Islândia

O Aconchego Geotérmico da Ilha do Gelo


Água pelos ares
Géiser Strokkur, no vale geotermal de Haukaladur com erupções regulares em menos de 10 minutos.
Eva e Guthrun
Duas vendedoras de substâncias naturais para a pele em plena acção na Lagoa Azul de Grindavik.
Das profundezas
Água escaldante das entranhas da Terra, prestes a jorrar a 15, 20 metros ou mais de altura.
Planalto de Hellisheidi
Infra-estruturas complementares da central geotérmica de Hellisheidi - a maior do Mundo - camufladas no cenário malhado do planalto homónimo.
Vulcanismo & Geotermia
Neve derretida sobre um prado seco pelo frio invernal nas imediações da cratera do vulção Hverjall, no Parque Nacional Myvatn.
A Maior das Maiores
A central geotérmica de Hellisheidi, a mais poderosa do Mundo, com uma capacidade de produção de 303 MW de electricidade e 400 MW de água quente.
Mini-lagoa
Um pequeno charco nas imediações rochosas da Lagoa Azul, com a central geotérmica de Svartsengi em fundo.
Caldeiras ou assim
Componentes da geotérmica de Hellisheidi - a maior do Mundo.
Puro deleite
Frequentadores da Lagoa Azul de Grindavik entretidos com as várias diversões balneares e geotermais do lugar.
Em apuros geotermais
Banhistas atrapalhados num recanto rochoso da Lagoa Azul.
Géisers e montanhas
Vapor esvoaçante identifica a presença de géiseres nas imediações do lago Myvatn.
Um dia na Lagoa Azul
Banhistas relaxam na água quente da lagoa azul de Grindavik, uma de muitas lagoas geotermais da Islândia
A maior parte dos visitantes valoriza os cenários vulcânicos da Islândia pela sua beleza. Os islandeses também deles retiram calor e energia cruciais para a vida que levam às portas do Árctico.

Aproximamo-nos da meia-noite.

Ao subirmos em direcção às terras altas do lago Myvatn, passamos os olhos pelo retrovisor. Percebemos que as nuvens abrem. Que desvendam um céu de vários tons fogosos que se alastra ao oceano Árctico e à superfície frígida do litoral norte da Islândia.

A excentricidade boreal daquele ocaso convida-nos a encostar o carro à berma gelada. Apreciamos o seu  desenrolar por alguns minutos, até que o vento enregelante nos leva a ilusão de conforto térmico impingida pelo desfazer do grande astro.

Aguentamos o que aguentamos. Logo, voltamos ao refúgio amornado do carro.

Por pouco tempo. Alguns quilómetros para diante, espanta-nos nova visão incandescente, desta feita paralelepipédica, ainda mais resplandecente na quase noite que se havia instalado.

Investigamos aquele O.V.N.I. pousado com o cuidado que nos merecia até porque uma ladeira escorregadia e um descampado pejado de buracos tapados pela neve o separava da berma da estrada.

Uma agricultura resplandecente

Estufa geotermal num cenário nevado entre Husavik e Myvatn.

As Estufas Algo Extraterrestres da Islândia

A poucos metros do invólucro de vidro embaciado, percebemos um conteúdo 100% vegetal. Confirmamos o que já nos ocorrera: tratava-se de uma estufa islandesa.

O sol que naquela Primavera invernosa ainda resistia quase dezoito horas acima do horizonte, chegava com raios tão insípidos que pouco nos estimulavam a pele e os sentidos.

Estávamos prestes a entrar nos meses afáveis da Islândia. Calculávamos que o clima dos seus meses antípodas fosse bem mais rude.

E, no entanto, com excepção para a ínfima duração da luz do dia, em grande parte do ano, a quase árctica Islândia até é favorecida.

O Clima Sub-Árctico ainda Assim Generoso da Terra do Gelo

Duas correntes marítimas, a Norte Atlântica e a Irminger envolvem-na.

Mantêm o oceano em redor livre de gelo e suavizam as temperaturas invernais que, de outra forma, seriam bem mais extremas que os normais 0ºC de média nas terras baixas da costa sul e -10ºC nas terras altas do interior.

