Atherton Tableland, Austrália

A Milhas do Natal (parte II)


Platipus = ornitorrincos
Trio observa um braço de rio nos arredores de Yungaburra, em busca dos estranhos e esquivos ornitorrincos.
A banhos nas Milla Falls
Avó, neta e um grupo de jovens refrescam-se na lagoa alimentada pelas quedas d'água de Milla Falls uma de várias no planalto de Atherton.
Dia de folga
Residente repousa à sombra do alpendre do Whistle Stop Cafe, em Yungaburra.
Corridas de colchão
Crianças divertem-se no Lago Eachman, em que já foram relatados avistamentos de crocodilos de água doce.
Frogs No Food, No Fuel
A estação de serviço peculiar de Yungaburra, também ela encerrada no dia de Natal.
Diversão Lacustre
Aborígenes refrescam-se durante um convívio familiar, em pleno lago Barrine.
Fé que foi de Férias
A capela pitoresca de Yungaburra, com a arquitectura do século XIX partilhada por grande parte da povoação.
Ocaso Natalício
Sol põe-se a Oeste do planalto de Atherton e marca o princípio do fim do dia 25 de Dezembro que teve muito pouco de Natal.
Crepúsculo Natalício
Após o pôr-do-sol, o lusco-fusco apodera-se do interior elevado de Queensland.
Lago dos Pelicanos
Pelicano repousa nas águas calmas do Lago Eachman.
Passeio à Sombra
Moradora caminha por um passeio da deserta Yungaburra.
Curtain Fig Tree
Visitantes contemplam a enorme Curtain Fig Tree.
A 25 Dezembro, exploramos o interior elevado, bucólico mas tropical do norte de Queensland. Ignoramos o paradeiro da maioria dos habitantes e estranhamos a absoluta ausência da quadra natalícia.

Era o segundo Natal que passávamos na Austrália. Dois anos antes, andávamos entre a cidade costeira de Cairns e o ilhéu de areia de Michaelmas Cay.

Cleaning Service, mates!! Cleaning service!!” São apenas dez da manhã.

Como é hábito nestas paragens anglófonas do outro lado do Mundo, os empregados de limpeza aparecem determinados a expulsar-nos do quarto, indiferentes ao espírito de Natal, à mais que provável necessidade de dormir dos hóspedes, aos preços inflacionados de qualquer quarto de Cairns e ao facto de que, na maior parte do resto do Mundo, os check-outs se fazem pelo meio-dia.

Já andávamos fartos de nos revoltarmos com tal injustiça. Em vez, apressamo-nos a arrumar o que ainda tínhamos para arrumar, entregamos as chaves. Entramos na velha carrinha que, à falta de campervans  (esgotadas), tínhamos alugado para vaguearmos pelo norte selvagem de Queensland.

Deixamos Cairns.

Ligamos o motor rabugento e o rádio de museu pré-sintonizado na estação Triple J, sempre animada por apresentadores jovens e irreverentes, às vezes até malcriados, assim ouvimos queixarem-se alguns dos seus compatriotas bota-de-elástico.

Viagem de Carripana ao Desconhecido das Atherton Tableland de Queensland

Que viessem os impropérios. O dia tinha amanhecido glorioso. Estávamos pouco dispostos a abdicar do melhor pop/rock que alguma vez poderíamos encontrar nos quase nenhures australianos que íamos começar a explorar.

A carripana arrasta-se por uma sequência de ladeiras da Gillies highway.

Eleva-nos das terras lisas e cobertas de cana-de-açúcar plantadas à beira do Mar de Coral para o reduto superior do planalto de Atherton.

Natal na Austrália, vale dourado

Sol põe-se a Oeste do planalto de Atherton e marca o princípio do fim do dia 25 de Dezembro que teve muito pouco de Natal.

Contornamos, em câmara lenta, o monte de Walshs Pyramid quando a Triple J recupera o mega-sucesso aussieWe are the People” do duo feito excêntrico Empire of the Sun.

A energia e o imaginário contagiante da canção remetem-nos para as mais fascinantes paragens da Oceânia.

