Skagway, Alasca

Uma Variante da Febre do Ouro do Klondike


Cruzeiros
Residente contempla dois cruzeiros ancorados no porto de Skagway.
Mais cruzeiros
Dois cruzeiros atracados no porto de Skagway.
Tentação Clássica
Cadillac colorido numa ruela secundária de Skagway.
Comboio na encosta
Composição do White Pass & Yukon Train avança ao longo de o White Pass.
Can Can nos dias de hoje
Bailarinas Can Can do "The Days of 98" show.
White Pass
Cenário da White Pass, às portas do Yukon.
White Pass & Yukon Train
Composição do White Pass and Yukon Train.
Ouro
Visitantes peneiram ouro em Skagway.
Protectores nativo-americanos
Totens indígenas expostos na rua principal de Skagway.
Rua de Skagway
Transeuntes caminham por uma rua histórica de Skagway.
Rio do White Pass
Riacho ganha rápidos com o declive de White Pass.
Alasca em ponto pequeno
Miniatura histórica de uma povoação do Klondike.
Todos a bordo
Maquinista sobe para a locomotiva do White Pass & Yukon Train.
Prince
Transeunte passa em frente a uma loja pintada com uma imagem típica de mineração.
Nas traseiras
Zona de estaleiro das Klondike Dredge Tours.
Nova Febre do Ouro
Trabalhador da Klondike Dregde explica a visitantes o funcionamento da prospecção de ouro com recurso à draga.
Espartilhos
Empregada de um bar de Skagway em trajes históricos.
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A última grande febre do ouro norte-americana passou há muito. Hoje em dia, centenas de cruzeiros despejam, todos os Verões, milhares de visitantes endinheirados nas ruas repletas de lojas de Skagway.

Isolada entre o oceano Pacífico e a imensidão da British Columbia, a região da panhandle surge  fragmentada por incontáveis canais e fiordes.

Dela se elevam as Coast Mountains, uma cordilheira litoral semi-subsumida na maior floresta dos Estados Unidos, a Tongass.

Esta natureza rude inviabiliza a construção de vias. Com excepção de Skagway, Hyder e Haines, as povoações locais continuam desprovidas de uma ligação rodoviária ao exterior.

A via de eleição é o Alasca Marine Highway, como o nome indica, uma espécie de auto-estrada marítima que tem início no porto aleuta longínquo de Unalasca/Dutch Harbour e percorre a passagem interior do cabo de frigideira alasquense até Bellingham ou Prince Rupert, a norte de Vancouver.

Tínhamos acabado de aterrar em Juneau, vindos da grande Anchorage. É na pitoresca capital alasquense que embarcamos no M/V Malaspina.

Navegamos rumo a Skagway, algumas centenas de quilómetros para norte, entre fiordes verdejantes sempre ensopados pela chuva e a humidade.

Atracamos numa enseada escondida de Juneau pouco depois do pôr-do-sol.

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Residente contempla dois cruzeiros ancorados no porto de Skagway.

A Recepção Calorosa de Janilyn, em Skagway

Janilyn aguarda-nos no topo da rampa que se projecta da doca. Sem se dar conta, atrapalha os passageiros que sobem, sobrecarregados com a bagagem que levam.

Quando dá por nós, inaugura um acolhimento carinhoso e voluntarioso que duraria quase três dias. “Ainda bem que vieram. Estava mesmo ansiosa pela vossa visita!” Ao que acrescenta depois de fechar a porta traseira do jipe “ ’Bora! Deixei o meu marido e o meu filho no bar. O Lukas vai actuar dentro em pouco…”

Sem tempo para desenjoar da longa viagem, damos connosco no Bonanza, um bar acolhedor de Skagway, a beber Alaskans Amber tonificantes.

Num canto, vários músicos tocam para si, para as famílias e alguns amigos, compenetrados, como se se tratasse do concerto das suas vidas.

Nas mesas e ao balcão, fluem conversas fáceis interrompidas apenas por uma ou outra piada demasiado divertida para ser ignorada.

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Empregada de um bar de Skagway em trajes históricos.

Lukas pega na guitarra e conquista a sala com uma voz semi-rouca e melodiosa.

As suas melodias em estilo Red House Painters ou Mark Kozelek a solo, causam arrepios na mãe Janilyn, e levam-na a um extremo de comoção que se vê obrigada a partilhar. “É maravilhoso não é?

Tenho muito orgulho nele… e olhem … já que estou a falar de orgulho, gostava de vos dizer outra coisa: eu e o meu marido não fazemos isto há muito tempo.

