Cabo San Lucas, Baja Califórnia Sur, México

A Finisterra Mexicana Contornada por Hernán Cortés


Um Pitéu Merecido
Pescador oferece um peixe a um leão-marinho pedinchão
Exploração a 2
Caiakers pagaiam ao longo do sopé do Monte Solmar, Cabo San Lucas
A Reserva dos Lobos-Marinhos
Reserva dos lobos-marinhos da Finisterra do Cabo San Lucas
El Arco
O Arco emblemático da Finisterra do Cabo San Lucas
Baleia de Passagem
Baleia revela a cauda a passageiros de um veleiro durante uma submersão.
Duo da Tormenta
Casal conversa acima da linha de rebentação do lado do oceano Pacífico
O Dedo de Neptuno
Uma das formações rochosas inusitadas da Finisterra do Cabo San Lucas
No Trono dos Pelicanos
Snorkeler no cimo da Roca del Pelicano
À Tona
Leão-marinho emerge das águas límpidas do Mar de Cortés
Panga e El Arco
Pequena panga detida em frente a El Arco
Los Cabos Milionários
Iate ancorada em frente a Cabo San Lucas
Duo Bem-Disposto
Músicos percorrem a marina de Cabo San Lucas.
No Sopé de Los Cabos
Lancha navega ao longo da costa abrupta de Los Cabos.
Sobrevoo
Pelicano sobrevoa a marina de Cabo San Lucas
Pablo
Pablo, o timoneiro do veleiro
Pouso dos Pelicanos
Pelicanos numa das falésias da Finisterra de Los Cabos.
Praia Escondida
Lancha deixa uma das praias da Finisterra
Conversa Pacífica
Snorkelers conversam a pouco distância de El Arco e do Dedo de Neptuno
À Vela
Veleiro navega ao largo do litoral de Los Cabos
Finisterra Prateada
Pequena panga detida em frente a El Arco
É junto ao arco do Cabo San Lucas que a longa e excêntrica península da Baja Califórnia se entrega ao oceano Pacífico. Em 1535, Cortés explorou a região e constatou que não era uma ilha, como indicado por navegadores por ele antes enviados. A partir de 1920, o interesse e investimentos norte-americanos tornaram-na um dos recreios balneares venerados do México.

A incursão matinal na marina de Cabo San Lucas depressa revela uma animação com que não íamos a contar.

Deparamo-nos com embarcações de vários tipos, iates multimilionários e lanchas sofisticadas.

Abundam as pangas, barcos pequenos, usados para os mais distintos fins, para passeios e pescarias profissionais.

Àquela hora, aliás, as entradas e saídas de pescadores intensificavam-se. Alguns, descarregavam peixe acabado de pescar. Uns poucos, preparavam-se para zarpar para o Oceano Pacífico, munidos de distintos tipos de isco.

Essa azáfama alimentava uma outra. A da comunidade local de leões-marinhos e de pelicanos, há muito habituada a conviver com os pescadores.

Leão-marinho emerge das águas límpidas do Mar de Cortés

Leão-marinho emerge das águas límpidas do Mar de Cortés

A Fauna Pedinchona da Marina de Cabo San Lucas

Vemo-los nadar e esvoaçar em volta das embarcações e molhes, de olho em petiscos por eles lançados, ou proporcionados por momentos de distracção.

Por si só, os movimentos desta fauna justificavam que por ali continuássemos. Um grande leão-marinho macho acompanha os vaivéns dum pescador dentro de um barco.

Ansioso, de cada vez que se detém junto à proa e à popa, projecta-se para fora de água, a cabeça bem esticada, de maneira a perceber o que fazia, afinal, o humano.

Pelicano sobrevoa a marina de Cabo San Lucas

Pelicano sobrevoa a marina de Cabo San Lucas

Juntam-se-lhe dois pelicanos. Fartos de voar acima, pousam na água esmeralda e translúcida.

Como acontece vezes sem conta, o pescador comove-se com a exibição do leão-marinho.

Em jeito de recompensa, atira uma pequena sardinha para o ar.

