Bohol, Filipinas

Umas Filipinas do Outro Mundo


Chocolate hills
As famosas montanhas de chocolate de Bohol, nesta altura verdejantes devido à chuva abundante.
De Olho em Tudo
Um exemplar de társio, um primata diminuto, excêntrico e em extinção que subsiste em Bohol.
Abençoada condução
Condutor no seu jeepney, o veículo de transporte filipino, criado a partir de jeeps deixados pelos americanos na 2a Guerra Mundial.
Praia Boholina
A península tropical que acolhe a praia de Libaong, uma das mais fotogénicas de Bohol.
Herança em Mau estado
Recanto em ruínas de uma casa tradicional de Bohol perdida numa floresta de bananeiras
À Luz de Vela
Dona de uma casa antiga de Bohol observa visitantes da ilha a examinarem o exterior desgastado do seu lar.
Fé na Penumbra
Altar católico de uma das várias casas palafitanas de Bohol, lares que despertaram a atenção de um grupo de personagens influentes da ilha.
À Moda Antiga
Copos antigos numa casa tradicional de Bohol.
Legado Comercial
Placard antigo de uma velha loja de Bohol antes pertença a duas irmãs com nome muito familiar.
“May Peace Prevail”
Casal fotografa-se com as Chocolate Hills em fundo.
Face ao Vento
Passageiros seguem na cabine de um jeepney arejado, a caminho da cidade de Loboc.
Vidro histórico
Conjunto de garrafas de produtos em tempos à venda na loja das Hermanas Rocha, moradoras e empresárias de Bohol
Blood Compact
O monumento Blood Compact, que celebra a primeira paz entre colonos espanhóis e os indígenas.
Uma Espécie de Submundo
Visitante de uma casa antiga de Bohol aventura-se para um piso inferior.
Investigação Iluminada
Mulher examina o canto de um das casas tradicionais boholinas abandonadas por antigos proprietários.
Passeio a Três
Banhistas percorrem o areal branco da praia de Libaong, no prolongamento do litoral em que se situa a Casa Amarela
Um Convívio Lúgubre
Amigas conversam no interior lúgubre de uma casa antiga de Bohol.
Casa histórica
Casa colonial secular de Bohol, objecto da preocupação de um grupo de conservacionistas de Bohol.
Caravana jeepney
Jeepney exuberante numa estrada do interior de Bohol.
O arquipélago filipino estende-se por 300.000 km² de oceano Pacífico. Parte do sub-arquipélago Visayas, Bohol abriga pequenos primatas com aspecto alienígena e as colinas extraterrenas de Chocolate Hills.

A probabilidade de se visitar as Filipinas sem dar conta de Bohol é quase nula. Disso se encarregou a autoridade de turismo nacional.

Logo à chegada ao aeroporto de Manila, as brochuras promocionais do país destacam um animal de olhos esbugalhados agarrado a uma árvore, sobre um fundo formado por vários outeiros demasiado redondos e verdejantes para parecerem reais.

Apesar de Bohol ter velhas igrejas hispânicas impressionantes, construídas em grande parte com coral, foram aqueles os trunfos escolhidos pelo governo para atrair visitantes.

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Placard antigo de uma velha loja de Bohol antes pertença a duas irmãs com nome muito familiar.

E também por inúmeras empresas e marcas que lhes associam os seus produtos e serviços e os exibem na TV e na imprensa.

Esta estranha combinação despertou-nos curiosidade. Ao ponto de escolhermos a ilha como uma das nossas escalas no arquipélago.

O voo de Manila só dura duas horas mas já viajávamos desde Vigan (no extremo norte do país) e a noite anterior. Aterramos em Tagbilaran às 7h 30 da manhã esgotados, sem qualquer noção de onde nos íamos hospedar.

Aguardamos que o balcão do Turismo local abra e apanhamos um tricycle folclórico. Quinze minutos depois, estamos a falar com Mrs. Onôncia D. Balco, uma directora cinquentona e míope que despacha o assunto em três tempos: “Sei perfeitamente quem vai adorar receber-vos. É só um minuto que trato já disso”.

