Marinduque, Filipinas

Quando os Romanos Invadem as Filipinas


Cristo chicoteado
Centuriões Moriones chicoteiam Jesus Cristo durante a Via Crucis de Boac.
Tempo de Morionar
Morador de Boac sai para a rua acabado de se vestir de centurião romano.
Romanos na Praia
Moriones invadem uma praia de Marinduque
Duplo Moriones
Artesão criador de moriones, segura duas máscaras recém-produzidas.
Público romano
Centuriões moriones alinhados durante a crucificação de Cristo, próximo do fim da Via Crucis de Boac.
Sofrimento
Actor que faz de Jesus Cristo leva a cabo o seu papel durante a Via Crucis de Boac.
O Corpo de Cristo
Centuriões carregam o corpo de Cristo pelas ruas de Boac, a capital de Marinduque.
Crucificação Moriones
Centuriões cercam Jesus Cristo, ainda na cruz, tal como foi representado durante a Via Crucis, nos arredores de Boac.
Peditório Romano
Moriones pedem dinheiro numa loja do centro de Boac.
Pausa para gelados
Mascarados de centuriões interrompem a sua participação para aliviarem o calor tropical de Marinduque.
Fé gay
Espectador gay da Via Crucis de Boac pede a dois centuriões para o ameaçarem com as suas espadas.
O Criador
Artesão segura uma das muitas máscaras que cria em madeira.
Peditório Particular
Morione pede uma contribuição numa loja de Boac.
De olho
Crianças sob vigia de uma gigantesca cabeça morione, durante uma competição de dança e máscaras, em Mogpog.
Morione Invertido
Morione de Marinduque em motorizada remove a sua máscara de Moriones para recuperar do calor tropical da ilha.
O Júri
Paine de júri do concurso de dança morione de Mogpog, em Marinduque.
Ar Puro
Morione levanta a sua máscara de centurião para arejar.
Sob Julgamento
Participantes de um concurso de moriones de Mogpog alinham-se em frente ao júri.
Tricycle Morione
Condutor de tricycle de Boac (a principal cidade da ilha de Marinduque) repousa com a máscara de morione a seus pés.
I tak ta mo
Morione destaca-se a dançar o êxito "i tak ta mo" durante um concurso de dança de Mogpog.
Nem o Império do Oriente chegou tão longe. Na Semana Santa, milhares de centuriões apoderam-se de Marinduque. Ali, se reencenam os últimos dias de Longinus, um legionário convertido ao Cristianismo.

César desesperaria perante o desempenho destes súbditos.

Abril começou há uns dias. A amihan  – a monção do Nordeste e época seca do arquipélago filipino – vai a meio.

O Sol brilha sem piedade mas o calor não chega para desmotivar um batalhão desgovernado de centuriões com vozinhas agudas que guerreiam por tudo e por nada e provocam os espectadores de Boac, a capital da ilha que leva à cena o Festival dos Moriones.

Moriones na praia, Festival moriones, Marinduque, Filipinas

Moriones invadem uma praia de Marinduque

A Génese Histórica do Festival dos Moriones

O evento foi assim chamado por adaptação de morrion, o termo castelhano para os capacetes dos soldados de Castela que continua a definir os usados pelos foliões. Basta avançarmos até à era das Descobertas para compreendermos a ligação.

Em 1521, Fernão de Magalhães chegou às Filipinas ao serviço de Carlos V. Apesar de ter sido ferido de morte na ilha vizinha de Mactan, o seu sacrifício abriu as portas aos conquistadores espanhóis. Em breve, estes, colonizariam o arquipélago enquanto os missionários que se lhes juntaram, se encarregavam de o converter ao Cristianismo.

Marinduque não escapou à sua acção.

Em 1807, a ilha estava já dividida em várias paróquias e cada padre era livre de formar os novos fiéis como lhe aprazia, desde que de acordo com a Bíblia.

Diz-se que, na de Mogpog, agradavam, em especial, ao Frade Dionísio Santiago, as dramatizações populares e a personagem de Longinus.

Morione a arejar, Festival moriones, Marinduque, Filipinas

Morione levanta a sua máscara de centurião para arejar.

