Islândia

O Aconchego Geotérmico da Ilha do Gelo


Água pelos ares
Géiser Strokkur, no vale geotermal de Haukaladur com erupções regulares em menos de 10 minutos.
Eva e Guthrun
Duas vendedoras de substâncias naturais para a pele em plena acção na Lagoa Azul de Grindavik.
Das profundezas
Água escaldante das entranhas da Terra, prestes a jorrar a 15, 20 metros ou mais de altura.
Planalto de Hellisheidi
Infra-estruturas complementares da central geotérmica de Hellisheidi - a maior do Mundo - camufladas no cenário malhado do planalto homónimo.
Vulcanismo & Geotermia
Neve derretida sobre um prado seco pelo frio invernal nas imediações da cratera do vulção Hverjall, no Parque Nacional Myvatn.
A Maior das Maiores
A central geotérmica de Hellisheidi, a mais poderosa do Mundo, com uma capacidade de produção de 303 MW de electricidade e 400 MW de água quente.
Mini-lagoa
Um pequeno charco nas imediações rochosas da Lagoa Azul, com a central geotérmica de Svartsengi em fundo.
Caldeiras ou assim
Componentes da geotérmica de Hellisheidi - a maior do Mundo.
Puro deleite
Frequentadores da Lagoa Azul de Grindavik entretidos com as várias diversões balneares e geotermais do lugar.
Em apuros geotermais
Banhistas atrapalhados num recanto rochoso da Lagoa Azul.
Géisers e montanhas
Vapor esvoaçante identifica a presença de géiseres nas imediações do lago Myvatn.
Um dia na Lagoa Azul
Banhistas relaxam na água quente da lagoa azul de Grindavik, uma de muitas lagoas geotermais da Islândia
A maior parte dos visitantes valoriza os cenários vulcânicos da Islândia pela sua beleza. Os islandeses também deles retiram calor e energia cruciais para a vida que levam às portas do Árctico.

Aproximamo-nos da meia-noite.

Ao subirmos em direcção às terras altas do lago Myvatn, passamos os olhos pelo retrovisor. Percebemos que as nuvens abrem. Que desvendam um céu de vários tons fogosos que se alastra ao oceano Árctico e à superfície frígida do litoral norte da Islândia.

A excentricidade boreal daquele ocaso convida-nos a encostar o carro à berma gelada. Apreciamos o seu  desenrolar por alguns minutos, até que o vento enregelante nos leva a ilusão de conforto térmico impingida pelo desfazer do grande astro.

Aguentamos o que aguentamos. Logo, voltamos ao refúgio amornado do carro.

Por pouco tempo. Alguns quilómetros para diante, espanta-nos nova visão incandescente, desta feita paralelepipédica, ainda mais resplandecente na quase noite que se havia instalado.

Investigamos aquele O.V.N.I. pousado com o cuidado que nos merecia até porque uma ladeira escorregadia e um descampado pejado de buracos tapados pela neve o separava da berma da estrada.

Uma agricultura resplandecente

Estufa geotermal num cenário nevado entre Husavik e Myvatn.

As Estufas Algo Extraterrestres da Islândia

A poucos metros do invólucro de vidro embaciado, percebemos um conteúdo 100% vegetal. Confirmamos o que já nos ocorrera: tratava-se de uma estufa islandesa.

O sol que naquela Primavera invernosa ainda resistia quase dezoito horas acima do horizonte, chegava com raios tão insípidos que pouco nos estimulavam a pele e os sentidos.

Estávamos prestes a entrar nos meses afáveis da Islândia. Calculávamos que o clima dos seus meses antípodas fosse bem mais rude.

E, no entanto, com excepção para a ínfima duração da luz do dia, em grande parte do ano, a quase árctica Islândia até é favorecida.

O Clima Sub-Árctico ainda Assim Generoso da Terra do Gelo

Duas correntes marítimas, a Norte Atlântica e a Irminger envolvem-na.

