Miami Beach, E.U.A.

A Praia de Todas as Vaidades


Praia soleada
Banhistas estendem uma toalha junto a uma das cabanas exuberantes dos nadadores-salvadores de Miami Beach.
Músculos
Lazar Novovic e Dusan Djolevic, mentores do movimento de street work out Bar Brothers e Hannibal for King, um dos seus inspiradores, exibem a sua forma física no Lumus Park.
Foto Art Deco
Visitantes de Miami Beach ;não resistem ao charme de um automóvel da época Art Deco em que foram erguidos os edifícios da Ocean Drive em que está estacionado.
Por terra
Bando de garajaus-reais no areal vasto de Miami Beach.
Lares VIPs
Uma das muitas mansões multimilionárias instaladas no refúgio marinho de Miami Bay.
Sedução de plástico
Manequim à entrada de uma loja na base do Congress Hotel
Bandeira Hannibal
Hannibal the King leva a cabo uma "bandeira", um movimento exuberante e de muito difícil execução.
Hora neón
Iluminação dos hotéis e bares da Ocean Drive são destacados pelo lento anoitecer.
Poucos litorais concentram, ao mesmo tempo, tanto calor e exibições de fama, de riqueza e de glória. Situada no extremo sudeste dos E.U.A., Miami Beach tem acesso por seis pontes que a ligam ao resto da Florida. É parco para o número de almas que a desejam.

Só decorreram vinte minutos desde que o “Island Queen” zarpou das docas da Bay de Miami.

Passamos debaixo do grande viaduto da Port Boulevard. A linha de arranha-céus cinzentos define-se nas nossas costas contra o céu azul quase limpo de névoa ou nuvens.

A bandeira da Land of Opportunity segue presa à popa da embarcação mas, do ângulo em que vemos, esvoaça, com as suas stars & stripes num plano ainda mais elevado.

Não tardamos a navegar pelas primeiras expressões pessoais de sucesso conquistado à moda dos Estados Unidos. “À vossa direita está ancorado o fabuloso iate do Sr. Mark Cuban, que todos deverão conhecer do programa “Lago dos Tubarões”.

Daí em diante, à medida que nos aproximamos da costa oeste de Miami Beach, a narradora de serviço pouco mais faz que anunciar outras embarcações e mansões.

São todas propriedade de vedetas e milionários, americanos mas não só, umas menos expostas que outras.

As Incontáveis Mansões Multimilionárias de Miami

Com uns ridículos metros de vegetação a separá-las sucederam-se a casa do inventor do Instagram, a de Ricky Martin. Uma mansão usada por Shakira e por Usher em filmagens de videoclips e, a condizer, uma das casas do rapper Puff Daddy. “Esta é de Tomas Cramer, um arquitecto alemão.” acrescenta a narradora. “Queixava-se de que Miami era demasiado quente.

Instalou ar condicionado por todo o interior. Não satisfeito, instalou um sistema também para fora que custou quase 100.000 dólares. Segue-se o lar de Verão de Phillip Frost, Mr. Viagra, ou Mr. Blue, como é mais conhecido. Cada uma das 32 palmeiras que veem naquele jardim veio de África com o custo unitário de 10.000 dólares.

A mansão custa apenas 60 milhões de dólares.” A segunda maior casa da zona era de Elisabeth Taylor e de Eddie Fischer, um dos seus muitos maridos. No jardim, está um coelho preto oferecido por Michael Jackson. Outras, mais pequenas, pertenciam a Sylvester Stallone, a David Beckham. À brasileira Xuxa.

A da cantora Glória Estefan incluía um estúdio de gravações de quatro milhões de dólares. Na Fisher Island, já quase a tocar a grande ilha de Miami Beach e com acesso apenas de barco e de helicóptero, situavam-se mansões de Tom Cruise, Jennifer Lopez, Sophia Loren, Boris Becker, assim continuou a apresentar a anfitriã ao microfone enquanto os passageiros, deslumbrados, se viravam ora para bombordo ora para estibordo.

Miami revela-se isto e muito mais. Muito mais, claro está, que a intriga de ADN e laboratório de “Dexter” e, bem anterior, de “Miami Vice” de que excertos de inúmeros episódios foram filmados naquelas mesmas águas e nas docas que tínhamos por diante.

Mansão, Miami beach, praia, Florida, Estados Unidos,

Uma das muitas mansões multimilionárias instaladas no refúgio marinho de Miami Bay.