E a Base Bíblica do Longo Enredo

Segundo os relatos dos Evangelhos,

Longinus terá sido o centurião responsável por satisfazer os judeus em garantir que Jesus e os outros crucificados morriam e eram removidos do Calvário antes do pôr-do-sol, para evitar a profanação do Sabat.

Segundo instruções superiores, deveriam partir-se as pernas aos que ainda estivessem vivos.

Quando Longinus se aproximou de Jesus, pareceu-lhe morto mas, para ter a certeza, o centurião, que só via de um olho, decidiu perfurar o corpo com a sua lança.

Gotas de sangue caíram-lhe sobre a vista cega e curaram-na.

Daí em diante, Longinus e dois outros centuriões testemunharam diversas manifestações divinas, incluindo a Ressurreição.

Essas manifestações levaram-nos a aceitar, com remorso, que Jesus era realmente o filho de Deus.

Cristo actor, Festival moriones, Ilha de Marinduque, Filipinas

Actor que faz de Jesus Cristo leva a cabo o seu papel durante a Via Crucis de Boac.

A sua inesperada conversão provocou a ira tanto dos judeus como dos romanos. Obrigou Longinus a fugir para a Capadócia onde passou a professar o Cristianismo.

Mas as calúnias dos judeus instaram Pilatos a enviar soldados para o capturar e decapitar.

O perseguido acabou por se submeter a esse destino.

Quando os Moriones Romanos Invadem a Ilha de Marinduque

Com o passar dos anos, em Marinduque, a história foi simplificada.

O drama é tratado com uma combinação de respeito e da famosa descontracção do povo mais latino da Ásia.

Morione motorizado, festival moriones, Marinduque, Filipinas

Morione de Marinduque em motorizada remove a sua máscara de Moriones para recuperar do calor tropical da ilha.

Durante toda a semana, Mogpog, Boac, Gasan e Santa Cruz são atormentadas por legiões irrequietas.

Cruzam-nas grupos de centuriões anacrónicos, que percorrem as praias e se apoderam de casamentos, onde se atrevem a raptar os noivos.

Formam colunas militares coloridas. Invadem as lojas com exigências de donativos generosos a que a maior parte dos comerciantes tem prazer em ceder.

Peditorio em loja, Festival moriones, Ilha de Marinduque, Filipinas

Moriones pedem dinheiro numa loja do centro de Boac.

Os Artesãos que Moldam as Máscaram Moriones

Alguns nativos contribuem com a sua arte.

É o caso de Regis e dos sobrinhos, que esculpem com dedicação e mestria as máscaras moriones mais realistas da ilha.

Criador de máscaras, festival moriones, Marinduque, Filipinas

Artesão criador de moriones, segura duas máscaras recém-produzidas.

“Vivemos e trabalhamos nos Estados Unidos durante a maior parte do ano … “ confessam os rapazes que vestem equipamentos das suas equipas de basquete norte-americanas preferidas. “ … ao chegar a esta altura, arranjamos sempre maneira de vir até cá …”

Outros ainda, preferem trabalhar e divertir-se ao mesmo tempo. Fazem-no mascarados.

Encontramos motoristas de jeepneys (autocarros folclóricos filipinos) e de tricycles, mas também funcionários de repartições públicas, empregados de mesa e até jardineiros.

Morione romano em tricycle-festival moriones, Marinduque, Filipinas

Condutor de tricycle de Boac (a principal cidade da ilha de Marinduque) repousa com a máscara de morione a seus pés.

Dentro dos uniformes e das máscaras, o calor é atroz e, muitos, encaram as suas participações no festival como penitências.

Vistas as coisas de uma forma comparativa, não passam de brincadeiras.

A Via Crucis Tropical do Festival de Moriones

Quando chega a tarde de Sexta-Feira Santa é levada a cabo a Via Crucis.

Voluntários devotos desempenham o papel de Jesus e dos dois ladrões e, sob um sol inclemente, carregam as cruzes até um gólgota local.

Via Crucis de Boac, Festival de Moriones, Marinduque, Filipinas

Centuriões Moriones chicoteiam Jesus Cristo durante a Via Crucis de Boac.

Também durante a procissão os moriones fazem das suas.

Sob o pretexto do realismo, mandam chicotadas violentas nas cruzes e, demasiadas vezes, nos mártires, que têm que apelar à ajuda divina para não ripostarem e se manterem fiéis à representação.