O leão-marinho estica-se ainda mais e devora-a.

Pescador oferece um peixe a um leão-marinho pedinchão

Pescador oferece um peixe a um leão-marinho pedinchão

Segue-se uma segunda sardinha, mesmo assim, outra mera gulodice, se tivermos em conta os 250 ou 300kg do bicho.

Enquanto isso, indignado, um dos pelicanos aproveita a diversão do pescador. Esgueira-se pelo bordo contrário e rouba o seu próprio pitéu de um balde descurado.

Passam dois músicos, a caminho de um dos bares que servem a povoação.

Um deles, ri-se a bom rir.

Manda uma boca ao pescador, num mexicano com demasiado de dialecto local para a conseguirmos compreender.

Músicos percorrem a marina de Cabo San Lucas.

Músicos percorrem a marina de Cabo San Lucas.

Navegação ao Largo do Litoral de Cabo San Lucas

Prosseguimos.

Registamo-nos no escritório duma empresa de tours. Cumprido o procedimento, seguimos até uma secção do porto dedicada a embarcações de maior calado. Sobre as nove da manhã de novo dia solarengo, subimos a bordo de um veleiro.

Mani, o animador, dá as boas-vindas aos passageiros, em castelhano e inglês, como o justificava a prevalência de turistas gringos naqueles domínios de Los Cabos. No processo, apresenta-nos Pablo, o comandante, e Karol, a fotógrafa de serviço.

Pouco depois, deixamos a marina, ao longo da linha rugosa de costa em que, quase 1700km para sul de Tijuana, a longilínea Baja Califórnia encontra o seu fim.

Quase no pino do Inverno do Hemisfério Norte, mesmo na iminência do Trópico de Câncer, o sol não tinha subido o suficiente para iluminar as principais atracções daquele litoral dramático, situadas no sopé do sobranceiro Monte Solmar.

Navegamos diante de sucessivas enseadas e do famoso Arco.

O Arco emblemático da Finisterra do Cabo San Lucas

O Arco emblemático da Finisterra do Cabo San Lucas

O foco principal do itinerário era, no entanto, distinto. Em vez de se demorar na sombra, o comandante Pablo ruma na direcção de que o sol provinha.

Acerca-se do litoral da Baía do Cabo, uma longa enseada arredondada, dotada de areais alvos que acentuavam o tom esmeraldino do oceano.

Aos poucos, o litoral define-se.

A Costa Sobreexplorada entre Cabo San Lucas e San José del Cabo

Constatamos uma profusão de edifícios, na sua maioria, resorts hiperbólicos, erguidos em betão, impostos ao deserto de Sonora sem qualquer critério ambiental.

Com uma tal intensidade e mácula paisagística que, do deserto e das suas praias, só subsistia uma franja espartilhada de areia.

Iate ancorada em frente a Cabo San Lucas

Iate ancorada em frente a Cabo San Lucas

Pablo detém o veleiro ao largo de uma dessas praias, a de Santa Maria. “Rapazes, se quiserem dar uns mergulhos, é só descerem.” anuncia Mani.

“Se quiserem, peguem nas máscaras de snorkeling e barbatanas. Há muitos corais e peixes nestes recifes em volta!“ Desejosos de nos refrescarmos, seguimos a sugestão.

Regressamos ao veleiro antes de alguns dos outros passageiros.

Tagarelamos um pouco com o timoneiro Pablo.

Diz-nos que estava de férias em Los Cabos havia dezasseis anos: “antes, trabalhava na Cidade do México, com computadores, softwares e coisas assim.

Pablo, o timoneiro do veleiro

Pablo, o timoneiro do veleiro

Vim cá uma vez, ajudar uns amigos a instalar programas em restaurantes e agências. Acabei por ficar a trabalhar com eles e rendi-me a esta vida árdua dos veleiros e dos tours.”

Rimo-nos os três da ironia. Conversamos um pouco mais.

Cetáceos à Vista

Até que se dá um fenómeno que a tripulação tinha já auspiciado: são avistadas baleias.

