio Nacional de Cabo Verde.

Duas rotundas impostas à vastidão ressequida e espinhosa distribuem o trânsito para Praia e outras direcções. Uma amostra de manada de vacas mantém-se sobre um separador central da via que conduz à Cidade Velha.

Estranha, inesperada, a visão distrai-nos. Faz-nos perder a saída correcta. Damos mais uma volta, acompanhada, com suspeição, pelo gado. Por fim, na sequência da segunda rotunda, acertamos com o Norte de Santiago.

Num ápice, a estrada estreita. Ajusta-se aos dois sentidos mais habituais em Cabo Verde. Uns quilómetros depois, já cruzado o Pedegral e o povoado de Ribeirão Chiqueiro, entra num modo de pré-desfiladeiro que nos prepara para o relevo imponente e recortado por diante.

Uma das vias sinuosas que passa por Caiada e por Água Gato leva-nos ao município de São Lourenço dos Órgãos e ao reduto montanhoso e dramático a que contávamos dedicar algum tempo.

O Domínio Montanhoso e Verdejante de São Jorge dos Órgãos

Ali, no sector mais frondoso e florido da Escola Superior de Ciências Agrárias da Universidade de Cabo Verde, encontramos o Jardim Botânico Nacional Grandvaux Barbosa.

Foi criado em 1986, baptizado em homenagem a Luís Augusto Granvaux (1914-1983), um botânico português hiperdedicado à flora do Ultramar, sobretudo à de Cabo Verde.

Na rédea solta em que andávamos, preferimos admirá-la no seu contexto e ecossistema natural. De acordo, prosseguimos para o âmago de São Jorge dos Órgãos.

Já em pleno na vila, o relevo confronta-nos com a igreja azul de São Jorge, enfiada entre elevações com cumes aguçados.

Sentimos a urgência de nos distanciarmos do casario, de encontrarmos um ponto de observação condigno. Metemo-nos assim, por um desvio estreito, de terra mal batida que ziguezagueava por uma das encostas acima.

Desconfiados quanto aos danos que o piso agravado poderia causar no carro, encontramos num grupo de camponesas, sentadas sobre sacas e medas de milho seco, o pretexto ideal para abortarmos o desvario.

Uma Comunidade Bem-Disposta de Camponesas Solidárias

“Nós juntámo-nos aqui em trabalho comunitário” explicam-nos, como se se tratasse de uma banalidade. “Nestas partes mais isoladas, os aldeãos sofrem para dar conta das colheitas só por eles. Assim, ajudamo-nos uns aos outros.”

Criados em boa parte no campo das Beiras, lembrávamo-nos de quando essa harmonia comunitária por lá prevalecia. Mas também estávamos conscientes de como o individualismo e facilitismo a tinham exterminado, sobretudo da década de 90 em diante.

Encantados com o subsistir dessa saudosa solidariedade, entregamo-nos a uma cavaqueira, no português familiar a todos e no crioulo badiu a que as senhoras recorriam, entre elas, sempre que uma nova observação ou piada se impunha.

Na sua companhia, contemplamos o cume bicudo a dobrar do Pico de Antónia (1394m) o ponto mais elevado da ilha, terceiro de Cabo Verde, cerne de um parque nacional homónimo.

Se bem que, neste caso, o homónimo tem que se lhe diga. Quando mais investigamos mais constatamos o quanto divergiu o nome do zénite de Santiago.

O Contexto Histórico e Semântico Instável do Tecto de Santiago

Fontes supostamente credíveis explicam que, desde cedo, o monte foi tratado por Piku D’Antoni por ter sido uma das primeiras elevações de Cabo Verde registadas pelo navegador genovês António da Noli, ao serviço do Infante Dom Henrique.

Ao longo do tempo, foi referido em documentos e até em letras do cancioneiro popular cabo-verdiano. Nuns, surge como de António. Noutros, no feminino.

Algures no decorrer da história de Santiago e do respectivo tratamento vernacular, o povo terá mudado o género do seu descobridor. Rodeados de mulheres santiaguenses, anuímos.

Gilda, uma delas, está atrasada, a mais de uma hora e meia a pé de São Jorge dos Órgãos, a vila a que nos convinha regressar. Damos-lhe boleia, descemos a montanha à conversa e entregamo-la à sua vida.

Logo, subimos a um tal de Miradouro de Tancon. Debruçados sobre o seu parapeito generoso, voltamos a admirar o Pico de António e os vizinhos, agora, de oeste para leste, frontais e, como tal, mais definidos e destacados.