Em simultâneo, os esgares sádicos dos centuriões – que ali exibem as melhores máscaras de Marinduque – e a dor que vão infligindo impressionam e angustiam, por solidariedade, os espectadores mais sensíveis.

No Calvário, prosseguem, sem exageros, os acontecimentos históricos. Em vez de pregados, Jesus e os dois ladrões são amarrados às cruzes pelos soldados romanos e reverenciados pela multidão.

Representa-se o milagre de Longinus. Pouco depois, Jesus é trazido ao solo e entregue às mulheres que choram a sua morte.

Cena Crucificação, Festival moriones, ilha de Marinduque, Filipinas

Centuriões cercam Jesus Cristo, ainda na cruz, tal como foi representado durante a Via Crucis, nos arredores de Boac.

Uma vez removidas as cordas que delimitam o cenário, o público corre para se fotografar na companhia dos seus actores e figurantes preferidos.

Espectador efeminado, Festival moriones, Ilha de Marinduque, Filipinas

Espectador gay da Via Crucis de Boac pede a dois centuriões para o ameaçarem com as suas espadas.

As Competições de Máscaras e Danças e a Perseguição de Longinus

Chegado o fim de semana, os moriones voltam à carga. Longinus assume um protagonismo ausente das celebrações.

Encontramo-los numa escola de Mogpog – a povoação-berço do festival – onde se realiza um concurso que premeia as melhores máscaras e trajes, segundo diversas categorias.

Morione romano de olho, Festival moriones, Marinduque, Filipinas

Crianças sob vigia de uma gigantesca cabeça morione, durante uma competição de dança e máscaras, em Mogpog.

Do cimo de um palco, em tagalog (o dialecto nacional) o apresentador de serviço agradece a um sem número de entidades e pessoas. Logo, explica aos concorrentes as regras da competição.

A prova começa e a visão a partir desse mesmo palco revela-se surreal.

Concurso de danca, Festival moriones, Marinduque, Filipinas

Morione destaca-se a dançar o êxito “i tak ta mo” durante um concurso de dança de Mogpog.

Numa pista improvisada sobre o pátio da escola, centenas de moriones tresloucados “twistam” lado a lado a coreografia de “i tak ta mo“, a banda sonora de um programa televisivo então idolatrado nas Filipinas.

Um painel de júris observa-os compenetrado, conferencia e elabora misteriosas apreciações.

As exibições duram uma eternidade e deixam os participantes de rastos mas chega-se, por fim, ao veredicto e os vencedores recebem os seus prémios.

Quando os espectadores menos esperam, Longinus surge do nada. É perseguido por uma multidão de centuriões que se esforçam para atrasar a sempre iminente captura.

Segue-se uma decapitação dramática que chegue que, emociona e salpica o público.

Criador mascaras, Festival moriones, Marinduque, Filipinas

Artesão segura uma das muitas máscaras que cria em madeira.

E deixa a cabeça do romano sobre uma poça de tinta cor-de-rosa.

Marinduque, Filipinas

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Nenhuma nação em redor é católica mas muitos filipinos não se deixam intimidar. Na Semana Santa, entregam-se à crença herdada dos colonos espanhóis.A auto-flagelação torna-se uma prova sangrenta de fé
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Bacolod, Filipinas

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Helsínquia, Finlândia

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Com mais de vinte cones acima dos 100 metros, a abrupta e luxuriante, Camiguin tem a maior concentração de vulcões que qualquer outra das 7641 ilhas filipinas ou do planeta. Mas, nos últimos tempos, nem o facto de um destes vulcões estar activo tem perturbado a paz da sua vida rural, piscatória e, para gáudio dos forasteiros, fortemente balnear.
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Quando só as Lutas de Galos Despertam as Filipinas

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Safari
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Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 1º - Pokhara a ChameNepal

Por Fim, a Caminho

Depois de vários dias de preparação em Pokhara, partimos em direcção aos Himalaias. O percurso pedestre só o começamos em Chame, a 2670 metros de altitude, com os picos nevados da cordilheira Annapurna já à vista. Até lá, completamos um doloroso mas necessário preâmbulo rodoviário pela sua base subtropical.
Cabana de Bay Watch, Miami beach, praia, Florida, Estados Unidos,
Arquitectura & Design
Miami Beach, E.U.A.

