Coron, Busuanga, Filipinas

A Armada Japonesa Secreta mas Pouco


Convívio no Convés
Pescadores navegam no Mar da China do Sul, ao largo de Busuanga.
Vista Sea Dive
Vista do litoral de Busuanga a partir do hotel Sea Dive.
Bangka solitária
Duas Bangkas na enseada que precede o Lago Kayangan.
Power Gym Coron
Amigos descansam à entrada de um ginásio escuro de Coron.
Flutuação
Visitantes asiáticos flutuam com coletes no lago Kayangan.
Contraluz marinha
Moradores de Coron remam numa pequena embarcação ao largo da cidade.
Coron Island
Duas nativas falam num bar de Coron.
Mergulhadores
Mergulhadores preparam-se para explorar as embarcações afundadas da armada nipónica.
Flutuação Trajada
Turista coreano bóia na água semi salobra do lago Kayangan.
Mao Suerte
Empregado escreve resultados de um jogo de sorte numa loja de Coron.
Treino de mergulho
Mergulhadores ambientam-se ao largo da ilha Dimakaya.
Bangkas em Duo
Bangka na enseada que precede o Lago Kayangan.
Ocaso Fogoso
Palafita e uma lancha nas imediações do hotel Sea Dive, ao largo de Coron
Bangkas ancoradas
Várias bangkas esperam o regresso de passageiros do outro lado da falésia, onde se esconde o lago Kayangan.
Convívio no Convés
Pescadores navegam no Mar da China do Sul, ao largo de Busuanga.
Vista Sea Dive
Vista do litoral de Busuanga a partir do hotel Sea Dive.
Bangka solitária
Duas Bangkas na enseada que precede o Lago Kayangan.
Power Gym Coron
Amigos descansam à entrada de um ginásio escuro de Coron.
Na 2ª Guerra Mundial, uma frota nipónica falhou em ocultar-se ao largo de Busuanga e foi afundada pelos aviões norte-americanos. Hoje, os seus destroços subaquáticos atraem milhares de mergulhadores.

Pelo menos nos dez dias seguintes, eram nulas as hipóteses de conseguirmos voo.

Vêmo-nos obrigados a ultrapassar a desconfiança e o receio. E a comprar bilhetes para um dos barcos que assegurava a rota El Nido – Busuanga, a principal ilha do arquipélago filipino Calamian.

O sol ainda nasce. Subimos a bordo de uma bangka garrida, de dimensões maiores que as habituais numa bangka.

Para todos os efeitos, tratava-se de uma simples embarcação típica, de madeira, equipada com flutuadores laterais, desadequada a longas travessias e a ondulação.

Instalamo-nos a bordo o melhor que podemos e com a companhia de outros passageiros franceses, ingleses e australianos.

Quando a bangka zarpa, submetemo-nos ao destino.

A Navegação Precária entre El Nido e Coron

A viagem para norte do Mar da China do Sul prossegue. O timoneiro filipino ao leme, trata de que avancemos o mais possível ao longo da costa.

Ainda assim, acabamos por enfrentar ondas que ensopam a embarcação e obrigam os tripulantes a recorrer a uma velha bomba de extracção de água.

Os trajectos por que seguimos sem a protecção de ilhas são, felizmente curtos. Apesar de longa e emocionante, a navegação termina sem incidentes.

Já é de tarde, quando desembarcamos em Coron.

Pescadores navegam no Mar da China do Sul, ao largo de Busuanga.

Sea Dive: check in no Hotel Local dos Mergulhadores

Cumprida uma caminhada curta, damos entrada no Sea Dive, um hotel de quatro andares plantado à beira-mar, humilde mas acolhedor.

Como o nome deixa antever, é conhecido por reunir mergulhadores de todo o mundo, forasteiros ávidos por descobrir sobretudo os destroços de uma armada nipónica que jaz ao largo da ilha vizinha de Coron, entre os dez e os quarenta metros de profundidade.

