Hampi, India

À Descoberta do Antigo Reino de Bisnaga


Pequena súbdita
Menina de Hampi percorre a alameda em frente de um dos templos hindus mais elevados da velha Vijayanagar.
Vista de outros tempos
Fachada amarelada pelo sol poente de um dos muitos edifícios disseminados pelos arredores de Hampi.
À margem do Tungabhadra
Barqueiros conversam enquanto não chegam mais clientes à sua pequena doca improvisada.
De saída
Visitantes indianos de Hampi deixam um dos templos em ruínas do velho reino de Vijayanagar.
Com Hampi no coração
Jovem vendedor exibe livros forográficos de Hampi, em frente a um dos principais - e mais elevados - templos hindus do velho reino de Vijayanagar.
Relevo à Arte
Relevo esculpido numa parede de um templo secundário do antigo reino de Vijayanagar, nos arredores de Hampi.
À espera de passageiros
Barqueiro muçulmano de uma coracle (barcaça redonda) contempla o cenário do rio Tungabhadra, a principal artéria fluvial de Hampi.
Sortido Garrido
Banca com colorantes em pó de cores fortes no centro de Hampi Bazaar.
De molho
Búfalos protegem-se do calor intenso que se faz sentir em Hampi, nas águas escuras do Tunghabadra.
Lavandeiras hindus
Mulheres nativas de sari lavam roupa num braço do rio Tunghabadra, também usado por búfalos, pescadores e pela população de Hampi em geral.
Vislumbre Dourado
Ruína de um edifício secular do império de Vijayanagar, escondida por detrás de uma floresta de coqueiros.
SiS Security
Segurança indiano protege um templo de Hampi em restauração, com entrada entre duas estátuas danificadas de elefantes.
Hora de embarque
Passageiros preparam-se para embarcar numa grande barçaca coracle que os levará a atravessar o rio Tungabhadra.
Torre do Tempo
Um torreão amarelado pelo sol e pelos séculos, destaca-se contra o céu azul sobre o território rochoso de Hampi.
Paciência de Indiano
Casal tentar desenrodilhar redes de pesca junto a um braço do rio Tungabhadra.
Diversão Fluvial
Miúdo banha-se no rio Tungabhadra, junto a uma barcaça coracle que usa como plataforma de mergulhos.
Coke, Sprite ou Mirinda ?
Vendedor de refrescos exibe boa disposição animado pelo bom negócio trazido por temperaturas escaldantes, em Hampi.
Um ocaso indiano
Dia termina sobre o cenário tropical mas rochoso do estado de Karnataka, em redor de Hampi.

Em 1565, o império hindu de Vijayanagar sucumbiu a ataques inimigos. 45 anos antes, já tinha sido vítima da aportuguesação do seu nome por dois aventureiros portugueses que o revelaram ao Ocidente.

Nunca nos chega a parecer menos vasta a extremidade afunilada do subcontinente. Nem as terras interiores do estado de Karnataka porque nos aventuramos, depois de termos já tocado o limiar meridional em bico da Índia.

As viagens, intermináveis e desconfortáveis, continuavam a desgastar-nos a condizer. Quase seis horas de Ooty para Mysore. Três horas de Mysore para Bangalore. Nove horas e meia, mais uma vez ferroviárias de Bangalore para Hozeit. Meia-hora de rickshaw daqui para Hampi, o destino que perseguíamos e a que chegamos em óbvio sofrimento gástrico, depois de uma refeição descuidada de tempuras numa das estações de comboio caóticas por que tínhamos transitado.

Nos 30 minutos derradeiros do percurso, o cenário foi-se tornando mágico à medida que o triciclo mal motorizado agonizava pelas terras rochosas de Vijayanagar. Estamos no pino do Verão indiano, se assim lhe podemos chamar. O céu sempre azul nada atenuava o calor abrasivo reflectido de volta para cima pelo solo de pedra.

Mowgli, o rapaz feral do Livro da Selva pouco tinha que ver com estas paragens inóspitas. Mesmo assim, a pousada barata que tínhamos escolhido para nos hospedarmos fora baptizada em sua honra.  Ansiávamos o aconchego do duche e da cama como a criança de Rudyard Kipling desejava o ventre felpudo da mãe-loba Racsha.

