Ilha Kéré a Orango, Bijagós, Guiné Bissau

Em Busca dos Hipopótamos Lacustres-Marinhos e Sagrados das Bijagós


Flamingos Banhados
Ainda em Busca
Em Formação
A Praia do Desembarque
Trabalho de Tecelões
Travessia do Charco
The Hippo Trail
Grande Hipo
A Lagoa de Anôr
Rela Alva
Hipos de Molho
Patos de Anôr
Bando de Maçaricos
Dez Hipos ou Mais
São os mamíferos mais letais de África e, no arquipélago das Bijagós, preservados e venerados. Em virtude da nossa admiração particular, juntamo-nos a uma expedição na sua demanda. Com partida na ilha de Kéré e fortuna no interior da de Orango.

Ainda não são oito da manhã, quando Herculano, o homem do leme, nos faz zarpar da ilha Kéré.

Seguimos a bordo de uma lancha metalizada que desliza sobre o mar raso das Bijagós quase sem oscilar. Pela frente, na direcção do poente e do Atlântico, temos o canal que separa as ilhas de Carache e Caravela.

Se o tomássemos, do lado de lá, estaríamos mais expostos ao Atlântico. Em vez, contornarmos o extremo leste afiado de Carache, rumo ao canal Pedro Cintra e ao âmago do arquipélago.

Sucedem-se as palmeiras-de-óleo-africanas, tão características destas partes de África que também são conhecidas por palmas-da-Guiné, superadas em altura apenas pelos poilões com mais idade.

A sudeste, ao longo da costa da ilha de Enu e no litoral imediato de Uno, salvo a excepção de umas poucas zonas de manguezal, o cenário mantem-se nesta mesma constância vegetal.

Metemo-nos entre Uracane e Uno. Aproximamo-nos do sub-grupo de ilhas que forma o PN Orango.

Paulo Martins, o guia, e Miguel LeCoq, o biólogo e também guia, elucidam-nos de tudo um pouco do que diz respeito aos ecossistemas e à cultura das Bijagós. Aí chegados, alertam-nos para algo especial.

O Banco de Areia Asado no Caminho de Orango

Vislumbramos o que nos parece um banco de areia deixado a descoberta pelo vazar da maré, ocupado por uma miríade de aves. Quando dele nos aproximamos, o que aparentava, confirma-se. Distintas espécies partilham-no.

Muitas das aves só têm espaço na orla do banco, onde as vagas as refrescam.

Acercamo-nos um pouco mais. Apercebemo-nos que essas últimas são pernaltas.

Dezenas de flamingos de olho na embarcação. Têm a companhia de várias centenas de maçaricos, recém-chegados da longínqua Islândia.

Prosseguimos a navegação. Malgrado a distância, algumas aves desconfiadas optam pelo seguro. Ao descolarem, incitam as outras a segui-las.

Geram um caos asado que nos consegue baralhar. Aos poucos, enquanto circundam o banco de areia numa volta evasiva, entram nas suas devidas formações.

Os flamingos libertam-se dos maçaricos. Daí em diante, admiramos, sem interferências, a exuberância das suas cores e formas, a graciosidade do seu voo sincronizado.

Enquanto nos afastamos do banco de areia, os flamingos completam a sua elipse. Regressam ao ponto de partida.

No entretanto, passamos ao largo da tabanca de Anônho e, logo, entre esta e a de Eticoga. Detemo-nos no molhe do hotel Orango. Lá se nos junta Belmiro Lopes, nativo de Orango e guia do PN Orango, responsável por nos levar ao encontro dos hipopótamos.

Herculano e Miguel saúdam-no. Acolhem-no a bordo e inteiram-se de novidades, parte delas, importantes para expedição. Fazem-no no crioulo guineense que, devido ao seu largo tempo de Guiné Bissau, Miguel também domina.

Prosseguimos pela costa de Orango abaixo, na senda do ponto de desembarque. Nesse derradeiro trajecto, ficamos na iminência do limiar do arquipélago, mais expostos ao oceano.

Pela primeira vez, o Atlântico banha o areal com amostras de vagas que pouco ou nada importunam a transição para terra.

