El Calafate, Argentina

Os Novos Gaúchos da Patagónia


Cavalgada em tons de Dourado
El Chabón Gustavo Holzmann galopa atrás de uma sua manada de cavalos que segue acompanhada de cães.
Argentino das Pampas Douradas
Trabalhador da herdade Nibepo Aike vestido ao bom estilo gaúcho da província de Santa Cruz.
Em plena tosquia
Uma ovelha é tosquiada, presa entre as pernas de um gaúcho da herdade Nibepo Aike.
Herdade encharcada
Vista da herdade Nibepo Aike, num dia chuvoso da Patagónia.
Uma ovelha solitária
Ovelha investiga a entrada de humanos num estábulo da herdade Nibepo Aike.
De patrulha
Ave de rapina perscruta a planície em busca de presas.
Pura Argentina: Mate & Parrilla
Gaúcho da herdade Nibepo Aike saboreia chá mate enquanto controla o lento assar de uma parrilla de cordeiro.
Parilla pronta
Parilla pronta a comer, depois de assar durante bastante tempo sobre brasas.
Riacho rápido
Riacho alimentado pela chuva e pelo degelo das montanhas atravessa a pampa amarelada junto a El Calafate.
Natureza Morta
Uma lebre caçada pelos cães de Gustavo Holzmann, pendurada da sua sela.
Deco Bovina
Pormenor decorativo da "estancia" Nibepo Aike.
Pausa na cavalgada
El Chabón - Gustavo Holzmann saboreia o sol suave que incide na zona da Patagónia argentina em redor de El Calafate.
Ovelhas intrigadas
Pequeno rebanho reunido num pasto da planície amarela em redor de El Calafate.
Em plena tosquia II
Gaúcho tosquia uma ovelha da herdade Nibepo Aika, segundos métodos tradicionais da Patagónia.
Anita na Argentina
A entrada de outra de muitas "estancias" desta zona interior da Patagónia argentina.
Trajes à vontade
Outro dos gaúchos da "estáncia" Nibepo Aike, este em trajes mais descontraídos que compostos.
Trajes conformes
Pormenor de moda gaúcha à cintura de um dos gaúchos da herdade Nibepo Aike.
Em redor de El Calafate, em vez dos habituais pastores a cavalo, cruzamo-nos com gaúchos criadores equestres e com outros que exibem para gáudio dos visitantes, a vida tradicional das pampas douradas.

Paramos no meio de um nada sul-americano, determinados em contemplar a imensidão dourada da estepe.

Passam-se cinco minutos. Dos confins desse mesmo nada, surge uma manada de cavalos a galope acompanhada, lado a lado por uma matilha de cães, todos eles determinados ora a controlar a manada ou liderar a corrida.

Na cauda da bizarra cavalgada incita-os um gaúcho de chicote em riste.

Ao ver-nos na beira da estrada, o gaúcho abandona a perseguição. Vem saudar-nos.

Reparamos que uma lebre que os cães haviam caçado lhe ensanguenta a sela e o pelo da montada e avisamo-lo na brincadeira: “Esses cães ainda rebentam com tanta dedicação!”.

“Nã, estão mais que habituados.” responde-nos. “Quando regressarmos, comem muito. Depois, dormem umas boas horas. É lindo isto por aqui, não é? Se quiserem vir numa cavalgada um dia destes, perguntem por mim lá no centro. Toda a gente me conhece. Sou o El Chabón.”

Dialogamos mais um pouco e despedimo-nos. El Chabón, a sua manada de cavalos e os cães retomam a correria. Somem no horizonte. Nós voltamos ao carro e à estrada encharcada.

Mais tarde, viríamos a descobrir que aquela personagem bravia mas cortês, embrulhada em couro e algo sumida num chapéu negro e numa barba tão ou mais escura tinha o nome de Gustavo Holzmann.

Tratava-se de um argentino de ascendência húngara, natural de Buenos Aires que se mudou em 1985 para os arredores de El Calafate, com o plano de criar cavalos.

El Chabón era o termo argentino equivalente ao tio espanhol, ao cara brasileiro e ao gajo português porque ficara conhecido na região.

Com o tempo, Gustavo tornou-se numa espécie de rei local das cavalgadas.