O rickshaw passa por entre os templos altivos do centro real de Hampi e só se detém perante o caudal lodacento do rio Tungabhadra. “Bom, eu tenho que ficar por aqui” atalha o condutor munido da força das evidências. “Agora, vocês têm que atravessar naqueles barcos”.

Indagamo-nos se devido ao cansaço, se ao mal-estar, por mais que examinássemos a zona ribeirinha, falhávamos em avistar qualquer embarcação. O motorista não desistiu. “Estão, ali, mais abaixo. Avancem um pouco e já vêem”.

Mesmo algo desconfiados, assim fazemos. Só na iminência da beira-rio inferior encontramos, por fim, uma frota de cascas de nozes gigantes, coracles, assim lhe chamavam os barqueiros ávidos por facturarem com os recém-chegados passageiros.

Como qualquer estreante a bordo de tais barcaças, estranhamos o embarque bamboleante e ainda mais a navegação pouco ou nada hidrodinâmica que prolonga a travessia. Protegido do sol por uma jilaba e turbante, ambos brancos, que contrastavam com a pele da face torrada, o barqueiro rema de um lado ao outro sem dizer palavra e sempre com ar de poucos amigos. Não tardaríamos a descobrir que nos tinha cobrado o triplo da tarifa, sem dano digno de registo, já que o preço tabelado era de algumas dezenas irrelevantes de rupias.

Pouco depois, damos entrada na guest-house Mowgli que se desvenda dispersa por várias cabanas entre coqueiros frondosos, espécies de palhotas sobredimensionadas  e com a decoração e o apetrechamento esperado por qualquer viajante descontraído.

Descansamos e tentamos recuperar da catástrofe alimentar a que nos tínhamos sujeitado no dia anterior mas a indisposição só se agravava. Nessa noite que entretanto caiu, em vez de paz e descanso, somos prendados com a descoberta arrepiante de que a guest-house estava completamente lotada de mochileiros israelitas.

De diversas voltas pela Terra, conhecíamos bem a sua fama algo soberba e egoísta tanto para com nativos como para outros viajantes. Também o quanto a sua presença nos iria muito provavelmente afectar. A confirmá-lo, a rave não tardou a começar. Para nosso desespero, durou quase toda a madrugada.  

Por forma a compensarmos os prejuízos causados pelo ribombar psicadélico e pela gritaria, dormimos pela manhã fora. Ao deixarmos pela primeira vez o acolhimento agridoce da Mowgli, assola-nos a certeza que estão uns 45º. Nem esse forno nos demove de alugarmos bicicletas e nos fazermos à grande Hampi.

Voltamos a cruzar o rio, numa outra barcaça e já pela tabela. Do lado de lá, circulamos pelo centro sagrado de Hampi Bazaar, entre os enormes templos piramidais hindus e jainistas em que os sucessivos regentes do império Vijayanagar veneraram Shiva, Vishnu e outros deuses.

De 1343 a 1565, foi este um dos impérios mais poderosos do Mundo. Assim o testemunharam o aventureiro português Domingo Paes e o mercador de cavalos Fernão Nunes. É forte a probabilidade de que ambos se fartaram de tentar pronunciar correctamente a sua denominação, até que lhe passaram a chamar Bisnaga para contornar a chatice. Narraram em “Chronica dos Reis de Bisnaga” o fulgor civilizacional e o poderio do estado que, por essa altura, dominava grande parte do tráfico de especiarias do subcontinente e do oceano Índico ao largo e que se tornou o principal parceiro do Império Português no sul asiático.

Aos olhos de Domingos Paes, por volta de 1520, Vijayanagar prosperava a olhos vistos, financiada pela venda intensa das especiarias e pedras preciosas. Era comparável a Roma, rodeada de vegetação bem irrigada por aquedutos que traziam a água de lagos artificiais.

Hoje, pode faltar a Hampi Bazaar – o principal reduto comercial – a grandiosidade de outros tempos mas os vendedores envidam todos os esforços diplomáticos para se tornarem e à cidade mais prósperos.