Desembarque em Orango e Caminhada pelos Prados de Anôr

Já sobre a areia escaldante, desentorpecemos as pernas das quase três horas na lancha.

Examinamos a vegetação costeira, baixa, quase arbustiva, desprovida das grandes palmas-da-guiné e dos poliões que se haviam sucedido desde a agora remota ilha Kéré.

Belmiro conduz-nos ao trilho por que avançaríamos para o interior de Orango.

Nuns poucos metros, notamos que sulca uma savana amarelada, e uma paisagem distinta das de Kéré, Caravela e Carache, o trio das mais de oitenta Bijagós que, por essa altura, tínhamos explorado.

Miguel explica-nos que, tal como a víamos, a savana de erva alta dourava à medida que a época seca da região se estendia.

Chegadas as chuvas, aqueles prados ensopavam, tornavam-se verdejantes, mais condizentes com a vida anfíbia dos hipopótamos.

Nem por acaso, instantes depois, detectamos uma pista de prado arrancado e terra arenosa, criada pelas sucessivas passagens dos cavalos-do-rio.

Caminhamos entre árvores de tambakunda. Com o calor a apertar, os seus frutos ilusórios e duros como pedra, fazem-nos sonhar com kiwis sumarentos.

A recompensa é outra.

A Primeira das Lagoas de Anôr

O trilho revela-nos a primeira das três lagoas abrangidas e a hipótese inicial de avistarmos os hipopótamos.

Belmiro e Miguel perscrutam o corpo de água pejado de nenúfares, envolto de capim e numa orla secundária, de acácias e, aí sim, de algumas palmeiras-de-óleo-africanas.

Nessa busca, damos com dois crocodilos a recarregarem-se.

Fotografamos uma comunidade prolífica de aves: tecelões autores de um impressionante macramé de ninhos de palha.

E ainda patos, íbis, garças e outras.

Os repetidos sons graves de palmas produzidos por Belmiro falham em revelar e atrair hipopótamos. Os guias decretam-nos ausentes daquela lagoa.

De acordo, dão por findo o também descanso e põe-nos a caminho da lagoa que se seguia.

Por algum tempo mais, serpenteamos pela savana.

A espaços, por um prado tão crescido que nos batia em altura. Cruzamos corgas e poças enlameadas e escuras, sintomas de que estávamos mais perto de redutos alagados.

A Segunda Lagoa de Anôr, ainda em Busca

Atravessamos um derradeiro charco de água negra-oxidada, para uma floresta densa, repleta de galhos frondosos e lianas enrodilhadas. Belmiro anuncia que estamos à entrada da segunda lagoa.

Deixa-nos a uma distância de segurança, na expectativa.

Logo, avança para a orla algo elevada. Dissimulado pelo mato, recupera as palmas ressonantes da primeira lagoa. Uma vez. Duas. Várias mais.

Durante quatro ou cinco minutos, sem resultado. Belmiro muda-se para a frente de um outro ponto em que, via um canal curto, essa lagoa tinha uma extensão. Aí, volta às suas palmas convocatórias.

Parece-nos a todos que ainda em vão.

Por Fim, o Encontro com os Hipopótamos de Orango

Estamos a virar costas e a mentalizar-nos para nova hora de caminhada e para a derradeira tentativa, quando Belmiro dá o alerta a Miguel. “Estão aqui!” confirma-nos o biólogo. Alinhamo-nos na orla, o mais silencioso que conseguimos.

De início, não vemos sinal dos bichos. Belmiro carrega nas palmas, mais intensas e ecoantes. Por fim, emerge um hipopótamo curioso, as orelhas e cabeça a despontarem da água coberta de uma densa selagem vegetal. Logo, um segundo.

Outro mais. E outro ainda.

Pouco depois de nos ajustarmos aos contornos do mato e de com eles nos espantarmos, contamos, pelo menos, dez hipopótamos, todos com as cabeças fora de água, apenas das narinas para cima, de orelhas espetadas.

Intrigados pela embaixada que lhes dedicávamos.

Aos poucos, aproximam-se de nós.

