Santa Cruz de La Palma, Canárias

A Viagem na História de Santa Cruz de La Palma


Arcadas do Ayuntamento
Arcadas seculares na base do edifício do Ayuntamento de Santa Cruz de La Palma.
Beco Arcado
Beco que conduz ao âmago da Plaza de España.
Bouganvillea Exuberante
Sebe de Bouganvilleas resplandece entre um muro branco e um balcón de Santa Cruz.
Calle Real de Santa Cruz
Fachadas dos edifícios que delimitam a Calle Real, na iminência da Plaza de España.
Campanário da Igreja de San Salvador
A torre de pedra vulcânica da Igreja de San Salvador, num extremo da Plaza de España.
Grande Balcon
Palmeira reforça o visual tropical de um dos muitos recantos de Santa Cruz de la Palma.
Castillo Santa Catalina
A fachada traseira do Castillo de Santa Catalina, virada ao oceano Atlântico.
Frente do Castillo de Santa Catalina
A frente fortificada com fosso do Castillo de Santa Catalina.
Músicos
Estátua Divino homenageia músicos de Santa Cruz de La Palma.
Iglésia Santo Domingo
Ciclista treina acrobacias no largo da Iglésia de Santo Domingo
A Plaza de España
A estátua de Manuel Díaz no centro da Plaza de España de Santa Cruz de La Palma.
Varandas Avenida Marítima
Moradoras conversam em dois planos da Avenida Marítima e dos seus balcones.
Santa Cruz de La Palma
Painel de entrada em Santa Cruz de la Palma, decorado com os famosos Enanos da cidade.
Balcón Frondoso
Vegetação diversa pende de uma das varandas tradicionais da Avenida Marítima de Santa Cruz de La Palma.
Nau “Santa Maria” clonada
Miúdo ciclista pratica em frente a réplica da nau "Santa Maria", a original comandada por Cristóvão Colombo.
Começou como mera Villa del Apurón. Chegado o séc. XVI, a povoação não só tinha ultrapassado as suas dificuldades como era já a terceira cidade portuária da Europa. Herdeira dessa abençoada prosperidade, Santa Cruz de La Palma tornou-se uma das capitais mais elegantes das Canárias.

Com o fim da tarde, encerradas as obrigações laborais do dia, uma multidão de santacruceros aflui à Avenida Marítima.

Ali, apenas com o areal negro a separá-los do embalo do Atlântico, descomprimem da rotina, entregues a caminhadas e corridas sôfregas e a conversas animadas. Do lado oposto da estrada, desenrolam-se outras cavaqueiras menos ofegantes.

Com o passar dos anos, Santa Cruz teve que fazer cedências arquitectónicas à modernidade.

Quando admiramos as primeiras linhas do casario de cima do muro da marginal, reparamos na exuberância das suas varandas de madeira lavrada, várias, adornadas por flores, plantas e trepadeiras.

De uma delas, menos vegetal, uma moradora cavaqueira com uma amiga que a acompanha de cabeça inclinada. Debatem uma qualquer combinação confusa.

Viagem na História de Santa Cruz de La Palma, Canárias, Varandas Avenida Marítima

Moradoras conversam em dois planos da Avenida Marítima e dos seus balcones.

A dona da casa atira uma chave para baixo. Logo, um envelope. Ambas repetem os “vale, vale” de aprovação típicos do castelhano, tudo isto sob supervisão de um grupo de idosos em convívio numa mesa de esplanada próxima.

Reparamos numa varanda ao lado. Alojava uma vegetação tão farta que só tinha a descoberto a parte superior da estrutura. Dela pendiam quase florestas de plantas distintas.

Farfalhudas e exuberantes à laia das barbas dos conquistadores que partiram da Ibéria para o mundo.

Viagem na História de Santa Cruz de La Palma, Canárias, Vegetação de Varanda da Av. Marítima

Vegetação diversa pende de uma das varandas tradicionais da Avenida Marítima de Santa Cruz de La Palma.