Geotermia, Calor da Islândia, Terra do Gelo, Geotérmico, Géisers e montanhas

Vapor esvoaçante identifica a presença de géiseres nas imediações do lago Myvatn.

Numa dimensão localizada, a intensa actividade vulcânica contribui para aquecer e preservar menos congeladas vastas áreas da ilha.

É o caso dos vulcões, fumarolas e géiseres em redor do lago Myvatn, que não tardaríamos a explorar.

Ao longo do tempo, os islandeses aprenderam como nenhum outro povo a viver com a sua delicada geologia.

E a manipularem a concentração de vulcões em favor da geração de energia geotérmica, aquecimento e alguma produção de electricidade.

Alta Voltagem

Cabos eléctricos numa planície da costa sul da Islândia. Parte significativa da energia do país (incluindo a eléctrica) tem origem geotérmica.

A Proficiência Geotermal da Islândia

São cinco as grandes centrais geotérmicas que produzem um quarto da energia da Islândia.

Quase 90% dos edifícios do país estão equipados com aquecimento e água quente geotérmicos.

Tendo em conta que 75% da electricidade do país tem origem hídrica, percebe-se que os islandeses façam fé em que a sua nação deixe de depender de combustíveis fósseis e o menos possível de todo o tipo de importações.

Mais tarde, viríamos a perceber que a estufa excêntrica que tínhamos estado a examinar era apenas uma de muitas, mantidas com calor vindo das profundezas da ilha.

Fazia parte do tal plano ambicioso de sustentabilidade.

Mini-lagoa

Um pequeno charco nas imediações rochosas da Lagoa Azul, com a central geotérmica de Svartsengi em fundo.

A Produção Vegetal em Estufa que Mal Faz Baixar os Preços

Devido ao curto período da Primavera-Verão, só os tubérculos e vegetais mais resistentes ao frio, como as batatas, os nabos, as cenouras, e as couves, podem ser cultivados ao ar livre.

Estufas como aquelas aumentavam de número a olhos vistos em lugares estratégicos do país. Permitiam gerar, em quantidades cada vez menos limitadas, tomates, pepinos, pimentos, flores, plantas e até bananas, uvas e uma outra iguaria tropical.

Como pudemos sofrer na pele, a produção em estufa ainda pouco alterava o preço do isolamento insular e setentrional da Islândia:

“São 3500, ou 3700 ou 4000 coroas (24, 25 ou 27€)” informavam-nos com educação os caixas dos supermercados em que nos abastecemos enquanto demos a volta à ilha.

“Pagam em dinheiro ou em cartão?”  De cada vez que ouvíamos o total, essa era a questão que menos nos preocupava.

Invariavelmente, olhávamos para o cesto e tentávamos perceber se lá tínhamos colocado algo por engano ou cometido algum exagero. Mas não. Confirmava-se apenas o pouco que desejávamos.

Enchíamos o saco, virávamos as costas. Prosseguíamos viagem conformados e sempre entusiasmados pela imponência geológica quente e fria daquelas paragens.

Fumarolas, Géiseres e Outras Fontes Geotermais

Depois de darmos a volta à ilha, instalamo-nos em Reiquejavique. Da capital, partimos para incursões estratégicas aos domínios imperdíveis em redor.

Numa delas, paramos no vale de Haukaladur. Existem três outros vales com o mesmo nome na Islândia. Só este acolhe uma vasta área geotermal que os colonos viquingues relataram, em 1294, que se terá formado pouco tempo antes, por acção sísmica.

Aliás, os tremores de terra continuam a activar e desactivar estas fontes, como aconteceu alternadamente em Julho de 2000.

Das profundezas

Água escaldante das entranhas da Terra, prestes a jorrar a 15, 20 metros ou mais de altura.

Lemos antecipadamente que se tratavam dois dos géiseres mais famosos no vale, o Strokkur e outro, o Geysir (termo derivado do verbo geysa do antigo norueguês para jorrar).

O Geysir provou-se o primeiro géiser a ser conhecido pelos europeus modernos, descrito em obra impressa e que acabou por ser adaptado como a nomenclatura mundial do fenómeno.