Yungaburra: uma Austrália Pitoresca mas Quase Deserta

Alguns quilómetros depois, ainda embalados pelo inesperado catalisador musical e com a inevitável euforia de quem manda no Mundo, damos entrada em Yungaburra. Percebemos, num ápice, que por aqueles lados, quase não encontraríamos súbditos.

A área em redor de Yungaburra era habitada por dezasseis povos aborígenes quando os mineiros que viajavam da costa pelo interior selvagem do Outback ali começaram a pernoitar e, anos mais tarde, a instalar-se.

Em 1910, o caminho-de-ferro também chegou. Trouxe o desenvolvimento da povoação e a morte de mais de 80% dos indígenas, devido à introdução de doenças e a conflitos com os colonos.

Natal na Austrália, Capela Yungaburra

A capela pitoresca de Yungaburra, com a arquitectura do século XIX partilhada por grande parte da povoação.

À medida que percorremos as ruelas de postal perfeito de Yungaburra, entre edifícios de Faroeste australiano do século XIX, contagia-nos a impressão de que ninguém – nem nativos nem invasores – havia sobrevivido.

Na actualidade, Yungaburra até era num dos refúgios de fim de semana predilectos dos escravos do dinheiro de Cairns mas, no dia de Natal, os donos dos pequenos negócios turísticos ou estavam reféns no interior dos lares ou tinham oferecido às famílias férias noutros lugares.

Entre os potenciais visitantes, só nós desconhecíamos o porquê daquele abandono de 5ª Dimensão a que fora votada a terriola.

Já de saída, passamos em frente a um pitoresco Whistle Stop Cafe.

Natal na Austrália, Dia de folga

Residente repousa à sombra do alpendre do Whistle Stop Cafe, em Yungaburra.

Vemos, aí, a primeira das excepções, uma residente de telemóvel colado à orelha, enterrada num sofá à sombra de um alpendre ajardinado.

Confrontados com a sua imobilidade, questionamo-nos se não se trataria de um qualquer humanóide decorativo.

À Deriva pelo Atherton Tableland em Redor de Yungaburra

Prosseguimos para fora povoação.

Ditava o bom-senso que devíamos reabastecer o tanque da carripana. Na estação de serviço Frogs & Fuel, insinuava-se apenas um boneco gigante de sapo que os proprietários, ausentes, mantinham a espreitar do cimo da cobertura garrida da bomba.

Natal na Austrália, Frogs No Food

A estação de serviço peculiar de Yungaburra, também ela encerrada no dia de Natal.

Na capela da vila, no seu hotel Eachman e pelos arredores desafogados, mais uma vez, nem sinal de gente, nem da quadra religiosa por que meio mundo e – até então, pensávamos nós – toda a Austrália passava.

Estamos já nos arrabaldes verdejantes de Yungaburra quando nos assalta outra miragem perdida entre a familiaridade terráquea e a excentricidade de um qualquer parque temático dedicado a Sir Arthur C. Clarke.

Em Busca de uns Ornitorrincos Fugidios

A uns meros vinte metros da beira da estrada, sem mais vivalma por perto, apercebemo-nos de três figuras, para não variar imóveis. Estão instaladas sobre um tronco deitado, com as cab

Natal na Austrália, Platipus = ornitorrincos

Trio observa um braço de rio nos arredores de Yungaburra, em busca dos estranhos e esquivos ornitorrincos.

eças enfiadas em igual número de aberturas rectangulares de um tapume feito de ripas de madeira.

Resolvemos deslindar a mais recente extravagância do planalto de Atherton.

A taipa tinha escarrapachado a vermelho vivo o seu estatuto de “Platipus Viewing Platform” e é já como parte de um quinteto disforme, quedo e quase mudo que nos dedicamos a avistar ornitorrincos no braço de rio abaixo.

Dos cinco observadores, só o mais australiano – chamemos-lhe assim porque usava o clássico chapéu aussie akubra – está munido de binóculos.

Diverte-se a observar e a segredar aos vizinhos o que alegadamente avista. Forasteiros e estranhos que somos, não recebemos a mesma atenção. Retínhamos que os bichos eram uma espécie mamífera e ovípara com aspecto de castor cruzado com pato.

Após vinte minutos sem vestígio das criaturas reais, abandonamos a plataforma amuados com a pobreza da memória visual.