Apesar de as outras ilhas terem a sua própria abundância e diversidade de edifícios coloniais, o conjunto de varandas que apreciávamos é considerado o mais prodigioso das Canárias.

Lado a lado, num curto trecho da avenida, surgem agrupados com diversos visuais, com destaque para os balcones dobles, diz-se que inspirados nas varandas e adufas tradicionais portuguesas.

Em Santa Cruz de La Palma, o emprego de tipologias e soluções lusitanas está por toda a parte. O âmago histórico da povoação, desenvolvida em redor de La Alameda, seguiu o padrão tido como português: linear e ajustado aos recortes da costa.

As varandas, em particular, foram adaptadas como solução de refrigeração para os dias mais quentes, numa beira-mar em que que os proprietários podiam contar com as brisas dos Alísios, ali provindos do quadrante norte.

Malgrado a beleza e a fama que conquistaram, eram consideradas estruturas secundárias dos lares. As frentes dos prédios respectivos ainda dão para a rua primordial da cidade, dividida entre Calle O’Daly e Calle Pérez de Brito.

Na origem das origens, anterior à predecessora Villa del Apurón, aquelas traseiras das casas tinham o mar por debaixo.

Abrigavam compartimentos de retretes, munidas de orifícios que permitiam o escoamento directo para a antiga zona de rebentação do Atlântico.

Viagem na História de Santa Cruz de La Palma, Canárias, prédio com varandas

Prédio com varandas tradicionais repletas de plantas, antes sobre o limiar do oceano Atlântico.

A Origem Colonial da Villa del Apurón

O lugarejo predecessor da cidade foi fundado, em 1493, por Alonso Fernández de Lugo, um conquistador nomeado adelantado.

Aquando da chegada dos navegadores europeus, as Canárias permaneciam sob controle dos indígenas Guanches, divididos em subgrupos aguerridos que defendiam La Palma e as outras ilhas Canárias. Ora, os Guanches resistiram aos invasores europeus durante todo o século XV.

Alonso Fernández de Lugo liderou as forças castelhanas em várias das batalhas cruciais contra eles travadas, sobretudo em Tenerife.

Numa delas, a Primeira Batalha de Acentejo (1494), foi um de apenas cinco sobreviventes. Por essa altura, a resistência dos guanches Benahoritas da vizinha do norte, La Palma, estava já dominada.

O realengo erguido por de Lugo ocupou um reduto do litoral à época conhecido por Tedote, uma das divisões da ilha estabelecidas pelos Benahoritas.

Viagem na História de Santa Cruz de La Palma, Canárias, Tedote

Zona do litoral da ilha de La Palma a que os nativos Benahoritas chamavam de Tedote.

Em 1542, já governado pelo sobrinho de De Lugo, passou a Villa del Apurón. Este baptismo terá resultado das agruras vividas pelos castelhanos em combate contra os Benahoritas.

Em virtude de a fundação da povoação se ter dado no dia hispânico da Invención de la Santa Cruz, Villa del Apurón coexistiu e alternou nos escritos e registos com Villa de Santa Cruz.

A Arquitectura e o Urbanismo Nobres de Santa Cruz de La Palma

Sem surpresa, por influência clerical, este último nome sobrepôs-se. Santa Cruz popularizou-se na história como Muy Noble y Leal Ciudad de Santa Cruz.

Quando a visitamos, o título e o nome vigoram. Santa Cruz é, agora, uma das capitais de ilha resplandecentes das Canárias.

Viagem na História de Santa Cruz de La Palma, Canárias, enanos

Painel de entrada em Santa Cruz de la Palma, decorado com os famosos Enanos da cidade.

Continuamos a descobri-la.

Da Avenida Marítima, internamo-nos na grelha urbana que o relevo de La Palma fez menos geométrico que noutras paragens.