Ora, cedo percebemos que era tão famoso quanto caprichoso. Por norma, só irrompia em quatro ou cinco ocasiões solenes diárias. Não hesitámos, assim, em nos dedicarmos ao mais sociável Strokkur.

Vimo-lo brotar cinco ou seis vezes em menos de uma hora, a mais de 20 metros de altura e ainda fomos baptizados por borrifos da sua água escaldante e sulfurosa.

Água pelos ares

Géiser Strokkur, no vale geotermal de Haukaladur com erupções regulares em menos de 10 minutos.

No fim dessa tarde, regressávamos à capital.

Surpreende-nos o cenário malhado do planalto de Hellisheidi, nevado mas não muito, colorido por retalhos de solo vulcânico castanho que o novo ocaso tardio transformava em ocre.

Planalto de Hellisheidi

Infra-estruturas complementares da central geotérmica de Hellisheidi – a maior do Mundo – camufladas no cenário malhado do planalto homónimo.

Conduzimos a um dos pontos mais altos desta chapada.

Dali, apreciamos como o lusco-fusco se apoderava da central geotermal homónima – a maior do Mundo –, situada junto ao vulcão de Hengill. E como deu origem a novo panorama extraterrestre.

Geotermia, Calor da Islândia, Terra do Gelo, Geotérmico, Central Hellisheidi

A central geotérmica de Hellisheidi, a mais poderosa do Mundo, com uma capacidade de produção de 303 MW de electricidade e 400 MW de água quente.

Nem a geotermia nem a quase ficção científica islandesa se ficariam por aí.

“Se não gostam do tempo na Islândia, esperem só um minuto”, professa um dos ditados mais populares da nação.

O Deleite Amornado da Lagoa Azul e a Estação Geotermal de Svartsengi

Mas, já tinham decorrido bastantes mais horas do que estávamos dispostos a conceder. Uma das atracções da ilha que melhor poderia compensar a má meteorologia continuava à nossa disposição.

Dedicamos-lhe toda a manhã seguinte.

Passamos pelo portal sofisticado da sua recepção e subimos ao terraço panorâmico.

Daquele cimo, espantamo-nos com a visão surreal de centenas de banhistas em puro deleite, subsumidos na água da Bláa Lonid, a lagoa azul de Grindavik.

Sumidos na névoa

Banhistas da Lagoa azul de Grindavik perdidos no vapor gerado pela diferença de temperaturas entre a água termal e a atmosfera boreal.

Ao longe, já no extremo oposto da lagoa, isolada por lajes abrasivas de lava, vislumbramos a quarta maior estação geotérmica da Islândia, a de Svartsengi.

Em plena operação, as chaminés desta central lançavam nuvens de vapor que se juntavam às celestes.

Vista panorâmica da lagoa Azul de Grindavik com a central geotérmica de Svartsengi (a 4ªa maior da Islândia) em fundo.

Descemos para os balneários e juntamo-nos a uma multidão internacional e anfíbia.

A temperatura da água oscila consoante a distância das fontes que a libertam.

Por norma, está perfeita mas, de quando em quando, algumas caldeiras sobreaquecem certas secções.

Ainda rimos a bom rir com a debandada de um núcleo de senhoras, aflitas com uma cozedura imaginária.

Em apuros geotermais

Banhistas atrapalhados num recanto rochoso da Lagoa Azul.

Apesar de água mal passar da cintura, dois nadadores salvadores limitam-se a divertir-se com a situação, recorrente e pouco preocupante.

Eva e Guthrun, representantes da lagoa também elas com máscaras faciais de argila ou afins e munidas de tabuleiros com taças abordam os banhistas.

Convencem-nos a testar substâncias que afiançam embelezar qualquer pele.

“Experimentem esta!” desinquietam-nos. É uma espécie de botox natural islandês!”

Eva e Guthrun

Duas vendedoras de substâncias naturais para a pele em plena acção na Lagoa Azul de Grindavik.

Entretanto, uma saraivada fulminante expulsa-nos a nós, às jovens vendedoras e aos restantes clientes balneares do caldo vulcânico.