A Figueira das Índias Estranguladora Curtain Fig Tree

Voltamos à estrada determinados em compensar essa frustração e ainda a ausência absoluta de árvores de Natal no planalto com a apreciação cuidada de uma das figueiras-das-índias mais impressionantes do hemisfério sul.

Com 500 anos de idade e abundantes tentáculos estranguladores de mais de quinze metros, próprios de uma das criaturas horripilantes da saga Aliens, a Curtain Fig Tree foi assim chamada precisamente devido à longa cortina que teceu.

Ao longo dos tempos, apoderou-se e fez tombar a sua árvore hospedeira sobre outra ao lado. Depois, estrafegou também a segunda. Desta forma inclemente, causou o apodrecimento de ambas em função da sua própria estrutura e supremacia vegetal.

Hoje, provoca em quem quer que a contorne e examine um deslumbramento à altura.

Natal na Austrália, Curtain Fig Tree

Visitantes contemplam a enorme Curtain Fig Tree.

E o Suspeito Lago Eachman

Estávamos a chegar a meio da tarde e, apesar dos quase mil metros de altitude da zona, o calor estival tinha-se intensificado pelo que decidimos refrescarmo-nos nas águas frescas do lago Eachman, um dos vários que salpicam a paisagem sempre ervada da região.

Quando nos aproximamos da margem, partilhamo-lo apenas com pequenas tartarugas. Parece-nos perfeito para uma boa natação, até porque, nem o guia-livro com que nos orientamos nem uma qualquer placa menciona a presença de crocodilos.

Mesmo assim, enquanto alternamos de estilos e convivemos no longo percurso até à margem oposta e de volta, arrepia-nos a ínfima possibilidade de estarmos a cruzar território daqueles repteis.

Livramo-nos temporariamente desse receio quando, já na segunda metade do regresso, vemos um grupo de piqueniqueiros ozzies, a chapinharem e a divertirem-se sobre colchões insufláveis.

Natal na Austrália, Lago Eachman Corridas de colchão

Crianças divertem-se no Lago Eachman, em que já foram relatados avistamentos de crocodilos de água doce.

À noite, já na Internet, descobrimos vários relatos e avisos de que, afinal, lá eram avistados com frequência espécimes de crocs de água doce.

Celebramos com sorrisos amarelos o facto de não os termos nutrido.

Derradeiros Quilómetros Diurnos num Estranho Espírito de Natal

Seguimos para outro lago, o Barrine, em que detectamos de imediato uma fauna e flora mais indicadas a documentários de vida animal do que a novas natações. Junto à orla, avistamos mais tartarugas e dragões d’água.

Natal na Austrália, Lago Eachman, Pelicano

Pelicano repousa nas águas calmas do Lago Eachman.

Para dentro da grande lagoa, grandes bandos de pelicanos e de outras aves.

Atrai-nos ainda o acolhimento de uma casa de chá ancorada mais à frente mas, como já receávamos, o estabelecimento está fechado.

Ladeamos a estrutura e, na margem por detrás, damos com uma família aborígene em pleno êxtase balnear e afectivo. “Melhor Natal que esse é impossível!” atiramos para nos metermos com eles.

Natal na Austrália, família aborígene

Aborígenes refrescam-se durante um convívio familiar, em pleno lago Barrine.

Ao que a matriarca volumosa e semi-vestida responde com boa disposição: “Bom, a criançada não podia estar mais feliz, isso é certo. Muito melhor isto do que nos estarem a chatear com prendas!”

Fizemos fé na sua alegria e tranquilidade.

Aproveitámos a derradeira luz solar da quadra em novos e deliciosos banhos lacustres.

Natal na Austrália, Curtain Fig Tree

O sol abandona os quase antípodas de Queensland.