De tal maneira que, mesmo conscientes que o plano superior em que os observávamos nos protegia, nos começam a intimidar.

Estávamos a admirá-los havia quinze minutos.

Belmiro, considerou que os animais se aproximavam em demasia e que o tempo se esgotara.

De acordo, voltamos a atravessar o charco escuro, para fora da bolsa de floresta que envolvia a lagoa.

“Bom, isto, hoje, foi muita sorte mesmo!” desabafa Belmiro. “Nas últimas vezes que cá vim, nunca os consegui ver. Vocês, mal chegam à segunda lagoa, dão logo com um grupo destes!”

A Evolução Suscitada pelas Sanguessugas

Partilhávamos uma euforia justificada. Afectada apenas pela preocupação de examinarmos os pés e as pernas, em busca das sanguessugas que infestam aquela lagoa e em redor, como outras de Orango.

Por uma derivação da mesma sorte, não portávamos nem um desses parasitas que há muito se aproveitam dos hippopotamus amphibius das Bijagós e que se crê que acabaram por determinar um comportamento único dos quase duzentos espécimes estimados no PN Orango.

A espécie das Bijagós é a comum. Em termos ecológicos, apresenta uma evolução tornada possível pelo passado geológico da região.

A Provável Explicação Geológica

Em tempos, a área actual do arquipélago das Bijagós foi preenchida por um delta fluvial vasto, coberto de água doce. Ao longo dos milénios, o oceano avançou.

Tornou-a marinha.

Os hipopótamos que chegaram a proliferar em várias outras grandes ilhas do arquipélago, Caravela, Formosa e, sabe-se que até Bubaque, ajustaram-se às novas condições.

A determinada altura, os animais apreenderam que, ao meterem-se na água do mar, tão próxima das lagoas, se livravam das sanguessugas que perfuram as suas peles.

Assim, quando as sanguessugas os importunam, vão até ao oceano. Mantêm-se em banho salgado por uma ou duas horas. Às vezes mais. Ao retornarem às lagoas em que vivem, já o fazem purificados.

Por vezes, os hipopótamos fazem travessias marinhas mais longas. Muitos deles, chegam a viver em permanência no mar, de que saem para beberem água doce e se alimentarem.

Acontece, a espaços, passarem para terra junto das tabancas das Bijagós, até mesmo fora do PN Orango, como aconteceu nas ilhas relativamente distantes de Unhocomo e Unhocomozinho.

Nessas ocasiões, as gentes das Bijagós temem-nos, mas limitam-se a afugentá-los.

Desde que o povo Bijagó tem memória que os hipopótamos são vistos como poderosos e quase sagrados, como tal, protegidos.

Encontrá-los numa ilha do PN Orango, ou noutra Bijagó qualquer, tem o seu quê de Graal animal.

COMO IR: 

Voe com a Euroatlantic , Lisboa-Bissau e Bissau-Lisboa, às sextas-feiras.

RESERVE AS SUAS FÉRIAS NA ILHA KÉRÉ E EXPEDIÇÕES EM BUSCA DOS HIPÓPOTAMOS e/ou TARTARUGAS DAS BIJAGÓS EM:

http://bijagos-kere.fr ou pelo telefone e WhatsApp: +245 966993827

Ilha Kéré, Bijagós, Guiné Bissau

A Pequena Bijagó que Acolheu um Grande Sonho

Criado na Costa do Marfim, o francês Laurent encontrou, no arquipélago das Bijagós, o lugar que o arrebatou. A ilha que partilha com a esposa portuguesa Sónia, aceitou-os e ao afecto que sentiam pela Guiné Bissau. Há muito que Kéré e as Bijagós encantam quem os visita.
Cruzeiro Africa Princess, 2º Orangozinho, Bijagós, Guiné Bissau

Orangozinho e os Confins do PN Orango

Após uma primeira incursão à ilha Roxa, zarpamos de Canhambaque para um fim de dia à descoberta do litoral no fundo vasto e inabitado de Orangozinho. Na manhã seguinte, navegamos rio Canecapane acima, em busca da grande tabanca da ilha, Uite.
Bubaque, Bijagós, Guiné Bissau