Obsessão pela Forma Física no Lummus Park

É em Miami Beach, em particular, que todos os sintomas de prosperidade exacerbada e fama ou de anseio por as atingir dão à costa. Regressamos à doca e desembarcamos.

No seguimento, conduzimos via estrada e ponte A1A até ao litoral oposto da grande ilha e sentimos as suas vibrações com o sol suave do falso Inverno local a massajar-nos as faces cada vez mais bronzeadas.

Incontáveis jovens – outros nem tanto – obcecados com a sua forma física e aparência sucedem-se no passeio irregular que ziguezagueia entre os coqueiros do Lummus Park e acompanha o Mar das Caraíbas.

Fazem-no a correr, de patins ou de bicicleta, em skates evoluídos ou rebocados por cães destrambelhados.

Num reduto pejado de beleza e classe como esta faixa privilegiada da Florida, ninguém quer dar parte fraca.

Manequim, Miami beach, praia, Florida, Estados Unidos,

Manequim à entrada de uma loja na base do Congress Hotel

Se a meteorologia nem para passar a noite convida a ficar em casa, os corpos esculturais e dourados das vedetas servem de motivação inquestionável a todo e qualquer exercício.

Detemo-nos diante de uma espécie de ginásio ao ar livre que agrupa barras de distintas alturas, muros, pneus e alguns outros equipamentos auxiliares móveis.

Frequentam-no culturistas dedicados de distintos grupos num convívio de equilíbrio instável, longe da harmonia.

Aproximamo-nos e metemos conversa com eles, isto quando o seu ciclo de repetições e descanso o permite. Vencida alguma desconfiança inicial e ao seu ritmo, percebemos a dinâmica da sua relação.

Lazar Novovic e Dusan Djolevic estudavam nos E.U.A. quando se conheceram através de um amigo.

O Movimento Calisténico dos Bar Brothers e de Hannibal the King

Adeptos do street workout, focados em transformar as suas vidas, encontraram num vídeo motivacional de Hannibal for King, um bodybuilder de rua de Nova Iorque idolatrado nos E.U.A. e um pouco por todo o mundo.

Uma forte inspiração para criarem os Bar Brothers, o seu próprio movimento de bem-estar e de determinação na vida, hoje, internacional.

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Lazar Novovic e Dusan Djolevic, mentores do movimento de street work out Bar Brothers e Hannibal for King, um dos seus inspiradores, exibem a sua forma física no Lumus Park.

Temos a sorte de os encontrar aos três juntos.

Lazar e Dusan estão ocupados a filmar um vídeo com Hannibal e, ao mesmo tempo, com os seus próprios exercícios. É Hannibal quem mais fotografamos e que nos dedica mais do seu tempo. “A minha história é curiosa: eu parti as mãos com muita gravidade.

Os médicos disseram-me que nunca mais as ia poder usar convenientemente. Ignorei-os e segui um tratamento alternativo que incluía uma série de exercícios calisténicos.

A determinada altura, dei comigo como que viciado nesses exercícios e altamente motivado pelos progressos.

A Vida Intensa e Exercitada de Hannibal

Levei os exercícios ao extremo, moldei todo o meu corpo e comecei a criar vídeos motivacionais para ajudar outras pessoas a chegarem a objectivos difíceis. Hoje, viajo pelo mundo a mostrar o que faço e a inspirar outros desportistas.

Não pensem que é fácil. Tenho duas mulheres, três filhas e apenas um filho.

Quanto estou em Nova Iorque vivo rodeado de mulheres. Para me safar, saio com o meu filho mas, mesmo assim, estou sempre a ouvir acusações por conviver com outras mulheres em forma…”

Pedimos a Hannibal the King uma última foto.

Hannibal exibe-nos uma posição extrema conhecida por bandeira, com o corpo bem esticado na horizontal a usar uma das barras laterais como eixo.

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Hannibal the King leva a cabo uma “bandeira”, um movimento exuberante e de muito difícil execução.

Depois, despedimo-nos dele e do grupo a pensar se não seria, boa ideia para melhor nos prepararmos para as nossas viagens seguirmos, pelo menos, parte das suas técnicas e ensinamentos.

A Longa Praia Caribenha de Miami Beach

A manhã chega ao fim. A praia logo em frente compõe-se e os nadadores-salvadores substituem-se no fim do primeiro turno do dia.