Segundo descrevem as descrições e elogios de que nos fomos inteirando, dedicou-se ao seu negócio com toda a alma, orgulhoso de proporcionar aos clientes momentos de genuína aventura, boa-disposição e confraternização nos cenários descomunais da Patagónia.

Não ficou por aí.

Entregou-se à permacultura e começou a ministrar sessões de hipoterapia. Tão profícua se tornou a sua relação com os equinos que Gustavo se passou a considerar um “caballólogo”.

Retomamos a Ruta Provincial RP15 que parte de El Calafate em direcção aos Andes e aos glaciares a sul.

Devagar e, de quando em quando, aos esses sobre o ripio (areão) escorregadio, avançamos ao longo da enorme arriba que abriga a cidade e da estepe alcatifada de amarelo pelos incontáveis arbustos do frio, os coirones.

Percorremos o espaço sem fim em que vagueiam, ao sabor do pasto, rebanhos de ovelhas e manadas de cavalos. E em que saltitam coelhos, assustados pelas aves de rapina e pelos cães predadores de El Chabón.

A continuação da estrada 15 conduz-nos à entrada de herdades ovelheiras emblemáticas da zona. A El Galpon del Glaciar, a Nibepo Aike, a Anita, entre outras.

Contra uns bons pesos, euros ou dólares, quase todas mimam os forasteiros com um aconchego patagónico tranquilizante e os melhores asados e parrilladas do país. Conscientes da reputação dos asados argentinos, não quisemos ser excepção.

Passamos sob o portal da estáncia Nibepo Aike decididos a submetermo-nos a um desses tratamentos, com vista para elevações polvilhadas de branco. A neve ainda caía nas terras mais altas. A chuva irrigava as terras mais baixas.

À chegada, recebe-nos um trio de gaúchos trajados cada um ao seu estilo, todos dentro dos padrões da tradição gaúcha da província de Santa Cruz.

Guiam-nos numa curta volta pelos edifícios de madeira mais próximos da propriedade. Depois, conduzem-nos a um estábulo desafogado mas lúgubre onde os esperam várias ovelhas.

Em três tempos, dois deles colaboram para capturar e dominar uma ovelha. Atam-lhe as patas e deitam-na sobre o piso. Com o animal enrolado, quase só vemos um focinho branco que se destaca duma grande bola de pelo creme.

As tesouradas que se seguem roubam a maior parte da lã farta da ovelha. Deixam-na com um visual juvenil e inocente, coberta de uma camada ténue de pelo quase branco.

Contra o frio intermédio e o torpor, um outro gaúcho bonacheirão e pitoresco de chapéu de feltro, camisa caqui, colete grená abotoado e avental da cintura para baixo, sorve chá mate.

Bebe-o da bombilla tradicional que segura com afecto enquanto passa os olhos pela parrilla ainda a assar sobre brasas.

Segue-se um longo almoço bem mais merecido por estes cowboys da Patagónia que qualquer um dos visitantes, que se  limitam a admirar o seu trabalho, os cenários da estância Nibeko Aike e, vá lá que seja, a inteirarem-se do seu curioso passado.

Segundo nos contam, a herdade teve origem no assentamento e parceria de um grupo de emigrantes croatas, no início do século XX em que Santiago Peso (o nome adaptado à argentina, não o original) e as famílias Trutanic e Stipcic formaram uma sociedade em que Santiago participou com o seu trabalho e os restantes sócios com a compra das ovelhas, outros animais e equipamentos.

Em 1936, Santiago Peso morreu de tuberculose. Seis anos depois, a esposa Maria Martinic – que continuou a explorar a herdade com as três filhas – comprou as partes que pertenciam aos sócios do marido.

Em 1947, decidiu mudar o nome da estáncia de La Jerónima para Nibepo Aike. Nibepo era uma composição das primeiras letras das alcunhas carinhosas das suas descendentes, Nini, Bebe e Poroka, seguido de Aike, um termo indígena tehuelche que significa “lugar de”.

Em 1976, Doña Maria faleceu. Nini comprou a parte da herdade da irmãs. É Adolfo, um dos seus filhos que tem actualmente a cargo a administração.

Os tempos mudaram também um pouco por toda a vasta Patagónia. Já não é a criação ovelheira o meio de sustento das herdades, principalmente em redor de El Calafate em que as visitas e estadias dos muitos turistas que chegam atraídos pela beleza imponente do glaciar Perito Moreno rendem aos proprietários incomparavelmente mais.