Mani faz despachar o derradeiro snorkeler. Pablo navega tão depressa quanto o veleiro podia, para o quadrante em que as baleias se moviam. Conseguimos aproximar-nos.

Eram quatro ou cinco. Não tarda, umas poucas mais. E golfinhos curiosos que as pareciam escoltar. Algumas, submergiam com suavidade.

Exibiam-nos as caudas massivas que as locomovem e lhes dão direcção.

Baleia revela a cauda a passageiros de um veleiro durante uma submersão.

Baleia revela a cauda a passageiros de um veleiro durante uma submersão.

Outras, mais distantes, projectavam-se do oceano em saltos rotativos, numa coreografia cetácea impressionante, a que Pablo, Mani, Karol e outros tripulantes de embarcações próximas já tinham assistido vezes sem conta.

A Migração Milenar das Baleias para os Mares da Baja Califórnia

Há milénios que as baleias e outros cetáceos animam as paisagens marinhas do sul de Los Cabos, como o fazem Baja Califórnia acima, seja do lado do Oceano Pacífico, seja ao longo do Mar de Cortés.

Por norma, de Dezembro a Abril, baleias cinzentas e corcundas chegam de águas árcticas em busca das lagoas mais tépidas e protegidas da Baja Califórnia, sobretudo as de San Ignácio e Ojo de Liebre, também a Baía de Magdalena e outros lugares. Nesta migração anual, passam em frente à Baía de Los Cabos.

A determinada altura, as baleias e outros cetáceos eram já tantos que tinham atraído uma frota de embarcações concorrentes. Todas, navegavam, para lá e para cá, ao sabor dos caprichos dos animais.

Estávamos entregues a esse delicioso entretém de as admirarmos quando Pablo se apercebe que era hora de voltarmos. Fazemo-lo à vela, propulsionados pelos ventos Alísios. Desembarcamos pouco depois da uma.

Almoçamos por ali mesmo. Descansamos.

Certos de que a exposição solar matinal nos tinha sido desfavorável, reentrarmos na marina, apostados em desbravamos a finisterra da Baja Califórnia como o merecia.

Embarque numa Panga, de Volta à Finisterra

Consecutivos recrutadores-comissionistas tentam conduzir-nos. Acabamos à conversa com um duo de pescadores e timoneiros que nos pareceram mais tranquilos e necessitados: Rafael, originário de Acapulco. E Rodrigo, de Sinaloa, pai de Kika, moça que emprestava o nome ao pequeno barco que nos esperava.

Rafael queixa-se do intensificar da concorrência, de que as grandes empresas, com grandes barcos, ficavam com demasiados passageiros.

Assunto puxa assunto, afiançam-nos que El Chapo e o seu Cartel de Sinaloa controlaram Los Cabos por algum tempo, mas que, a bem do turismo, as autoridades tinham conseguido erradicar os cartéis.

Lancha deixa uma das praias da Finisterra de Los Cabos

Lancha deixa uma das praias da Finisterra de Los Cabos

Zarpamos. Concluímos, num ápice, que, àquela hora, o sol iluminava a aba leste do Monte Solmar.

A pequena panga “Kika” garantia-nos uma manobrabilidade imbatível.

Avançamos ao longo da Playa Coral Negro e de uma série de enseadas diminutas que o vazar da maré descobria, cada qual com a sua população de banhistas dourados pelo sol e deliciados, todos clientes de pangas por ali ancoradas.

Snorkelers conversam a pouco distância de El Arco e do Dedo de Neptuno

Snorkelers conversam a pouco distância de El Arco e do Dedo de Neptuno

Contornamos uma tal de Roca Pelicano, assim denominada por servir de pouso a essas aves exóticas.

Um grupo de snorkelers explorava as rochas submarinas e recifes em redor, entre leões-marinhos habituados a partilharem o seu território.

Snorkeler no cimo da Roca del Pelicano

Snorkeler no cimo da Roca del Pelicano

Para desagrado do timoneiro Rodrigo, um dos snorkelers dedica-se a conquistar a Roca Pelicano, a exibir-se e fazer-se fotografar no seu cimo.