Mantêm o oceano em redor livre de gelo e suavizam as temperaturas invernais que, de outra forma, seriam bem mais extremas que os normais 0ºC de média nas terras baixas da costa sul e -10ºC nas terras altas do interior.

Geotermia, Calor da Islândia, Terra do Gelo, Geotérmico, Géisers e montanhas

Vapor esvoaçante identifica a presença de géiseres nas imediações do lago Myvatn.

Numa dimensão localizada, a intensa actividade vulcânica contribui para aquecer e preservar menos congeladas vastas áreas da ilha.

É o caso dos vulcões, fumarolas e géiseres em redor do lago Myvatn, que não tardaríamos a explorar.

Ao longo do tempo, os islandeses aprenderam como nenhum outro povo a viver com a sua delicada geologia.

E a manipularem a concentração de vulcões em favor da geração de energia geotérmica, aquecimento e alguma produção de electricidade.

Alta Voltagem

Cabos eléctricos numa planície da costa sul da Islândia. Parte significativa da energia do país (incluindo a eléctrica) tem origem geotérmica.

A Proficiência Geotermal da Islândia

São cinco as grandes centrais geotérmicas que produzem um quarto da energia da Islândia.

Quase 90% dos edifícios do país estão equipados com aquecimento e água quente geotérmicos.

Tendo em conta que 75% da electricidade do país tem origem hídrica, percebe-se que os islandeses façam fé em que a sua nação deixe de depender de combustíveis fósseis e o menos possível de todo o tipo de importações.

Mais tarde, viríamos a perceber que a estufa excêntrica que tínhamos estado a examinar era apenas uma de muitas, mantidas com calor vindo das profundezas da ilha.

Fazia parte do tal plano ambicioso de sustentabilidade.

Mini-lagoa

Um pequeno charco nas imediações rochosas da Lagoa Azul, com a central geotérmica de Svartsengi em fundo.

A Produção Vegetal em Estufa que Mal Faz Baixar os Preços

Devido ao curto período da Primavera-Verão, só os tubérculos e vegetais mais resistentes ao frio, como as batatas, os nabos, as cenouras, e as couves, podem ser cultivados ao ar livre.

Estufas como aquelas aumentavam de número a olhos vistos em lugares estratégicos do país. Permitiam gerar, em quantidades cada vez menos limitadas, tomates, pepinos, pimentos, flores, plantas e até bananas, uvas e uma outra iguaria tropical.

Como pudemos sofrer na pele, a produção em estufa ainda pouco alterava o preço do isolamento insular e setentrional da Islândia:

“São 3500, ou 3700 ou 4000 coroas (24, 25 ou 27€)” informavam-nos com educação os caixas dos supermercados em que nos abastecemos enquanto demos a volta à ilha.

“Pagam em dinheiro ou em cartão?”  De cada vez que ouvíamos o total, essa era a questão que menos nos preocupava.

Invariavelmente, olhávamos para o cesto e tentávamos perceber se lá tínhamos colocado algo por engano ou cometido algum exagero. Mas não. Confirmava-se apenas o pouco que desejávamos.

Enchíamos o saco, virávamos as costas. Prosseguíamos viagem conformados e sempre entusiasmados pela imponência geológica quente e fria daquelas paragens.

Fumarolas, Géiseres e Outras Fontes Geotermais

Depois de darmos a volta à ilha, instalamo-nos em Reiquejavique. Da capital, partimos para incursões estratégicas aos domínios imperdíveis em redor.

Numa delas, paramos no vale de Haukaladur. Existem três outros vales com o mesmo nome na Islândia. Só este acolhe uma vasta área geotermal que os colonos viquingues relataram, em 1294, que se terá formado pouco tempo antes, por acção sísmica.

Aliás, os tremores de terra continuam a activar e desactivar estas fontes, como aconteceu alternadamente em Julho de 2000.

Das profundezas

Água escaldante das entranhas da Terra, prestes a jorrar a 15, 20 metros ou mais de altura.

