Morro de São Paulo, Brasil

Um Litoral Divinal da Bahia


Magníficos Dias Atlânticos
Banhistas mergulham no mar tropical ao largo do Morro de São Paulo.
Vida submarina a dois
Casal faz snorkeling nas piscinas naturais em frente ao Morro do Farol.
Ao cuidado de Deus
Burro e carrinho de gelados abençoados pela igreja da Nª Senhora da Luz.
Pescaria em equilíbrio
Amigas pescam à mão na barra do rio Vermelho.
Verde-coco num céu azul
Copas de coqueiros projectam-se sobre a área do forte velho.
Cicerone e Skipper
Guia Dentinho conduz um grupo de visitantes estrangeiros em redor do Morro.
Velha Protecção
O forte velho, em tempos essenciais para defesa dos ataques de embarcações inimigas.
Foz do Rio Vermelho
Litoral curvilíneo na boca do rio Vermelho, na fronteira das ilhas de Tinharé e de Boipeba
Coco para Gelar
Vendedor de cocos conduz a sua mula carregada pela beira-mar do Morro de São Paulo.
Transporte Balnear
Carregador conduz um carrinho-de-mão ao longo de uma das últimas praias do Morro de São Paulo.
Transbordo delicado
Nativo tenta chegar ao seu barco sem molhar a roupa.
Baía da 1ª Praia
A enseada original do Morro de São Paulo, a que reúne as casas originais dos pescadores.
À espera do poente
Pequena comunidade de adoradores do pôr-do-sol convive sobre as velhas muralhas do forte velho do Morro de São Paulo.
Tirolesa da Bahia
Veraneante do Morro de São Paulo lança-se sobre o mar da Primeira Praia na famosa tirolesa do Morro de São Paulo
O Forte de Velho
Visitantes entram na área interior do forte velho do Morro de São Paulo, em tempos providencial para a defesa da povoação.
Há três décadas, não passava de uma vila piscatória remota e humilde. Até que algumas comunidades pós-hippies revelaram o retiro do Morro ao mundo e o promoveram a uma espécie de santuário balnear.

Mesmo que a vista a partir da lancha provinda de Salvador o tivesse deixado claro, começava a parecer-nos que o Morro fazia questão de provar que não era uma elevação qualquer.

Já desembarcados, enquanto percorremos o cais, somos abordados por condutores de carrinho-de-mão que oferecem os seus préstimos. Não demoramos a perceber porque quase toda a gente os aceitava de bom grado.

No fim do pontão, surge uma primeira rampa que conduz ao portal da povoação.

Passado esse portal, damos de caras com a ladeira que conduz à igreja da Nossa Senhora da Luz, ainda mais longa e íngreme.

Ao cuidado de Deus

Burro e carrinho de gelados abençoados pela igreja da Nª Senhora da Luz.

Por norma, é aqui que aqueles que fizeram questão de transportar a sua bagagem se arrependem, se vêem obrigados a ceder e a dispensar alguns reais aos trabalhadores da doca.

O negócio dos carregadores do Morro foi de tal forma abençoado pelo relevo local e pela quase total ausência de viaturas (com excepção para alguns tractores) que nunca parou de prosperar.

A determinada altura, os profissionais do ramo eram tantos que tiveram que formar a ACMSP (Associação dos Carregadores do Morro de São Paulo) encarregue de regulamentar os procedimentos, ditar a moda do uniforme e tabelar os preços: cinco reais até à Segunda praia, o dobro para a Quarta, mais ajuste, menos ajuste.

Baía da 1ª Praia

A enseada original do Morro de São Paulo, a que reúne as casas originais dos pescadores.

Cinco Secções de Litoral, Cinco Praias Divinais da Bahia

Povo acolhedor, os morrenses depressa se provaram também pragmáticos. Com cinco extensões de litoral bem demarcadas ao dispor, em vez de improvisarem nomes folclóricos para as identificarem, optaram pela sua denominação numérica.

A Primeira praia tem cerca de 500 metros de extensão e acolheu os visitantes pioneiros da vila. É na enseada que a delimita, com o farol a espreitar das alturas, que as suas casas se dispõem de frente para o mar e para a Pedra do Moleque, uma reentrância rochosa que gera uma ondulação aproveitada pelos surfistas.