Continuamos.

Repetem-se falésias avançadas face ao Monte Solmar.

Casal conversa acima da linha de rebentação do lado do oceano Pacífico

Casal conversa acima da linha de rebentação do lado do oceano Pacífico

A Playa dos Amantes, as Outras Playas e Atractivos do Cabo San Lucas

Contornada a próxima, desvendamos a entrada na Playa de los Amantes, assim baptizada pela privacidade que concede aos casais.

Mais para dentro, revela-se um areal imenso exposto a um Oceano Pacífico bravo e traiçoeiro.

Tratava-se da Playa del Divórcio, estimávamos que propícia a que um membro do casal lá se livrasse do outro.

Desembarcamos. Espreitamos ambas, por breves momentos. A prioridade estava em chegarmos à hora certa ao ponto alto do itinerário.

Uma das formações rochosas inusitadas da Finisterra do Cabo San Lucas

Uma das formações rochosas inusitadas da Finisterra do Cabo San Lucas

Circundamos o Dedo de Neptuno, uma enorme agulha de rocha que aponta o céu, numa suave diagonal.

Logo abaixo, damos com o Arco, a formação rochosa mais emblemática do conjunto, um pórtico natural que a erosão esculpiu na rocha e que permite enquadrar a paisagem marinha em ambas as direcções.

Pequena panga detida em frente a El Arco

Pequena panga detida em frente a El Arco

Junto ao Arco, admiramos ainda a Ventana del Pacífico, um orifício em que se diz que o oceano comunica com o Mar de Cortés.

Em seguida, visitamos a Reserva de los Lobos Marinos.

Ali protegidos, tanto dentro de água, como sobre lajes rochosas, ao sol, aquelas criaturas concentravam-se numa comunhão ruidosa e belicosa.

Reserva dos lobos-marinhos da Finisterra do Cabo San Lucas

Reserva dos lobos-marinhos da Finisterra do Cabo San Lucas

A Reserva dos Lobos Mariños e o Término Sul da Baja Califórnia

Os dois rochedos que os abrigam formam a finisterra do Cabo de San Lucas.

São os derradeiros pedaços de terra bajacaliforniana, aquém da vastidão do oceano.

Na década de 30 do século XVI, os Conquistadores chegaram a estas paragens então habitadas pelos indígenas Pericúes. Os nativos cometeram o erro de lhes revelar que, nos seus mares, abundavam as pérolas.

Mesmo se a prioridade dos Espanhóis eram o ouro e a prata, aquela riqueza alternativa acelerou a colonização das terras contíguas e a dizimação dos Pericúes.

Cortés, os Conquistadores e os missionários que sempre os seguiam sobrepuseram-se e começaram a moldar os fundos da Baja Califórnia naquilo que hoje são.

Pequena panga detida em frente a El Arco

Pequena panga detida em frente a El Arco

COMO IR

Voe para La Paz, México, via Madrid e Cidade do México, com a TAP e a Aeroméxico, por a partir de 910€. 

Izamal, México

A Cidade Mexicana, Santa, Bela e Amarela

Até à chegada dos conquistadores espanhóis, Izamal era um polo de adoração do deus Maia supremo Itzamná e Kinich Kakmó, o do sol. Aos poucos, os invasores arrasaram as várias pirâmides dos nativos. No seu lugar, ergueram um grande convento franciscano e um prolífico casario colonial, com o mesmo tom solar em que a cidade hoje católica resplandece.
Campeche, México

Campeche Sobre Can Pech

Como aconteceu por todo o México, os conquistadores chegaram, viram e venceram. Can Pech, a povoação maia, contava com quase 40 mil habitantes, palácios, pirâmides e uma arquitetura urbana exuberante, mas, em 1540, subsistiam menos de 6 mil nativos. Sobre as ruínas, os espanhóis ergueram Campeche, uma das mais imponentes cidades coloniais das Américas.
Tulum, México