A tormenta prova-se de pouca dura.

Ainda caía um granizo diminuto quando os primeiros islandeses começaram a regressar àquele seu famoso afago geotermal.

Geotermia, Calor da Islândia, Terra do Gelo, Geotérmico, Lagoa Azul

Banhistas relaxam na água quente da lagoa azul de Grindavik, uma de muitas lagoas geotermais da Islândia

Lagoa Jökursarlón, Glaciar Vatnajökull, Islândia

Já Vacila o Glaciar Rei da Europa

Só na Gronelândia e na Antárctica se encontram geleiras comparáveis ao Vatnajökull, o glaciar supremo do velho continente. E no entanto, até este colosso que dá mais sentido ao termo Terra do Gelo se está a render ao cerco inexorável do aquecimento global.
PN Thingvellir, Islândia

Nas Origens da Remota Democracia Viking

As fundações do governo popular que nos vêm à mente são as helénicas. Mas aquele que se crê ter sido o primeiro parlamento do mundo foi inaugurado em pleno século X, no interior enregelado da Islândia.
Lagoa de Jok​ülsárlón, Islândia

O Canto e o Gelo

Criada pela água do oceano Árctico e pelo degelo do maior glaciar da Europa, Jokülsárlón forma um domínio frígido e imponente. Os islandeses reverenciam-na e prestam-lhe surpreendentes homenagens.
Islândia

Ilha de Fogo, Gelo, Cascatas e Quedas de Água

A cascata suprema da Europa precipita-se na Islândia. Mas não é a única. Nesta ilha boreal, com chuva ou neve constantes e em plena batalha entre vulcões e glaciares, despenham-se torrentes sem fim.
Vulcão dos Capelinhos, Faial, Açores

Na Pista do Mistério dos Capelinhos

De uma costa da ilha à opostoa, pelas névoas, retalhos de pasto e florestas típicos dos Açores, desvendamos o Faial e o Mistério do seu mais imprevisível vulcão.
Husavik a Myvatn, Islândia

Neve sem Fim na Ilha do Fogo

Quando, a meio de Maio, a Islândia já conta com o aconchego do sol mas o frio mas o frio e a neve perduram, os habitantes cedem a uma fascinante ansiedade estival.
Seydisfjordur, Islândia

Da Arte da Pesca à Pesca da Arte

Quando armadores de Reiquejavique compraram a frota pesqueira de Seydisfjordur, a povoação teve que se adaptar. Hoje, captura discípulos da arte de Dieter Roth e outras almas boémias e criativas.
Vale da Morte, E.U.A.

O Ressuscitar do Lugar Mais Quente

Desde 1921 que Al Aziziyah, na Líbia, era considerado o lugar mais quente do Planeta. Mas a polémica em redor dos 58º ali medidos fez com que, 99 anos depois, o título fosse devolvido ao Vale da Morte.
Chã das Caldeiras, Ilha do Fogo Cabo Verde

Um Clã "Francês" à Mercê do Fogo

Em 1870, um conde nascido em Grenoble a caminho de um exílio brasileiro, fez escala em Cabo Verde onde as beldades nativas o prenderam à ilha do Fogo. Dois dos seus filhos instalaram-se em plena cratera do vulcão e lá continuaram a criar descendência. Nem a destruição causada pelas recentes erupções demove os prolíficos Montrond do “condado” que fundaram na Chã das Caldeiras.    
São Miguel, Açores

Ilha de São Miguel: Açores Deslumbrantes, Por Natureza

Uma biosfera imaculada que as entranhas da Terra moldam e amornam exibe-se, em São Miguel, em formato panorâmico. São Miguel é a maior das ilhas portuguesas. E é uma obra de arte da Natureza e do Homem no meio do Atlântico Norte plantada.
El Tatio, Chile

Géiseres El Tatio - Entre o Gelo e o Calor do Atacama

Envolto de vulcões supremos, o campo geotermal de El Tatio, no Deserto de Atacama surge como uma miragem dantesca de enxofre e vapor a uns gélidos 4200 m de altitude. Os seus géiseres e fumarolas atraem hordas de viajantes.
Nea Kameni, Santorini, Grécia