Michaelmas Cay, Austrália

A Milhas do Natal (parte I)

Na Austrália, vivemos o mais incaracterístico dos 24os de Dezembro. Zarpamos para o Mar de Coral e desembarcamos num ilhéu idílico que partilhamos com gaivinas-de-bico-laranja e outras aves.
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Busselton, Austrália

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À Descoberta de Tassie, Parte 3, Tasmânia, Austrália

Tasmânia de Alto a Baixo

Há muito a vítima predilecta das anedotas australianas, a Tasmânia nunca perdeu o orgulho no jeito aussie mais rude ser. Tassie mantém-se envolta em mistério e misticismo numa espécie de traseiras dos antípodas. Neste artigo, narramos o percurso peculiar de Hobart, a capital instalada no sul improvável da ilha até à costa norte, a virada ao continente australiano.
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Oceano Fora, pelo Grande Sul Australiano

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Cairns a Cape Tribulation, Austrália

Queensland Tropical: uma Austrália Demasiado Selvagem

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À Descoberta de Tassie, Parte 4 -  Devonport a Strahan, Austrália

Pelo Oeste Selvagem da Tasmânia

Se a quase antípoda Tazzie já é um mundo australiano à parte, o que dizer então da sua inóspita região ocidental. Entre Devonport e Strahan, florestas densas, rios esquivos e um litoral rude batido por um oceano Índico quase Antárctico geram enigma e respeito.
Wadjemup, Rottnest Island, Austrália

Entre Quokkas e outros Espíritos Aborígenes

No século XVII, um capitão holandês apelidou esta ilha envolta de um oceano Índico turquesa, de “Rottnest, um ninho de ratos”. Os quokkas que o iludiram sempre foram, todavia, marsupiais, considerados sagrados pelos aborígenes Whadjuk Noongar da Austrália Ocidental. Como a ilha edénica em que os colonos britânicos os martirizaram.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Serengeti, Grande Migração Savana, Tanzania, gnus no rio
Safari
PN Serengeti, Tanzânia

A Grande Migração da Savana Sem Fim

Nestas pradarias que o povo Masai diz siringet (correrem para sempre), milhões de gnus e outros herbívoros perseguem as chuvas. Para os predadores, a sua chegada e a da monção são uma mesma salvação.
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Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 10º: Manang a Yak Kharka, Nepal

A Caminho das Terras (Mais) Altas dos Annapurnas

Após uma pausa de aclimatização na civilização quase urbana de Manang (3519 m), voltamos a progredir na ascensão para o zénite de Thorong La (5416 m). Nesse dia, atingimos o lugarejo de Yak Kharka, aos 4018 m, um bom ponto de partida para os acampamentos na base do grande desfiladeiro.
Sombra vs Luz
Arquitectura & Design
Quioto, Japão

O Templo de Quioto que Renasceu das Cinzas

O Pavilhão Dourado foi várias vezes poupado à destruição ao longo da história, incluindo a das bombas largadas pelos EUA mas não resistiu à perturbação mental de Hayashi Yoken. Quando o admirámos, luzia como nunca.
Era Susi rebocado por cão, Oulanka, Finlandia
Aventura
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Um Lobo Pouco Solitário

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Cena natalícia, Shillong, Meghalaya, Índia
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Selfiestão de Natal num Baluarte Cristão da Índia

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Os Saltos e Sobressaltos da ex-Capital Mundial da Borracha

De 1879 a 1912, só a bacia do rio Amazonas gerava o latex de que, de um momento para o outro, o mundo precisou e, do nada, Manaus tornou-se uma das cidades mais avançadas à face da Terra. Mas um explorador inglês levou a árvore para o sudeste asiático e arruinou a produção pioneira. Manaus voltou a provar a sua elasticidade. É a maior cidade da Amazónia e a sétima do Brasil.
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A voz da saudosa Cesária Verde cristalizou o sentimento dos cabo-verdianos que se viram forçados a deixar a sua ilha. Quem visita São Nicolau ou, vá lá que seja, admira imagens que a bem ilustrem, percebe porque os seus lhe chamam, para sempre e com orgulho, nha terra.
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O Grande Porto Hanseático da Noruega

Já povoada no início do século XI, Bergen chegou a capital, monopolizou o comércio do norte norueguês e, até 1830, manteve-se uma das maiores cidades da Escandinávia. Hoje, Oslo lidera a nação. Bergen continua a destacar-se pela sua exuberância arquitectónica, urbanística e histórica.
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Neve sem Fim na Ilha do Fogo

Quando, a meio de Maio, a Islândia já conta com o aconchego do sol mas o frio mas o frio e a neve perduram, os habitantes cedem a uma fascinante ansiedade estival.
Lago Manyara, parque nacional, Ernest Hemingway, girafas
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África Favorita de Hemingway