Começámos a receber estrangeiros quando percebemos a imagem com que os Estados Unidos estavam a ficar no resto do mundo.

A Imagem dos EUA e a Bipolaridade Sazonal de Skagway

Achámos que era importante mostrarmos a quem vem de fora a hospitalidade da verdadeira América e suavizar a imagem que estávamos a criar. Felizmente, agora, temos um presidente mais digno para nos ajudar.”

Apesar da contribuição quase sempre embaraçosa da bárbie republicana Sarah Palin e da camada mais conservadora da população do 49º estado, esta porção diminutiva do Alasca contribui há muito para marcar a diferença.

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Totens indígenas expostos na rua principal de Skagway.

Talvez por o território estar destacado do Lower 48 e intimamente ligado à natureza, a sua existência revela-se mais leve e descomprometida, ideal para quem procura novas perspectivas de vida. Mas não só.

Skagway surge como uma das primeira povoações a quem chega do North Country (o grande Alasca setentrional) à descoberta da Panhandle, o cabo de frigideira.

A sua população fixa não chega aos 1000 habitantes mas, porque integra a rota alasquense dos cruzeiros, à medida que Junho se aproxima, é reforçada com outros tantos imigrantes oriundos do norte dos Estados Unidos e do estrangeiro.

Como acontece nas cidades vizinhas do sul, durante cada curto Verão, esta força de trabalho atende quase um milhão de visitantes que podem desembarcar de até cinco paquetes monstruosos por dia (com um total de 8000 passageiros), 400 por ano.

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Dois cruzeiros atracados no porto de Skagway.

Skagway: o Rentável Frenesim Comercial de Maio a Setembro

São grupos de reformados e famílias inteiras que desembarcam em contra-relógio, determinados a passar momentos inolvidáveis e a gastar a condizer.

Skagway facilita-lhes a vida. Os navios atracam quase sobre a Broadway Street. Esta rua mantém os forasteiros represados e entretidos entre as suas lojas, bares e cafés.

Como complemento da emboscada, os edifícios históricos foram recuperados e re-decorados ao pormenor.

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Cadillac colorido numa ruela secundária de Skagway.

Exibem montras e placares apelativos, chamamentos sofisticados do consumismo a que o mais alienado dos ascetas teria problemas em resistir.

Nos derradeiros anos do século XIX, o apelo era outro.

Reluzia bem mais que as vitrinas elegantes da Broadway Street e custava frequentemente a vida.

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Transeuntes caminham por uma rua histórica de Skagway.

A Época do Ouro Alasquense que Reluzia

Em 1896 foi encontrado ouro no Klondike, uma região longínqua do vasto território do Yukon canadiano.

No ano seguinte, um navio a vapor deixou no Moore’s Wharf de Skagway uma primeira leva de mineiros.

Sucederam-se mais e mais embarcações que elevariam o seu número aos 30.000, na grande maioria americanos conflituosos e sem escrúpulos ansiosos por vencer os 800km de montanhas e glaciares que os separavam dos cascalhos milionários.

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Cenário da White Pass, às portas do Yukon.

Nem todos se fizeram ao caminho.

As narrativas dos pioneiros depressa foram promovidas a mitos. Exaltavam tempestades enregelantes, ataques de indígenas, de ursos e de lobos e travessias de rios mal calculadas em que várias caravanas se perdiam para sempre.

Os aspirantes mais prudentes dedicaram-se, em vez, a abastecer e servir os mineiros.

Foram tantos os que ficaram em Skagway que, em 1898, a cidade era disputada por 10.000 almas gananciosas e tinha-se tornado na maior do Alasca.

As Reconstituições Turísticas da Época Áurea de Skagaway

“Entrem cavalheiros, não façam cerimónias! As senhoras, se não se importam, peçam-lhes dinheiro e vão às compras…” apregoa uma alcoviteira apertada por espartilhos e rendas sedutoras, à entrada do Museu-Bordel do Red Onion Bar.

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Bailarinas Can Can do “The Days of 98” show.

Hoje, espectáculos como o teatro “Days of 98”, a povoação fictícia de Liarsville e o acampamento à beira-rio de Gold Rush remetem os visitantes para a época.

Como é de esperar, ficam muito aquém da realidade áspera de então, feita de álcool e prostituição, de lutas, tiroteios e linchamentos que os representantes da lei procuravam sobretudo evitar.

As Aventuras e Desventuras de Jack London no Alasca e Klondike

Em 1897, Jack London e o cunhado James Shepard cederam ao apelo da prospecção.

Pouco depois, London já padecia de escorbuto. Em 1903, passou a vida no Alasca para o papel sob uma perspectiva inesperada.

