Talisay City, Filipinas

Monumento a um Amor Luso-Filipino


Um, dois, três
Visitantes encenam poses divertidas com as Ruínas de Talisay City em fundo.
Casa & Jardim
Amigos no jardim vasto da antiga mansão, protegidos do sol escaldante próprio da latitude tropical da ilha de Negros.
Reflexo histórico
A estrutura da velha mansão do casal Lacson reflectida numa pequena mesa espelhada de jardim.
Don Raymundo
Raymundo Javellana, o bisneto de Mariano e Maria Lacso, autor da recuperação e da fama das Ruínas.
Neo-romantismo tropical
Pormenor da mansão erguida segundo um plano arquitectónico neo-romanesco italiano executado por Luís Puentevella.
À vez
Amigos fotografam-se numa escadaria da mansão Lacson.
Um novo brilho
A iluminação das Ruínas destacada pelo cair do lusco-fusco.
Umas poses quaisquer
Visitantes sobre um dos varandins das Ruínas.
Casal Lacson
Imagens históricas de Mariano e Maria Lacson.
Numa estrada açucarada
Um tricycle percorre uma estrada que atravessa uma das plantações de cana-de-açúcar em redor das Ruínas.
No final do século XIX, Mariano Lacson, um fazendeiro filipino e Maria Braga, uma portuguesa de Macau, apaixonaram-se e casaram. Durante a gravidez do que seria o seu 11º filho, Maria sucumbiu a uma queda. Destroçado, Mariano ergueu uma mansão em sua honra. Em plena 2ª Guerra Mundial, a mansão foi incendiada mas as ruínas elegantes que resistiram eternizam a sua trágica relação.

Passaram apenas uns minutos desde que a cicerone Betsy Gazo, jornalista do Sunstar de Bacolod nos recebeu à saída do ferry.

Percebemos, noutros tantos, o amor que Betsy tinha por aquela terra pejada de história e de incríveis peripécias, coloniais mas não só. “Sabem que eu tenho um amigo português. Estou mesmo entusiasmada por o irem conhecer!” As suas palavras intrigam-nos. “Um amigo português”? Na ilha tão longínqua de Negros?

A verdade é que já tínhamos encontrado compatriotas ou descendentes nos quatro cantos do mundo, incluindo nos arredores de Apia, a capital de Samoa. A confirmar-se, tratar-se ia de mais um caso da vasta luso-diáspora.

Betsy não tem como conter a ansiedade em nos contar e mostrar a sua terra natal. Aqui e ali, o entusiasmo leva-a a apimentar a realidade. Não tardamos a constatar que o amigo não era propriamente português mas que o passado secular da sua família nos valeria bem mais que isso.

Tricycle entre cana-de-açúcar em Talisay, ilha de Negros, Filipinas

Um tricycle percorre uma estrada que atravessa uma das plantações de cana-de-açúcar em redor das Ruínas.

A Visita Anunciada às Ruínas de Talisay

Chega o dia de o visitarmos. A carrinha deixa Bacolod rumo a Talisay, uma cidade nos arredores. Entramos em nova zona coberta de cana-de-açúcar, cultura porque a ilha de Negros é notória nas Filipinas.

Uma cancela detém-nos. Betsy conhece o funcionário na portinhola. Desbloqueia-nos a entrada num ápice. Umas dezenas de passos adicionais e damos com o âmago e razão da fama da propriedade. “Vou ver se encontro o Raymundo. Volto já. Investiguem à vontade!”

Perscrutamos o cenário em redor. Dele se destaca a armação de uma morada em tempos esplendorosa, hoje, misteriosa.

Pormenor das ruínas de Talisay City, ilha de Negros, Filipinas

Pormenor da mansão erguida segundo um plano arquitectónico neo-romanesco italiano executado por Luís Puentevella

O sol daquelas latitudes tropicais ia a caminho do zénite. Grelhava-nos sem clamor. Quando Raymundo Javellana aparece, dá-nos as boas-vindas e trata de nos arranjar uma sombra junto à fonte de água de quatro pisos que refrescava o jardim. Munido de vários emails, confirma-nos o sangue português que lhe corria nas veias.