O Portal das Bijagós

No plano político, Bolama subsiste capital. No âmago do arquipélago e no dia-a-dia, Bubaque ocupa esse lugar. Esta cidade da ilha homónima acolhe a maior parte dos forasteiros. Em Bubaque se encantam. A partir de Bubaque, muitos se aventuram rumo a outras Bijagós.
Cruzeiro Africa Princess, 1º Bijagós, Guiné Bissau

Rumo a Canhambaque, pela História da Guiné Bissau

O Africa Princess zarpa do porto de Bissau, estuário do rio Geba abaixo. Cumprimos uma primeira escala na ilha de Bolama. Da antiga capital, prosseguimos para o âmago do arquipélago das Bijagós.
Tabatô, Guiné Bissau

A Tabanca dos Músicos Poetas Mandingas

Em 1870, uma comunidade de músicos mandingas em itinerância, instalou-se junto à actual cidade de Bafatá. A partir da Tabatô que fundaram, a sua cultura e, em particular, os seus balafonistas prodigiosos, deslumbram o Mundo.
Tabatô, Guiné Bissau

Tabatô: ao Ritmo do Balafom

Durante a nossa visita à tabanca, num ápice, os djidius (músicos poetas)  mandingas organizam-se. Dois dos balafonistas prodigiosos da aldeia assumem a frente, ladeados de crianças que os imitam. Cantoras de megafone em riste, cantam, dançam e tocam ferrinhos. Há um tocador de corá e vários de djambés e tambores. A sua exibição gera-nos sucessivos arrepios.
PN Kaziranga, Índia

O Baluarte dos Monocerontes Indianos

Situado no estado de Assam, a sul do grande rio Bramaputra, o PN Kaziranga ocupa uma vasta área de pântano aluvial. Lá se concentram dois terços dos rhinocerus unicornis do mundo, entre em redor de 100 tigres, 1200 elefantes e muitos outros animais. Pressionado pela proximidade humana e pela inevitável caça furtiva, este parque precioso só não se tem conseguido proteger das cheias hiperbólicas das monções e de algumas polémicas.
Miranda, Brasil

Maria dos Jacarés: o Pantanal abriga criaturas assim

Eurides Fátima de Barros nasceu no interior da região de Miranda. Há 38 anos, instalou-se e a um pequeno negócio à beira da BR262 que atravessa o Pantanal e ganhou afinidade com os jacarés que viviam à sua porta. Desgostosa por, em tempos, as criaturas ali serem abatidas, passou a tomar conta delas. Hoje conhecida por Maria dos Jacarés, deu nome de jogador ou treinador de futebol a cada um dos bichos. Também garante que reconhecem os seus chamamentos.
PN Gorongosa, Moçambique

O Coração Selvagem de Moçambique dá Sinais de Vida

A Gorongosa abrigava um dos mais exuberantes ecossistemas de África mas, de 1980 a 1992, sucumbiu à Guerra Civil travada entre a FRELIMO e a RENAMO. Greg Carr, o inventor milionário do Voice Mail recebeu a mensagem do embaixador moçambicano na ONU a desafiá-lo a apoiar Moçambique. Para bem do país e da humanidade, Carr comprometeu-se a ressuscitar o parque nacional deslumbrante que o governo colonial português lá criara.
PN Hwange, Zimbabwé

O Legado do Saudoso Leão Cecil

No dia 1 de Julho de 2015, Walter Palmer, um dentista e caçador de trofeus do Minnesota matou Cecil, o leão mais famoso do Zimbabué. O abate gerou uma onda viral de indignação. Como constatamos no PN Hwange, quase dois anos volvidos, os descendentes de Cecil prosperam.
Santa Lucia, África do Sul

Uma África Tão Selvagem Quanto Zulu

Na eminência do litoral de Moçambique, a província de KwaZulu-Natal abriga uma inesperada África do Sul. Praias desertas repletas de dunas, vastos pântanos estuarinos e colinas cobertas de nevoeiro preenchem esta terra selvagem também banhada pelo oceano Índico. Partilham-na os súbditos da sempre orgulhosa nação zulu e uma das faunas mais prolíficas e diversificadas do continente africano.
Savuti, Botswana