A Sara aproveita. Consciente de que estamos a aproximar-nos do fim do périplo indiano, compra finalmente as calças garridas em tecido fino com que sonhava desde que as tinha visto em Goa. “Não tenho a sua medida em todas as cores.”, comunica a mercadora com desgosto. “Mas posso costurá-las e vêm buscar amanhã”. Assim fizemos e assim voltámos a renovar as relações comerciais indo-portuguesas tão prolíficas nos tempos áureos que antecederam Hampi. 

Logo após, circundamos os templos de Virupaksha e de de Vittala em que também entramos para admirar as incontáveis colunas trabalhadas, as pinturas e esculturas minuciosas e a gloriosa arquitectura hindu no seu todo.

Ainda e sempre em hiperventilação devido ao braseiro que se faz sentir em todo o estado de Karnataka, exploramos os velhos estábulos dos elefantes, os banhos da rainha e inúmeros outros edifícios e templos amarelados pelo passar dos séculos.

Ingressamos na estrada que atravessa o bairro islâmico de volta ao rio e em direcção à colina de Anjenadri de onde esperávamos obter uma vista bem panorâmica do conjunto. Mas, a determinada altura, nativos e visitantes indianos com que nos cruzamos acenam e gritam para não avançarmos mais, para regressarmos ao centro. “Há bandidos lá mais para cima!”, grita-nos uma senhora com postura brâmane. “Andam com espingardas e tudo!”

Estávamos conscientes de que até mesmo a pátria-mãe do misticismo e da espiritualidade tinha, de quando em quando, destas aberrações.

De acordo, invertemos marcha para paragens mais seguras, nas imediações do Tungabhadra. Ali, damos com um braço de rio estendido entre encostas repletas de pedregulhos. Depressa percebemos a  multifuncionalidade do charco profundo. Enquanto por lá repousámos, vários búfalos refrescavam-se quase submersos, como um miúdo que mergulhava repetidamente a partir de uma sua mini-coracle. Ao mesmo tempo, um casal de nativos com idade avançada pescava à rede, e jovens mulheres enroladas em saris folclóricos lavavam outras peças de roupa tão ou mais exuberantes.

Continuámos a dar ao pedal pela tarde fora. E, quanto mais apreciávamos de Hampi mais nos encantava constatar que, quase meio século depois da capitulação de Vijayanagar, a vida proliferava entre as ruínas deslumbrantes de Bisnaga.

Jaisalmer, Índia

Há Festa no Deserto do Thar

Mal o curto Inverno parte, Jaisalmer entrega-se a desfiles, a corridas de camelos e a competições de turbantes e de bigodes. As suas muralhas, ruelas e as dunas em redor ganham mais cor que nunca. Durante os três dias do evento, nativos e forasteiros assistem, deslumbrados, a como o vasto e inóspito Thar resplandece afinal de vida.
Goa, Índia

O Último Estertor da Portugalidade Goesa

A proeminente cidade de Goa já justificava o título de “Roma do Oriente” quando, a meio do século XVI, epidemias de malária e de cólera a votaram ao abandono. A Nova Goa (Pangim) por que foi trocada chegou a sede administrativa da Índia Portuguesa mas viu-se anexada pela União Indiana do pós-independência. Em ambas, o tempo e a negligência são maleitas que agora fazem definhar o legado colonial luso.
Guwahati, India

A Cidade que Venera Kamakhya e a Fertilidade

Guwahati é a maior cidade do estado de Assam e do Nordeste indiano. Também é uma das que mais se desenvolve do mundo. Para os hindus e crentes devotos do Tantra, não será coincidência lá ser venerada Kamakhya, a deusa-mãe da criação.
Dooars, Índia

Às Portas dos Himalaias

Chegamos ao limiar norte de Bengala Ocidental. O subcontinente entrega-se a uma vasta planície aluvial preenchida por plantações de chá, selva, rios que a monção faz transbordar sobre arrozais sem fim e povoações a rebentar pelas costuras. Na iminência da maior das cordilheiras e do reino montanhoso do Butão, por óbvia influência colonial britânica, a Índia trata esta região deslumbrante por Dooars.
Gangtok, Índia