Com o deslumbre renovado, retomamos o caminho. Chã de Vaca fica para trás. Alternamos entre os municípios de São Lourenço dos Órgãos e o contíguo de São Salvador do Mundo quando um monumento natural de Santiago reclama um desvio às profundezas de Leitãozinho.

Pé di Polón: em Busca da Maior Árvore de Santiago

Descemos a vertente imediata. Sobre a oposta, encontramos o colosso vegetal que buscávamos, o Pé de Polião, em crioulo, Pé di Polón, um embondeiro ou sumaúma (Ceiba pentandra) endémico celebrado como a árvore suprema de Cabo Verde e uma das mais antigas.

Nessa altura, já com alguma folhagem, a árvore-da-lã pendia sobre o talvegue. Sustinham-na raízes colossais que ondulavam vertente abaixo, sedentas dos lençóis freáticos que a curta época das chuvas de Santiago desdobrava.

Ermo à chegada, o lugar depressa nos revela a sua vida.

Dois jovens da zona percorrem um trilho no sopé da árvore, carregados com sacas a transbordar de um qualquer grão, como se não bastasse, um deles a puxar por um grande bode preso a uma corda.

Instantes depois, sucede-os um casal a caminho das suas terras, também eles a passearem um par de cabras negras ansiosas por pasto.

Centenas de fotografias depois, soltamo-nos para uma passeata que estimávamos curta pelo entorno cultivado. Demoramo-nos mais do que contávamos.

A Cana-de-Açúcar e a Produção de Grogue da Região

Uns metros acima, entre um coqueiro solitário e bananeiras rasas, cruzamo-nos com um camponês.

Quando nos vê, em vez de nos saudar de volta, exibe-nos uma dança extasiada, descomplexada e, assim nos vemos forçados a concluir, embriagada.

Elogiamo-lo e à sua plantação com a diplomacia que nos vem à mente. De regresso ao cimo da povoação, detectamos o motivo mais provável da sua animação.

Damos com moradores das redondezas reunidos junto ao trapiche local, em redor de um poço de caldo de cana-de-açúcar em que borbulha uma fervença amarela e vaporosa.

Um trabalhador de boina mexe o líquido com uma pá longa.

De tempos a tempos, retira uma amostra para um prato e examina a espessura e aspecto do composto.

Dona Teresa e Sr. Zé Maria, donos ou, pelo menos, encarregados do trapiche reconhecem o empenho fotográfico que colocamos na operação. Chamam-nos à parte.

Prendam-nos com uma meia casca de coco, cheia de melaço alcoolizado. Sabe-nos que nem ginjas. Bastante melhor que ginja, devemos assumi-lo.

Conscientes do perfil orográfico extremo do que nos faltava conduzir, rejeitamos uma terceira dose.

Em vez, acompanhamos a montagem do alambique, um processo que se prova demasiado complexo e arrastado para o tempo de que dispúnhamos.

Ilha de Santiago Acima: por Achada Igreja e Assomada

Despedimo-nos, agradecidos pela paciência e pelo acolhimento dos anfitriões. Desbloqueamos um monte de grandes pedras recém-mal-descarregadas.

Uma vez desimpedido o cimo da ladeira, retomamos o asfalto e o rumo do norte Santiaguense.

 

Passamos por Achada Igreja (Picos), povoação instalada sobre uma crista, coroada pela igreja de São Salvador do Mundo.

E, proeminente, por um enorme e excêntrico rochedo. A gente destas partes trata-o por Monte Gulilância.

Vê nele um homem montado a cavalo, com tal simbolismo para o município que chega a ser comparado com a estátua do Marquês de Pombal.

Segue-se Assomada, a cidade das cidades do interior de Santiago, peculiar a condizer, com o seu casario dividido por dois níveis, um principal e superior, no cimo de uma meseta de que parece despontar o cume serrado do Monte Brianda.

Um outro, simbiótico, alojado no fundo da mesa.

Assomada abriga o mercado mais bem abastecido e activo de Santiago, ao que não é alheio o facto de o concelho de Santa Catarina em redor ser ter tornado o celeiro indisputado da ilha.

Santiago, ilha, Cabo Verde, Assomada

O casario de cima e o de baixo, em Assomada.