A ruela estreita e sombria em que nos metemos, revela-nos o fosso e pórtico do Real Castillo de Santa Catalina, com a sua frente de costas voltadas para o Atlântico, um bom-senso militar que terá poupado muitas vidas.

Mesmo se a fortaleza resultou de um típico contexto de “casa assaltada, trancas à porta”.

Viagem na História de Santa Cruz de La Palma, Canárias, castillo Santa Catalina

A frente fortificada com fosso do Castillo de Santa Catalina.

A edificação do castelo teve início em 1554, no ano a seguir à invasão e saque liderados pelo pirata normando François Le Clerc, mais conhecido por Perna de Pau, nem que fosse porque realmente a tinha.

Umas dezenas de metros acima, entre palmeiras, damos entrada na Plaza de La Alameda.

Subsistem, por ali, mais alguns exemplares de fachadas e janelas históricas que nos remetem para o norte de Portugal. O próprio coreto no cerne da praceta é tanto canário e espanhol como podia ser português.

Viagem na História de Santa Cruz de La Palma, Canárias, fachada La Alameda

Palmeira recorta a fachada pastel de uma casa de La Alameda de Santa Cruz.

A Homenagem de Santa Cruz de La Palma aos Marinheiros das Canárias

No extremo oposto do jardim, encontramos, em doca seca, uma réplica da caravela “Santa Maria”, uma das três que Cristóvão Colombo comandou em busca da rota ocidental para as Índias.

A sua pequena frota zarpou de Palos de La Frontera, Huelva, em 3 de Agosto de 1492. Seis dias depois, atingiu as Canárias.

Colombo encarregou-se de reforçar as embarcações para o desconhecido que o esperava. Tratou também de recrutar marinheiros canários, famosos na Europa por terem o melhor conhecimento dos mares e por serem destemidos.

A 5 de Setembro, por fim, Colombo partiu rumo ao que pensava ser a Ásia. Sem saber como, descobriu as Américas para o Velho Mundo.

A réplica da “Santa Maria”, hoje transformada em Museu Naval Barco de La Virgen, foi construída junto ao Barranco de las Nieves de La Palma, como elemento fulcral das Festas Lustrales de la Bajada de la Virgen.

Malgrado o propósito religioso original, celebra a descoberta das Américas, a tradição marinheira de Santa Cruz e a participação dos marinheiros das Canárias na expedição de Colombo.

Calle Real e Plaza de España, o Âmago Majestoso de Santa Cruz de la Palma

No momento em que a admiramos, dois jovens ciclistas-acrobatas entretêm-se com voltas terrestres e terrenas no largo em frente. Levam o seu treino tão a sério que pedalam e saltam enfiados em capacetes dos completos, todos fechados.

Viagem na História de Santa Cruz de La Palma, Canárias, réplica da Nau Santa Maria

Miúdo ciclista pratica em frente a réplica da nau “Santa Maria”, a original comandada por Cristóvão Colombo.

Atraíam-nos, sobretudo, os largos dotados de escadarias, uma combinação abundante na histórica e inclinada Santa Cruz. Haveríamos de nos cruzar com o duo mais uma série de vezes.

O seguinte encontro deu-se nos domínios da Calle Real e da Plaza de España, lugar do Ayuntamiento da cidade, aclamado como o conjunto renascentista mais impressionante das Canárias.

Mesmo conhecedores da proibição, os miúdos ensaiaram, ali, alguns movimentos. Até que um polícia de passagem se encarrega de os expulsar. E de devolver a tranquilidade ao cenário secular.

Há muito que a Plaza de España mantém, na cidade, uma função dupla, com fronteiras difusas.

Delimitam-na a fachada e o campanário da Igreja de São Salvador, (ambos góticos) uma série de casas senhoriais e as Casas Consistoriais, da municipalidade.

Viagem na História de Santa Cruz de La Palma, Canárias, Plaza de España

A estátua de Manuel Díaz no centro da Plaza de España de Santa Cruz de La Palma.