O telefone que usa ainda é de disco. Esperamos meio minuto que a marcação do número se completa. Bastante mais pelo fim da conversa que oscila entre tagalog e inglês, como é hábito entre os filipinos com formação e posses.

O Acolhimento Salvador de Lucas Nunag na Casa Amarela

Pousado o auscultador, a senhora dá-nos a novidade: “Está tudo combinado. Nós levamo-vos até ao Amarela, a seguir, o dono trata de vocês.” Calculamos que se trate de um hotel. Fosse como fosse, por essa altura, já estávamos mais preocupados em recuperar o sono que com o esclarecimento.

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Passageiros seguem na cabine de um jeepney arejado, a caminho da cidade de Loboc.

O jipe chega à praia de Libaong. Estaciona à entrada de uma vivenda de grandes dimensões. Dada a sua cor, só podia ser o destino final.

Um homem com visual e postura de Clark Gable das Visayas vem ao nosso encontro. Apresenta-se, despede-se do condutor e põe-nos de imediato à vontade com um pequeno-almoço revigorante e divertido.

Depois, indica-nos um quarto e liberta-nos com educação para um sono prolongado. Acordamos a meio da tarde. Passeamos pelo litoral, com mergulhos refrescantes a cada 100 metros.

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A península tropical que acolhe a praia de Libaong, uma das mais fotogénicas de Bohol.

O Litoral Tropical de Libaong e a Origem Inesperada do Baptismo Amarela

Afastamo-nos uns quilómetros do ponto de partida e acabamos num bar onde devoramos halo-halos, sobremesas filipinas divinais de fruta, batata doce, feijão, leite condensado e outros.

Quando regressamos, já o sol se pôs há muito. Só uma lanterna diminuta nos poupa a mais tropeções nas inúmeras folhas de coqueiro caídas.

O proprietário janta com amigos. Lá mais para o fim da noite, voltamos a juntar-nos. Trocamos estórias, peripécias e preferências. Lucas explica-nos que os sul-coreanos são os seus hóspedes mais indisciplinados.

Confessa-nos a sua paixão por Porto e Mateus Rosé.  Em troca, falamos-lhe da má fama dos mochileiros israelitas e confirmamos que o vinho português é muito mais que aqueles exemplos incontornáveis.

Lucas Nunag foi advogado em escritórios de multinacionais com sede em Manila grande parte da sua vida. Aos 55 anos, cansou-se da vida da capital e reformou-se.

Tinha acumulado poupanças e decidiu construir um resort na beira-mar da sua amada ilha natal. Viu-se em apuros para escolher o nome para o novo negócio. Até que a filha se lembrou da visita que haviam feito a Lisboa, em 2004, e de uma palavra portuguesa especialmente sexy: amarela.

Decidiram recuperar o passado. E baptizaram e pintaram o hotel segundo aquela inspiração.

Às Voltas Pela História de Bohol

A manhã seguinte desperta cinzenta. O panorama pouco muda com o avançar das horas.

Nós não temos grandes planos. A Lucas parece faltar companhia. O anfitrião faz questão de nos mostrar a ilha. Aceitamos sem resistência.

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O monumento Blood Compact, que celebra a primeira paz entre colonos espanhóis e os indígenas.

Em Dauis, apresenta-nos o irmão, um padre que fala espanhol e português e nos mostra o tecto da igreja de Baclayan, todo pintado com cenas da vida local  e o monumento histórico “Blood Compact”.

“Blood Compact” celebra o primeiro tratado de amizade entre filipinos e espanhóis, a umas poucas milhas do lugar onde os homens do chefe Lapu Lapu trespassaram Fernão Magalhães de morte com lanças de bambu, na hoje chamada Batalha de Mactan.

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Visitante de uma casa antiga de Bohol aventura-se para um piso inferior.

Ainda em Dauis, descobrimos que Lucas fazia parte de um núcleo de protecção da cultura local. À tarde juntamo-nos a uma excursão do grupo conduzida por um tal de Mr. Gardini que discorda da nossa presença.

Teme que, enquanto repórteres, chamemos demasiada atenção a um palacete de madeira que planeavam adquirir.