Lemos antecipadamente que se tratavam dois dos géiseres mais famosos no vale, o Strokkur e outro, o Geysir (termo derivado do verbo geysa do antigo norueguês para jorrar).

O Geysir provou-se o primeiro géiser a ser conhecido pelos europeus modernos, descrito em obra impressa e que acabou por ser adaptado como a nomenclatura mundial do fenómeno.

Ora, cedo percebemos que era tão famoso quanto caprichoso. Por norma, só irrompia em quatro ou cinco ocasiões solenes diárias. Não hesitámos, assim, em nos dedicarmos ao mais sociável Strokkur.

Vimo-lo brotar cinco ou seis vezes em menos de uma hora, a mais de 20 metros de altura e ainda fomos baptizados por borrifos da sua água escaldante e sulfurosa.

Água pelos ares

Géiser Strokkur, no vale geotermal de Haukaladur com erupções regulares em menos de 10 minutos.

No fim dessa tarde, regressávamos à capital.

Surpreende-nos o cenário malhado do planalto de Hellisheidi, nevado mas não muito, colorido por retalhos de solo vulcânico castanho que o novo ocaso tardio transformava em ocre.

Planalto de Hellisheidi

Infra-estruturas complementares da central geotérmica de Hellisheidi – a maior do Mundo – camufladas no cenário malhado do planalto homónimo.

Conduzimos a um dos pontos mais altos desta chapada.

Dali, apreciamos como o lusco-fusco se apoderava da central geotermal homónima – a maior do Mundo –, situada junto ao vulcão de Hengill. E como deu origem a novo panorama extraterrestre.

Geotermia, Calor da Islândia, Terra do Gelo, Geotérmico, Central Hellisheidi

A central geotérmica de Hellisheidi, a mais poderosa do Mundo, com uma capacidade de produção de 303 MW de electricidade e 400 MW de água quente.

Nem a geotermia nem a quase ficção científica islandesa se ficariam por aí.

“Se não gostam do tempo na Islândia, esperem só um minuto”, professa um dos ditados mais populares da nação.

O Deleite Amornado da Lagoa Azul e a Estação Geotermal de Svartsengi

Mas, já tinham decorrido bastantes mais horas do que estávamos dispostos a conceder. Uma das atracções da ilha que melhor poderia compensar a má meteorologia continuava à nossa disposição.

Dedicamos-lhe toda a manhã seguinte.

Passamos pelo portal sofisticado da sua recepção e subimos ao terraço panorâmico.

Daquele cimo, espantamo-nos com a visão surreal de centenas de banhistas em puro deleite, subsumidos na água da Bláa Lonid, a lagoa azul de Grindavik.

Sumidos na névoa

Banhistas da Lagoa azul de Grindavik perdidos no vapor gerado pela diferença de temperaturas entre a água termal e a atmosfera boreal.

Ao longe, já no extremo oposto da lagoa, isolada por lajes abrasivas de lava, vislumbramos a quarta maior estação geotérmica da Islândia, a de Svartsengi.

Em plena operação, as chaminés desta central lançavam nuvens de vapor que se juntavam às celestes.

Vista panorâmica da lagoa Azul de Grindavik com a central geotérmica de Svartsengi (a 4ªa maior da Islândia) em fundo.

Descemos para os balneários e juntamo-nos a uma multidão internacional e anfíbia.

A temperatura da água oscila consoante a distância das fontes que a libertam.

Por norma, está perfeita mas, de quando em quando, algumas caldeiras sobreaquecem certas secções.

Ainda rimos a bom rir com a debandada de um núcleo de senhoras, aflitas com uma cozedura imaginária.

Em apuros geotermais

Banhistas atrapalhados num recanto rochoso da Lagoa Azul.

Apesar de água mal passar da cintura, dois nadadores salvadores limitam-se a divertir-se com a situação, recorrente e pouco preocupante.

Eva e Guthrun, representantes da lagoa também elas com máscaras faciais de argila ou afins e munidas de tabuleiros com taças abordam os banhistas.

Convencem-nos a testar substâncias que afiançam embelezar qualquer pele.