Os Montes dos Vendavais da Serra da Malagueta

Continuamos por Boa Entrada e por Fundura. Não tarda, pela Serra da Malagueta acima, às tantas, expostos a uns ventos Alísios tão poderosos que receamos que nos virem o carro.

Desses mesmos montes dos vendavais santiaguenses, ainda a boa distância, admiramos as terras mais planas que acolheram Chão Bom, a cidade de Tarrafal.

E, entre ambas, o infame campo prisional da Morte Lenta mandado erguer, em 1936, pelo governo do Estado Novo português.

Eram paragens a que tínhamos decidido dedicar o seu próprio artigo. De acordo, viramos o olhar para poente.

Admiramos o consolidar da silhueta triangular do vulcão Fogo a ornar a ilha homónima e vizinha, sobranceiro e muito face às linhas mais altas de Santiago.

Cidade Velha, Cabo Verde

Cidade Velha: a anciã das Cidades Tropico-Coloniais

Foi a primeira povoação fundada por europeus abaixo do Trópico de Câncer. Em tempos determinante para expansão portuguesa para África e para a América do Sul e para o tráfico negreiro que a acompanhou, a Cidade Velha tornou-se uma herança pungente mas incontornável da génese cabo-verdiana.

São Nicolau, Cabo Verde

Fotografia dess Nha Terra São Nicolau

A voz da saudosa Cesária Verde cristalizou o sentimento dos cabo-verdianos que se viram forçados a deixar a sua ilha. Quem visita São Nicolau ou, vá lá que seja, admira imagens que a bem ilustrem, percebe porque os seus lhe chamam, para sempre e com orgulho, nha terra.
Chã das Caldeiras, Ilha do Fogo Cabo Verde

Um Clã "Francês" à Mercê do Fogo

Em 1870, um conde nascido em Grenoble a caminho de um exílio brasileiro, fez escala em Cabo Verde onde as beldades nativas o prenderam à ilha do Fogo. Dois dos seus filhos instalaram-se em plena cratera do vulcão e lá continuaram a criar descendência. Nem a destruição causada pelas recentes erupções demove os prolíficos Montrond do “condado” que fundaram na Chã das Caldeiras.    
Ilha do Sal, Cabo Verde

O Sal da Ilha do Sal

Na iminência do século XIX, Sal mantinha-se carente de água potável e praticamente inabitada. Até que a extracção e exportação do sal lá abundante incentivou uma progressiva povoação. Hoje, o sal e as salinas dão outro sabor à ilha mais visitada de Cabo Verde.
Ilha da Boa Vista, Cabo Verde

Ilha da Boa Vista: Vagas do Atlântico, Dunas do Sara

Boa Vista não é apenas a ilha cabo-verdiana mais próxima do litoral africano e do seu grande deserto. Após umas horas de descoberta, convence-nos de que é um retalho do Sara à deriva no Atlântico do Norte.
Santa Maria, Sal, Cabo Verde

Santa Maria e a Bênção Atlântica do Sal

Santa Maria foi fundada ainda na primeira metade do século XIX, como entreposto de exportação de sal. Hoje, muito graças à providência de Santa Maria, o Sal ilha vale muito que a matéria-prima.
Santo Antão, Cabo Verde

Pela Estrada da Corda Toda

Santo Antão é a mais ocidental das ilhas de Cabo Verde. Lá se situa um limiar Atlântico e rugoso de África, um domínio insular majestoso que começamos por desvendar de uma ponta à outra da sua deslumbrante Estrada da Corda.
Ilha do Fogo, Cabo Verde

À Volta do Fogo

Ditaram o tempo e as leis da geomorfologia que a ilha-vulcão do Fogo se arredondasse como nenhuma outra em Cabo Verde. À descoberta deste arquipélago exuberante da Macaronésia, circundamo-la contra os ponteiros do relógio. Deslumbramo-nos no mesmo sentido.
São Nicolau, Cabo Verde

São Nicolau: Romaria à Terra di Sodade

Partidas forçadas como as que inspiraram a famosa morna “Sodade” deixaram bem vincada a dor de ter que deixar as ilhas de Cabo Verde. À descoberta de Saninclau, entre o encanto e o deslumbre, perseguimos a génese da canção e da melancolia.
Chã das Caldeiras a Mosteiros, Ilha do Fogo, Cabo Verde