O Cerne Vulcânico de Santorini

Tinham decorrido cerca de três milénios desde a erupção minóica que desintegrou a maior ilha-vulcão do Egeu. Os habitantes do cimo das falésias observaram terra emergir no centro da caldeira inundada. Nascia Nea Kameni, o coração fumegante de Santorini.
Sul da Islândia

Sul da Islândia vs Atlântico do Norte: uma Batalha Monumental

Vertentes de vulcões e fluxos de lava, glaciares e rios imensos, todos pendem e fluem do interior elevado da Terra do Fogo e Gelo para o oceano frígido e quase sempre irado. Por todas essas e tantas outras razões da Natureza, a Sudurland é a região mais disputada da Islândia.
Moradores percorrem o trilho que sulca plantações acima da UP4
Cidade
Gurué, Moçambique, Parte 1

Pelas Terras Moçambicanas do Chá

Os portugueses fundaram Gurué, no século XIX e, a partir de 1930, inundaram de camelia sinensis os sopés dos montes Namuli. Mais tarde, renomearam-na Vila Junqueiro, em honra do seu principal impulsionador. Com a independência de Moçambique e a guerra civil, a povoação regrediu. Continua a destacar-se pela imponência verdejante das suas montanhas e cenários teáceos.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Delta do Okavango, Nem todos os rios Chegam ao Mar, Mokoros
Safari
Delta do Okavango, Botswana

Nem Todos os Rios Chegam ao Mar

Terceiro rio mais longo do sul de África, o Okavango nasce no planalto angolano do Bié e percorre 1600km para sudeste. Perde-se no deserto do Kalahari onde irriga um pantanal deslumbrante repleto de vida selvagem.
Aurora ilumina o vale de Pisang, Nepal.
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 3º- Upper Pisang, Nepal

Uma Inesperada Aurora Nevada

Aos primeiros laivos de luz, a visão do manto branco que cobrira a povoação durante a noite deslumbra-nos. Com uma das caminhadas mais duras do Circuito Annapurna pela frente, adiamos a partida tanto quanto possível. Contrariados, deixamos Upper Pisang rumo a Ngawal quando a derradeira neve se desvanecia.
Lençóis da Bahia, Diamantes Eternos, Brasil
Arquitectura & Design
Lençois da Bahia, Brasil

Lençois da Bahia: nem os Diamantes São Eternos

No século XIX, Lençóis tornou-se na maior fornecedora mundial de diamantes. Mas o comércio das gemas não durou o que se esperava. Hoje, a arquitectura colonial que herdou é o seu bem mais precioso.
O pequeno farol de Kallur, destacado no relevo caprichoso do norte da ilha de Kalsoy.
Aventura
Kalsoy, Ilhas Faroé

Um Farol no Fim do Mundo Faroês

Kalsoy é uma das ilhas mais isoladas do arquipélago das faroés. Também tratada por “a flauta” devido à forma longilínea e aos muitos túneis que a servem, habitam-na meros 75 habitantes. Muitos menos que os forasteiros que a visitam todos os anos atraídos pelo deslumbre boreal do seu farol de Kallur.
bebe entre reis, cavalhadas de pirenopolis, cruzadas, brasil
Cerimónias e Festividades
Pirenópolis, Brasil

Cruzadas à Brasileira

Os exércitos cristãos expulsaram as forças muçulmanas da Península Ibérica no séc. XV mas, em Pirenópolis, estado brasileiro de Goiás, os súbditos sul-americanos de Carlos Magno continuam a triunfar.
Oulu Finlândia, Passagem do Tempo
Cidades
Oulu, Finlândia

Oulu: uma Ode ao Inverno

Situada no cimo nordeste do Golfo de Bótnia, Oulu é uma das cidades mais antigas da Finlândia e a sua capital setentrional. A meros 220km do Círculo Polar Árctico, até nos meses mais frígidos concede uma vida ao ar livre prodigiosa.
Comida
Comida do Mundo