“Experimentem esta!” desinquietam-nos. É uma espécie de botox natural islandês!”

Eva e Guthrun

Duas vendedoras de substâncias naturais para a pele em plena acção na Lagoa Azul de Grindavik.

Entretanto, uma saraivada fulminante expulsa-nos a nós, às jovens vendedoras e aos restantes clientes balneares do caldo vulcânico.

A tormenta prova-se de pouca dura.

Ainda caía um granizo diminuto quando os primeiros islandeses começaram a regressar àquele seu famoso afago geotermal.

Geotermia, Calor da Islândia, Terra do Gelo, Geotérmico, Lagoa Azul

Banhistas relaxam na água quente da lagoa azul de Grindavik, uma de muitas lagoas geotermais da Islândia

Lagoa Jökursarlón, Glaciar Vatnajökull, Islândia

Já Vacila o Glaciar Rei da Europa

Só na Gronelândia e na Antárctica se encontram geleiras comparáveis ao Vatnajökull, o glaciar supremo do velho continente. E no entanto, até este colosso que dá mais sentido ao termo Terra do Gelo se está a render ao cerco inexorável do aquecimento global.
PN Thingvellir, Islândia

Nas Origens da Remota Democracia Viking

As fundações do governo popular que nos vêm à mente são as helénicas. Mas aquele que se crê ter sido o primeiro parlamento do mundo foi inaugurado em pleno século X, no interior enregelado da Islândia.
Lagoa de Jok​ülsárlón, Islândia

O Canto e o Gelo

Criada pela água do oceano Árctico e pelo degelo do maior glaciar da Europa, Jokülsárlón forma um domínio frígido e imponente. Os islandeses reverenciam-na e prestam-lhe surpreendentes homenagens.
Islândia

Ilha de Fogo, Gelo, Cascatas e Quedas de Água

A cascata suprema da Europa precipita-se na Islândia. Mas não é a única. Nesta ilha boreal, com chuva ou neve constantes e em plena batalha entre vulcões e glaciares, despenham-se torrentes sem fim.
Vulcão dos Capelinhos, Faial, Açores

Na Pista do Mistério dos Capelinhos

De uma costa da ilha à opostoa, pelas névoas, retalhos de pasto e florestas típicos dos Açores, desvendamos o Faial e o Mistério do seu mais imprevisível vulcão.
Husavik a Myvatn, Islândia

Neve sem Fim na Ilha do Fogo

Quando, a meio de Maio, a Islândia já conta com o aconchego do sol mas o frio mas o frio e a neve perduram, os habitantes cedem a uma fascinante ansiedade estival.
Seydisfjordur, Islândia

Da Arte da Pesca à Pesca da Arte

Quando armadores de Reiquejavique compraram a frota pesqueira de Seydisfjordur, a povoação teve que se adaptar. Hoje, captura discípulos da arte de Dieter Roth e outras almas boémias e criativas.
Vale da Morte, E.U.A.

O Ressuscitar do Lugar Mais Quente

Desde 1921 que Al Aziziyah, na Líbia, era considerado o lugar mais quente do Planeta. Mas a polémica em redor dos 58º ali medidos fez com que, 99 anos depois, o título fosse devolvido ao Vale da Morte.
Chã das Caldeiras, Ilha do Fogo Cabo Verde

Um Clã "Francês" à Mercê do Fogo

Em 1870, um conde nascido em Grenoble a caminho de um exílio brasileiro, fez escala em Cabo Verde onde as beldades nativas o prenderam à ilha do Fogo. Dois dos seus filhos instalaram-se em plena cratera do vulcão e lá continuaram a criar descendência. Nem a destruição causada pelas recentes erupções demove os prolíficos Montrond do “condado” que fundaram na Chã das Caldeiras.    
São Miguel, Açores