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Mulher examina o canto de um das casas tradicionais boholinas abandonadas por antigos proprietários.

Lucas resolve a questão com a sua habitual cortesia. Passamos um dia em cheio a admirar edifícios boholinos seculares, com destaque para as palafitas coloniais castelhanas com soalhos de tábuas grossas e compridas: “Quanto maiores mais ricos eram os seus senhores” diz-nos o ex-advogado.

Entramos ainda em villas de madeira fantasmagóricas com janelas de concha perdidas no tempo.

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Casa colonial secular de Bohol, objecto da preocupação de um grupo de conservacionistas de Bohol.

E em cenários tropicais improváveis a que, segundo outro dos indígenas da comitiva, o núcleo consegue deitar a mão por 30 mil pesos (500 euros). Evitam, dessa forma, que os herdeiros em conflito as destruam apenas para dividirem os materiais.

À Descoberta do Lado Excêntrico de Bohol

Ao fim da tarde, regressamos à Amarela.

Chegamos a Sábado. Lucas tem que voar para Manila. Aproveitamos a boleia para o terminal de autocarros de Tagbilaran. Ali, apanhamos um jeepney excêntrico e sobrelotado. Estava na hora de procurarmos os famosos társios e as Chocolate Hills.

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Jeepney exuberante numa estrada do interior de Bohol.

Damos de caras com os primeiros exemplares do primata em Loboc, num jardim à beira do rio homónimo e a caminho das colinas. O encontro é marcado pela admiração e pela indiferença.

Nós ficamos surpreendidos pelo seu tamanho diminuto, em nada condizente com o monstro temível que enchia tantos posters. Os espécimes, por sua vez, confrontam-nos com uma aparente soberba.

Os olhos dos társios tem em redor de 16 mm de diâmetro e podem ser maiores que o seu cérebro. Pois, aqueles társios, limitavam-se a piscá-los, em câmara lenta, como que ensonados pela nossa banal presença.

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Um exemplar de társio, um primata diminuto, excêntrico e em extinção que subsiste em Bohol.

Em tempos disseminados por uma vasta área do Mundo, os társios subsistem apenas em algumas ilhas do Sudeste Asiático.

Apesar do aspecto de peluche de porta-chaves, são o único primata à face da Terra exclusivamente carnívoro. Saltam de árvore em árvore, atacam insectos e pequenos vertebrados: cobras, lagartos, morcegos e pássaros que chegam a capturar em pleno voo. Tem hábitos nocturnos e a combinação morfológica entre o seu tálamo e os olhos é singular entre os primatas. Levou alguns neuro-cientistas a sugerir que a espécie provêm de uma linha de evolução distinta e mais antiga.

Deixamos os társios na sua letargia. Prosseguimos para o interior da ilha e do Parque Nacional Rajah Sikatuna.

A Estranha Visão Acolinada das Chocolate Hills

O autocarro termina a viagem no cimo de uma longa rampa. Ali, um miradouro bem posicionado revela o cenário bizarro das Chocolate Hills. Milhares de pequenas colinas cónicas forradas de vegetação, com tons de verde e amarelo repetem-se até as perdermos de vista.

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As famosas montanhas de chocolate de Bohol, nesta altura verdejantes devido à chuva abundante.

Estendem-se por mais de 50 km² e têm entre 35 e 120 metros de altura. São formadas por pedra calcária e receberam o nome devido ao aspecto que ganham quando a erva que as cobre se torna castanha durante a época seca, quando as torna semelhantes aos beijos de chocolate Hershey’s (Kisses).

As Explicações Lendárias das Chocolate Hills

Como seria de esperar, várias lendas explicam a formação geológica com nítida inclinação para as grandezas.

Há a romântica que fala de Arogo, gigante imortal e poderoso que se apaixonou por Aloya, uma simples mortal que ao morrer deixou o pretendente entregue à dor e ao desgosto. Segundo esta versão, as colinas teriam surgido quando as suas intermináveis lágrimas secaram.