Asseguram a continuidade do seu Bay Watch do cimo das cabanas salva-vidas típicas destas paragens, de tal forma exuberantes e bem-dispostas que os banhistas forasteiros as cercam uns atrás dos outros de telemóveis em riste e determinados em com elas se fotografarem de recordação.

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Banhistas estendem uma toalha junto a uma das cabanas exuberantes dos nadadores-salvadores de Miami Beach.

Já estamos bem fora da época dos ciclones e nem o algum vento que se faz sentir, afecta a mansidão em que se desenrola o Mar das Caraíbas.

Todas as cabanas têm bandeiras roxas içadas, o que nos intriga.

Perguntamos a um banheiro que se compõe na varanda da cabana o significado da cor.

Este responde-nos com uma altivez e secura a que já nos habituámos em quem tem um lugar de autoridade nos E.U.A., por mais insignificante que seja: “Alforrecas, detectámos umas poucas alforrecas na água”.

Contemplamos o mar próximo salpicado de vultos. O facto de se tratar de uma chatice familiar e, assim queríamos crer, diminuta, não nos demove de um já merecido mergulho. Enquanto chapinhamos na água, sobrevoam-nos zepelins publicitários.

Ao largo, navega uma barcaça que exibe anúncios num painel.

Pensávamos nós que conhecíamos a fundo o universo balnear. Devíamos ter previsto que numa praia dos E.U.A., algo de novo apareceria.

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Bando de garajaus-reais no areal vasto de Miami Beach.

Ocean Drive e Arredores, a Miami Beach Art Deco

Mas, se Miami Beach inova, fá-lo com um respeito empreendedor pelo seu património histórico. Regressamos ao interior da ilha já com a tarde bem avançada.

Estávamos alojados no The Hall, hotel boutique que havia adaptado uma de 1200 estruturas Art Deco de Miami Beach (a maior concentração do mundo), a maior parte construída entre 1923 e 1943.

Em redor, vários outros se destacavam pela arquitectura da época.

Em especial o Park Central, entre as 6th e 7th street, poiso frequente de estrelas clássicas de Hollywood: Clark Gable, Rita Hayworth, Carole Lombard e afins, personagens que condizem com o tempo áureo de alguns calhambeques coloridos por ali estacionados em regime de Valet Parking.

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Visitantes de Miami Beach ;não resistem ao charme de um automóvel da época Art Deco em que foram erguidos os edifícios da Ocean Drive em que está estacionado.

A nosso ver, uma das mais oportunistas e irritantes pragas comerciais dos E.U.A.

Com o ocaso a instalar-se e os banhistas a regressarem do areal ao domínio de betão e asfalto, vemo-nos atraídos pelo chamamento da Ocean Drive.

Os néones dos hotéis Boulevard, Colony e Starlite não tardam a devorar os tons de pastel diurnos dos edifícios e a apoderar-se da cromia daquela glamorosa avenida marginal.

Sinalizam, assim, a reinauguração da vida nocturna tresloucada do bairro.

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Iluminação dos hotéis e bares da Ocean Drive são destacados pelo lento anoitecer.

Não tarda, bares como o Churchill’s Pub – de gerência britânica – atraem uma horda heterogénea de punks reciclados, hipsters curiosos e metaleiros ou qualquer que seja o tipo de fãs das bandas que ali tocam ao vivo sem qualquer coerência de género ou notoriedade.

Algo semelhante se passa no Liv, apesar de abrigado no interior do hotel Fontainebleu e, como tal, bastante mais exclusivo que o Churchill’s ou o Nikki Beach, este, assente em diversas cabanas e dotado de bares tiki sobre a areia da praia da SoBe, a South Beach de Miami Beach.

Por essa hora, a agitação mais visível ainda é a de uma fila crescente de visitantes da ilha que se querem fotografar em frente ao famoso relógio/termómetro Miami Beach no limiar do Lumus Park.

COMO IR

Reserve e voe com TAP Air Portugal: www.flytap.com  A TAP voa, directo, de Lisboa para Miami, todos os dias.

Key West, E.U.A.

O Faroeste Tropical dos E.U.A.

Chegamos ao fim da Overseas Highway e ao derradeiro reduto das propagadas Florida Keys. Os Estados Unidos continentais entregam-se, aqui, a uma deslumbrante vastidão marinha esmeralda-turquesa. E a um devaneio meridional alentado por uma espécie de feitiço caribenho.
Florida Keys, E.U.A.