No centro do conjunto destaca-se a estátua de Manuel Díaz, um padre, político, educador e homem de cultura proeminente, em Santa Cruz, na primeira metade do século XIX.

Do lado oposto à igreja, sob o olhar inquisitório de Manuel Díaz, as arcadas debaixo do Ayuntamento são garantia de sombra e abrigo para a chuva.

Lá vemos sentados moradores idosos, a recuperarem o fôlego das suas caminhadas às compras.

Viagem na História de Santa Cruz de La Palma, Canárias, arcadas Ayuntamento

Arcadas seculares na base do edifício do Ayuntamento de Santa Cruz de La Palma.

Outros núcleos arquitectónicos prodigiosos, mesmo se não tão imponentes que o da Plaza de España, contribuem para fazer de Santa Cruz a cidade reverenciada das Canárias que é.

Cada vez mais encantados, sentimo-nos na obrigação de perceber como tinha uma povoação do arquipélago, tão distante de Sevilha e de outras grandes cidades espanholas, conseguido tais atributos.

Do Realengo de Fernández de Lugo à Cidade Portuária da Europa

Pois, ditou o clima subtropical e o destino que, numa altura em que ainda era novidade, a cana-de-açúcar crescesse em abundância em La Palma.

De tal forma prolífica que o porto da cidade a exportava em grandes quantidades.

Mais tarde também vinho e até seda.

Cinco anos decorridos após a destruição às mãos de François Le Clerc, Felipe II (I de Portugal) decretou a criação do primeiro Juzgado de Índias.

Escolheu Santa Cruz de La Palma por, não obstante os danos causados pelos corsários, a cidade se ter voltado a provar a mais comercial das Canárias.

Viagem na História de Santa Cruz de La Palma, Canárias, Calle Real

Fachadas dos edifícios que delimitam a Calle Real, na iminência da Plaza de España.

De então em diante, qualquer embarcação espanhola com propósitos mercantis, deveria registar-se no Juzgado de Índias antes de partir para as Américas.

Como pretendido pelo rei, o influxo dos comerciantes, as ininterruptas transações com as colónias americanas e o norte da Europa substanciou a prosperidade de Santa Cruz.

No século XVI, tanto em número de barcos como de actividade comercial, o porto da cidade só ficava atrás dos de Sevilha e de Antuérpia.

A Elegância Histórica que Perdura

Na actualidade, finda há muito a era imperial de Espanha, Santa Cruz de La Palma conserva uma importância regional incontornável.

O porto da cidade assegura o transporte de pessoas e bens com as restantes Canárias e o sul de Espanha.

Mesmo assim, Santa Cruz de La Palma viu-se ultrapassada em população pelo município produtor de bananas de Los Llanos de Aridane.

No que diz respeito a elegância histórica e arquitectónica, continua sem rival.

La Palma, Canárias

A Isla Bonita das Canárias

Em 1986, Madonna Louise Ciccone lançou um êxito que popularizou a atracção exercida por uma isla imaginária. Ambergris Caye, no Belize, colheu proveitos. Do lado de cá do Atlântico, há muito que os palmeros assim veem a sua real e deslumbrante Canária.
Fuerteventura, Ilhas Canárias, Espanha

A (a) Ventura Atlântica de Fuerteventura

Os romanos conheciam as Canárias como as ilhas afortunadas. Fuerteventura, preserva vários dos atributos de então. As suas praias perfeitas para o windsurf e o kite-surf ou só para banhos justificam sucessivas “invasões” dos povos do norte ávidos de sol. No interior vulcânico e rugoso resiste o bastião das culturas indígenas e coloniais da ilha. Começamos a desvendá-la pelo seu longilíneo sul.
El Hierro, Canárias

A Orla Vulcânica das Canárias e do Velho Mundo

Até Colombo ter chegado às Américas, El Hierro era vista como o limiar do mundo conhecido e, durante algum tempo, o Meridiano que o delimitava. Meio milénio depois, a derradeira ilha ocidental das Canárias fervilha de um vulcanismo exuberante.
La Graciosa, Ilhas Canárias