Uma Vida a Meia-Encosta

Gangtok é a capital de Sikkim, um antigo reino da secção dos Himalaias da Rota da Seda tornado província indiana em 1975. A cidade surge equilibrada numa vertente, de frente para a Kanchenjunga, a terceira maior elevação do mundo que muitos nativos crêem abrigar um Vale paradisíaco da Imortalidade. A sua íngreme e esforçada existência budista visa, ali, ou noutra parte, o alcançarem.
Machu Picchu, Peru

A Cidade Perdida em Mistério dos Incas

Ao deambularmos por Machu Picchu, encontramos sentido nas explicações mais aceites para a sua fundação e abandono. Mas, sempre que o complexo é encerrado, as ruínas ficam entregues aos seus enigmas.
Goa, Índia

Para Goa, Rapidamente e em Força

Uma súbita ânsia por herança tropical indo-portuguesa faz-nos viajar em vários transportes mas quase sem paragens, de Lisboa à famosa praia de Anjuna. Só ali, a muito custo, conseguimos descansar.
Tawang, Índia

O Vale Místico da Profunda Discórdia

No limiar norte da província indiana de Arunachal Pradesh, Tawang abriga cenários dramáticos de montanha, aldeias de etnia Mompa e mosteiros budistas majestosos. Mesmo se desde 1962 os rivais chineses não o trespassam, Pequim olha para este domínio como parte do seu Tibete. De acordo, há muito que a religiosidade e o espiritualismo ali comungam com um forte militarismo.
Meghalaya, Índia

Pontes de Povos que Criam Raízes

A imprevisibilidade dos rios na região mais chuvosa à face da Terra nunca demoveu os Khasi e os Jaintia. Confrontadas com a abundância de árvores ficus elastica nos seus vales, estas etnias habituaram-se a moldar-lhes os ramos e estirpes. Da sua tradição perdida no tempo, legaram centenas de pontes de raízes deslumbrantes às futuras gerações.
Ooty, Índia

No Cenário Quase Ideal de Bollywood

O conflito com o Paquistão e a ameaça do terrorismo tornaram as filmagens em Caxemira e Uttar Pradesh um drama. Em Ooty, constatamos como esta antiga estação colonial britânica assumia o protagonismo.
Dawki, Índia

Dawki, Dawki, Bangladesh à Vista

Descemos das terras altas e montanhosas de Meghalaya para as planas a sul e abaixo. Ali, o caudal translúcido e verde do Dawki faz de fronteira entre a Índia e o Bangladesh. Sob um calor húmido que há muito não sentíamos, o rio também atrai centenas de indianos e bangladeshianos entregues a uma pitoresca evasão.
Shillong, India

Selfiestão de Natal num Baluarte Cristão da Índia

Chega Dezembro. Com uma população em larga medida cristã, o estado de Meghalaya sincroniza a sua Natividade com a do Ocidente e destoa do sobrelotado subcontinente hindu e muçulmano. Shillong, a capital, resplandece de fé, felicidade, jingle bells e iluminações garridas. Para deslumbre dos veraneantes indianos de outras partes e credos.
Siliguri a Darjeeling, Índia

Ainda Circula a Sério o Comboio Himalaia de Brincar

Nem o forte declive de alguns tramos nem a modernidade o detêm. De Siliguri, no sopé tropical da grande cordilheira asiática, a Darjeeling, já com os seus picos cimeiros à vista, o mais famoso dos Toy Trains indianos assegura há 117 anos, dia após dia, um árduo percurso de sonho. De viagem pela zona, subimos a bordo e deixamo-nos encantar.
Maguri Bill, Índia

Um Pantanal nos Confins do Nordeste Indiano

O Maguri Bill ocupa uma área anfíbia nas imediações assamesas do rio Bramaputra. É louvado como um habitat incrível sobretudo de aves. Quando o navegamos em modo de gôndola, deparamo-nos com muito (mas muito) mais vida que apenas a asada.
Jaisalmer, Índia

A Vida que Resiste no Forte Dourado de Jaisalmer

A fortaleza de Jaisalmer foi erguida a partir de 1156 por ordem de Rawal Jaisal, governante de um clã poderoso dos confins hoje indianos do Deserto do Thar. Mais de oito séculos volvidos, apesar da contínua pressão do turismo, partilham o interior vasto e intrincado do último dos fortes habitados da Índia quase quatro mil descendentes dos habitantes originais.
Guwahati a Sela Pass, Índia