Descreve-nos como o obtivera bem como a sua relação com as ruínas célebres que tínhamos por diante. Também nos pede ajuda na missão que alentava de identificar o ponto de origem exacto dos ancestrais lusitanos. “Não estão com pressa, pois não? A história é meio longa…”, adianta-nos com um sorriso terno e juvenil.”

Raymundo Javellana, descendente dos Lacson, Talisay City, ilha de Negros, Filipinas

Raymundo Javellana, o bisneto de Mariano e Maria Lacson, autor da recuperação e da fama das Ruínas.

Um Amor Filipino-Macaense

Segundo nos conta, Raymundo era bisneto de Don Mariano Ledesma Lacson e de Maria Lacson. Mariano Lacson, por sua vez, era um barão do açúcar de Negros, nos últimos tempos da era colonial hispânica das Filipinas, o mais novo de oito filhos da família Lacson, herdeiro do apelido e de uma plantação com 440 hectares nos mesmos arredores de Talisay City.

Abastado, com o futuro assegurado, Mariano aproveitou vários períodos de menos trabalho na plantação para viajar. Desvendava Hong-Kong quando uma jovem macaense lhe despertou a atenção e, pouco depois, a paixão.

Raymundo passa-nos para as mãos um esquema genealógico que tem raiz, em 1630, em Tancos e centra-se, nas últimas décadas do século XVII, em Macau. Por essa altura, Manuel Vicente Rosa começava a prosperar no comércio marítimo entre Portugal continental e a colónia asiática.

Foto de Mariano e Maria Lacson, Talisay, ilha de Negros, Filipinas

Imagens históricas de Mariano e Maria Lacson.

Contingências da sua vida e do negócio levaram a que, em 1738, se visse desafogado de finanças e uma das personagens mais influentes de Macau. Ainda assim, sem herdeiro. Mandou chamar de Portugal o sobrinho Simão Vicente Rosa, nos seus vinte anos, com o propósito de o casar e de lhe legar a fortuna.

O sobrinho não teve como resistir à proposta. Chegou a Macau a 3 de Outubro de 1738. Dezasseis dias depois, casava com Maria de Araújo Barros, noiva pré-seleccionada pelo tio. Este último, faleceu no ano seguinte. Simão Vicente tornou-se ainda mais rico que Manuel Vicente Rosa e, pelo menos, tão influente.

O Triunfo Comercial dos Rosa, em Macau

Reforçou a sua prosperidade através de empréstimos estratégicos aos Jesuítas, com quem viria a entrar em conflito quando reclamou uma tal de Ilha Verde como compensação por falta de pagamentos. Sucedeu-o nos negócios o seu quarto filho, Simão d’Araújo Rosa.

Simão d’Araujo Rosa concentrou a navegação e actividade comercial que herdara entre Banguecoque e Goa mas, na sua vigência, a riqueza da família definhou, vítima da concorrência da rota cada vez mais rentável de ópio entre Macau e Calcutá, em que não conseguira imiscuir-se.

Em Macau e, mais tarde Hong Kong, os sucessores de Simão d’Araújo Rosa usaram de forma combinada e alternada os sobrenomes do pai e da mãe: Rosa, Rosa Pereira e Rosa Braga. Por fim, adoptaram apenas Braga que, com o tempo, conquistara forte distinção em Goa. Maria, a jovem atraente que chamara a atenção do turista filipino Mariano Ledesma Lacson era uma das descedentes desta então família Braga.

Enquanto Raymundo desenrolava a história, o número de visitantes das suas Ruínas aumentara a olhos vistos. Investigavam o interior da estrutura e todos os recantos do jardim em redor, entregues a incontáveis e inevitáveis selfies e fotos de grupo.

Jardim das Ruínas de Talisay City, ilha de Negros, Filipinas

Amigos no jardim vasto da antiga mansão, protegidos do sol escaldante próprio da latitude tropical da ilha de Negros.

Ou a namoricos românticos nas varandas e escadarias do edifício. Também a vida a dois de Mariano e Maria Lacson se mantivera harmoniosa, repleta de amor. Até a desgraça lhes bater à porta.