Gastronomia Sem Fronteiras nem Preconceitos

Cada povo, suas receitas e iguarias. Em certos casos, as mesmas que deliciam nações inteiras repugnam muitas outras. Para quem viaja pelo mundo, o ingrediente mais importante é uma mente bem aberta.
Djerbahood, Erriadh, Djerba, Espelho
Cultura
Erriadh, Djerba, Tunísia

Uma Aldeia Feita Galeria de Arte Fugaz

Em 2014, uma povoação djerbiana milenar acolheu 250 pinturas murais realizadas por 150 artistas de 34 países. As paredes de cal, o sol intenso e os ventos carregados de areia do Saara erodem as obras de arte. A metamorfose de Erriadh em Djerbahood renova-se e continua a deslumbrar.
Bungee jumping, Queenstown, Nova Zelândia
Desporto
Queenstown, Nova Zelândia

Queenstown, a Rainha dos Desportos Radicais

No séc. XVIII, o governo kiwi proclamou uma vila mineira da ilha do Sul "fit for a Queen". Hoje, os cenários e as actividades radicais reforçam o estatuto majestoso da sempre desafiante Queenstown.
Twelve Apostles, Great Ocean Road, Victoria, Austrália
Em Viagem
Great Ocean Road, Austrália

Oceano Fora, pelo Grande Sul Australiano

Uma das evasões preferidas dos habitantes do estado australiano de Victoria, a via B100 desvenda um litoral sublime que o oceano moldou. Bastaram-nos uns quilómetros para percebermos porque foi baptizada de The Great Ocean Road.
Manhã cedo no Lago
Étnico

Nantou, Taiwan

No Âmago da Outra China

Nantou é a única província de Taiwan isolada do oceano Pacífico. Quem hoje descobre o coração montanhoso desta região tende a concordar com os navegadores portugueses que baptizaram Taiwan de Formosa.

Ocaso, Avenida dos Baobás, Madagascar
Portfólio Fotográfico Got2Globe

Dias Como Tantos Outros

Sósias dos irmãos Earp e amigo Doc Holliday em Tombstone, Estados Unidos da América
História
Tombstone, E.U.A.

Tombstone: a Cidade Demasiado Dura para Morrer

Filões de prata descobertos no fim do século XIX fizeram de Tombstone um centro mineiro próspero e conflituoso na fronteira dos Estados Unidos com o México. Lawrence Kasdan, Kurt Russel, Kevin Costner e outros realizadores e actores hollywoodescos tornaram famosos os irmãos Earp e o duelo sanguinário de “O.K. Corral”. A Tombstone que, ao longo dos tempos tantas vidas reclamou, está para durar.
Solovestsky Outonal
Ilhas
Ilhas Solovetsky, Rússia

A Ilha-Mãe do Arquipélago Gulag

Acolheu um dos domínios religiosos ortodoxos mais poderosos da Rússia mas Lenine e Estaline transformaram-na num gulag. Com a queda da URSS, Solovestky recupera a paz e a sua espiritualidade.
Era Susi rebocado por cão, Oulanka, Finlandia
Inverno Branco
PN Oulanka, Finlândia

Um Lobo Pouco Solitário

Jukka “Era-Susi” Nordman criou uma das maiores matilhas de cães de trenó do mundo. Tornou-se numa das personagens mais emblemáticas da Finlândia mas continua fiel ao seu cognome: Wilderness Wolf.
Almada Negreiros, Roça Saudade, São Tomé
Literatura
Saudade, São Tomé, São Tomé e Príncipe

Almada Negreiros: da Saudade à Eternidade

Almada Negreiros nasceu, em Abril de 1893, numa roça do interior de São Tomé. À descoberta das suas origens, estimamos que a exuberância luxuriante em que começou a crescer lhe tenha oxigenado a profícua criatividade.
Caminhantes no trilho do Ice Lake, Circuito Annapurna, Nepal
Natureza
Circuito Annapurna: 7º - Braga - Ice Lake, Nepal

Circuito Annapurna – A Aclimatização Dolorosa do Ice Lake

Na subida para o povoado de Ghyaru, tivemos uma primeira e inesperada mostra do quão extasiante se pode provar o Circuito Annapurna. Nove quilómetros depois, em Braga, pela necessidade de aclimatizarmos ascendemos dos 3.470m de Braga aos 4.600m do lago de Kicho Tal. Só sentimos algum esperado cansaço e o avolumar do deslumbre pela Cordilheira Annapurna.
Estátua Mãe-Arménia, Erevan, Arménia
Outono
Erevan, Arménia

Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
Guias penetram na Cidade de Pedra, Pirenópolis
Parques Naturais
Cidade de Pedra, Goiás, Brasil

Uma Cidade de Pedra. Preciosa.