Pouco depois de nos instalarmos, conhecemos Andy Pownall, o proprietário de uma pequena reserva insular próxima, especialista no tema.

Quando a Força Aérea Americana Afundou uma Frota Nipónica Mal Escondida

Andy apressa-se a desbobinar à história deslumbrante daquele agora museu subaquático: “Em 1944, durante a fase asiática da 2ª Guerra Mundial, os norte-americanos bombardearam uma frota de embarcações nipónicas que se encontrava em Manila.

Afundaram quinze navios e obrigaram os japoneses a esconder os barcos que resistiram fora do que pensavam ser o raio de acção dos bombardeiros.

A baía de Coron e as águas em redor de Busuanga foram os ancoradouros escolhidos.  Os aviões de reconhecimento americanos acabaram por descobrir o paradeiro da frota.

Às seis da manhã de 24 de Setembro, depois de descolarem de porta-aviões e voarem 550km (na altura, uma distância recorde para este tipo de ataques) em mais de seis horas, levaram a cabo um ataque devastador que afundou ou danificou outros 24 barcos.

Entre as embarcações, encontravam-se jóias da marinha japonesa: o Akitsushima, o Kogyo Maru e o Irako todos com cerca de 150 metros de comprimento; o Olympia Maru; o Lusong e o Tae Maru.”

Parte deles afundaram ao alcance dos mergulhadores e até snorkelers. Assim continuam.

A Omnipresença de Jim no Hotel Sea Dive de Coron

A Jim, o norte-americano expatriado dono do hotel, o abrigo em Busuanga parece ter corrido melhor. Passada a fase de adaptação, garantido o sucesso do seu investimento inicial no Sea Dive, Jim limita-se a colher os lucros garantidos pela febre gerada pela frota afundada.

Em simultâneo, usufrui dos cuidados femininos fáceis que abundam em Coron, como um pouco por todas as Filipinas.

Sem muito mais que fazer, pavoneia-se pelo bar e pela sala de refeições exterior do estabelecimento que ergueu quase só em madeira, também ele, se visto do mar contíguo, com a forma de uma embarcação multi-convés.

Jim oferece uma outra sugestão aos mergulhadores estrangeiros que detecta a  planearem as suas aventuras. Logo, desaparece na companhia das jovens do seu séquito de empregadas e acompanhantes nativas.

Deixamos de o ver por algum tempo. Nem que seja porque partimos à descoberta das redondezas de Coron.

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Duas nativas falam num bar de Coron.

À Descoberta da Vizinha de Busuanga e dos Seus Lagos

Sabemos que por ali existem sete lagos, todos cercados por rochedos de calcário. Sabemos ainda que, destes, se destacam o Kayangan e o Barracuda, ambos com acesso através de enseadas com cores marinhas de postais do paraíso.

Começamos por visitar o primeiro. Mal a bangka barulhenta que nos transporta atraca, subimos a uma das vertentes rochosas que isolam o lago do oceano.

Uma vez do outro lado, descemos outro trilho até às suas margens abruptas.

Quando entramos no Kayangan, somos quase os únicos nadadores naquela espécie de aquário natural. A exclusividade dura menos do que desejávamos.

Várias excursões de coreanos e japoneses invadem o lago e entregam os clientes a uma diversão entre o infantil e o tresloucado, a chapinharem e a boiarem em grupo, sustentados por coletes salva-vidas garridos que aniquilam a magia do estranho cenário tropical.

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Visitantes asiáticos flutuam com coletes no lago Kayangan.

Falta ao Kayangan a característica mais interessante do “irmão” Barracuda:

as três camadas sobrepostas de água doce, salobra e salgada.

Mudamos de enseada e verificamos a excentricidade química deste último, na paz líquida que tínhamos sentido por momentos no lago irmão e que reconquistamos com apreço.

Várias bangkas esperam o regresso de passageiros do outro lado da falésia, onde se esconde o lago Kayangan.

Quando a sombra se apodera do Barracuda, regressamos a Coron e ao SeaDive.