Em “O Apelo da Floresta”, narrou as agruras de Buck, um mestiço de São Bernardo com uma pastora Shetland que é raptado na Califórnia por um jogador enterrado em dívidas e se vê desesperado no mundo-pior-que-cão do Klondike.

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Trabalhador da Klondike Dregde explica a visitantes o funcionamento da prospecção de ouro com recurso à draga.

Para o interior, ao longo do Chilkoot Trail, a existência era de igual forma infernal.

Ao chegarem à fronteira canadiana, milhares de prospectores só recebiam permissão para prosseguir quando tivessem para cima de uma tonelada de equipamento e provisões.

Além de contrariar toda a lógica aduaneira dos dias de hoje, a exigência obrigava a inúmeras viagens de ida e volta e causava um grave congestionamento de carroças ao longo do íngreme White Pass.

O problema  forçou o governo canadiano a construir um caminho de ferro.

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Maquinista sobe para a locomotiva do White Pass & Yukon Train.

Atrasado pelos inúmeros obstáculos levantados por Soapy Smith – um controverso mafioso de Skagway -, o empreendimento só ficou concluído em Julho de 1900, já a febre do ouro tinha passado.

White Pass and Yukon Route, um Deslumbrante Desfiladeiro Ferroviário

Apesar de pouco ou nada ter servido os propósitos iniciais, desde então, a White Pass and Yukon Route manteve-se quase sempre em intensa actividade.

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Composição do White Pass and Yukon Train.

Nos dias que correm, o seu comboio fumarento e os cenários de faroeste que atravessa são um dos principais motivos porque atracam tantos cruzeiros no Moore’s Wharf.

No Verão, também dão emprego a dezenas de residentes da povoação.

Janilyn faz tudo o que pode para facilitar a experiência de quem agora visita a cidade que servia de porta de entrada para aquele reduto aurífero.

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Visitantes peneiram ouro em Skagway.

Quando chegamos enregelados da viagem ferroviária de ida e volta, ela, a família e amigos convidam-nos para nos sentarmos em redor da fogueira a beber cervejas e a comer salmão grelhado.

Na hora da partida, a anfitriã e o marido oferecem-nos sandes daquele peixe suculento e despedem-se numa comoção disfarçada.

Em breve, a família se mudaria temporariamente para o Oregon.

Skagway ficaria de novo entregue à sua solidão invernosa.

Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
Key West, E.U.A.

O Faroeste Tropical dos E.U.A.

Chegamos ao fim da Overseas Highway e ao derradeiro reduto das propagadas Florida Keys. Os Estados Unidos continentais entregam-se, aqui, a uma deslumbrante vastidão marinha esmeralda-turquesa. E a um devaneio meridional alentado por uma espécie de feitiço caribenho.
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.
Ketchikan, Alasca

Aqui Começa o Alasca

A realidade passa despercebida a boa parte do mundo, mas existem dois Alascas. Em termos urbanos, o estado é inaugurado no sul do seu oculto cabo de frigideira, uma faixa de terra separada dos restantes E.U.A. pelo litoral oeste do Canadá. Ketchikan, é a mais meridional das cidades alasquenses, a sua Capital da Chuva e a Capital Mundial do Salmão.
Tombstone, E.U.A.

Tombstone: a Cidade Demasiado Dura para Morrer

Filões de prata descobertos no fim do século XIX fizeram de Tombstone um centro mineiro próspero e conflituoso na fronteira dos Estados Unidos com o México. Lawrence Kasdan, Kurt Russel, Kevin Costner e outros realizadores e actores hollywoodescos tornaram famosos os irmãos Earp e o duelo sanguinário de “O.K. Corral”. A Tombstone que, ao longo dos tempos tantas vidas reclamou, está para durar.
Anchorage a Homer, E.U.A.

Viagem ao Fim da Estrada Alasquense

Se Anchorage se tornou a grande cidade do 49º estado dos E.U.A., Homer, a 350km, é a sua mais famosa estrada sem saída. Os veteranos destas paragens consideram esta estranha língua de terra solo sagrado. Também veneram o facto de, dali, não poderem continuar para lado nenhum.
Monte Denali, Alasca

O Tecto Sagrado da América do Norte

Os indígenas Athabascan chamaram-no Denali, ou o Grande e reverenciam a sua altivez. Esta montanha deslumbrante suscitou a cobiça dos montanhistas e uma longa sucessão de ascensões recordistas.
Sitka, Alasca