Uma vastidão lítica desponta do cerrado em redor de Pirenópolis e do âmago do estado brasileiro de Goiás. Com quase 600 hectares e ainda mais milhões de anos, aglomera inúmeras formações ruiniformes caprichosas e labirínticas. Quem a visita, perde-se por lá de deslumbre.
Celebração newar, Bhaktapur, Nepal
Património Mundial UNESCO
Bhaktapur, Nepal

As Máscaras Nepalesas da Vida

O povo indígena Newar do Vale de Katmandu atribui grande importância à religiosidade hindu e budista que os une uns aos outros e à Terra. De acordo, abençoa os seus ritos de passagem com danças newar de homens mascarados de divindades. Mesmo se há muito repetidas do nascimento à reencarnação, estas danças ancestrais não iludem a modernidade e começam a ver um fim.
Vista do topo do Monte Vaea e do tumulo, vila vailima, Robert Louis Stevenson, Upolu, Samoa
Personagens
Upolu, Samoa

A Ilha do Tesouro de Stevenson

Aos 30 anos, o escritor escocês começou a procurar um lugar que o salvasse do seu corpo amaldiçoado. Em Upolu e nos samoanos, encontrou um refúgio acolhedor a que entregou a sua vida de alma e coração.
Lançamento de rede, ilha de Ouvéa-Ilhas Lealdade, Nova Caledónia
Praias
Ouvéa, Nova Caledónia

Entre a Lealdade e a Liberdade

A Nova Caledónia sempre questionou a integração na longínqua França. Na ilha de Ouvéa, arquipélago das Lealdade, encontramos uma história de resistência mas também nativos que preferem a cidadania e os privilégios francófonos.
cavaleiros do divino, fe no divino espirito santo, Pirenopolis, Brasil
Religião
Pirenópolis, Brasil

Cavalgada de Fé

Introduzida, em 1819, por padres portugueses, a Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis agrega uma complexa rede de celebrações religiosas e pagãs. Dura mais de 20 dias, passados, em grande parte, sobre a sela.
white pass yukon train, Skagway, Rota do ouro, Alasca, EUA
Sobre Carris
Skagway, Alasca

Uma Variante da Febre do Ouro do Klondike

A última grande febre do ouro norte-americana passou há muito. Hoje em dia, centenas de cruzeiros despejam, todos os Verões, milhares de visitantes endinheirados nas ruas repletas de lojas de Skagway.
Fogo artifício de 4 de Julho-Seward, Alasca, Estados Unidos
Sociedade
Seward, Alasca

O 4 de Julho Mais Longo

A independência dos Estados Unidos é festejada, em Seward, Alasca, de forma modesta. Mesmo assim, o 4 de Julho e a sua celebração parecem não ter fim.
Amaragem, Vida à Moda Alasca, Talkeetna
Vida Quotidiana
Talkeetna, Alasca

A Vida à Moda do Alasca de Talkeetna

Em tempos um mero entreposto mineiro, Talkeetna rejuvenesceu, em 1950, para servir os alpinistas do Monte McKinley. A povoação é, de longe, a mais alternativa e cativante entre Anchorage e Fairbanks.
Gandoca Manzanillo Refúgio, Baía
Vida Selvagem
Gandoca-Manzanillo (Refúgio de Vida Selvagem), Costa Rica

O Refúgio Caribenho de Gandoca-Manzanillo

No fundo do seu litoral sudeste, na iminência do Panamá, a nação “tica” protege um retalho de selva, de pântano e de Mar das Caraíbas. Além de um refúgio de vida selvagem providencial, Gandoca-Manzanillo revela-se um deslumbrante éden tropical.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.