Conta-se também que dois gigantes locais entraram em disputa de território e atiraram rochas e areia um ao outro. O confronto durou vários dias. Cansou-os de tal maneira que se esqueceram do que acontecera e se tornaram amigos. As Chocolate Hills seriam o estrago que causaram ao solo e nunca se lembraram de arranjar.

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Casal fotografa-se com as Chocolate Hills em fundo.

E as Teorias Científicas

Mesmo se menos fantasiosa, a comunidade científica está longe de chegar a acordo. A teoria mais consensual dos cientistas defende que a pedra calcária das colinas contém fosseis abundantes de vida marinha.

Que sofreu uma longa e intensa erosão gerada pelas chuvas, fluxos de água e pela actividade tectónica. Outras teorias acrescentam a hipótese do levantamento de enormes depósitos de coral.

Outras ainda, atribuem a sua existência a uma forte actividade vulcânica subaquática ou a movimentos massivos de água provocados por marés extremas, algures nos primórdios do Planeta.

A nossa história em Bohol, essa, aproximava-se do fim.

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Banhistas percorrem o areal branco da praia de Libaong, no prolongamento do litoral em que se situa a Casa Amarela

Regressamos à praia de Libaong e à casa Amarela. Refazemos as mochilas. Na manhã seguinte, Lucas Nunag estava de volta e conduz-nos ao aeroporto. Despedimo-nos do gentil anfitrião agradecidos. Metemo-nos num avião da Cebu Airlines.

Rumamos à ilha de Panay e à sua Boracay para 3 ou 4 dias de expiação balnear na grande dama das praias filipinas.

Bacolod, Filipinas

Um Festival para Rir da Tragédia

Por volta de 1980, o valor do açúcar, uma importante fonte de riqueza da ilha filipina de Negros caia a pique e o ferry “Don Juan” que a servia afundou e tirou a vida a mais de 176 passageiros, grande parte negrenses. A comunidade local resolveu reagir à depressão gerada por estes dramas. Assim surgiu o MassKara, uma festa apostada em recuperar os sorrisos da população.
Camiguin, Filipinas

Uma Ilha de Fogo Rendida à Água

Com mais de vinte cones acima dos 100 metros, a abrupta e luxuriante, Camiguin tem a maior concentração de vulcões que qualquer outra das 7641 ilhas filipinas ou do planeta. Mas, nos últimos tempos, nem o facto de um destes vulcões estar activo tem perturbado a paz da sua vida rural, piscatória e, para gáudio dos forasteiros, fortemente balnear.
Talisay City, Filipinas

Monumento a um Amor Luso-Filipino

No final do século XIX, Mariano Lacson, um fazendeiro filipino e Maria Braga, uma portuguesa de Macau, apaixonaram-se e casaram. Durante a gravidez do que seria o seu 11º filho, Maria sucumbiu a uma queda. Destroçado, Mariano ergueu uma mansão em sua honra. Em plena 2ª Guerra Mundial, a mansão foi incendiada mas as ruínas elegantes que resistiram eternizam a sua trágica relação.
Boracay, Filipinas

A Praia Filipina de Todos os Sonhos

Foi revelada por mochileiros ocidentais e pela equipa de filmagem de “Assim Nascem os Heróis”. Seguiram-se centenas de resorts e milhares de veraneantes orientais mais alvos que o areal de giz.
El Nido, Filipinas

El Nido, Palawan: A Última Fronteira Filipina

Um dos cenários marítimos mais fascinantes do Mundo, a vastidão de ilhéus escarpados de Bacuit esconde recifes de coral garridos, pequenas praias e lagoas idílicas. Para a descobrir, basta uma bangka.
Hungduan, Filipinas

Filipinas em Estilo Country

Os GI's partiram com o fim da 2ª Guerra Mundial mas a música do interior dos EUA que ouviam ainda anima a Cordillera de Luzon. É de tricycle e ao seu ritmo que visitamos os terraços de arroz de Hungduan.
Filipinas

Os Donos da Estrada Filipina

Com o fim da 2ª Guerra Mundial, os filipinos transformaram milhares de jipes norte-americanos abandonados e criaram o sistema de transporte nacional. Hoje, os exuberantes jeepneys estão para as curvas.
Vigan, Filipinas