Ilha de São Miguel: Açores Deslumbrantes, Por Natureza

Uma biosfera imaculada que as entranhas da Terra moldam e amornam exibe-se, em São Miguel, em formato panorâmico. São Miguel é a maior das ilhas portuguesas. E é uma obra de arte da Natureza e do Homem no meio do Atlântico Norte plantada.
El Tatio, Chile

Géiseres El Tatio - Entre o Gelo e o Calor do Atacama

Envolto de vulcões supremos, o campo geotermal de El Tatio, no Deserto de Atacama surge como uma miragem dantesca de enxofre e vapor a uns gélidos 4200 m de altitude. Os seus géiseres e fumarolas atraem hordas de viajantes.
Nea Kameni, Santorini, Grécia

O Cerne Vulcânico de Santorini

Tinham decorrido cerca de três milénios desde a erupção minóica que desintegrou a maior ilha-vulcão do Egeu. Os habitantes do cimo das falésias observaram terra emergir no centro da caldeira inundada. Nascia Nea Kameni, o coração fumegante de Santorini.
Sul da Islândia

Sul da Islândia vs Atlântico do Norte: uma Batalha Monumental

Vertentes de vulcões e fluxos de lava, glaciares e rios imensos, todos pendem e fluem do interior elevado da Terra do Fogo e Gelo para o oceano frígido e quase sempre irado. Por todas essas e tantas outras razões da Natureza, a Sudurland é a região mais disputada da Islândia.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Hipopótamo move-se na imensidão alagada da Planície dos Elefantes.
Safari
Parque Nacional de Maputo, Moçambique

O Moçambique Selvagem entre o Rio Maputo e o Índico

A abundância de animais, sobretudo de elefantes, deu azo, em 1932, à criação de uma Reserva de Caça. Passadas as agruras da Guerra Civil Moçambicana, o PN de Maputo protege ecossistemas prodigiosos em que a fauna prolifera. Com destaque para os paquidermes que recentemente se tornaram demasiados.
Muktinath a Kagbeni, Circuito Annapurna, Nepal, Kagbeni
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna 14º - Muktinath a Kagbeni, Nepal

Do Lado de Lá do Desfiladeiro

Após a travessia exigente de Thorong La, recuperamos na aldeia acolhedora de Muktinath. Na manhã seguinte, voltamos a descer. A caminho do antigo reino do Alto Mustang e da aldeia de Kagbeni que lhe serve de entrada.
Treasures, Las Vegas, Nevada, Cidade do Pecado e Perdao
Arquitectura & Design
Las Vegas, E.U.A.

Onde o Pecado tem Sempre Perdão

Projectada do Deserto Mojave como uma miragem de néon, a capital norte-americana do jogo e do espectáculo é vivida como uma aposta no escuro. Exuberante e viciante, Vegas nem aprende nem se arrepende.
Totems, aldeia de Botko, Malekula,Vanuatu
Aventura
Malekula, Vanuatu

Canibalismo de Carne e Osso

Até ao início do século XX, os comedores de homens ainda se banqueteavam no arquipélago de Vanuatu. Na aldeia de Botko descobrimos porque os colonizadores europeus tanto receavam a ilha de Malekula.
A Crucificação em Helsínquia
Cerimónias e Festividades
Helsínquia, Finlândia

Uma Via Crucis Frígido-Erudita

Chegada a Semana Santa, Helsínquia exibe a sua crença. Apesar do frio de congelar, actores pouco vestidos protagonizam uma re-encenação sofisticada da Via Crucis por ruas repletas de espectadores.
Kiomizudera, Quioto, um Japão Milenar quase perdido
Cidades
Quioto, Japão

Um Japão Milenar Quase Perdido

Quioto esteve na lista de alvos das bombas atómicas dos E.U.A. e foi mais que um capricho do destino que a preservou. Salva por um Secretário de Guerra norte-americano apaixonado pela sua riqueza histórico-cultural e sumptuosidade oriental, a cidade foi substituída à última da hora por Nagasaki no sacrifício atroz do segundo cataclismo nuclear.
mercado peixe Tsukiji, toquio, japao
Comida
Tóquio, Japão