Da Família Estável e Numerosa ao Drama

Mariano e Maria casaram e foram viver para Talisay. Nessa altura, esperava-se de um casal uma família prolífica. Mariano e Maria abençoaram-se com dez filhos: Victoria, Rafael, Mercedes (que mais tarde casou com um Javellana, apelido de Raymundo), Natividad, Sofia, Felipe, Consolación, Angelina, Ramon e Eduardo.

Teriam sido prendados com um 11º rebento mas Maria Lacson escorregou na casa de banho e começou a sangrar de forma abundante. O dano provou-se tão grave que em vez de a tentar transportar a um hospital de Talisay, Mariano apressou-se a preparar uma carruagem para ir buscar à cidade um médico que socorresse a esposa.

À época, a viagem para Talisay durava dois dias. Mariano demorou quatro a ir e a regressar. Maria e a criança morreram antes que chegasse. Mariano perdeu o amor da sua vida. Sofreu a bom sofrer para recuperar do desgosto.

Mas Don Mariano Lacson tinha dez filhos para criar e uma óbvia obrigação de continuar com a vida. Como expressão de amor-póstumo e de clarividência, decidiu erguer uma mansão em memória da esposa nas imediações da casa em que haviam morado.

The Ruins e reflexo, Talisay City, ilha de Negros, Filipinas

A estrutura da velha mansão do casal Lacson reflectida numa pequena mesa espelhada de jardim

Planeou uma casa em que ele e os filhos pudessem viver em desafogo e que, ao mesmo tempo, mitigasse a memória dolorosa do lugar em que Maria perecera. A ideia acolheu a concordância do sogro. Este, contribuiu financeiramente e, crê-se, que com os planos de arquitectura neo-romanesca italiana da mansão.

Don Mariano confiou a obra a um engenheiro local: Luís Puentevella. Um dos filhos Lacson supervisionou-a.

A Homenagem de Mariano Lacson a Maria Braga

À imagem dos antecedentes o pai de Maria era capitão de navio. A casa de dois andares foi assim dotada com a sua marca, com repetidos ornamentos em forma de concha nos cantos superiores, os mesmos que identificavam, então, na Nova Inglaterra, os lares de capitães de barcos.

Pormenores adicionais testemunharam o amor de Mariano por Maria: os dois “M” em cada pilar em volta do exterior da mansão, claras de ovo adicionadas ao cimento usado na construção para lhe conferir um visual e textura, refinados como os do mármore, que representasse a pele de alabastro de Maria característica das mulheres mediterrânicas.

A mansão tornou-se a maior estrutura residencial de Negros, dotada das melhores mobílias, louças e outros elementos decorativos. Foi algo favorecido pelo pai de Maria Braga poder navegar mundo fora e assegurar o seu transporte, como assegurou de trabalhadores chineses.

Visitantes sobre um varandim das ruínas de Talisay, City, ilha de Negros, Filipinas

Visitantes sobre um dos varandins das Ruínas.

Três das filhas de Mariano – Victoria, Consolación e Angelina – nunca casaram. De acordo, viveram no andar superior naquela mansão esplendorosa, enquanto os irmãos homens residiam no térreo.

Dizem as más línguas que esta distribuição dos filhos na casa determinada por Don Mariano impediu uma aproximação condigna dos pretendentes às donzelas que assim dela usufruíram por bastante mais tempo. Até que nova tragédia lhes roubou o privilégio.

O Desenrolar Inexorável da 2ª Guerra Mundial

Definia-se o palco asiático da 2ª Guerra Mundial. A invasão nipónica das Filipinas estava eminente e Mariano Lacson e os filhos viram-se obrigados a deixar a ilha de Negros.

O boato de que os japoneses transformariam a mansão num seu quartel-general, fez com que a guerrilha filipina sob comando norte-americano USAFFE se visse obrigada a incendiá-la.

A mansão ardeu durante três dias em que o fogo consumiu telhado, pisos e as portas de 5 cm de espessura tudo feito de madeiras nobres como tindalo, pau-rosa, kamagong e outras. Já a estrutura de ferro e cimento, resistiu. Permanece intacta e fascina quem quer que hoje visite as Ruínas.

Visitantes nas ruínas de Talisay, ilha de Negros, Filipinas

Visitantes encenam poses divertidas com as Ruínas de Talisay City em fundo.