Vigan, a Mais Hispânica das Ásias

Os colonos espanhóis partiram mas as suas mansões estão intactas e as kalesas circulam. Quando Oliver Stone buscava cenários mexicanos para "Nascido a 4 de Julho" encontrou-os nesta ciudad fernandina
Filipinas

Quando só as Lutas de Galos Despertam as Filipinas

Banidas em grande parte do Primeiro Mundo, as lutas de galos prosperam nas Filipinas onde movem milhões de pessoas e de Pesos. Apesar dos seus eternos problemas é o sabong que mais estimula a nação.
Mactan, Cebu, Filipinas

O Atoleiro de Magalhães

Tinham decorrido quase 19 meses de navegação pioneira e atribulada em redor do mundo quando o explorador português cometeu o erro da sua vida. Nas Filipinas, o carrasco Datu Lapu Lapu preserva honras de herói. Em Mactan, uma sua estátua bronzeada com visual de super-herói tribal sobrepõe-se ao mangal da tragédia.
Marinduque, Filipinas

Quando os Romanos Invadem as Filipinas

Nem o Império do Oriente chegou tão longe. Na Semana Santa, milhares de centuriões apoderam-se de Marinduque. Ali, se reencenam os últimos dias de Longinus, um legionário convertido ao Cristianismo.
Marinduque, Filipinas

A Paixão Filipina de Cristo

Nenhuma nação em redor é católica mas muitos filipinos não se deixam intimidar. Na Semana Santa, entregam-se à crença herdada dos colonos espanhóis.A auto-flagelação torna-se uma prova sangrenta de fé
Coron, Busuanga, Filipinas

A Armada Japonesa Secreta mas Pouco

Na 2ª Guerra Mundial, uma frota nipónica falhou em ocultar-se ao largo de Busuanga e foi afundada pelos aviões norte-americanos. Hoje, os seus destroços subaquáticos atraem milhares de mergulhadores.
Batad, Filipinas

Os Socalcos que Sustentam as Filipinas

Há mais de 2000 anos, inspirado pelo seu deus do arroz, o povo Ifugao esquartejou as encostas de Luzon. O cereal que os indígenas ali cultivam ainda nutre parte significativa do país.
Bacolod, Filipinas

Doces Filipinas

Bacolod é a capital de Negros, a ilha no centro da produção filipina de cana de açúcar. De viagem pelos confins do Extremo-Oriente e entre a história e a contemporaneidade, saboreamos o âmago fascinante da mais Latina das Ásias.
Iloilo, Filipinas

A Cidade Muy Leal y Noble das Filipinas

Em 1566, os espanhóis fundaram Iloilo no sul da ilha de Panay e, até à iminência do século XIX, foi capital das imensas Índias Espanholas Orientais. Mesmo se há quase cento e trinta anos filipina, Iloilo conserva-se uma das cidades mais hispânicas da Ásia.
Ilhas Guimaras  e  Ave Maria, Filipinas

Rumo à Ilha Ave Maria, Numas Filipinas Cheias de Graça

À descoberta do arquipélago de Visayas Ocidental, dedicamos um dia para viajar de Iloilo, ao longo do Noroeste de Guimaras. O périplo balnear por um dos incontáveis litorais imaculados das Filipinas, termina numa deslumbrante ilha Ave Maria.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Skipper de uma das bangkas do Raymen Beach Resort durante uma pausa na navegação
Praia
Ilhas Guimaras  e  Ave Maria, Filipinas

Rumo à Ilha Ave Maria, Numas Filipinas Cheias de Graça

À descoberta do arquipélago de Visayas Ocidental, dedicamos um dia para viajar de Iloilo, ao longo do Noroeste de Guimaras. O périplo balnear por um dos incontáveis litorais imaculados das Filipinas, termina numa deslumbrante ilha Ave Maria.
Parque Nacional Gorongosa, Moçambique, Vida Selvagem, leões
Safari
PN Gorongosa, Moçambique