Sitka: Viagem por um Alasca que Já foi Russo

Em 1867, o czar Alexandre II teve que vender o Alasca russo aos Estados Unidos. Na pequena cidade de Sitka, encontramos o legado russo mas também os nativos Tlingit que os combateram.
Juneau, Alasca

A Pequena Capital do Grande Alasca

De Junho a Agosto, Juneau desaparece por detrás dos navios de cruzeiro que atracam na sua doca-marginal. Ainda assim, é nesta pequena capital que se decidem os destinos do 49º estado norte-americano.
Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Prince William Sound, Alasca

Viagem por um Alasca Glacial

Encaixado contra as montanhas Chugach, Prince William Sound abriga alguns dos cenários descomunais do Alasca. Nem sismos poderosos nem uma maré negra devastadora afectaram o seu esplendor natural.
PN Katmai, Alasca

Nos Passos do Grizzly Man

Timothy Treadwell conviveu Verões a fio com os ursos de Katmai. Em viagem pelo Alasca, seguimos alguns dos seus trilhos mas, ao contrário do protector tresloucado da espécie, nunca fomos longe demais.
Florida Keys, E.U.A.

A Alpondra Caribenha dos E.U.A.

Os Estados Unidos continentais parecem encerrar-se, a sul, na sua caprichosa península da Flórida. Não se ficam por aí. Mais de cem ilhas de coral, areia e mangal formam uma excêntrica extensão tropical que há muito seduz os veraneantes norte-americanos.
Miami, E.U.A.

Uma Obra-Prima da Reabilitação Urbana

Na viragem para o século XXI, o bairro Wynwood mantinha-se repleto de fábricas e armazéns abandonados e grafitados. Tony Goldman, um investidor imobiliário astuto, comprou mais de 25 propriedades e fundou um parque mural. Muito mais que ali homenagear o grafiti, Goldman fundou o grande bastião da criatividade de Miami.
Miami Beach, E.U.A.

A Praia de Todas as Vaidades

Poucos litorais concentram, ao mesmo tempo, tanto calor e exibições de fama, de riqueza e de glória. Situada no extremo sudeste dos E.U.A., Miami Beach tem acesso por seis pontes que a ligam ao resto da Florida. É parco para o número de almas que a desejam.
Little Havana, E.U.A.

A Pequena Havana dos Inconformados

Ao longo das décadas e até aos dias de hoje, milhares de cubanos cruzaram o estreito da Florida em busca da terra da liberdade e da oportunidade. Com os E.U.A. ali a meros 145 km, muitos não foram mais longe. A sua Little Havana de Miami é, hoje, o bairro mais emblemático da diáspora cubana.
Grand Canyon, E.U.A.

Viagem pela América do Norte Abismal

O rio Colorado e tributários começaram a fluir no planalto homónimo há 17 milhões de anos e expuseram metade do passado geológico da Terra. Também esculpiram uma das suas mais deslumbrantes entranhas.
Monument Valley, E.U.A.

Índios ou cowboys?

Realizadores de Westerns emblemáticos como John Ford imortalizaram aquele que é o maior território indígena dos Estados Unidos. Hoje, na Nação Navajo, os navajo também vivem na pele dos velhos inimigos.
Las Vegas, E.U.A.

Onde o Pecado tem Sempre Perdão

Projectada do Deserto Mojave como uma miragem de néon, a capital norte-americana do jogo e do espectáculo é vivida como uma aposta no escuro. Exuberante e viciante, Vegas nem aprende nem se arrepende.
Navajo Nation, E.U.A.

Por Terras da Nação Navajo

De Kayenta a Page, com passagem pelo Marble Canyon, exploramos o sul do Planalto do Colorado. Dramáticos e desérticos, os cenários deste domínio indígena recortado no Arizona revelam-se esplendorosos.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
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O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
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Minas de Nossa Senhora do Rosário da Meia Ponte foi erguida por bandeirantes portugueses, no auge do Ciclo do Ouro. Por saudosismo, emigrantes provavelmente catalães chamaram à serra em redor de Pireneus. Em 1890, já numa era de independência e de incontáveis helenizações das suas urbes, os brasileiros baptizaram esta cidade colonial de Pirenópolis.
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No início do séc. XX, São Tomé e Príncipe geravam mais cacau que qualquer outro território. Graças à dedicação de alguns empreendedores, a produção subsiste e as duas ilhas sabem ao melhor chocolate.
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Banidas em grande parte do Primeiro Mundo, as lutas de galos prosperam nas Filipinas onde movem milhões de pessoas e de Pesos. Apesar dos seus eternos problemas é o sabong que mais estimula a nação.
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Em 1853, Busselton foi dotada de um dos pontões então mais longos do Mundo. Quando a estrutura decaiu, os moradores decidiram dar a volta ao problema. Desde 1996 que o fazem, todos os anos. A nadar.
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A voz da saudosa Cesária Verde cristalizou o sentimento dos cabo-verdianos que se viram forçados a deixar a sua ilha. Quem visita São Nicolau ou, vá lá que seja, admira imagens que a bem ilustrem, percebe porque os seus lhe chamam, para sempre e com orgulho, nha terra.
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Em São Petersburgo, não resistimos a investigar a inspiração para as personagens vis do romance mais famoso de Fiódor Dostoiévski: as suas próprias lástimas e as misérias de certos concidadãos.
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Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Ilha do Principe, São Tomé e Principe
Parques Naturais
Príncipe, São Tomé e Príncipe