A Alpondra Caribenha dos E.U.A.

Os Estados Unidos continentais parecem encerrar-se, a sul, na sua caprichosa península da Flórida. Não se ficam por aí. Mais de cem ilhas de coral, areia e mangal formam uma excêntrica extensão tropical que há muito seduz os veraneantes norte-americanos.
Miami, E.U.A.

Uma Obra-Prima da Reabilitação Urbana

Na viragem para o século XXI, o bairro Wynwood mantinha-se repleto de fábricas e armazéns abandonados e grafitados. Tony Goldman, um investidor imobiliário astuto, comprou mais de 25 propriedades e fundou um parque mural. Muito mais que ali homenagear o grafiti, Goldman fundou o grande bastião da criatividade de Miami.
Little Havana, E.U.A.

A Pequena Havana dos Inconformados

Ao longo das décadas e até aos dias de hoje, milhares de cubanos cruzaram o estreito da Florida em busca da terra da liberdade e da oportunidade. Com os E.U.A. ali a meros 145 km, muitos não foram mais longe. A sua Little Havana de Miami é, hoje, o bairro mais emblemático da diáspora cubana.
Key West, Estados Unidos

O Recreio Caribenho de Hemingway

Efusivo como sempre, Ernest Hemingway qualificou Key West como “o melhor lugar em que tinha estado...”. Nos fundos tropicais dos E.U.A. contíguos, encontrou evasão e diversão tresloucada e alcoolizada. E a inspiração para escrever com intensidade a condizer.
Waikiki, OahuHavai

A Invasão Nipónica do Havai

Décadas após o ataque a Pearl Harbor e da capitulação na 2ª Guerra Mundial, os japoneses voltaram ao Havai armados com milhões de dólares. Waikiki, o seu alvo predilecto, faz questão de se render.
Maho Beach, Sint Maarten

A Praia Caribenha Movida a Jacto

À primeira vista, o Princess Juliana International Airport parece ser apenas mais um nas vastas Caraíbas. Sucessivas aterragens a rasar a praia Maho que antecede a sua pista, as descolagens a jacto que distorcem as faces dos banhistas e os projectam para o mar, fazem dele um caso à parte.
Ilhas Phi Phi, Tailândia

De regresso à Praia de Danny Boyle

Passaram 15 anos desde a estreia do clássico mochileiro baseado no romance de Alex Garland. O filme popularizou os lugares em que foi rodado. Pouco depois, alguns desapareceram temporária mas literalmente do mapa mas, hoje, a sua fama controversa permanece intacta.
Boracay, Filipinas

A Praia Filipina de Todos os Sonhos

Foi revelada por mochileiros ocidentais e pela equipa de filmagem de “Assim Nascem os Heróis”. Seguiram-se centenas de resorts e milhares de veraneantes orientais mais alvos que o areal de giz.
Tombstone, E.U.A.

Tombstone: a Cidade Demasiado Dura para Morrer

Filões de prata descobertos no fim do século XIX fizeram de Tombstone um centro mineiro próspero e conflituoso na fronteira dos Estados Unidos com o México. Lawrence Kasdan, Kurt Russel, Kevin Costner e outros realizadores e actores hollywoodescos tornaram famosos os irmãos Earp e o duelo sanguinário de “O.K. Corral”. A Tombstone que, ao longo dos tempos tantas vidas reclamou, está para durar.
Grand Canyon, E.U.A.

Viagem pela América do Norte Abismal

O rio Colorado e tributários começaram a fluir no planalto homónimo há 17 milhões de anos e expuseram metade do passado geológico da Terra. Também esculpiram uma das suas mais deslumbrantes entranhas.
Monte Denali, Alasca

O Tecto Sagrado da América do Norte

Os indígenas Athabascan chamaram-no Denali, ou o Grande e reverenciam a sua altivez. Esta montanha deslumbrante suscitou a cobiça dos montanhistas e uma longa sucessão de ascensões recordistas.
Juneau, Alasca

A Pequena Capital do Grande Alasca

De Junho a Agosto, Juneau desaparece por detrás dos navios de cruzeiro que atracam na sua doca-marginal. Ainda assim, é nesta pequena capital que se decidem os destinos do 49º estado norte-americano.
Monument Valley, E.U.A.