O Coração da Vida Selvagem de Moçambique dá Sinais de Vida

A Gorongosa abrigava um dos mais exuberantes ecossistemas de África mas, de 1980 a 1992, sucumbiu à Guerra Civil travada entre a FRELIMO e a RENAMO. Greg Carr, o inventor milionário do Voice Mail recebeu a mensagem do embaixador moçambicano na ONU a desafiá-lo a apoiar Moçambique. Para bem do país e da humanidade, Carr comprometeu-se a ressuscitar o parque nacional deslumbrante que o governo colonial português lá criara.
Thorong La, Circuito Annapurna, Nepal, foto para a posteridade
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 13º - High Camp a Thorong La a Muktinath, Nepal

No Auge do Circuito dos Annapurnas

Aos 5416m de altitude, o desfiladeiro de Thorong La é o grande desafio e o principal causador de ansiedade do itinerário. Depois de, em Outubro de 2014, ter vitimado 29 montanhistas, cruzá-lo em segurança gera um alívio digno de dupla celebração.
Luderitz, Namibia
Arquitectura & Design
Lüderitz, Namibia

Wilkommen in Afrika

O chanceler Bismarck sempre desdenhou as possessões ultramarinas. Contra a sua vontade e todas as probabilidades, em plena Corrida a África, o mercador Adolf Lüderitz forçou a Alemanha assumir um recanto inóspito do continente. A cidade homónima prosperou e preserva uma das heranças mais excêntricas do império germânico.
O pequeno farol de Kallur, destacado no relevo caprichoso do norte da ilha de Kalsoy.
Aventura
Kalsoy, Ilhas Faroé

Um Farol no Fim do Mundo Faroês

Kalsoy é uma das ilhas mais isoladas do arquipélago das faroés. Também tratada por “a flauta” devido à forma longilínea e aos muitos túneis que a servem, habitam-na meros 75 habitantes. Muitos menos que os forasteiros que a visitam todos os anos atraídos pelo deslumbre boreal do seu farol de Kallur.
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Cerimónias e Festividades
Jerusalém, Israel

Em Festa no Muro das Lamentações

Nem só a preces e orações atende o lugar mais sagrado do judaísmo. As suas pedras milenares testemunham, há décadas, o juramento dos novos recrutas das IDF e ecoam os gritos eufóricos que se seguem.
Graffiti deusa creepy, Haight Ashbury, Sao Francisco, EUA, Estados Unidos America
Cidades
The Haight, São Francisco, E.U.A.

Órfãos do Verão do Amor

O inconformismo e a criatividade ainda estão presentes no antigo bairro Flower Power. Mas, quase 50 anos depois, a geração hippie deu lugar a uma juventude sem-abrigo, descontrolada e até agressiva.
Comida
Margilan, Usbequistão

Um Ganha Pão do Uzbequistão

Numa de muitas padarias de Margilan, desgastado pelo calor intenso do forno tandyr, o padeiro Maruf'Jon trabalha meio-cozido como os distintos pães tradicionais vendidos por todo o Usbequistão
Maiko durante espectaculo cultural em Nara, Geisha, Nara, Japao
Cultura
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Sobrevivência: A Última Arte Gueixa

Já foram quase 100 mil mas os tempos mudaram e as gueixas estão em vias de extinção. Hoje, as poucas que restam vêem-se forçadas a ceder a modernidade menos subtil e elegante do Japão.
Natação, Austrália Ocidental, Estilo Aussie, Sol nascente nos olhos
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2000 metros em Estilo Aussie

Em 1853, Busselton foi dotada de um dos pontões então mais longos do Mundo. Quando a estrutura decaiu, os moradores decidiram dar a volta ao problema. Desde 1996 que o fazem, todos os anos. A nadar.
Vista do John Ford Point, Monument Valley, Nacao Navajo, Estados Unidos
Em Viagem
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Índios ou cowboys?