Situado no limiar ocidental do vale do Rift, o parque nacional lago Manyara é um dos mais diminutos mas encantadores e ricos em vida selvagem da Tanzânia. Em 1933, entre caça e discussões literárias, Ernest Hemingway dedicou-lhe um mês da sua vida atribulada. Narrou esses dias aventureiros de safari em “As Verdes Colinas de África”.
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Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
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Parques Naturais
Monteverde, Costa Rica

O Refúgio Ecológico que os Quakers Legaram ao Mundo

Desiludidos com a propensão militar dos E.U.A., um grupo de 44 Quakers migrou para a Costa Rica, nação que havia abolido o exército. Agricultores, criadores de gado, tornaram-se conservacionistas. Viabilizaram um dos redutos naturais mais reverenciados da América Central.
Banco improvisado
Património Mundial UNESCO
Ilha Ibo, Moçambique

Ilha de um Moçambique Ido

Foi fortificada, em 1791, pelos portugueses que expulsaram os árabes das Quirimbas e se apoderaram das suas rotas comerciais. Tornou-se o 2º entreposto português da costa oriental de África e, mais tarde, a capital da província de Cabo Delgado, Moçambique. Com o fim do tráfico de escravos na viragem para o século XX e a passagem da capital para Porto Amélia, a ilha Ibo viu-se no fascinante remanso em que se encontra.
Monumento do Heroes Acre, Zimbabwe
Personagens
Harare, Zimbabwe

O Último Estertor do Surreal Mugabué

Em 2015, a primeira-dama do Zimbabué Grace Mugabe afirmou que o presidente, então com 91 anos, governaria até aos 100, numa cadeira-de-rodas especial. Pouco depois, começou a insinuar-se à sua sucessão. Mas, nos últimos dias, os generais precipitaram, por fim, a remoção de Robert Mugabe que substituiram pelo antigo vice-presidente Emmerson Mnangagwa.
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Praias
Virgin Gorda, Ilhas Virgens Britânicas

Os “Caribanhos” Divinais de Virgin Gorda

À descoberta das Ilhas Virgens, desembarcamos numa beira-mar tropical e sedutora salpicada de enormes rochedos graníticos. Os The Baths parecem saídos das Seicheles mas são um dos cenários marinhos mais exuberantes das Caraíbas.
Composição sobre Nine Arches Bridge, Ella, Sri Lanka
Religião
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Jornada Pelo Âmago de Chá do Sri Lanka

Deixamos a orla marinha do PN Yala rumo a Ella. A caminho de Nanu Oya, serpenteamos sobre carris pela selva, entre plantações do famoso Ceilão. Três horas depois, uma vez mais de carro, damos entrada em Kandy, a capital budista que os portugueses nunca conseguiram dominar.
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Sobre Carris
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Os Hipno-Passageiros de Tóquio

O Japão é servido por milhões de executivos massacrados com ritmos de trabalho infernais e escassas férias. Cada minuto de tréguas a caminho do emprego ou de casa lhes serve para o seu inemuri, dormitar em público.
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Sociedade
Nova Zelândia  

Quando Contar Ovelhas Tira o Sono

Há 20 anos, a Nova Zelândia tinha 18 ovinos por cada habitante. Por questões políticas e económicas, a média baixou para metade. Nos antípodas, muitos criadores estão preocupados com o seu futuro.
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Vida Quotidiana
Colónia Pellegrini, Argentina

Quando a Carne é Fraca

É conhecido o sabor inconfundível da carne argentina. Mas esta riqueza é mais vulnerável do que se imagina. A ameaça da febre aftosa, em particular, mantém as autoridades e os produtores sobre brasas.
Gandoca Manzanillo Refúgio, Baía
Vida Selvagem
Gandoca-Manzanillo (Refúgio de Vida Selvagem), Costa Rica

O Refúgio Caribenho de Gandoca-Manzanillo

No fundo do seu litoral sudeste, na iminência do Panamá, a nação “tica” protege um retalho de selva, de pântano e de Mar das Caraíbas. Além de um refúgio de vida selvagem providencial, Gandoca-Manzanillo revela-se um deslumbrante éden tropical.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.