Viagem ao Retiro Nobre da Ilha do Príncipe

A 150 km de solidão para norte da matriarca São Tomé, a ilha do Príncipe eleva-se do Atlântico profundo num cenário abrupto e vulcânico de montanha coberta de selva. Há muito encerrada na sua natureza tropical arrebatadora e num passado luso-colonial contido mas comovente, esta pequena ilha africana ainda abriga mais estórias para contar que visitantes para as escutar.
Rinoceronte, PN Kaziranga, Assam, Índia
Património Mundial UNESCO
PN Kaziranga, Índia

O Baluarte dos Monocerontes Indianos

Situado no estado de Assam, a sul do grande rio Bramaputra, o PN Kaziranga ocupa uma vasta área de pântano aluvial. Lá se concentram dois terços dos rhinocerus unicornis do mundo, entre em redor de 100 tigres, 1200 elefantes e muitos outros animais. Pressionado pela proximidade humana e pela inevitável caça furtiva, este parque precioso só não se tem conseguido proteger das cheias hiperbólicas das monções e de algumas polémicas.
Era Susi rebocado por cão, Oulanka, Finlandia
Personagens
PN Oulanka, Finlândia

Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
Barco e timoneiro, Cayo Los Pájaros, Los Haitises, República Dominicana
Praias
Península de Samaná, PN Los Haitises, República Dominicana

Da Península de Samaná aos Haitises Dominicanos

No recanto nordeste da República Dominicana, onde a natureza caribenha ainda triunfa, enfrentamos um Atlântico bem mais vigoroso que o esperado nestas paragens. Lá cavalgamos em regime comunitário até à famosa cascata Limón, cruzamos a baía de Samaná e nos embrenhamos na “terra das montanhas” remota e exuberante que a encerra.
Cândia, Dente de Buda, Ceilão, lago
Religião
Cândia, Sri Lanka

Incursão à Raíz Dental do Budismo Cingalês

Situada no âmago montanhoso do Sri Lanka, no final do século XV, Cândia assumiu-se a capital do reino do velho Ceilão que resistiu às sucessivas tentativas coloniais de conquista. Tornou-se ainda o seu âmago budista, para o que continua a contribuir o facto de a cidade preservar e exibir um dente sagrado de Buda.
De volta ao sol. Cable Cars de São Francisco, Vida Altos e baixos
Sobre Carris
São Francisco, E.U.A.

Cable Cars de São Francisco: uma Vida aos Altos e Baixos

Um acidente macabro com uma carroça inspirou a saga dos cable cars de São Francisco. Hoje, estas relíquias funcionam como uma operação de charme da cidade do nevoeiro mas também têm os seus riscos.
Teleférico de Mérida, Renovação, Venezuela, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
Sociedade
Mérida, Venezuela

A Renovação Vertiginosa do Teleférico mais Alto do Mundo

Em execução a partir de 2010, a reconstrução do teleférico de Mérida foi levada a cabo na Sierra Nevada por operários intrépidos que sofreram na pele a grandeza da obra.
Vida Quotidiana
Profissões Árduas

O Pão que o Diabo Amassou

O trabalho é essencial à maior parte das vidas. Mas, certos trabalhos impõem um grau de esforço, monotonia ou perigosidade de que só alguns eleitos estão à altura.
Leões juvenis num braço arenoso do rio Chire
Vida Selvagem
PN Liwonde, Malawi

A Reanimação Prodigiosa do PN Liwonde

Durante largo tempo, a incúria generalizada e o alastrar da caça furtiva vitimaram esta reserva animal. Em 2015, a African Parks entrou em cena. Em pouco tempo, também beneficiário da água abundante do lago Malombe e do rio Chire, o Parque Nacional Liwonde tornou-se um dos mais vivos e exuberantes do Malawi.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.