A Mais Caribenha das Ruínas Maias

Erguida à beira-mar como entreposto excepcional decisivo para a prosperidade da nação Maia, Tulum foi uma das suas últimas cidades a sucumbir à ocupação hispânica. No final do século XVI, os seus habitantes abandonaram-na ao tempo e a um litoral irrepreensível da península do Iucatão.
Mérida, México

A Mais Exuberante das Méridas

Em 25 a.C, os romanos fundaram Emerita Augusta, capital da Lusitânia. A expansão espanhola gerou três outras Méridas no mundo. Das quatro, a capital do Iucatão é a mais colorida e animada, resplandecente de herança colonial hispânica e vida multiétnica.
Cobá a Pac Chen, México

Das Ruínas aos Lares Maias

Na Península de Iucatão, a história do segundo maior povo indígena mexicano confunde-se com o seu dia-a-dia e funde-se com a modernidade. Em Cobá, passámos do cimo de uma das suas pirâmides milenares para o coração de uma povoação dos nossos tempos.
San Cristóbal de Las Casas, México

O Lar Doce Lar da Consciência Social Mexicana

Maia, mestiça e hispânica, zapatista e turística, campestre e cosmopolita, San Cristobal não tem mãos a medir. Nela, visitantes mochileiros e activistas políticos mexicanos e expatriados partilham uma mesma demanda ideológica.
Campeche, México

Um Bingo tão lúdico que se joga com bonecos

Nas noites de sextas um grupo de senhoras ocupam mesas do Parque Independencia e apostam ninharias. Os prémios ínfimos saem-lhes em combinações de gatos, corações, cometas, maracas e outros ícones.

Cidade do México, México

Alma Mexicana

Com mais de 20 milhões de habitantes numa vasta área metropolitana, esta megalópole marca, a partir do seu cerne de zócalo, o pulsar espiritual de uma nação desde sempre vulnerável e dramática.

Champotón, México

Rodeo Debaixo de Sombreros

Champoton, em Campeche, acolhe uma feira honra da Virgén de La Concepción. O rodeo mexicano sob sombreros local revela a elegância e perícia dos vaqueiros da região.
San Cristobal de las Casas a Campeche, México

Uma Estafeta de Fé

Equivalente católica da Nª Sra. de Fátima, a Nossa Senhora de Guadalupe move e comove o México. Os seus fiéis cruzam-se nas estradas do país, determinados em levar a prova da sua fé à patrona das Américas.
Campeche, México

Há 200 Anos a Brincar com a Sorte

No fim do século XVIII, os campechanos renderam-se a um jogo introduzido para esfriar a febre das cartas a dinheiro. Hoje, jogada quase só por abuelitas, a loteria local pouco passa de uma diversão.
Iucatão, México

O Fim do Fim do Mundo

O dia anunciado passou mas o Fim do Mundo teimou em não chegar. Na América Central, os Maias da actualidade observaram e aturaram, incrédulos, toda a histeria em redor do seu calendário.
Iucatão, México

A Lei de Murphy Sideral que Condenou os Dinossauros

Cientistas que estudam a cratera provocada pelo impacto de um meteorito há 66 milhões de anos chegaram a uma conclusão arrebatadora: deu-se exatamente sobre uma secção dos 13% da superfície terrestre suscetíveis a tal devastação. Trata-se de uma zona limiar da península mexicana de Iucatão que um capricho da evolução das espécies nos permitiu visitar.
Uxmal, Iucatão, México

A Capital Maia que Se Empilhou Até ao Colapso

O termo Uxmal significa construída três vezes. Na longa era pré-Hispânica de disputa do mundo Maia, a cidade teve o seu apogeu, correspondente ao cimo da Pirâmide do Adivinho no seu âmago. Terá sido abandonada antes da Conquista Espanhola do Iucatão. As suas ruínas são das mais intactas da Península do Iucatão.
Barrancas del Cobre, Chihuahua, México

O México Profundo das Barrancas del Cobre

Sem aviso, as terras altas de Chihuahua dão lugar a ravinas sem fim. Sessenta milhões de anos geológicos sulcaram-nas e tornaram-nas inóspitas. Os indígenas Rarámuri continuam a chamar-lhes casa.
Creel a Los Mochis, México

Barrancas de Cobre, Caminho de Ferro

O relevo da Sierra Madre Occidental tornou o sonho um pesadelo de construção que durou seis décadas. Em 1961, por fim, o prodigioso Ferrocarril Chihuahua al Pacifico foi inaugurado. Os seus 643km cruzam alguns dos cenários mais dramáticos do México.
Chihuahua, México

¡ Ay Chihuahua !