O Memorial Idolatrado das Ruínas de Talisay

Don Mariano Lacson (1865-1948) faleceu três anos após o desfecho da 2ª Guerra Mundial. Raymundo Javellana, o nosso anfitrião e interlocutor era neto de Mercedes, uma das três filhas de Mariano e Maria que casaram.

Raymundo tornou-se também o dono inconformado e criativo da fazenda e do que sobrava da mansão dos bisavôs. Foi dele a ideia de transformar as Ruínas do seu ninho num memorial à altura.

Voltamos a visitá-las ao fim do dia, atentos a como o pôr-do-sol e o lusco-fusco moldavam a atmosfera do lugar. Por essa altura, dezenas de visitantes formavam uma fila para fotografarem a estrutura reflectida numa pequena mesa de jardim semi-espelhada.

The Ruins, Talisay City, ilha de Negros, Filipinas

A iluminação das Ruínas destacada pelo cair do lusco-fusco.

Outros, contracenavam para distintas fotos, rendidos ao significado emocional do lugar entretanto apelidado de “Taj Mahal de Negros”. Uma banda de Bacolod não tardou a inaugurar a sua actuação nocturna e contribuiu com uma banda sonora vigorosa para aquela intrigante celebração da vida e da morte.

Camiguin, Filipinas

Uma Ilha de Fogo Rendida à Água

Com mais de vinte cones acima dos 100 metros, a abrupta e luxuriante, Camiguin tem a maior concentração de vulcões que qualquer outra das 7641 ilhas filipinas ou do planeta. Mas, nos últimos tempos, nem o facto de um destes vulcões estar activo tem perturbado a paz da sua vida rural, piscatória e, para gáudio dos forasteiros, fortemente balnear.
Mactan, Cebu, Filipinas

O Atoleiro de Magalhães

Tinham decorrido quase 19 meses de navegação pioneira e atribulada em redor do mundo quando o explorador português cometeu o erro da sua vida. Nas Filipinas, o carrasco Datu Lapu Lapu preserva honras de herói. Em Mactan, uma sua estátua bronzeada com visual de super-herói tribal sobrepõe-se ao mangal da tragédia.
Boracay, Filipinas

A Praia Filipina de Todos os Sonhos

Foi revelada por mochileiros ocidentais e pela equipa de filmagem de “Assim Nascem os Heróis”. Seguiram-se centenas de resorts e milhares de veraneantes orientais mais alvos que o areal de giz.
El Nido, Filipinas

El Nido, Palawan: A Última Fronteira Filipina

Um dos cenários marítimos mais fascinantes do Mundo, a vastidão de ilhéus escarpados de Bacuit esconde recifes de coral garridos, pequenas praias e lagoas idílicas. Para a descobrir, basta uma bangka.
Hungduan, Filipinas

Filipinas em Estilo Country

Os GI's partiram com o fim da 2ª Guerra Mundial mas a música do interior dos EUA que ouviam ainda anima a Cordillera de Luzon. É de tricycle e ao seu ritmo que visitamos os terraços de arroz de Hungduan.
Filipinas

Os Donos da Estrada Filipina

Com o fim da 2ª Guerra Mundial, os filipinos transformaram milhares de jipes norte-americanos abandonados e criaram o sistema de transporte nacional. Hoje, os exuberantes jeepneys estão para as curvas.
Vigan, Filipinas

Vigan, a Mais Hispânica das Ásias

Os colonos espanhóis partiram mas as suas mansões estão intactas e as kalesas circulam. Quando Oliver Stone buscava cenários mexicanos para "Nascido a 4 de Julho" encontrou-os nesta ciudad fernandina
Marinduque, Filipinas

Quando os Romanos Invadem as Filipinas

Nem o Império do Oriente chegou tão longe. Na Semana Santa, milhares de centuriões apoderam-se de Marinduque. Ali, se reencenam os últimos dias de Longinus, um legionário convertido ao Cristianismo.
Marinduque, Filipinas

A Paixão Filipina de Cristo

Nenhuma nação em redor é católica mas muitos filipinos não se deixam intimidar. Na Semana Santa, entregam-se à crença herdada dos colonos espanhóis.A auto-flagelação torna-se uma prova sangrenta de fé
Filipinas