Viagem Mundana ao Desfiladeiro Sagrado de Sela

Durante 25 horas, percorremos a NH13, uma das mais elevadas e perigosas estradas indianas. Viajamos da bacia do rio Bramaputra aos Himalaias disputados da província de Arunachal Pradesh. Neste artigo, descrevemos-lhe o trecho até aos 4170 m de altitude do Sela Pass que nos apontou à cidade budista-tibetana de Tawang.
PN Kaziranga, Índia

O Baluarte dos Monocerontes Indianos

Situado no estado de Assam, a sul do grande rio Bramaputra, o PN Kaziranga ocupa uma vasta área de pântano aluvial. Lá se concentram dois terços dos rhinocerus unicornis do mundo, entre em redor de 100 tigres, 1200 elefantes e muitos outros animais. Pressionado pela proximidade humana e pela inevitável caça furtiva, este parque precioso só não se tem conseguido proteger das cheias hiperbólicas das monções e de algumas polémicas.
Majuli, Índia

Uma Ilha em Contagem Decrescente

Majuli é a maior ilha fluvial da Índia e seria ainda uma das maiores à face da Terra não fosse a erosão do rio Bramaputra que há séculos a faz diminuir. Se, como se teme, ficar submersa dentro de vinte anos, mais que uma ilha, desaparecerá um reduto cultural e paisagístico realmente místico do Subcontinente.
Chandor, Goa, Índia

Uma Casa Goesa-Portuguesa, Com Certeza

Um palacete com influência arquitectónica lusa, a Casa Menezes Bragança, destaca-se do casario de Chandor, em Goa. Forma um legado de uma das famílias mais poderosas da antiga província. Tanto da sua ascensão em aliança estratégica com a administração portuguesa como do posterior nacionalismo goês.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Skipper de uma das bangkas do Raymen Beach Resort durante uma pausa na navegação
Praia
Ilhas Guimaras  e  Ave Maria, Filipinas

Rumo à Ilha Ave Maria, Numas Filipinas Cheias de Graça

À descoberta do arquipélago de Visayas Ocidental, dedicamos um dia para viajar de Iloilo, ao longo do Noroeste de Guimaras. O périplo balnear por um dos incontáveis litorais imaculados das Filipinas, termina numa deslumbrante ilha Ave Maria.
Delta do Okavango, Nem todos os rios Chegam ao Mar, Mokoros
Safari
Delta do Okavango, Botswana

Nem Todos os Rios Chegam ao Mar

Terceiro rio mais longo do sul de África, o Okavango nasce no planalto angolano do Bié e percorre 1600km para sudeste. Perde-se no deserto do Kalahari onde irriga um pantanal deslumbrante repleto de vida selvagem.
Monges na escadaria do mosteiro Tashi Lha Khang
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 16º - Marpha, Nepal

Marpha e o Fim Antecipado do Circuito

Contados treze dias de caminhada desde a já longínqua Chame, chegamos a Marpha. Abrigada no sopé de uma encosta, na iminência do rio Gandaki, Marpha revela-se a derradeira povoação preservada e encantadora do percurso. O excesso de obras ao longo da via F042 que nos levaria de volta a Pokhara, faz-nos encurtar a segunda parte do Circuito Annapurna.
planicie sagrada, Bagan, Myanmar
Arquitectura & Design
Bagan, Myanmar

A Planície dos Pagodes, Templos e Redenções Celestiais

A religiosidade birmanesa sempre assentou num compromisso de redenção. Em Bagan, os crentes endinheirados e receosos continuam a erguer pagodes na esperança de conquistarem a benevolência dos deuses.
Totems, aldeia de Botko, Malekula,Vanuatu
Aventura
Malekula, Vanuatu

Canibalismo de Carne e Osso

Até ao início do século XX, os comedores de homens ainda se banqueteavam no arquipélago de Vanuatu. Na aldeia de Botko descobrimos porque os colonizadores europeus tanto receavam a ilha de Malekula.
Cerimónias e Festividades
Pentecostes, Vanuatu

Naghol: O Bungee Jumping sem Modernices

Em Pentecostes, no fim da adolescência, os jovens lançam-se de uma torre apenas com lianas atadas aos tornozelos. Cordas elásticas e arneses são pieguices impróprias de uma iniciação à idade adulta.
MAL(E)divas
Cidades
Malé, Maldivas