Os Leões Comedores de Elefantes de Savuti

Um retalho do deserto do Kalahari seca ou é irrigado consoante caprichos tectónicos da região. No Savuti, os leões habituaram-se a depender deles próprios e predam os maiores animais da savana.
Varela, Guiné Bissau

Praia, derradeiro Litoral, até à Fronteira com o Senegal

Algo remota, de acesso desafiante, a aldeia pacata e piscatória de Varela compensa quem a alcança com a afabilidade da sua gente e com um dos litorais deslumbrantes, mas em risco, da Guiné Bissau.
Elalab, Guiné Bissau

Uma Tabanca na Guiné dos Meandros sem Fim

São incontáveis os afluentes e canais que, a norte do grande rio Cacheu, serpenteiam entre manguezais e encharcam terras firmes. Contra todas as dificuldades, gentes felupes lá se instalaram e mantêm povoações prolíficas que envolveram de arrozais. Elalab, uma delas, tornou-se uma das tabancas mais naturais e exuberantes da Guiné Bissau.
Serengeti, Grande Migração Savana, Tanzania, gnus no rio
Safari
PN Serengeti, Tanzânia

A Grande Migração da Savana Sem Fim

Nestas pradarias que o povo Masai diz siringet (correrem para sempre), milhões de gnus e outros herbívoros perseguem as chuvas. Para os predadores, a sua chegada e a da monção são uma mesma salvação.
Caminhantes no trilho do Ice Lake, Circuito Annapurna, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 7º - Braga - Ice Lake, Nepal

Circuito Annapurna – A Aclimatização Dolorosa do Ice Lake

Na subida para o povoado de Ghyaru, tivemos uma primeira e inesperada mostra do quão extasiante se pode provar o Circuito Annapurna. Nove quilómetros depois, em Braga, pela necessidade de aclimatizarmos ascendemos dos 3.470m de Braga aos 4.600m do lago de Kicho Tal. Só sentimos algum esperado cansaço e o avolumar do deslumbre pela Cordilheira Annapurna.
Igreja colonial de São Francisco de Assis, Taos, Novo Mexico, E.U.A
Arquitectura & Design
Taos, E.U.A.

A América do Norte Ancestral de Taos

De viagem pelo Novo México, deslumbramo-nos com as duas versões de Taos, a da aldeola indígena de adobe do Taos Pueblo, uma das povoações dos E.U.A. habitadas há mais tempo e em contínuo. E a da Taos cidade que os conquistadores espanhóis legaram ao México, o México cedeu aos Estados Unidos e que uma comunidade criativa de descendentes de nativos e artistas migrados aprimoram e continuam a louvar.
Pleno Dog Mushing
Aventura
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.
Dia da Austrália, Perth, bandeira australiana
Cerimónias e Festividades
Perth, Austrália

Dia da Austrália: em Honra da Fundação, de Luto Pela Invasão

26/1 é uma data controversa na Austrália. Enquanto os colonos britânicos o celebram com churrascos e muita cerveja, os aborígenes celebram o facto de não terem sido completamente dizimados.
Treasures, Las Vegas, Nevada, Cidade do Pecado e Perdao
Cidades
Las Vegas, E.U.A.

Onde o Pecado tem Sempre Perdão

Projectada do Deserto Mojave como uma miragem de néon, a capital norte-americana do jogo e do espectáculo é vivida como uma aposta no escuro. Exuberante e viciante, Vegas nem aprende nem se arrepende.
jovem vendedora, nacao, pao, uzbequistao
Comida
Vale de Fergana, Usbequistão

Uzbequistão, a Nação a Que Não Falta o Pão

Poucos países empregam os cereais como o Usbequistão. Nesta república da Ásia Central, o pão tem um papel vital e social. Os Uzbeques produzem-no e consomem-no com devoção e em abundância.
Noiva entra para carro, casamento tradicional, templo Meiji, Tóquio, Japão
Cultura
Tóquio, Japão