O Mercado de Peixe que Perdeu a Frescura

Num ano, cada japonês come mais que o seu peso em peixe e marisco. Desde 1935, que uma parte considerável era processada e vendida no maior mercado piscícola do mundo. Tsukiji foi encerrado em Outubro de 2018, e substituído pelo de Toyosu.
Tabatô, Guiné Bissau, tabanca músicos mandingas. Baidi
Cultura
Tabatô, Guiné Bissau

A Tabanca dos Músicos Poetas Mandingas

Em 1870, uma comunidade de músicos mandingas em itinerância, instalou-se junto à actual cidade de Bafatá. A partir da Tabatô que fundaram, a sua cultura e, em particular, os seus balafonistas prodigiosos, deslumbram o Mundo.
Fogo artifício de 4 de Julho-Seward, Alasca, Estados Unidos
Desporto
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
Creel, Chihuahua, Carlos Venzor, coleccionador, museu
Em Viagem
Chihuahua a Creel, Chihuahua, México

A Caminho de Creel

Com Chihuahua para trás, apontamos a sudoeste e a terras ainda mais elevadas do norte mexicano. Junto a Ciudad Cuauhtémoc, visitamos um ancião menonita. Em redor de Creel, convivemos, pela primeira vez, com a comunidade indígena Rarámuri da Serra de Tarahumara.
Cobá, viagem às Ruínas Maias, Pac Chen, Maias de agora
Étnico
Cobá a Pac Chen, México

Das Ruínas aos Lares Maias

Na Península de Iucatão, a história do segundo maior povo indígena mexicano confunde-se com o seu dia-a-dia e funde-se com a modernidade. Em Cobá, passámos do cimo de uma das suas pirâmides milenares para o coração de uma povoação dos nossos tempos.
portfólio, Got2Globe, fotografia de Viagem, imagens, melhores fotografias, fotos de viagem, mundo, Terra
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Porfólio Got2Globe

O Melhor do Mundo – Portfólio Got2Globe

Buda Vairocana, templo Todai ji, Nara, Japão
História
Nara, Japão

O Berço Colossal do Budismo Nipónico

Nara deixou, há muito, de ser capital e o seu templo Todai-ji foi despromovido. Mas o Grande Salão mantém-se o maior edifício antigo de madeira do Mundo. E alberga o maior buda vairocana de bronze.
Maui, Havai, Polinésia,
Ilhas
Maui, Havai

Maui: o Havai Divino que Sucumbiu ao Fogo

Maui é um antigo chefe e herói do imaginário religioso e tradicional havaiano. Na mitologia deste arquipélago, o semi-deus laça o sol, levanta o céu e leva a cabo uma série de outras proezas em favor dos humanos. A ilha sua homónima, que os nativos creem ter criado no Pacífico do Norte, é ela própria prodigiosa.
Corrida de Renas , Kings Cup, Inari, Finlândia
Inverno Branco
Inari, Finlândia

A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
Almada Negreiros, Roça Saudade, São Tomé
Literatura
Saudade, São Tomé, São Tomé e Príncipe

Almada Negreiros: da Saudade à Eternidade

Almada Negreiros nasceu, em Abril de 1893, numa roça do interior de São Tomé. À descoberta das suas origens, estimamos que a exuberância luxuriante em que começou a crescer lhe tenha oxigenado a profícua criatividade.
Monteverde, Costa Rica, quakers, Reserva Biológica Bosque Nuboso, caminhantes
Natureza
Monteverde, Costa Rica

O Refúgio Ecológico que os Quakers Legaram ao Mundo

Desiludidos com a propensão militar dos E.U.A., um grupo de 44 Quakers migrou para a Costa Rica, nação que havia abolido o exército. Agricultores, criadores de gado, tornaram-se conservacionistas. Viabilizaram um dos redutos naturais mais reverenciados da América Central.
Menina brinca com folhas na margem do Grande Lago do Palácio de Catarina
Outono
São Petersburgo, Rússia