A Mais Graciosa das Ilhas Canárias

Até 2018, a menor das Canárias habitadas não contava para o arquipélago. Desembarcados em La Graciosa, desvendamos o encanto insular da agora oitava ilha.
PN Timanfaya, Lanzarote, Canárias

PN Timanfaya e as Montanhas de Fogo de Lanzarote

Entre 1730 e 1736, do nada, dezenas de vulcões de Lanzarote entraram em sucessivas erupções. A quantidade massiva de lava que libertaram soterrou várias povoações e forçou quase metade dos habitantes a emigrar. O legado deste cataclismo é o cenário marciano actual do exuberante PN Timanfaya.
Tenerife, Canárias

O Vulcão que Assombra o Atlântico

Com 3718m, El Teide é o tecto das Canárias e de Espanha. Não só. Se medido a partir do fundo do oceano (7500 m), só duas montanhas são mais pronunciadas. Os nativos guanches consideravam-no a morada de Guayota, o seu diabo. Quem viaja a Tenerife, sabe que o velho Teide está em todo o lado.
Tenerife, Canárias

Pelo Leste da Ilha da Montanha Branca

A quase triangular Tenerife tem o centro dominado pelo majestoso vulcão Teide. Na sua extremidade oriental, há um outro domínio rugoso, mesmo assim, lugar da capital da ilha e de outras povoações incontornáveis, de bosques misteriosos e de incríveis litorais abruptos.
Vegueta, Gran Canária, Canárias

Às Voltas pelo Âmago das Canárias Reais

O velho e majestoso bairro Vegueta de Las Palmas destaca-se na longa e complexa hispanização das Canárias. Findo um longo período de expedições senhoriais, lá teve início a derradeira conquista da Gran Canária e das restantes ilhas do arquipélago, sob comando dos monarcas de Castela e Aragão.
Ponta de São Lourenço, Madeira, Portugal

A Ponta Leste, algo Extraterrestre da Madeira

Inóspita, de tons ocres e de terra crua, a Ponta de São Lourenço surge, com frequência, como a primeira vista da Madeira. Quando a percorremos, deslumbramo-nos, sobretudo, com o que a mais tropical das ilhas portuguesas não é.
Paul do Mar a Ponta do Pargo a Achadas da Cruz, Madeira, Portugal

À Descoberta da Finisterra Madeirense

Curva atrás de curva, túnel atrás de túnel, chegamos ao sul solarengo e festivo de Paul do Mar. Arrepiamo-nos com a descida ao retiro vertiginoso das Achadas da Cruz. Voltamos a ascender e deslumbramo-nos com o cabo derradeiro de Ponta do Pargo. Tudo isto, nos confins ocidentais da Madeira.
Pico do Arieiro - Pico Ruivo, Madeira, Portugal

Pico Arieiro ao Pico Ruivo, Acima de um Mar de Nuvens

A jornada começa com uma aurora resplandecente aos 1818 m, bem acima do mar de nuvens que aconchega o Atlântico. Segue-se uma caminhada sinuosa e aos altos e baixos que termina sobre o ápice insular exuberante do Pico Ruivo, a 1861 metros.
La Palma, CanáriasEspanha

O Mais Mediático dos Cataclismos por Acontecer

A BBC divulgou que o colapso de uma vertente vulcânica da ilha de La Palma podia gerar um mega-tsunami. Sempre que a actividade vulcânica da zona aumenta, os media aproveitam para apavorar o Mundo.
Fuerteventura, Canárias

Fuerteventura - Ilha Canária e Jangada do Tempo

Uma curta travessia de ferry e desembarcamos em Corralejo, no cimo nordeste de Fuerteventura. Com Marrocos e África a meros 100km, perdemo-nos no deslumbre de cenários desérticos, vulcânicos e pós-coloniais sem igual.
Gran Canária, Canárias

Gran (diosas) Canária (s)