Jim reaparece na manhã seguinte. Um batalhão de mergulhadores embarca em várias bangkas pré-alinhadas no retalho de mar de que se eleva o hotel. Sob a supervisão do anfitrião, as operações fluem sem percalços.

Assim que sente as embarcações desaparecer da vista do varandim, Jim regressa à sua vida. Farto da frota nipónica afundada e de tanto mergulho, carrega a sua própria lancha com mobiliário e utensílios de praia, comida, cerveja e outros géneros.

Já ao leme, despede-se com trejeitos de político sem escrúpulos dos funcionários e dos hóspedes curiosos. Logo, zarpa com um grupo de amigos e acompanhantes filipinas, rumo ao seu piquenique num recanto balnear qualquer de Busuanga.

A Excentricidade Bélica do Mergulho em Coron

Todos os embarcados regressam ao fim do dia.

Vêmo-los trocarem narrativas entusiasmadas das suas peripécias, regadas por cervejas San Miguel geladas.

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Mergulhadores preparam-se para explorar as embarcações afundadas da armada nipónica.

Os proeminentes franceses, discípulos de Jacques Costeau, adeptos incondicionais destas odisseias exóticas lideram o debate: “A determinada altura, percebemos mesmo que era mesmo o Kogyo Maru.” afiança um deles. “Havia coral por todos os lados.

Os mastros estavam cobertos de coral-alface em que se escondiam pequenas colónias de peixes-leão. Descemos ao longo do convés no meio de cardumes ondulantes de peixes-fuzileiro, peixes-morcego, alguns cavalos-marinhos solitários e até tartarugas.

O barco estava repleto de vida, foi mais que impressionante! … tudo iluminado por uma luz azul fria estilo extraterrestre que chegava da superfície.”

As embarcações japonesas ali afundadas são mais longas que a profundidade a que jazem.

Proporcionam mergulhos sem grandes dificuldades técnicas, ainda assim, arriscados devido às armadilhas labirínticas que as estruturas complexas e agora camufladas pelas algas e corais suscitam.

São inúmeras as possibilidade da suas exploração. Era esse o motivo porque as expedições de muitos dos mergulhadores no Sea Dive duravam vários dias.

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Mergulhadores ambientam-se ao largo da ilha Dimakaya.

Jim regressa à sua base hoteleira com espalhafato comparável ao da partida. Deixa o descarregamento da lancha a cargo dos empregados do hotel.

Em vez, inteira-se pela enésima vez da situação subaquática do Okikawa Maru, do Tangat, do Akitsushima e companhia.

Vista do litoral de Busuanga a partir do hotel Sea Dive.

Na realidade pouco ou nada interessado naquela repetição das experiências alheias, proclama sem qualquer pejo: “muito bem rapazes, estou a ver que continuam com a adrenalina toda.

Vejam mas é se arranjam umas filipinas jeitosas para se acalmarem!”.

Palafita ao largo da costa de Coron, Filipinas

Palafita e uma lancha nas imediações do hotel Sea Dive, ao largo de Coron

Marinduque, Filipinas

Quando os Romanos Invadem as Filipinas

Nem o Império do Oriente chegou tão longe. Na Semana Santa, milhares de centuriões apoderam-se de Marinduque. Ali, se reencenam os últimos dias de Longinus, um legionário convertido ao Cristianismo.
Iloilo, Filipinas

A Cidade Muy Leal y Noble das Filipinas

Em 1566, os espanhóis fundaram Iloilo no sul da ilha de Panay e, até à iminência do século XIX, foi capital das imensas Índias Espanholas Orientais. Mesmo se há quase cento e trinta anos filipina, Iloilo conserva-se uma das cidades mais hispânicas da Ásia.
Ilhas Guimaras  e  Ave Maria, Filipinas

Rumo à Ilha Ave Maria, Numas Filipinas Cheias de Graça

À descoberta do arquipélago de Visayas Ocidental, dedicamos um dia para viajar de Iloilo, ao longo do Noroeste de Guimaras. O périplo balnear por um dos incontáveis litorais imaculados das Filipinas, termina numa deslumbrante ilha Ave Maria.
El Nido, Filipinas