Índios ou cowboys?

Realizadores de Westerns emblemáticos como John Ford imortalizaram aquele que é o maior território indígena dos Estados Unidos. Hoje, na Nação Navajo, os navajo também vivem na pele dos velhos inimigos.
Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Las Vegas, E.U.A.

Onde o Pecado tem Sempre Perdão

Projectada do Deserto Mojave como uma miragem de néon, a capital norte-americana do jogo e do espectáculo é vivida como uma aposta no escuro. Exuberante e viciante, Vegas nem aprende nem se arrepende.
Navajo Nation, E.U.A.

Por Terras da Nação Navajo

De Kayenta a Page, com passagem pelo Marble Canyon, exploramos o sul do Planalto do Colorado. Dramáticos e desérticos, os cenários deste domínio indígena recortado no Arizona revelam-se esplendorosos.
Vale da Morte, E.U.A.

O Ressuscitar do Lugar Mais Quente

Desde 1921 que Al Aziziyah, na Líbia, era considerado o lugar mais quente do Planeta. Mas a polémica em redor dos 58º ali medidos fez com que, 99 anos depois, o título fosse devolvido ao Vale da Morte.
São Francisco, E.U.A.

Cable Cars de São Francisco: uma Vida aos Altos e Baixos

Um acidente macabro com uma carroça inspirou a saga dos cable cars de São Francisco. Hoje, estas relíquias funcionam como uma operação de charme da cidade do nevoeiro mas também têm os seus riscos.
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Mauna Kea: um Vulcão de Olho no Espaço

O tecto do Havai era interdito aos nativos por abrigar divindades benevolentes. Mas, a partir de 1968 várias nações sacrificaram a paz dos deuses e ergueram a maior estação astronómica à face da Terra
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
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Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
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O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
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Safari
Savuti, Botswana

Os Leões Comedores de Elefantes de Savuti

Um retalho do deserto do Kalahari seca ou é irrigado consoante caprichos tectónicos da região. No Savuti, os leões habituaram-se a depender deles próprios e predam os maiores animais da savana.
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Circuito Annapurna: 5º - Ngawal a BragaNepal

Rumo a Braga. A Nepalesa.

Passamos nova manhã de meteorologia gloriosa à descoberta de Ngawal. Segue-se um curto trajecto na direcção de Manang, a principal povoação no caminho para o zénite do circuito Annapurna. Ficamo-nos por Braga (Braka). A aldeola não tardaria a provar-se uma das suas mais inolvidáveis escalas.
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Arquitectura & Design
Las Vegas, E.U.A.

Onde o Pecado tem Sempre Perdão

Projectada do Deserto Mojave como uma miragem de néon, a capital norte-americana do jogo e do espectáculo é vivida como uma aposta no escuro. Exuberante e viciante, Vegas nem aprende nem se arrepende.
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Aventura
Tongariro, Nova Zelândia

Os Vulcões de Todas as Discórdias

No final do século XIX, um chefe indígena cedeu os vulcões do PN Tongariro à coroa britânica. Hoje, parte significativa do povo maori reclama aos colonos europeus as suas montanhas de fogo.
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Cerimónias e Festividades
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Soam os Tambores, Resistem os Índios

Com mais de 500 tribos presentes, o pow wow "Gathering of the Nations" celebra o que de sagrado subsiste das culturas nativo-americanas. Mas também revela os danos infligidos pela civilização colonizadora.
Pemba, Moçambique, Capital de Cabo Delgado, de Porto Amélia a Porto de Abrigo, Paquitequete
Cidades
Pemba, Moçambique

De Porto Amélia ao Porto de Abrigo de Moçambique

Em Julho de 2017, visitámos Pemba. Dois meses depois, deu-se o primeiro ataque a Mocímboa da Praia. Nem então nos atrevemos a imaginar que a capital tropical e solarenga de Cabo Delgado se tornaria a salvação de milhares de moçambicanos em fuga de um jihadismo aterrorizador.
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Comida
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Uzbequistão, a Nação a Que Não Falta o Pão

Poucos países empregam os cereais como o Usbequistão. Nesta república da Ásia Central, o pão tem um papel vital e social. Os Uzbeques produzem-no e consomem-no com devoção e em abundância.
Moradora obesa de Tupola Tapaau, uma pequena ilha de Samoa Ocidental.
Cultura
Tonga, Samoa Ocidental, Polinésia