É apenas a terceira maior ilha do arquipélago. Impressionou tanto os navegadores e colonos europeus que estes se habituaram a tratá-la como a suprema.
Rinoceronte, PN Kaziranga, Assam, Índia
Safari
PN Kaziranga, Índia

O Baluarte dos Monocerontes Indianos

Situado no estado de Assam, a sul do grande rio Bramaputra, o PN Kaziranga ocupa uma vasta área de pântano aluvial. Lá se concentram dois terços dos rhinocerus unicornis do mundo, entre em redor de 100 tigres, 1200 elefantes e muitos outros animais. Pressionado pela proximidade humana e pela inevitável caça furtiva, este parque precioso só não se tem conseguido proteger das cheias hiperbólicas das monções e de algumas polémicas.
Aurora ilumina o vale de Pisang, Nepal.
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 3º- Upper Pisang, Nepal

Uma Inesperada Aurora Nevada

Aos primeiros laivos de luz, a visão do manto branco que cobrira a povoação durante a noite deslumbra-nos. Com uma das caminhadas mais duras do Circuito Annapurna pela frente, adiamos a partida tanto quanto possível. Contrariados, deixamos Upper Pisang rumo a Ngawal quando a derradeira neve se desvanecia.
Igreja colonial de São Francisco de Assis, Taos, Novo Mexico, E.U.A
Arquitectura & Design
Taos, E.U.A.

A América do Norte Ancestral de Taos

De viagem pelo Novo México, deslumbramo-nos com as duas versões de Taos, a da aldeola indígena de adobe do Taos Pueblo, uma das povoações dos E.U.A. habitadas há mais tempo e em contínuo. E a da Taos cidade que os conquistadores espanhóis legaram ao México, o México cedeu aos Estados Unidos e que uma comunidade criativa de descendentes de nativos e artistas migrados aprimoram e continuam a louvar.
Salto Angel, Rio que cai do ceu, Angel Falls, PN Canaima, Venezuela
Aventura
PN Canaima, Venezuela

Kerepakupai, Salto Angel: O Rio Que Cai do Céu

Em 1937, Jimmy Angel aterrou uma avioneta sobre uma meseta perdida na selva venezuelana. O aventureiro americano não encontrou ouro mas conquistou o baptismo da queda d'água mais longa à face da Terra
cavaleiros do divino, fe no divino espirito santo, Pirenopolis, Brasil
Cerimónias e Festividades
Pirenópolis, Brasil

Cavalgada de Fé

Introduzida, em 1819, por padres portugueses, a Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis agrega uma complexa rede de celebrações religiosas e pagãs. Dura mais de 20 dias, passados, em grande parte, sobre a sela.
Magome a Tsumago, Nakasendo, Caminho Japão medieval
Cidades
Magome-Tsumago, Japão

Magome a Tsumago: o Caminho Sobrelotado Para o Japão Medieval

Em 1603, o xogum Tokugawa ditou a renovação de um sistema de estradas já milenar. Hoje, o trecho mais famoso da via que unia Edo a Quioto é percorrido por uma turba ansiosa por evasão.
fogon de Lola, comida rica, Costa Rica, Guapiles
Comida
Fogón de Lola, Costa Rica

O Sabor a Costa Rica de El Fogón de Lola

Como o nome deixa perceber, o Fogón de Lola de Guapiles serve pratos confeccionados ao fogão e ao forno, segundo tradição familiar costarricense. Em particular, a família da Tia Lola.
Maiko durante espectaculo cultural em Nara, Geisha, Nara, Japao
Cultura
Quioto, Japão

Sobrevivência: A Última Arte Gueixa

Já foram quase 100 mil mas os tempos mudaram e as gueixas estão em vias de extinção. Hoje, as poucas que restam vêem-se forçadas a ceder a modernidade menos subtil e elegante do Japão.
Fogo artifício de 4 de Julho-Seward, Alasca, Estados Unidos
Desporto
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
Em Viagem
Circuito Annapurna: 5º - Ngawal a BragaNepal

Rumo a Braga. A Nepalesa.