Os mexicanos adaptaram a expressão como uma das suas preferidas manifestações de surpresa. À descoberta da capital do estado homónimo do Noroeste, exclamamo-la amiúde.
Chichen Itza, Iucatão, México

À Beira do Cenote, no Âmago da Civilização Maia

Entre os séculos IX a XIII d.C., Chichen Itza destacou-se como a cidade mais importante da Península do Iucatão e do vasto Império Maia. Se a Conquista Espanhola veio precipitar o seu declínio e abandono, a história moderna consagrou as suas ruínas Património da Humanidade e Maravilha do Mundo.
Real de Catorce, San Luís Potosi, México

De Filão da Nova Espanha a Pueblo Mágico Mexicano

No início do século XIX, era uma das povoações mineiras que mais prata garantia à Coroa Espanhola. Um século depois, a prata tinha-se desvalorizado de tal maneira que Real de Catorce se viu abandonada. A sua história e os cenários peculiares filmados por Hollywood, cotaram-na uma das aldeias preciosas do México.
Real de Catorce, San Luís Potosi, México

A Depreciação da Prata que Levou à do Pueblo (Parte II)

Com a viragem para o século XX, o valor do metal precioso bateu no fundo. De povoação prodigiosa, Real de Catorce passou a fantasma. Ainda à descoberta, exploramos as ruínas das minas na sua origem e o encanto do Pueblo ressuscitado.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
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Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
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Alaverdi, Arménia

Um Teleférico Chamado Ensejo

O cimo da garganta do rio Debed esconde os mosteiros arménios de Sanahin e Haghpat e blocos de apartamentos soviéticos em socalcos. O seu fundo abriga a mina e fundição de cobre que sustenta a cidade. A ligar estes dois mundos, está uma cabine suspensa providencial em que as gentes de Alaverdi contam viajar na companhia de Deus.
Sobre Carris
Sobre Carris

Viagens de Comboio: O Melhor do Mundo Sobre Carris

Nenhuma forma de viajar é tão repetitiva e enriquecedora como seguir sobre carris. Suba a bordo destas carruagens e composições díspares e aprecie os melhores cenários do Mundo sobre Carris.
Autocarro garrido em Apia, Samoa Ocidental
Sociedade
Samoa  

Em Busca do Tempo Perdido

Durante 121 anos, foi a última nação na Terra a mudar de dia. Mas, Samoa percebeu que as suas finanças ficavam para trás e, no fim de 2012, decidiu voltar para oeste da LID - Linha Internacional de Data.
Vendedores de fruta, Enxame, Moçambique
Vida Quotidiana
Enxame, Moçambique

Área de Serviço à Moda Moçambicana

Repete-se em quase todas as paragens em povoações de Moçambique dignas de aparecer nos mapas. O machimbombo (autocarro) detém-se e é cercado por uma multidão de empresários ansiosos. Os produtos oferecidos podem ser universais como água ou bolachas ou típicos da zona. Nesta região a uns quilómetros de Nampula, as vendas de fruta eram sucediam-se, sempre bastante intensas.
Tartaruga recém-nascida, PN Tortuguero, Costa Rica
Vida Selvagem
PN Tortuguero, Costa Rica

Uma Noite no Berçário de Tortuguero

O nome da região de Tortuguero tem uma óbvia e antiga razão. Há muito que as tartarugas do Atlântico e do Mar das Caraíbas se reunem nas praias de areia negro do seu estreito litoral para desovarem. Numa das noites que passamos em Tortuguero assistimos aos seus frenéticos nascimentos.
Pleno Dog Mushing
Voos Panorâmicos
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.