El Nido, Palawan: A Última Fronteira Filipina

Um dos cenários marítimos mais fascinantes do Mundo, a vastidão de ilhéus escarpados de Bacuit esconde recifes de coral garridos, pequenas praias e lagoas idílicas. Para a descobrir, basta uma bangka.
Bacolod, Filipinas

Um Festival para Rir da Tragédia

Por volta de 1980, o valor do açúcar, uma importante fonte de riqueza da ilha filipina de Negros caia a pique e o ferry “Don Juan” que a servia afundou e tirou a vida a mais de 176 passageiros, grande parte negrenses. A comunidade local resolveu reagir à depressão gerada por estes dramas. Assim surgiu o MassKara, uma festa apostada em recuperar os sorrisos da população.
Camiguin, Filipinas

Uma Ilha de Fogo Rendida à Água

Com mais de vinte cones acima dos 100 metros, a abrupta e luxuriante, Camiguin tem a maior concentração de vulcões que qualquer outra das 7641 ilhas filipinas ou do planeta. Mas, nos últimos tempos, nem o facto de um destes vulcões estar activo tem perturbado a paz da sua vida rural, piscatória e, para gáudio dos forasteiros, fortemente balnear.
Talisay City, Filipinas

Monumento a um Amor Luso-Filipino

No final do século XIX, Mariano Lacson, um fazendeiro filipino e Maria Braga, uma portuguesa de Macau, apaixonaram-se e casaram. Durante a gravidez do que seria o seu 11º filho, Maria sucumbiu a uma queda. Destroçado, Mariano ergueu uma mansão em sua honra. Em plena 2ª Guerra Mundial, a mansão foi incendiada mas as ruínas elegantes que resistiram eternizam a sua trágica relação.
Filipinas

Quando só as Lutas de Galos Despertam as Filipinas

Banidas em grande parte do Primeiro Mundo, as lutas de galos prosperam nas Filipinas onde movem milhões de pessoas e de Pesos. Apesar dos seus eternos problemas é o sabong que mais estimula a nação.
Boracay, Filipinas

A Praia Filipina de Todos os Sonhos

Foi revelada por mochileiros ocidentais e pela equipa de filmagem de “Assim Nascem os Heróis”. Seguiram-se centenas de resorts e milhares de veraneantes orientais mais alvos que o areal de giz.
Militares

Defensores das Suas Pátrias

Mesmo em tempos de paz, detectamos militares por todo o lado. A postos, nas cidades, cumprem missões rotineiras que requerem rigor e paciência.
Filipinas

Os Donos da Estrada Filipina

Com o fim da 2ª Guerra Mundial, os filipinos transformaram milhares de jipes norte-americanos abandonados e criaram o sistema de transporte nacional. Hoje, os exuberantes jeepneys estão para as curvas.
Batad, Filipinas

Os Socalcos que Sustentam as Filipinas

Há mais de 2000 anos, inspirado pelo seu deus do arroz, o povo Ifugao esquartejou as encostas de Luzon. O cereal que os indígenas ali cultivam ainda nutre parte significativa do país.
Marinduque, Filipinas

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Umas Filipinas do Outro Mundo

O arquipélago filipino estende-se por 300.000 km² de oceano Pacífico. Parte do sub-arquipélago Visayas, Bohol abriga pequenos primatas com aspecto alienígena e as colinas extraterrenas de Chocolate Hills.
Bacolod, Filipinas

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Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
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Safari
Savuti, Botswana

Os Leões Comedores de Elefantes de Savuti

Um retalho do deserto do Kalahari seca ou é irrigado consoante caprichos tectónicos da região. No Savuti, os leões habituaram-se a depender deles próprios e predam os maiores animais da savana.
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Circuito Annapurna 15º - Kagbeni, Nepal