Passamos nova manhã de meteorologia gloriosa à descoberta de Ngawal. Segue-se um curto trajecto na direcção de Manang, a principal povoação no caminho para o zénite do circuito Annapurna. Ficamo-nos por Braga (Braka). A aldeola não tardaria a provar-se uma das suas mais inolvidáveis escalas.
Moradora de Nzulezu, Gana
Étnico
Nzulezu, Gana

Uma Aldeia à Tona do Gana

Partimos da estância balnear de Busua, para o extremo ocidente da costa atlântica do Gana. Em Beyin, desviamos para norte, rumo ao lago Amansuri. Lá encontramos Nzulezu, uma das mais antigas e genuínas povoações lacustres da África Ocidental.
portfólio, Got2Globe, fotografia de Viagem, imagens, melhores fotografias, fotos de viagem, mundo, Terra
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Porfólio Got2Globe

O Melhor do Mundo – Portfólio Got2Globe

Teatro de Manaus
História
Manaus, Brasil

Os Saltos e Sobressaltos da ex-Capital Mundial da Borracha

De 1879 a 1912, só a bacia do rio Amazonas gerava o latex de que, de um momento para o outro, o mundo precisou e, do nada, Manaus tornou-se uma das cidades mais avançadas à face da Terra. Mas um explorador inglês levou a árvore para o sudeste asiático e arruinou a produção pioneira. Manaus voltou a provar a sua elasticidade. É a maior cidade da Amazónia e a sétima do Brasil.
Ilhéu das Rolas, São Tomé e Príncipe, equador, enseada
Ilhas
Ilhéu das Rolas, São Tomé e Príncipe

Ilhéu das Rolas: São Tomé e Principe a Latitude Zero

Ponto mais austral de São Tomé e Príncipe, o Ilhéu das Rolas é luxuriante e vulcânico. A grande novidade e ponto de interesse desta extensão insular da segunda menor nação africana está na coincidência de a cruzar a Linha do Equador.
Geotermia, Calor da Islândia, Terra do Gelo, Geotérmico, Lagoa Azul
Inverno Branco
Islândia

O Aconchego Geotérmico da Ilha do Gelo

A maior parte dos visitantes valoriza os cenários vulcânicos da Islândia pela sua beleza. Os islandeses também deles retiram calor e energia cruciais para a vida que levam às portas do Árctico.
Baie d'Oro, Île des Pins, Nova Caledonia
Literatura
Île-des-Pins, Nova Caledónia

A Ilha que se Encostou ao Paraíso

Em 1964, Katsura Morimura deliciou o Japão com um romance-turquesa passado em Ouvéa. Mas a vizinha Île-des-Pins apoderou-se do título "A Ilha mais próxima do Paraíso" e extasia os seus visitantes.
Auroras Boreais, Laponia, Rovaniemi, Finlandia, Raposa de Fogo
Natureza
Lapónia, Finlândia

Em Busca da Raposa de Fogo

São exclusivas dos píncaros da Terra as auroras boreais ou austrais, fenómenos de luz gerados por explosões solares. Os nativos Sami da Lapónia acreditavam tratar-se de uma raposa ardente que espalhava brilhos no céu. Sejam o que forem, nem os quase 30º abaixo de zero que se faziam sentir no extremo norte da Finlândia nos demoveram de as admirar.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Leão, elefantes, PN Hwange, Zimbabwe
Parques Naturais
PN Hwange, Zimbabwé

O Legado do Saudoso Leão Cecil

No dia 1 de Julho de 2015, Walter Palmer, um dentista e caçador de trofeus do Minnesota matou Cecil, o leão mais famoso do Zimbabué. O abate gerou uma onda viral de indignação. Como constatamos no PN Hwange, quase dois anos volvidos, os descendentes de Cecil prosperam.
New Orleans luisiana, First Line
Património Mundial UNESCO
New Orleans, Luisiana, E.U.A.