A Praia de Todas as Vaidades

Poucos litorais concentram, ao mesmo tempo, tanto calor e exibições de fama, de riqueza e de glória. Situada no extremo sudeste dos E.U.A., Miami Beach tem acesso por seis pontes que a ligam ao resto da Florida. É parco para o número de almas que a desejam.
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Aventura
Kalsoy, Ilhas Faroé

Um Farol no Fim do Mundo Faroês

Kalsoy é uma das ilhas mais isoladas do arquipélago das faroés. Também tratada por “a flauta” devido à forma longilínea e aos muitos túneis que a servem, habitam-na meros 75 habitantes. Muitos menos que os forasteiros que a visitam todos os anos atraídos pelo deslumbre boreal do seu farol de Kallur.
Parada e Pompa
Cerimónias e Festividades
São Petersburgo, Rússia

A Rússia Vai Contra a Maré. Siga a Marinha

A Rússia dedica o último Domingo de Julho às suas forças navais. Nesse dia, uma multidão visita grandes embarcações ancoradas no rio Neva enquanto marinheiros afogados em álcool se apoderam da cidade.
Vista Serra do Cume, Ilha Terceira, Açores Ímpares
Cidades
Ilha Terceira, Açores

Ilha Terceira: Viagem por um Arquipélago dos Açores Ímpar

Foi chamada Ilha de Jesus Cristo e irradia, há muito, o culto do Divino Espírito Santo. Abriga Angra do Heroísmo, a cidade mais antiga e esplendorosa do arquipélago. São apenas dois exemplos. Os atributos que fazem da ilha Terceira ímpar não têm conta.
Comida
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Uma Economia de Mercado

A lei da oferta e da procura dita a sua proliferação. Genéricos ou específicos, cobertos ou a céu aberto, estes espaços dedicados à compra, à venda e à troca são expressões de vida e saúde financeira.
Danças
Cultura
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Danças de Ryukyu: têm séculos. Não têm grandes pressas.

O reino Ryukyu prosperou até ao século XIX como entreposto comercial da China e do Japão. Da estética cultural desenvolvida pela sua aristocracia cortesã contaram-se vários estilos de dança vagarosa.
Desporto
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Homem, uma Espécie Sempre à Prova

Está-nos nos genes. Pelo prazer de participar, por títulos, honra ou dinheiro, as competições dão sentido ao Mundo. Umas são mais excêntricas que outras.
Braga ou Braka ou Brakra, no Nepal
Em Viagem
Circuito Annapurna: 6º – Braga, Nepal

Num Nepal Mais Velho que o Mosteiro de Braga

Quatro dias de caminhada depois, dormimos aos 3.519 metros de Braga (Braka). À chegada, apenas o nome nos é familiar. Confrontados com o encanto místico da povoação, disposta em redor de um dos mosteiros budistas mais antigos e reverenciados do circuito Annapurna, lá prolongamos a aclimatização com subida ao Ice Lake (4620m).
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Viagem pelo Caminho da Maoridade

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São Nicolau, Cabo Verde

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A voz da saudosa Cesária Verde cristalizou o sentimento dos cabo-verdianos que se viram forçados a deixar a sua ilha. Quem visita São Nicolau ou, vá lá que seja, admira imagens que a bem ilustrem, percebe porque os seus lhe chamam, para sempre e com orgulho, nha terra.
Submarino Vesikko
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A Fortaleza em Tempos Sueca da Finlândia

Destacada num pequeno arquipélago à entrada de Helsínquia, Suomenlinna foi erguida por desígnios político-militares do reino sueco. Durante mais de um século, a Rússia deteve-a. Desde 1917, que o povo suómi a venera como o bastião histórico da sua espinhosa independência.
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Inverno Branco
Kemi, Finlândia

Não é Nenhum “Barco do Amor”. Quebra Gelo desde 1961

Construído para manter vias navegáveis sob o Inverno árctico mais extremo, o quebra-gelo Sampo” cumpriu a sua missão entre a Finlândia e a Suécia durante 30 anos. Em 1988, reformou-se e dedicou-se a viagens mais curtas que permitem aos passageiros flutuar num canal recém-aberto do Golfo de Bótnia, dentro de fatos que, mais que especiais, parecem espaciais.
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Vida e Obra de uma Escritora à Margem