Chã das Caldeiras a Mosteiros: descida pelos Confins do Fogo

Com o cimo de Cabo Verde conquistado, dormimos e recuperamos em Chã das Caldeiras, em comunhão com algumas das vidas à mercê do vulcão. Na manhã seguinte, iniciamos o regresso à capital São Filipe, 11 km de caminho para Mosteiros abaixo.
Brava, Cabo Verde

A Ilha Brava de Cabo Verde

Aquando da colonização, os portugueses deparam-se com uma ilha húmida e viçosa, coisa rara, em Cabo Verde. Brava, a menor das ilhas habitadas e uma das menos visitadas do arquipélago preserva uma genuinidade própria da sua natureza atlântica e vulcânica algo esquiva.
Príncipe, São Tomé e Príncipe

Viagem ao Retiro Nobre da Ilha do Príncipe

A 150 km de solidão para norte da matriarca São Tomé, a ilha do Príncipe eleva-se do Atlântico profundo num cenário abrupto e vulcânico de montanha coberta de selva. Há muito encerrada na sua natureza tropical arrebatadora e num passado luso-colonial contido mas comovente, esta pequena ilha africana ainda abriga mais estórias para contar que visitantes para as escutar.
Santo Antão, Cabo Verde

Porto Novo a Ribeira Grande pelo Caminho do Mar

Desembarcados e instalados em Porto Novo de Santo Antão, depressa constatamos duas rotas para chegar à segunda maior povoação da ilha. Já rendidos ao sobe-e-desce monumental da Estrada da Corda, deslumbramo-nos com o dramatismo vulcânico e atlântico da alternativa costeira.
Ponta do Sol a Fontainhas, Santo Antão, Cabo Verde

Uma Viagem Vertiginosa a Partir da Ponta do Sol

Atingimos o limiar norte de Santo Antão e de Cabo Verde. Em nova tarde de luz radiosa, acompanhamos a azáfama atlântica dos pescadores e o dia-a-dia menos litoral da vila. Com o ocaso iminente, inauguramos uma demanda sombria e intimidante do povoado das Fontainhas.
Mindelo, São Vicente, Cabo Verde

O Milagre de São Vicente

São Vicente sempre foi árida e inóspita a condizer. A colonização desafiante da ilha submeteu os colonos a sucessivas agruras. Até que, por fim, a sua providencial baía de águas profundas viabilizou o Mindelo, a urbe mais cosmopolita e a capital cultural de Cabo Verde.
Nova Sintra, Brava, Cabo Verde

Uma Sintra Crioula, em Vez de Saloia

Quando os colonos portugueses descobriram a ilha de Brava, repararam no seu clima, muito mais húmido que a maior parte de Cabo Verde. Determinados em manterem ligações com a distante metrópole, chamaram a principal povoação de Nova Sintra.
Tarrafal, Santiago, Cabo Verde

O Tarrafal da Liberdade e da Vida Lenta

A vila de Tarrafal delimita um recanto privilegiado da ilha de Santiago, com as suas poucas praias de areia branca. Quem por lá se encanta tem ainda mais dificuldade em entender a atrocidade colonial do vizinho campo prisional.
Ribeira Grande, Santo AntãoCabo Verde

Santo Antão, Ribeira Grande Acima

Na origem, uma Povoação diminuta, a Ribeira Grande seguiu o curso da sua história. Passou a vila, mais tarde, a cidade. Tornou-se um entroncamento excêntrico e incontornável da  ilha de Santo Antão.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Skipper de uma das bangkas do Raymen Beach Resort durante uma pausa na navegação
Praia
Ilhas Guimaras  e  Ave Maria, Filipinas

Rumo à Ilha Ave Maria, Numas Filipinas Cheias de Graça

À descoberta do arquipélago de Visayas Ocidental, dedicamos um dia para viajar de Iloilo, ao longo do Noroeste de Guimaras. O périplo balnear por um dos incontáveis litorais imaculados das Filipinas, termina numa deslumbrante ilha Ave Maria.
savuti, botswana, leões comedores de elefantes
Safari
Savuti, Botswana

Os Leões Comedores de Elefantes de Savuti

Um retalho do deserto do Kalahari seca ou é irrigado consoante caprichos tectónicos da região. No Savuti, os leões habituaram-se a depender deles próprios e predam os maiores animais da savana.
Monges na escadaria do mosteiro Tashi Lha Khang
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 16º - Marpha, Nepal