Pacífico XXL

Durante séculos, os nativos das ilhas polinésias subsistiram da terra e do mar. Até que a intrusão das potências coloniais e a posterior introdução de peças de carne gordas, da fast-food e das bebidas açucaradas geraram uma praga de diabetes e de obesidade. Hoje, enquanto boa parte do PIB nacional de Tonga, de Samoa Ocidental e vizinhas é desperdiçado nesses “venenos ocidentais”, os pescadores mal conseguem vender o seu peixe.
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Quando só as Lutas de Galos Despertam as Filipinas

Banidas em grande parte do Primeiro Mundo, as lutas de galos prosperam nas Filipinas onde movem milhões de pessoas e de Pesos. Apesar dos seus eternos problemas é o sabong que mais estimula a nação.
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Em Viagem
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Num Nepal Mais Velho que o Mosteiro de Braga

Quatro dias de caminhada depois, dormimos aos 3.519 metros de Braga (Braka). À chegada, apenas o nome nos é familiar. Confrontados com o encanto místico da povoação, disposta em redor de um dos mosteiros budistas mais antigos e reverenciados do circuito Annapurna, lá prolongamos a aclimatização com subida ao Ice Lake (4620m).
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A Partilha Improvável da ilha Viti Levu

Em pleno Pacífico Sul, uma comunidade numerosa de descendentes de indianos recrutados pelos ex-colonos britânicos e a população indígena melanésia repartem há muito a ilha chefe de Fiji.
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Três mil anos de uma história tão mística quanto atribulada ganham vida em Jerusalém. Venerada por cristãos, judeus e muçulmanos, esta cidade irradia controvérsias mas atrai crentes de todo o Mundo.
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Em Busca da Raposa de Fogo

São exclusivas dos píncaros da Terra as auroras boreais ou austrais, fenómenos de luz gerados por explosões solares. Os nativos Sami da Lapónia acreditavam tratar-se de uma raposa ardente que espalhava brilhos no céu. Sejam o que forem, nem os quase 30º abaixo de zero que se faziam sentir no extremo norte da Finlândia nos demoveram de as admirar.
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Vida e Obra de uma Escritora à Margem

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Chegados ao extremo sul da Califórnia, espantamo-nos com as incontáveis árvores de Josué que despontam dos desertos de Mojave e Colorado. Tal como os colonos mórmons que as terão baptizado, cruzamos e louvamos estes cenários inóspitos do Faroeste norte-americano.
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Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

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Praias escondidas por selva luxuriante, feitas de areia coralífera banhada por um mar turquesa-esmeralda são tudo menos raras no oceano Índico. La Digue recriou-se. Em redor do seu litoral, brotam rochedos massivos que a erosão esculpiu como uma homenagem excêntrica e sólida do tempo à Natureza.
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Foi uma capital pródiga quando Moscovo não passava de um lugarejo rural. Pelo caminho, perdeu relevância política mas acumulou a maior concentração de igrejas, mosteiros e conventos do país dos czares. Hoje, sob as suas incontáveis cúpulas, Suzdal é tão ortodoxa quanto monumental.
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Ainda Circula a Sério o Comboio Himalaia de Brincar

Nem o forte declive de alguns tramos nem a modernidade o detêm. De Siliguri, no sopé tropical da grande cordilheira asiática, a Darjeeling, já com os seus picos cimeiros à vista, o mais famoso dos Toy Trains indianos assegura há 117 anos, dia após dia, um árduo percurso de sonho. De viagem pela zona, subimos a bordo e deixamo-nos encantar.
Sociedade
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Defensores das Suas Pátrias

Mesmo em tempos de paz, detectamos militares por todo o lado. A postos, nas cidades, cumprem missões rotineiras que requerem rigor e paciência.
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Profissões Árduas

O Pão que o Diabo Amassou

O trabalho é essencial à maior parte das vidas. Mas, certos trabalhos impõem um grau de esforço, monotonia ou perigosidade de que só alguns eleitos estão à altura.
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O Grande Rio Ervado da Flórida

Quem sobrevoa o sul do 27º estado espanta-se com a vastidão verde, lisa e ensopada que contrasta com os tons oceânicos em redor. Este ecossistema de pântano-pradaria único nos EUA abriga uma fauna prolífica dominada por 200 mil dos 1.25 milhões de jacarés da Flórida.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.