Quando só as Lutas de Galos Despertam as Filipinas

Banidas em grande parte do Primeiro Mundo, as lutas de galos prosperam nas Filipinas onde movem milhões de pessoas e de Pesos. Apesar dos seus eternos problemas é o sabong que mais estimula a nação.
Coron, Busuanga, Filipinas

A Armada Japonesa Secreta mas Pouco

Na 2ª Guerra Mundial, uma frota nipónica falhou em ocultar-se ao largo de Busuanga e foi afundada pelos aviões norte-americanos. Hoje, os seus destroços subaquáticos atraem milhares de mergulhadores.
Bohol, Filipinas

Umas Filipinas do Outro Mundo

O arquipélago filipino estende-se por 300.000 km² de oceano Pacífico. Parte do sub-arquipélago Visayas, Bohol abriga pequenos primatas com aspecto alienígena e as colinas extraterrenas de Chocolate Hills.
Bacolod, Filipinas

Um Festival para Rir da Tragédia

Por volta de 1980, o valor do açúcar, uma importante fonte de riqueza da ilha filipina de Negros caia a pique e o ferry “Don Juan” que a servia afundou e tirou a vida a mais de 176 passageiros, grande parte negrenses. A comunidade local resolveu reagir à depressão gerada por estes dramas. Assim surgiu o MassKara, uma festa apostada em recuperar os sorrisos da população.
Batad, Filipinas

Os Socalcos que Sustentam as Filipinas

Há mais de 2000 anos, inspirado pelo seu deus do arroz, o povo Ifugao esquartejou as encostas de Luzon. O cereal que os indígenas ali cultivam ainda nutre parte significativa do país.
Bacolod, Filipinas

Doces Filipinas

Bacolod é a capital de Negros, a ilha no centro da produção filipina de cana de açúcar. De viagem pelos confins do Extremo-Oriente e entre a história e a contemporaneidade, saboreamos o âmago fascinante da mais Latina das Ásias.
Rinoceronte, PN Kaziranga, Assam, Índia
Safari
PN Kaziranga, Índia

O Baluarte dos Monocerontes Indianos

Situado no estado de Assam, a sul do grande rio Bramaputra, o PN Kaziranga ocupa uma vasta área de pântano aluvial. Lá se concentram dois terços dos rhinocerus unicornis do mundo, entre em redor de 100 tigres, 1200 elefantes e muitos outros animais. Pressionado pela proximidade humana e pela inevitável caça furtiva, este parque precioso só não se tem conseguido proteger das cheias hiperbólicas das monções e de algumas polémicas.
Yak Kharka a Thorong Phedi, Circuito Annapurna, Nepal, iaques
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 11º: Yak Karkha a Thorong Phedi, Nepal

A Chegada ao Sopé do Desfiladeiro

Num pouco mais de 6km, subimos dos 4018m aos 4450m, na base do desfiladeiro de Thorong La. Pelo caminho, questionamos se o que sentíamos seriam os primeiros problemas de Mal de Altitude. Nunca passou de falso alarme.
Pela sombra
Arquitectura & Design
Miami, E.U.A.

Uma Obra-Prima da Reabilitação Urbana

Na viragem para o século XXI, o bairro Wynwood mantinha-se repleto de fábricas e armazéns abandonados e grafitados. Tony Goldman, um investidor imobiliário astuto, comprou mais de 25 propriedades e fundou um parque mural. Muito mais que ali homenagear o grafiti, Goldman fundou o grande bastião da criatividade de Miami.
Era Susi rebocado por cão, Oulanka, Finlandia
Aventura
PN Oulanka, Finlândia

Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
Sombra de sucesso
Cerimónias e Festividades
Champotón, México

Rodeo Debaixo de Sombreros

Champoton, em Campeche, acolhe uma feira honra da Virgén de La Concepción. O rodeo mexicano sob sombreros local revela a elegância e perícia dos vaqueiros da região.
Kiomizudera, Quioto, um Japão Milenar quase perdido
Cidades
Quioto, Japão