Um Santuário Casamenteiro

O templo Meiji de Tóquio foi erguido para honrar os espíritos deificados de um dos casais mais influentes da história do Japão. Com o passar do tempo, especializou-se em celebrar bodas tradicionais.
Desporto
Competições

Homem, uma Espécie Sempre à Prova

Está-nos nos genes. Pelo prazer de participar, por títulos, honra ou dinheiro, as competições dão sentido ao Mundo. Umas são mais excêntricas que outras.
Ponte de Ross, Tasmânia, Austrália
Em Viagem
À Descoberta de Tassie, Parte 3, Tasmânia, Austrália

Tasmânia de Alto a Baixo

Há muito a vítima predilecta das anedotas australianas, a Tasmânia nunca perdeu o orgulho no jeito aussie mais rude ser. Tassie mantém-se envolta em mistério e misticismo numa espécie de traseiras dos antípodas. Neste artigo, narramos o percurso peculiar de Hobart, a capital instalada no sul improvável da ilha até à costa norte, a virada ao continente australiano.
Étnico
Pentecostes, Vanuatu

Naghol: O Bungee Jumping sem Modernices

Em Pentecostes, no fim da adolescência, os jovens lançam-se de uma torre apenas com lianas atadas aos tornozelos. Cordas elásticas e arneses são pieguices impróprias de uma iniciação à idade adulta.
arco-íris no Grand Canyon, um exemplo de luz fotográfica prodigiosa
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 1)

E Fez-se Luz na Terra. Saiba usá-la.

O tema da luz na fotografia é inesgotável. Neste artigo, transmitimos-lhe algumas noções basilares sobre o seu comportamento, para começar, apenas e só face à geolocalização, a altura do dia e do ano.
Viagem na História de Santa Cruz de La Palma, Canárias, Varandas Avenida Marítima
História
Santa Cruz de La Palma, Canárias

A Viagem na História de Santa Cruz de La Palma

Começou como mera Villa del Apurón. Chegado o séc. XVI, a povoação não só tinha ultrapassado as suas dificuldades como era já a terceira cidade portuária da Europa. Herdeira dessa abençoada prosperidade, Santa Cruz de La Palma tornou-se uma das capitais mais elegantes das Canárias.
fuerteventura ilha canária tempo, PN Corralejo, Playa del Pozo
Ilhas
Fuerteventura, Canárias

Fuerteventura – Ilha Canária e Jangada do Tempo

Uma curta travessia de ferry e desembarcamos em Corralejo, no cimo nordeste de Fuerteventura. Com Marrocos e África a meros 100km, perdemo-nos no deslumbre de cenários desérticos, vulcânicos e pós-coloniais sem igual.
Auroras Boreais, Laponia, Rovaniemi, Finlandia, Raposa de Fogo
Inverno Branco
Lapónia, Finlândia

Em Busca da Raposa de Fogo

São exclusivas dos píncaros da Terra as auroras boreais ou austrais, fenómenos de luz gerados por explosões solares. Os nativos Sami da Lapónia acreditavam tratar-se de uma raposa ardente que espalhava brilhos no céu. Sejam o que forem, nem os quase 30º abaixo de zero que se faziam sentir no extremo norte da Finlândia nos demoveram de as admirar.
Casal de visita a Mikhaylovskoe, povoação em que o escritor Alexander Pushkin tinha casa
Literatura
São Petersburgo e Mikhaylovskoe, Rússia

O Escritor que Sucumbiu ao Próprio Enredo

Alexander Pushkin é louvado por muitos como o maior poeta russo e o fundador da literatura russa moderna. Mas Pushkin também ditou um epílogo quase tragicómico da sua prolífica vida.
O pequeno farol de Kallur, destacado no relevo caprichoso do norte da ilha de Kalsoy.
Natureza
Kalsoy, Ilhas Faroé

Um Farol no Fim do Mundo Faroês

Kalsoy é uma das ilhas mais isoladas do arquipélago das faroés. Também tratada por “a flauta” devido à forma longilínea e aos muitos túneis que a servem, habitam-na meros 75 habitantes. Muitos menos que os forasteiros que a visitam todos os anos atraídos pelo deslumbre boreal do seu farol de Kallur.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Chã das Caldeiras a Mosteiros, Ilha do Fogo, Cabo Verde
Parques Naturais
Chã das Caldeiras a Mosteiros, Ilha do Fogo, Cabo Verde