As Maldivas a Sério

Contemplada do ar, Malé, a capital das Maldivas, pouco mais parece que uma amostra de ilha atafulhada. Quem a visita, não encontra coqueiros deitados, praias de sonho, SPAs ou piscinas infinitas. Deslumbra-se com o dia-a-dia maldivano  genuíno que as brochuras turísticas omitem.
mercado peixe Tsukiji, toquio, japao
Comida
Tóquio, Japão

O Mercado de Peixe que Perdeu a Frescura

Num ano, cada japonês come mais que o seu peso em peixe e marisco. Desde 1935, que uma parte considerável era processada e vendida no maior mercado piscícola do mundo. Tsukiji foi encerrado em Outubro de 2018, e substituído pelo de Toyosu.
Cultura
Mercados

Uma Economia de Mercado

A lei da oferta e da procura dita a sua proliferação. Genéricos ou específicos, cobertos ou a céu aberto, estes espaços dedicados à compra, à venda e à troca são expressões de vida e saúde financeira.
arbitro de combate, luta de galos, filipinas
Desporto
Filipinas

Quando só as Lutas de Galos Despertam as Filipinas

Banidas em grande parte do Primeiro Mundo, as lutas de galos prosperam nas Filipinas onde movem milhões de pessoas e de Pesos. Apesar dos seus eternos problemas é o sabong que mais estimula a nação.
Serra da Leba, a estrada aos esses projectada pelo Eng. Edgar Cardoso
Em Viagem
Serra da Leba, Angola

Aos Esses. Pela História de Angola.

Uma estrada ousada e providencial inaugurada nas vésperas da Revolução dos Cravos liga a planura do Namibe às alturas verdejantes da Serra da Leba. As suas sete curvas em gancho surgem no enfiamento de um passado colonial atribulado. Dão acesso a alguns dos cenários mais grandiosos de África.
Mulheres com cabelos longos de Huang Luo, Guangxi, China
Étnico
Longsheng, China

Huang Luo: a Aldeia Chinesa dos Cabelos mais Longos

Numa região multiétnica coberta de arrozais socalcados, as mulheres de Huang Luo renderam-se a uma mesma obsessão capilar. Deixam crescer os cabelos mais longos do mundo, anos a fio, até um comprimento médio de 170 a 200 cm. Por estranho que pareça, para os manterem belos e lustrosos, usam apenas água e arrôz.
tunel de gelo, rota ouro negro, Valdez, Alasca, EUA
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sensações vs Impressões

Trycicles, Bacolod, Negros Occidental, Filipins
História
Bacolod, Filipinas

Doces Filipinas

Bacolod é a capital de Negros, a ilha no centro da produção filipina de cana de açúcar. De viagem pelos confins do Extremo-Oriente e entre a história e a contemporaneidade, saboreamos o âmago fascinante da mais Latina das Ásias.
O pequeno farol de Kallur, destacado no relevo caprichoso do norte da ilha de Kalsoy.
Ilhas
Kalsoy, Ilhas Faroé

Um Farol no Fim do Mundo Faroês

Kalsoy é uma das ilhas mais isoladas do arquipélago das faroés. Também tratada por “a flauta” devido à forma longilínea e aos muitos túneis que a servem, habitam-na meros 75 habitantes. Muitos menos que os forasteiros que a visitam todos os anos atraídos pelo deslumbre boreal do seu farol de Kallur.
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Inverno Branco
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Um Refúgio no Golfo de Bótnia

Durante o Inverno, a ilha de Hailuoto está ligada à restante Finlândia pela maior estrada de gelo do país. A maior parte dos seus 986 habitantes estima, acima de tudo, o distanciamento que a ilha lhes concede.
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Saudade, São Tomé, São Tomé e Príncipe

Almada Negreiros: da Saudade à Eternidade

Almada Negreiros nasceu, em Abril de 1893, numa roça do interior de São Tomé. À descoberta das suas origens, estimamos que a exuberância luxuriante em que começou a crescer lhe tenha oxigenado a profícua criatividade.
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Cascatas do Mundo: Impressionantes Rios Verticais