Um Japão Milenar Quase Perdido

Quioto esteve na lista de alvos das bombas atómicas dos E.U.A. e foi mais que um capricho do destino que a preservou. Salva por um Secretário de Guerra norte-americano apaixonado pela sua riqueza histórico-cultural e sumptuosidade oriental, a cidade foi substituída à última da hora por Nagasaki no sacrifício atroz do segundo cataclismo nuclear.
Singapura Capital Asiática Comida, Basmati Bismi
Comida
Singapura

A Capital Asiática da Comida

Eram 4 as etnias condóminas de Singapura, cada qual com a sua tradição culinária. Adicionou-se a influência de milhares de imigrados e expatriados numa ilha com metade da área de Londres. Apurou-se a nação com a maior diversidade gastronómica do Oriente.
Cultura
Lhasa, Tibete

Quando o Budismo se Cansa da Meditação

Nem só com silêncio e retiro espiritual se procura o Nirvana. No Mosteiro de Sera, os jovens monges aperfeiçoam o seu saber budista com acesos confrontos dialécticos e bateres de palmas crepitantes.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Desporto
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
Avião em aterragem, Maho beach, Sint Maarten
Em Viagem
Maho Beach, Sint Maarten

A Praia Caribenha Movida a Jacto

À primeira vista, o Princess Juliana International Airport parece ser apenas mais um nas vastas Caraíbas. Sucessivas aterragens a rasar a praia Maho que antecede a sua pista, as descolagens a jacto que distorcem as faces dos banhistas e os projectam para o mar, fazem dele um caso à parte.
Tatooine na Terra
Étnico
Matmata, Tataouine:  Tunísia

A Base Terrestre da Guerra das Estrelas

Por razões de segurança, o planeta Tatooine de "O Despertar da Força" foi filmado em Abu Dhabi. Recuamos no calendário cósmico e revisitamos alguns dos lugares tunisinos com mais impacto na saga.  
portfólio, Got2Globe, fotografia de Viagem, imagens, melhores fotografias, fotos de viagem, mundo, Terra
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Porfólio Got2Globe

O Melhor do Mundo – Portfólio Got2Globe

ilha de Alcatraz, Califórnia, Estados Unidos
História
Alcatraz, São Francisco, E.U.A.

De Volta ao Rochedo

Quarenta anos passados sobre o fim da sua pena, a ex-prisão de Alcatraz recebe mais visitas que nunca. Alguns minutos da sua reclusão explicam porque o imaginário do The Rock arrepiava os piores criminosos.
Mulheres na Missa. Bora Bora, Ilhas-Sociedade, Polinésia, Francesa
Ilhas
Bora-Bora, Raiatea, Huahine, Polinésia Francesa

Um Trio Intrigante de Sociedades

No coração idílico do vasto oceano Pacífico, o Arquipélago da Sociedade, parte da Polinésia Francesa, embeleza o planeta como uma criação quase perfeita da Natureza. Exploramo-lo durante um bom tempo a partir do Taiti. Os últimos dias, dedicamo-los a Bora Bora, Huahine e Raiatea.
Oulu Finlândia, Passagem do Tempo
Inverno Branco
Oulu, Finlândia

Oulu: uma Ode ao Inverno

Situada no cimo nordeste do Golfo de Bótnia, Oulu é uma das cidades mais antigas da Finlândia e a sua capital setentrional. A meros 220km do Círculo Polar Árctico, até nos meses mais frígidos concede uma vida ao ar livre prodigiosa.
silhueta e poema, cora coralina, goias velho, brasil
Literatura
Goiás Velho, Brasil

Vida e Obra de uma Escritora à Margem

Nascida em Goiás, Ana Lins Bretas passou a maior parte da vida longe da família castradora e da cidade. Regressada às origens, continuou a retratar a mentalidade preconceituosa do interior brasileiro
São Tomé Ilha, São Tomé e Principe, Norte, Roça Água Funda
Natureza
São Tomé, São Tomé e Príncipe

Pelo Cocuruto Tropical de São Tomé

Com a capital homónima para trás, rumamos à descoberta da realidade da roça Agostinho Neto. Daí, tomamos a estrada marginal da ilha. Quando o asfalto se rende, por fim, à selva, São Tomé tinha-se confirmado no top das mais deslumbrantes ilhas africanas.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Mergulhão contra pôr-do-sol, Rio Miranda, Pantanal, Brasil
Parques Naturais
Passo do Lontra, Miranda, Brasil