Chã das Caldeiras a Mosteiros: descida pelos Confins do Fogo

Com o cimo de Cabo Verde conquistado, dormimos e recuperamos em Chã das Caldeiras, em comunhão com algumas das vidas à mercê do vulcão. Na manhã seguinte, iniciamos o regresso à capital São Filipe, 11 km de caminho para Mosteiros abaixo.
Peregrinos no cimo, Monte Sinai, Egipto
Património Mundial UNESCO
Monte Sinai, Egipto

Força nas Pernas e Fé em Deus

Moisés recebeu os Dez Mandamentos no cume do Monte Sinai e revelou-os ao povo de Israel. Hoje, centenas de peregrinos vencem, todas as noites, os 4000 degraus daquela dolorosa mas mística ascensão.
ora de cima escadote, feiticeiro da nova zelandia, Christchurch, Nova Zelandia
Personagens
Christchurch, Nova Zelândia

O Feiticeiro Amaldiçoado da Nova Zelândia

Apesar da sua notoriedade nos antípodas, Ian Channell, o feiticeiro da Nova Zelândia não conseguiu prever ou evitar vários sismos que assolaram Christchurch. Com 88 anos de idade, após 23 anos de contrato com a cidade, fez afirmações demasiado polémicas e acabou despedido.
Tambores e tatoos
Praias
Taiti, Polinésia Francesa

Taiti Para lá do Clichê

As vizinhas Bora Bora e Maupiti têm cenários superiores mas o Taiti é há muito conotado com paraíso e há mais vida na maior e mais populosa ilha da Polinésia Francesa, o seu milenar coração cultural.
Intervenção policial, judeus utraortodoxos, jaffa, Telavive, Israel
Religião
Jaffa, Israel

Protestos Pouco Ortodoxos

Uma construção em Jaffa, Telavive, ameaçava profanar o que os judeus ultra-ortodoxos pensavam ser vestígios dos seus antepassados. E nem a revelação de se tratarem de jazigos pagãos os demoveu da contestação.
Train Fianarantsoa a Manakara, TGV Malgaxe, locomotiva
Sobre Carris
Fianarantsoa-Manakara, Madagáscar

A Bordo do TGV Malgaxe

Partimos de Fianarantsoa às 7a.m. Só às 3 da madrugada seguinte completámos os 170km para Manakara. Os nativos chamam a este comboio quase secular Train Grandes Vibrations. Durante a longa viagem, sentimos, bem fortes, as do coração de Madagáscar.
Teleférico de Mérida, Renovação, Venezuela, mal de altitude, montanha prevenir tratar, viagem
Sociedade
Mérida, Venezuela

A Renovação Vertiginosa do Teleférico mais Alto do Mundo

Em execução a partir de 2010, a reconstrução do teleférico de Mérida foi levada a cabo na Sierra Nevada por operários intrépidos que sofreram na pele a grandeza da obra.
Vendedores de fruta, Enxame, Moçambique
Vida Quotidiana
Enxame, Moçambique

Área de Serviço à Moda Moçambicana

Repete-se em quase todas as paragens em povoações de Moçambique dignas de aparecer nos mapas. O machimbombo (autocarro) detém-se e é cercado por uma multidão de empresários ansiosos. Os produtos oferecidos podem ser universais como água ou bolachas ou típicos da zona. Nesta região a uns quilómetros de Nampula, as vendas de fruta eram sucediam-se, sempre bastante intensas.
hipopotamos, parque nacional chobe, botswana
Vida Selvagem
PN Chobe, Botswana

Chobe: um rio na Fronteira da Vida com a Morte

O Chobe marca a divisão entre o Botswana e três dos países vizinhos, a Zâmbia, o Zimbabwé e a Namíbia. Mas o seu leito caprichoso tem uma função bem mais crucial que esta delimitação política.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.