Marpha e o Fim Antecipado do Circuito

Contados treze dias de caminhada desde a já longínqua Chame, chegamos a Marpha. Abrigada no sopé de uma encosta, na iminência do rio Gandaki, Marpha revela-se a derradeira povoação preservada e encantadora do percurso. O excesso de obras ao longo da via F042 que nos levaria de volta a Pokhara, faz-nos encurtar a segunda parte do Circuito Annapurna.
Casario tradicional, Bergen, Noruega
Arquitectura & Design
Bergen, Noruega

O Grande Porto Hanseático da Noruega

Já povoada no início do século XI, Bergen chegou a capital, monopolizou o comércio do norte norueguês e, até 1830, manteve-se uma das maiores cidades da Escandinávia. Hoje, Oslo lidera a nação. Bergen continua a destacar-se pela sua exuberância arquitectónica, urbanística e histórica.
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A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.
Cerimónias e Festividades
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Fia Fia – Folclore Polinésio de Alta Rotação

Da Nova Zelândia à Ilha da Páscoa e daqui ao Havai, contam-se muitas variações de danças polinésias. As noites samoanas de Fia Fia, em particular, são animadas por um dos estilos mais acelerados.
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San Pedro de Atacama, Chile

São Pedro de Atacama: a Vida em Adobe no Mais Árido dos Desertos

Os conquistadores espanhóis tinham partido e o comboio desviou as caravanas de gado e nitrato. San Pedro recuperava a paz mas uma horda de forasteiros à descoberta da América do Sul invadiu o pueblo.
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A Capital Asiática da Comida

Eram 4 as etnias condóminas de Singapura, cada qual com a sua tradição culinária. Adicionou-se a influência de milhares de imigrados e expatriados numa ilha com metade da área de Londres. Apurou-se a nação com a maior diversidade gastronómica do Oriente.
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O Delírio Mexicano de Edward James

Na floresta tropical de Xilitla, a mente inquieta do poeta Edward James fez geminar um jardim-lar excêntrico. Hoje, Xilitla é louvada como um Éden do surreal.
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A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
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Em 2003, uma nova comunidade online globalizou um antigo cenário de hospitalidade, convívio e de interesses. Hoje, o Couchsurfing acolhe milhões de viajantes, mas não deve ser praticado de ânimo leve.
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Em grande parte de Vanuatu, os dias de “bons selvagens” da população ficaram para trás. Em tempos incompreendido e negligenciado, o dinheiro ganhou valor. E quando os grandes navios com turistas chegam ao largo de Malekuka, os nativos concentram-se em Wala e em facturar.
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Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
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A Finisterra Mexicana Contornada por Hernán Cortés

É junto ao arco do Cabo San Lucas que a longa e excêntrica península da Baja Califórnia se entrega ao oceano Pacífico. Em 1535, Cortés explorou a região e constatou que não era uma ilha, como indicado por navegadores por ele antes enviados. A partir de 1920, o interesse e investimentos norte-americanos tornaram-na um dos recreios balneares venerados do México.
Personagens
Sósias, actores e figurantes

Estrelas do Faz de Conta

Protagonizam eventos ou são empresários de rua. Encarnam personagens incontornáveis, representam classes sociais ou épocas. Mesmo a milhas de Hollywood, sem eles, o Mundo seria mais aborrecido.
ilha Martinica, Antilhas Francesas, Caraíbas Monumento Cap 110
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Djerba, Ilha, Tunísia, Amazigh e os seus camelos
Religião
Djerba, Tunísia

A Ilha Tunisina da Convivência

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Sobre Carris

Viagens de Comboio: O Melhor do Mundo Sobre Carris

Nenhuma forma de viajar é tão repetitiva e enriquecedora como seguir sobre carris. Suba a bordo destas carruagens e composições díspares e aprecie os melhores cenários do Mundo sobre Carris.
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San Cristóbal de Las Casas, México

O Lar Doce Lar da Consciência Social Mexicana

Maia, mestiça e hispânica, zapatista e turística, campestre e cosmopolita, San Cristobal não tem mãos a medir. Nela, visitantes mochileiros e activistas políticos mexicanos e expatriados partilham uma mesma demanda ideológica.
Amaragem, Vida à Moda Alasca, Talkeetna
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Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
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Tortuguero: da Selva Inundada ao Mar das Caraíbas

Após dois dias de impasse devido a chuva torrencial, saímos à descoberta do Parque Nacional Tortuguero. Canal após canal, deslumbramo-nos com a riqueza natural e exuberância deste ecossistema flúviomarinho da Costa Rica.
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Voos Panorâmicos
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.