De acordo, mesmo se em menor quantidade, alguns gaúchos veem intactos os seus postos de trabalho. Em vez de tomarem conta de rebanhos com milhares de ovelhas, como d’antes, empregam as suas artes a apenas umas dezenas.

Centenas no melhor dos casos. Para compensar, aperfeiçoam os dotes sociais e conversam como nunca, com gente como nós, chegada do outro lado dos oceanos e de todas as partes do mundo.

Cai uma neve fina e esvoaçante. Os gaúchos conhecem a instabilidade traiçoeira da RP-15, ainda pior para os pequenos utilitários alugados em El Calafate em que nos movíamos.

António, um deles, faz questão de nos precaver sobre o que nos esperava com o melhor humor de que se lembrou: “bem amigos, se já escorregava à vinda para cá, preparem-se que agora vai ser bem pior!. Não querem voltar antes num dos nossos cavalos? Molham-se um pouco mas olhem que vão bem mais seguros! “

Rimo-nos a bom rir com a improbabilidade da sugestão e recusamos com uma qualquer piada que não fica a altura.

Metemo-nos no carro já com a cabeça e os ombros cobertos de flocos e fazemo-nos mais uma vez ao rípio.

Como esperado, pelo caminho, patinamos e corrigimos trajectórias de despiste vezes sem conta.

Demoramos uma eternidade, mas lá chegamos a El Calafate sãos, salvos e deslumbrados com os caprichos daquela Patagónia gaúcha sem fim.

Perito Moreno, Argentina

O Glaciar Que Resiste

O aquecimento é supostamente global mas não chega a todo o lado. Na Patagónia, alguns rios de gelo resistem.De tempos a tempos, o avanço do Perito Moreno provoca derrocadas que fazem parar a Argentina
El Chalten, Argentina

O Apelo de Granito da Patagónia

Duas montanhas de pedra geraram uma disputa fronteiriça entre a Argentina e o Chile.Mas estes países não são os únicos pretendentes.Há muito que os cerros Fitz Roy e Torre atraem alpinistas obstinados
Monument Valley, E.U.A.

Índios ou cowboys?

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Tombstone, E.U.A.

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Ushuaia, Argentina

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Perth, Austrália

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Durante séculos, os nativos das ilhas polinésias subsistiram da terra e do mar. Até que a intrusão das potências coloniais e a posterior introdução de peças de carne gordas, da fast-food e das bebidas açucaradas geraram uma praga de diabetes e de obesidade. Hoje, enquanto boa parte do PIB nacional de Tonga, de Samoa Ocidental e vizinhas é desperdiçado nesses “venenos ocidentais”, os pescadores mal conseguem vender o seu peixe.
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Os GI's partiram com o fim da 2ª Guerra Mundial mas a música do interior dos EUA que ouviam ainda anima a Cordillera de Luzon. É de tricycle e ao seu ritmo que visitamos os terraços de arroz de Hungduan.
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Do Vietname em diante, as estradas cambojanas desfeitas e os campos de minas remetem-nos para os anos do terror Khmer Vermelho. Sobrevivemos e somos recompensados com a visão do maior templo religioso
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Nzulezu, Gana

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tunel de gelo, rota ouro negro, Valdez, Alasca, EUA
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Portfólio Got2Globe

Sensações vs Impressões

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História
Ilha Ibo, Moçambique

Ilha de um Moçambique Ido

Foi fortificada, em 1791, pelos portugueses que expulsaram os árabes das Quirimbas e se apoderaram das suas rotas comerciais. Tornou-se o 2º entreposto português da costa oriental de África e, mais tarde, a capital da província de Cabo Delgado, Moçambique. Com o fim do tráfico de escravos na viragem para o século XX e a passagem da capital para Porto Amélia, a ilha Ibo viu-se no fascinante remanso em que se encontra.
Forte Galle, Sri Lanka, Ceilão Lendária Taprobana
Ilhas
Galle, Sri Lanka