Realizadores de Westerns emblemáticos como John Ford imortalizaram aquele que é o maior território indígena dos Estados Unidos. Hoje, na Nação Navajo, os navajo também vivem na pele dos velhos inimigos.
Retorno na mesma moeda
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Dawki, Dawki, Bangladesh à Vista

Descemos das terras altas e montanhosas de Meghalaya para as planas a sul e abaixo. Ali, o caudal translúcido e verde do Dawki faz de fronteira entre a Índia e o Bangladesh. Sob um calor húmido que há muito não sentíamos, o rio também atrai centenas de indianos e bangladeshianos entregues a uma pitoresca evasão.
Ocaso, Avenida dos Baobás, Madagascar
Portfólio Fotográfico Got2Globe

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A Musa do Grande Sul Americano

New Orleans destoa dos fundos conservadores dos E.U.A. como a defensora de todos os direitos, talentos e irreverências. Em tempos francesa, para sempre afrancesada, a cidade do jazz inspira, a novos ritmos contagiantes, a fusão de etnias, culturas, estilos e sabores.
Praia de El Cofete do cimo de El Islote, Fuerteventura, ilhas Canárias, Espanha
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Verificação da correspondência
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Em 1964, Katsura Morimura deliciou o Japão com um romance-turquesa passado em Ouvéa. Mas a vizinha Île-des-Pins apoderou-se do título "A Ilha mais próxima do Paraíso" e extasia os seus visitantes.
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Se Anchorage se tornou a grande cidade do 49º estado dos E.U.A., Homer, a 350km, é a sua mais famosa estrada sem saída. Os veteranos destas paragens consideram esta estranha língua de terra solo sagrado. Também veneram o facto de, dali, não poderem continuar para lado nenhum.
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Destacados acima de um litoral exuberante, os picos irmãos Pitons são a imagem de marca de Saint Lucia. Tornaram-se de tal maneira emblemáticos que têm lugar reservado nas notas mais altas de East Caribbean Dollars. Logo ao lado, os moradores da ex-capital Soufrière sabem o quão preciosa é a sua vista.
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Quioto esteve na lista de alvos das bombas atómicas dos E.U.A. e foi mais que um capricho do destino que a preservou. Salva por um Secretário de Guerra norte-americano apaixonado pela sua riqueza histórico-cultural e sumptuosidade oriental, a cidade foi substituída à última da hora por Nagasaki no sacrifício atroz do segundo cataclismo nuclear.
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Religião
Rostov Veliky, Rússia

Sob as Cúpulas da Alma Russa

É uma das mais antigas e importantes cidades medievais, fundada durante as origens ainda pagãs da nação dos czares. No fim do século XV, incorporada no Grande Ducado de Moscovo, tornou-se um centro imponente da religiosidade ortodoxa. Hoje, só o esplendor do kremlin moscovita suplanta o da cidadela da tranquila e pitoresca Rostov Veliky.
Chepe Express, Ferrovia Chihuahua Al Pacifico
Sobre Carris
Creel a Los Mochis, México

Barrancas de Cobre, Caminho de Ferro

O relevo da Sierra Madre Occidental tornou o sonho um pesadelo de construção que durou seis décadas. Em 1961, por fim, o prodigioso Ferrocarril Chihuahua al Pacifico foi inaugurado. Os seus 643km cruzam alguns dos cenários mais dramáticos do México.
Dia da Austrália, Perth, bandeira australiana
Sociedade
Perth, Austrália

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26/1 é uma data controversa na Austrália. Enquanto os colonos britânicos o celebram com churrascos e muita cerveja, os aborígenes celebram o facto de não terem sido completamente dizimados.
Amaragem, Vida à Moda Alasca, Talkeetna
Vida Quotidiana
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A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Transpantaneira pantanal do Mato Grosso, capivara
Vida Selvagem
Pantanal do Mato Grosso, Brasil

Transpantaneira, Pantanal e Confins do Mato Grosso

Partimos do coração sul-americano de Cuiabá para sudoeste e na direcção da Bolívia. A determinada altura, a asfaltada MT060 passa sob um portal pitoresco e a Transpantaneira. Num ápice, o estado brasileiro de Mato Grosso alaga-se. Torna-se um Pantanal descomunal.
The Sounds, Fiordland National Park, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Fiordland, Nova Zelândia

Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.