Nascida em Goiás, Ana Lins Bretas passou a maior parte da vida longe da família castradora e da cidade. Regressada às origens, continuou a retratar a mentalidade preconceituosa do interior brasileiro
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Onde as Montanhas Cedem aos Fiordes

A estação final do Flam Railway, marca o término da descida ferroviária vertiginosa das terras altas de Hallingskarvet às planas de Flam. Nesta povoação demasiado pequena para a sua fama, deixamos o comboio e navegamos pelo fiorde de Aurland abaixo rumo à prodigiosa Balestrand.
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Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Camiguin, Filipinas, manguezal de Katungan.
Parques Naturais
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Ponte de Ross, Tasmânia, Austrália
Património Mundial UNESCO
À Descoberta de Tassie, Parte 3, Tasmânia, Austrália

Tasmânia de Alto a Baixo

Há muito a vítima predilecta das anedotas australianas, a Tasmânia nunca perdeu o orgulho no jeito aussie mais rude ser. Tassie mantém-se envolta em mistério e misticismo numa espécie de traseiras dos antípodas. Neste artigo, narramos o percurso peculiar de Hobart, a capital instalada no sul improvável da ilha até à costa norte, a virada ao continente australiano.
Monumento do Heroes Acre, Zimbabwe
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O Último Estertor do Surreal Mugabué

Em 2015, a primeira-dama do Zimbabué Grace Mugabe afirmou que o presidente, então com 91 anos, governaria até aos 100, numa cadeira-de-rodas especial. Pouco depois, começou a insinuar-se à sua sucessão. Mas, nos últimos dias, os generais precipitaram, por fim, a remoção de Robert Mugabe que substituiram pelo antigo vice-presidente Emmerson Mnangagwa.
Viti Levu, Fiji Ilhas, Pacifico do Sul, recife coral
Praias
Viti Levu, Fiji

Ilhas à Beira de Ilhas Plantadas

Uma parte substancial de Fiji preserva as expansões agrícolas da era colonial britânica. No norte e ao largo da grande ilha de Viti Levu, também nos deparámos com plantações que há muito só o são de nome.
Ilha de Miyajima, Xintoismo e Budismo, Japão, Portal para uma ilha sagrada
Religião
Miyajima, Japão

Xintoísmo e Budismo ao Sabor das Marés

Quem visita o tori de Itsukushima admira um dos três cenários mais reverenciados do Japão. Na ilha de Miyajima, a religiosidade nipónica confunde-se com a Natureza e renova-se com o fluir do Mar interior de Seto.
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Sobre Carris
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Ultima Estação: Fim do Mundo

Até 1947, o Tren del Fin del Mundo fez incontáveis viagens para que os condenados do presídio de Ushuaia cortassem lenha. Hoje, os passageiros são outros mas nenhuma outra composição passa mais a Sul.
Substituição de lâmpadas, Hidroelétrica de Itaipu watt, Brasil, Paraguai
Sociedade
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HidroElétrica Binacional do Itaipu: a Febre do Watt

Em 1974, milhares de brasileiros e paraguaios confluíram para a zona de construção da então maior barragem do Mundo. 30 anos após a conclusão, Itaipu gera 90% da energia paraguaia e 20% da do Brasil.
manada, febre aftosa, carne fraca, colonia pellegrini, argentina
Vida Quotidiana
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Quando a Carne é Fraca

É conhecido o sabor inconfundível da carne argentina. Mas esta riqueza é mais vulnerável do que se imagina. A ameaça da febre aftosa, em particular, mantém as autoridades e os produtores sobre brasas.
Pisteiro San em acção na Torra Conservancy, Namibia
Vida Selvagem
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Em Busca de Rinocerontes

Partimos do âmago do oásis gerado pelo rio Uniab, habitat do maior número de rinocerontes negros do sudoeste africano. Nos passos de um pisteiro bosquímano, seguimos um espécime furtivo, deslumbrados por um cenário com o seu quê de marciano.
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Voos Panorâmicos
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Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.