A Musa do Grande Sul Americano

New Orleans destoa dos fundos conservadores dos E.U.A. como a defensora de todos os direitos, talentos e irreverências. Em tempos francesa, para sempre afrancesada, a cidade do jazz inspira, a novos ritmos contagiantes, a fusão de etnias, culturas, estilos e sabores.
femea e cria, passos grizzly, parque nacional katmai, alasca
Personagens
PN Katmai, Alasca

Nos Passos do Grizzly Man

Timothy Treadwell conviveu Verões a fio com os ursos de Katmai. Em viagem pelo Alasca, seguimos alguns dos seus trilhos mas, ao contrário do protector tresloucado da espécie, nunca fomos longe demais.
Cruzeiro Princess Yasawa, Maldivas
Praias
Maldivas

Cruzeiro pelas Maldivas, entre Ilhas e Atóis

Trazido de Fiji para navegar nas Maldivas, o Princess Yasawa adaptou-se bem aos novos mares. Por norma, bastam um ou dois dias de itinerário, para a genuinidade e o deleite da vida a bordo virem à tona.
planicie sagrada, Bagan, Myanmar
Religião
Bagan, Myanmar

A Planície dos Pagodes, Templos e Redenções Celestiais

A religiosidade birmanesa sempre assentou num compromisso de redenção. Em Bagan, os crentes endinheirados e receosos continuam a erguer pagodes na esperança de conquistarem a benevolência dos deuses.
De volta ao sol. Cable Cars de São Francisco, Vida Altos e baixos
Sobre Carris
São Francisco, E.U.A.

Cable Cars de São Francisco: uma Vida aos Altos e Baixos

Um acidente macabro com uma carroça inspirou a saga dos cable cars de São Francisco. Hoje, estas relíquias funcionam como uma operação de charme da cidade do nevoeiro mas também têm os seus riscos.
Máquinas Bebidas, Japão
Sociedade
Japão

O Império das Máquinas de Bebidas

São mais de 5 milhões as caixas luminosas ultra-tecnológicas espalhadas pelo país e muitas mais latas e garrafas exuberantes de bebidas apelativas. Há muito que os japoneses deixaram de lhes resistir.
Mulheres com cabelos longos de Huang Luo, Guangxi, China
Vida Quotidiana
Longsheng, China

Huang Luo: a Aldeia Chinesa dos Cabelos mais Longos

Numa região multiétnica coberta de arrozais socalcados, as mulheres de Huang Luo renderam-se a uma mesma obsessão capilar. Deixam crescer os cabelos mais longos do mundo, anos a fio, até um comprimento médio de 170 a 200 cm. Por estranho que pareça, para os manterem belos e lustrosos, usam apenas água e arrôz.
Parque Nacional Gorongosa, Moçambique, Vida Selvagem, leões
Vida Selvagem
PN Gorongosa, Moçambique

O Coração Selvagem de Moçambique dá Sinais de Vida

A Gorongosa abrigava um dos mais exuberantes ecossistemas de África mas, de 1980 a 1992, sucumbiu à Guerra Civil travada entre a FRELIMO e a RENAMO. Greg Carr, o inventor milionário do Voice Mail recebeu a mensagem do embaixador moçambicano na ONU a desafiá-lo a apoiar Moçambique. Para bem do país e da humanidade, Carr comprometeu-se a ressuscitar o parque nacional deslumbrante que o governo colonial português lá criara.
Napali Coast e Waimea Canyon, Kauai, Rugas do Havai
Voos Panorâmicos
NaPali Coast, Havai

As Rugas Deslumbrantes do Havai

Kauai é a ilha mais verde e chuvosa do arquipélago havaiano. Também é a mais antiga. Enquanto exploramos a sua Napalo Coast por terra, mar e ar, espantamo-nos ao vermos como a passagem dos milénios só a favoreceu.