Às Portas do ex-Reino do Alto Mustang

Antes do século XII, Kagbeni já era uma encruzilhada de rotas comerciais na confluência de dois rios e duas cordilheiras em que os reis medievais cobravam impostos. Hoje, integra o famoso Circuito dos Annapurnas. Quando lá chegam, os caminhantes sabem que, mais acima, se esconde um domínio que, até 1992, proibia a entrada de forasteiros.
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Bonaire, ilha, Antilhas Holandesas, ABC, Caraíbas, Rincon
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Pouco depois da chegada de Colombo às Américas, os castelhanos descobriram uma ilha caribenha a que chamaram Brasil. Receosos da ameaça pirata, esconderam a primeira povoação num vale. Decorrido um século, os holandeses apoderaram-se dessa ilha e rebaptizaram-na de Bonaire. Não apagaram o nome despretensioso da colónia precursora: Rincon.
Auroras Boreais, Laponia, Rovaniemi, Finlandia, Raposa de Fogo
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Em Busca da Raposa de Fogo

São exclusivas dos píncaros da Terra as auroras boreais ou austrais, fenómenos de luz gerados por explosões solares. Os nativos Sami da Lapónia acreditavam tratar-se de uma raposa ardente que espalhava brilhos no céu. Sejam o que forem, nem os quase 30º abaixo de zero que se faziam sentir no extremo norte da Finlândia nos demoveram de as admirar.
Vista do topo do Monte Vaea e do tumulo, vila vailima, Robert Louis Stevenson, Upolu, Samoa
Literatura
Upolu, Samoa

A Ilha do Tesouro de Stevenson

Aos 30 anos, o escritor escocês começou a procurar um lugar que o salvasse do seu corpo amaldiçoado. Em Upolu e nos samoanos, encontrou um refúgio acolhedor a que entregou a sua vida de alma e coração.
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Planeta Azul-Gelado

Formam-se nas grandes latitudes e/ou altitudes. No Alasca ou na Nova Zelândia, na Argentina ou no Chile, os rios de gelo são sempre visões impressionantes de uma Terra tão frígida quanto inóspita.
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Uma Capital entre o Leste e o Ocidente

Herdeira da civilização soviética, alinhada com a grande Rússia, a Arménia deixa-se seduzir pelos modos mais democráticos e sofisticados da Europa Ocidental. Nos últimos tempos, os dois mundos têm colidido nas ruas da sua capital. Da disputa popular e política, Erevan ditará o novo rumo da nação.
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As Grandes Pirâmides das Antilhas

Destacados acima de um litoral exuberante, os picos irmãos Pitons são a imagem de marca de Saint Lucia. Tornaram-se de tal maneira emblemáticos que têm lugar reservado nas notas mais altas de East Caribbean Dollars. Logo ao lado, os moradores da ex-capital Soufrière sabem o quão preciosa é a sua vista.
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Património Mundial UNESCO
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O Desfiladeiro dos Mil Budas

Durante mais de um milénio e, pelo menos sete dinastias, devotos chineses exaltaram a sua crença religiosa com o legado de esculturas num estreito remoto do rio Amarelo. Quem desembarca no Desfiladeiro dos Mil Budas, pode não achar todas as esculturas mas encontra um santuário budista deslumbrante.
Casal de visita a Mikhaylovskoe, povoação em que o escritor Alexander Pushkin tinha casa
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Alexander Pushkin é louvado por muitos como o maior poeta russo e o fundador da literatura russa moderna. Mas Pushkin também ditou um epílogo quase tragicómico da sua prolífica vida.
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Para Goa, Rapidamente e em Força

Uma súbita ânsia por herança tropical indo-portuguesa faz-nos viajar em vários transportes mas quase sem paragens, de Lisboa à famosa praia de Anjuna. Só ali, a muito custo, conseguimos descansar.
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Um dos problemas da Noruega tem sido decidir como investir os milhares milhões de euros do seu fundo soberano recordista. Mas nem os recursos desmedidos salvam Oslo das suas incoerências sociais.
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Um Projeccionista Saudoso

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