Dos quase 1000 metros de altura do salto dançante de Angel à potência fulminante de Iguaçu ou Victoria após chuvas torrenciais, abatem-se sobre a Terra cascatas de todos os tipos.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
bandeira argentina no lago-glaciar perito moreno-argentina
Parques Naturais
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O Glaciar Que Resiste

O aquecimento é supostamente global mas não chega a todo o lado. Na Patagónia, alguns rios de gelo resistem.De tempos a tempos, o avanço do Perito Moreno provoca derrocadas que fazem parar a Argentina
Serengeti, Grande Migração Savana, Tanzania, gnus no rio
Património Mundial UNESCO
PN Serengeti, Tanzânia

A Grande Migração da Savana Sem Fim

Nestas pradarias que o povo Masai diz siringet (correrem para sempre), milhões de gnus e outros herbívoros perseguem as chuvas. Para os predadores, a sua chegada e a da monção são uma mesma salvação.
Vista do topo do Monte Vaea e do tumulo, vila vailima, Robert Louis Stevenson, Upolu, Samoa
Personagens
Upolu, Samoa

A Ilha do Tesouro de Stevenson

Aos 30 anos, o escritor escocês começou a procurar um lugar que o salvasse do seu corpo amaldiçoado. Em Upolu e nos samoanos, encontrou um refúgio acolhedor a que entregou a sua vida de alma e coração.
República Dominicana, Praia Bahia de Las Águilas, Pedernales. Parque Nacional Jaragua, Praia
Praias
Laguna Oviedo a Bahia de las Águilas, República Dominicana

Em Busca da Praia Dominicana Imaculada

Contra todas as probabilidades, um dos litorais dominicanos mais intocados também é dos mais remotos. À descoberta da província de Pedernales, deslumbramo-nos com o semi-desértico Parque Nacional Jaragua e com a pureza caribenha da Bahia de las Águilas.
Celebração newar, Bhaktapur, Nepal
Religião
Bhaktapur, Nepal

As Máscaras Nepalesas da Vida

O povo indígena Newar do Vale de Katmandu atribui grande importância à religiosidade hindu e budista que os une uns aos outros e à Terra. De acordo, abençoa os seus ritos de passagem com danças newar de homens mascarados de divindades. Mesmo se há muito repetidas do nascimento à reencarnação, estas danças ancestrais não iludem a modernidade e começam a ver um fim.
Train Fianarantsoa a Manakara, TGV Malgaxe, locomotiva
Sobre Carris
Fianarantsoa-Manakara, Madagáscar

A Bordo do TGV Malgaxe

Partimos de Fianarantsoa às 7a.m. Só às 3 da madrugada seguinte completámos os 170km para Manakara. Os nativos chamam a este comboio quase secular Train Grandes Vibrations. Durante a longa viagem, sentimos, bem fortes, as do coração de Madagáscar.
Máquinas Bebidas, Japão
Sociedade
Japão

O Império das Máquinas de Bebidas

São mais de 5 milhões as caixas luminosas ultra-tecnológicas espalhadas pelo país e muitas mais latas e garrafas exuberantes de bebidas apelativas. Há muito que os japoneses deixaram de lhes resistir.
Jovens mulheres gémeas, tecelãs
Vida Quotidiana

Margilan, Uzbequistão

Périplo pelo Tecido Artesanal do Uzbequistão

Situada no extremo oriental do Uzbequistão, Vale de Fergana, Margilan foi uma das escalas incontornáveis da Rota da Seda. Desde o século X, os produtos de seda lá gerados destacaram-na nos mapas, hoje, marcas de alta-costura disputam os seus tecidos. Mais que um centro prodigioso de criação artesanal, Margilan estima e valoriza um modo de vida uzbeque milenar.
Devils Marbles, Alice Springs a Darwin, Stuart hwy, Caminho do Top End
Vida Selvagem
Alice Springs a Darwin, Austrália

Estrada Stuart, a Caminho do Top End da Austrália

Do Red Centre ao Top End tropical, a estrada Stuart Highway percorre mais de 1.500km solitários através da Austrália. Nesse trajecto, o Território do Norte muda radicalmente de visual mas mantém-se fiel à sua alma rude.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.