Dias Dourados que Antecederam a Tempestade

À margem dos acontecimentos políticos e bélicos precipitados pela Rússia, de meio de Setembro em diante, o Outono toma conta do país. Em anos anteriores, de visita a São Petersburgo, testemunhamos como a capital cultural e do Norte se reveste de um amarelo-laranja resplandecente. Num deslumbre pouco condizente com o negrume político e bélico entretanto disseminado.
Parque Nacional Etosha Namíbia, chuva
Parques Naturais
PN Etosha, Namíbia

A Vida Exuberante da Namíbia Branca

Um salar vasto rasga o norte namibiano. O Parque Nacional Etosha que o envolve revela-se um habitat árido, mas providencial, de incontáveis espécies selvagens africanas.
Guardiã, Museu Estaline, Gori, Georgia
Património Mundial UNESCO
Uplistsikhe e Gori, Geórgia

Do Berço da Geórgia à Infância de Estaline

À descoberta do Cáucaso, exploramos Uplistsikhe, uma cidade troglodita antecessora da Geórgia. E a apenas 10km, em Gori, damos com o lugar da infância conturbada de Joseb Jughashvili, que se tornaria o mais famoso e tirano dos líderes soviéticos.
Verificação da correspondência
Personagens
Rovaniemi, Finlândia

Da Lapónia Finlandesa ao Árctico, Visita à Terra do Pai Natal

Fartos de esperar pela descida do velhote de barbas pela chaminé, invertemos a história. Aproveitamos uma viagem à Lapónia Finlandesa e passamos pelo seu furtivo lar.
Magníficos Dias Atlânticos
Praias
Morro de São Paulo, Brasil

Um Litoral Divinal da Bahia

Há três décadas, não passava de uma vila piscatória remota e humilde. Até que algumas comunidades pós-hippies revelaram o retiro do Morro ao mundo e o promoveram a uma espécie de santuário balnear.
Composição sobre Nine Arches Bridge, Ella, Sri Lanka
Religião
PN Yala-Ella-Candia, Sri Lanka

Jornada Pelo Âmago de Chá do Sri Lanka

Deixamos a orla marinha do PN Yala rumo a Ella. A caminho de Nanu Oya, serpenteamos sobre carris pela selva, entre plantações do famoso Ceilão. Três horas depois, uma vez mais de carro, damos entrada em Kandy, a capital budista que os portugueses nunca conseguiram dominar.
Chepe Express, Ferrovia Chihuahua Al Pacifico
Sobre Carris
Creel a Los Mochis, México

Barrancas de Cobre, Caminho de Ferro

O relevo da Sierra Madre Occidental tornou o sonho um pesadelo de construção que durou seis décadas. Em 1961, por fim, o prodigioso Ferrocarril Chihuahua al Pacifico foi inaugurado. Os seus 643km cruzam alguns dos cenários mais dramáticos do México.
Sociedade
Margilan, Usbequistão

Um Ganha Pão do Uzbequistão

Numa de muitas padarias de Margilan, desgastado pelo calor intenso do forno tandyr, o padeiro Maruf'Jon trabalha meio-cozido como os distintos pães tradicionais vendidos por todo o Usbequistão
Retorno na mesma moeda
Vida Quotidiana
Dawki, Índia

Dawki, Dawki, Bangladesh à Vista

Descemos das terras altas e montanhosas de Meghalaya para as planas a sul e abaixo. Ali, o caudal translúcido e verde do Dawki faz de fronteira entre a Índia e o Bangladesh. Sob um calor húmido que há muito não sentíamos, o rio também atrai centenas de indianos e bangladeshianos entregues a uma pitoresca evasão.
Serengeti, Grande Migração Savana, Tanzania, gnus no rio
Vida Selvagem
PN Serengeti, Tanzânia

A Grande Migração da Savana Sem Fim

Nestas pradarias que o povo Masai diz siringet (correrem para sempre), milhões de gnus e outros herbívoros perseguem as chuvas. Para os predadores, a sua chegada e a da monção são uma mesma salvação.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.