Nem Além, Nem Aquém da Lendária Taprobana

Camões eternizou o Ceilão como um marco indelével das Descobertas onde Galle foi das primeiras fortalezas que os portugueses controlaram e cederam. Passaram-se cinco séculos e o Ceilão deu lugar ao Sri Lanka. Galle resiste e continua a seduzir exploradores dos quatro cantos da Terra.
Maksim, povo Sami, Inari, Finlandia-2
Inverno Branco
Inari, Finlândia

Os Guardiães da Europa Boreal

Há muito discriminado pelos colonos escandinavos, finlandeses e russos, o povo Sami recupera a sua autonomia e orgulha-se da sua nacionalidade.
Lago Manyara, parque nacional, Ernest Hemingway, girafas
Literatura
PN Lago Manyara, Tanzânia

África Favorita de Hemingway

Situado no limiar ocidental do vale do Rift, o parque nacional lago Manyara é um dos mais diminutos mas encantadores e ricos em vida selvagem da Tanzânia. Em 1933, entre caça e discussões literárias, Ernest Hemingway dedicou-lhe um mês da sua vida atribulada. Narrou esses dias aventureiros de safari em “As Verdes Colinas de África”.
Camiguin, Filipinas, manguezal de Katungan.
Natureza
Camiguin, Filipinas

Uma Ilha de Fogo Rendida à Água

Com mais de vinte cones acima dos 100 metros, a abrupta e luxuriante, Camiguin tem a maior concentração de vulcões que qualquer outra das 7641 ilhas filipinas ou do planeta. Mas, nos últimos tempos, nem o facto de um destes vulcões estar activo tem perturbado a paz da sua vida rural, piscatória e, para gáudio dos forasteiros, fortemente balnear.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Serra Dourada, Cerrado, Goiás, Brasil
Parques Naturais
Serra Dourada, Goiás, Brasil

Onde o Cerrado Ondula Dourado

Um dos tipos de savana da América do Sul, o Cerrado estende-se por mais de um quinto do território brasileiro que abastece de boa parte da água doce. Situado no âmago do Planalto Central e do estado de Goiás, o do Parque Estadual Serra Dourada resplandece a dobrar.
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Michaelmas Cay, Austrália

A Milhas do Natal (parte I)

Na Austrália, vivemos o mais incaracterístico dos 24os de Dezembro. Zarpamos para o Mar de Coral e desembarcamos num ilhéu idílico que partilhamos com gaivinas-de-bico-laranja e outras aves.
ora de cima escadote, feiticeiro da nova zelandia, Christchurch, Nova Zelandia
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Apesar da sua notoriedade nos antípodas, Ian Channell, o feiticeiro da Nova Zelândia não conseguiu prever ou evitar vários sismos que assolaram Christchurch. Com 88 anos de idade, após 23 anos de contrato com a cidade, fez afirmações demasiado polémicas e acabou despedido.
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Taiti Para lá do Clichê

As vizinhas Bora Bora e Maupiti têm cenários superiores mas o Taiti é há muito conotado com paraíso e há mais vida na maior e mais populosa ilha da Polinésia Francesa, o seu milenar coração cultural.
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Uma Vida a Meia-Encosta

Gangtok é a capital de Sikkim, um antigo reino da secção dos Himalaias da Rota da Seda tornado província indiana em 1975. A cidade surge equilibrada numa vertente, de frente para a Kanchenjunga, a terceira maior elevação do mundo que muitos nativos crêem abrigar um Vale paradisíaco da Imortalidade. A sua íngreme e esforçada existência budista visa, ali, ou noutra parte, o alcançarem.
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Partimos de Fianarantsoa às 7a.m. Só às 3 da madrugada seguinte completámos os 170km para Manakara. Os nativos chamam a este comboio quase secular Train Grandes Vibrations. Durante a longa viagem, sentimos, bem fortes, as do coração de Madagáscar.
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Mil e Uma Noites Perdidas

Em 1984, Murray Head cantou a magia e bipolaridade nocturna da capital tailandesa em "One Night in Bangkok". Vários anos, golpes de estado, e manifestações depois, Banguecoque continua sem sono.
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Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
savuti, botswana, leões comedores de elefantes
Vida Selvagem
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Os Leões Comedores de Elefantes de Savuti

Um retalho do deserto do Kalahari seca ou é irrigado consoante caprichos tectónicos da região. No Savuti, os leões habituaram-se a depender deles próprios e predam os maiores animais da savana.
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Voos Panorâmicos
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.