O Brasil Alagado a um Passo da Lontra

Estamos no limiar oeste do Mato Grosso do Sul mas mato, por estes lados, é outra coisa. Numa extensão de quase 200.000 km2, o Brasil surge parcialmente submerso, por rios, riachos, lagoas e outras águas dispersas em vastas planícies de aluvião. Nem o calor ofegante da estação seca drena a vida e a biodiversidade de lugares e fazendas pantaneiras como a que nos acolheu às margens do rio Miranda.
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Património Mundial UNESCO
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
femea e cria, passos grizzly, parque nacional katmai, alasca
Personagens
PN Katmai, Alasca

Nos Passos do Grizzly Man

Timothy Treadwell conviveu Verões a fio com os ursos de Katmai. Em viagem pelo Alasca, seguimos alguns dos seus trilhos mas, ao contrário do protector tresloucado da espécie, nunca fomos longe demais.
Nova Gales do Sul Austrália, Caminhada na praia
Praias
Batemans Bay a Jervis Bay, Austrália

Nova Gales do Sul, de Baía em Baía

Com Sydney para trás, entregamo-nos à “South Coast” australiana. Ao longo de 150km, na companhia de pelicanos, cangurus e outras peculiares criaturas aussie, deixamo-nos perder num litoral recortado entre praias deslumbrantes e eucaliptais sem fim.
Glamour vs Fé
Religião
Goa, Índia

O Último Estertor da Portugalidade Goesa

A proeminente cidade de Goa já justificava o título de “Roma do Oriente” quando, a meio do século XVI, epidemias de malária e de cólera a votaram ao abandono. A Nova Goa (Pangim) por que foi trocada chegou a sede administrativa da Índia Portuguesa mas viu-se anexada pela União Indiana do pós-independência. Em ambas, o tempo e a negligência são maleitas que agora fazem definhar o legado colonial luso.
A Toy Train story
Sobre Carris
Siliguri a Darjeeling, Índia

Ainda Circula a Sério o Comboio Himalaia de Brincar

Nem o forte declive de alguns tramos nem a modernidade o detêm. De Siliguri, no sopé tropical da grande cordilheira asiática, a Darjeeling, já com os seus picos cimeiros à vista, o mais famoso dos Toy Trains indianos assegura há 117 anos, dia após dia, um árduo percurso de sonho. De viagem pela zona, subimos a bordo e deixamo-nos encantar.
religiosos militares, muro das lamentacoes, juramento bandeira IDF, Jerusalem, Israel
Sociedade
Jerusalém, Israel

Em Festa no Muro das Lamentações

Nem só a preces e orações atende o lugar mais sagrado do judaísmo. As suas pedras milenares testemunham, há décadas, o juramento dos novos recrutas das IDF e ecoam os gritos eufóricos que se seguem.
Mulheres com cabelos longos de Huang Luo, Guangxi, China
Vida Quotidiana
Longsheng, China

Huang Luo: a Aldeia Chinesa dos Cabelos mais Longos

Numa região multiétnica coberta de arrozais socalcados, as mulheres de Huang Luo renderam-se a uma mesma obsessão capilar. Deixam crescer os cabelos mais longos do mundo, anos a fio, até um comprimento médio de 170 a 200 cm. Por estranho que pareça, para os manterem belos e lustrosos, usam apenas água e arrôz.
Rottnest Island, Wadjemup, Australia, Quokkas
Vida Selvagem
Wadjemup, Rottnest Island, Austrália

Entre Quokkas e outros Espíritos Aborígenes

No século XVII, um capitão holandês apelidou esta ilha envolta de um oceano Índico turquesa, de “Rottnest, um ninho de ratos”. Os quokkas que o iludiram sempre foram, todavia, marsupiais, considerados sagrados pelos aborígenes Whadjuk Noongar da Austrália Ocidental. Como a ilha edénica em que os colonos britânicos os martirizaram.
Pleno Dog Mushing
Voos Panorâmicos
Seward, Alasca

O Dog Mushing Estival do Alasca

Estão quase 30º e os glaciares degelam. No Alasca, os empresários têm pouco tempo para enriquecer. Até ao fim de Agosto, o dog mushing não pode parar.