O surf está longe de ser a actividade mais radical que se pratica por estes lados.

A Famosa e Temida Tirolesa do Morro do Farol

Empreendedores da aventura decidiram lucrar com a localização suprema do Morro do Farol e instalaram uma corda de tirolesa. De quando em quando, alguém aparece em voo controlado sobre a Primeira praia e provoca um enorme splash que assusta os banhistas mais distraídos.

Tirolesa da Bahia

Veraneante do Morro de São Paulo lança-se sobre o mar da Primeira Praia na famosa tirolesa do Morro de São Paulo

Esta experiência produz adrenalina em permanência e refresca as almas destemidas que a tentam. Durante os fins-de-semana e feriados do Verão, também dá origem a uma fila considerável na rampa de salto.

Como tivemos oportunidade de comprovar, o tempo de espera não é passado em vão. Dali de cima, o Morro de São Paulo revela, em formato panorâmico, todo o seu esplendor.

Formada por três colinas interligadas – os Morros de Farol, Mangaba e Galeão – a vila surge na ponta nordeste de Tinharé, uma das ilhas da Costa de Dendê, que por sua vez, se situa entre o recôncavo baiano e o Rio de Contas.

Verde-coco num céu azul

Copas de coqueiros projectam-se sobre a área do forte velho.

A Segunda praia fica ali ao lado mas tem pouco que ver com a anterior. É, de longe, a mais famosa e mais equipada das cinco, o que, para os adeptos irredutíveis da ecologia, se podia dispensar.

Logo pela manhã, o seu extenso areal transforma-se num campo para vários tipos de desportos e artes: futebol, futevólei, vólei, frescobol (vulgo ténis de praia), capoeira e por aí fora. Ou apenas e só num refúgio em que os banhistas aproveitam o calor tropical nas cadeiras e espreguiçadeiras de aluguer.

A Muvuca Sempre Animada da Segunda Praia

Se, durante o dia, a Segunda é agitada, depois do escurecer, pouco ou nada se altera. Por essa altura, os bares e as discotecas preparam-se para receber a “muvuca”, uma espécie de festa intensa, barulhenta e internacional que, muitas vezes, só termina com a alvorada.

À espera do poenteAté por volta das dez da noite, os convivas concentram-se nos bares e restaurantes do centro da vila, animados em redor das bancas de caipirinhas e cocktails. Mais cedo ou mais tarde, lá surgem os primeiros focos de música ao vivo. A euforia generaliza-se com toda a gente a dançar e a cantar os êxitos do momento.

Num dos dias que dedicámos ao Morro, por volta das onze, juntamo-nos a uma destas migrações com destino à “pequena Ibiza” onde a pista abre quase sempre com introduções mobilizadoras gritadas pelos DJ’s e MC’s de serviço: “A noite vai ser boooooooooa!”

Mais banquinhas de fruta e bebidas fecham um quadrado desenhado sobre a areia, em jeito de cerco. Quando o cansaço e a sede se fazem sentir, lá estão elas, à mão de semear, como se fossem stands de restabelecimento de energia ou, nos casos mais drásticos, de assistência médica.

Terceira e Quarta Praias. O Retiro Balnear do Morro de São Paulo

Quase sem areal, sobra à Terceira praia proporcionar algumas actividades aquáticas, como o mergulho ao largo do ilhéu do Caitá. Mas não só. As suas pousadas acolhem quem prefere adormecer embalado pelo som das ondas em vez do ribombar electrónico vindo das praias antecessoras.

Com quatro quilómetros de comprimento e uma maré baixa que lhe empresta muitos metros de areal extra e inúmeras piscinas naturais de água morna, a Quarta Praia é menos explorada.

Concede aos visitantes uma sensação de paz e liberdade única no Morro.

Magníficos Dias Atlânticos

Banhistas mergulham no mar tropical ao largo do Morro de São Paulo.

A Quinta, por sua vez, não passa de um trecho final da Quarta, com cerca de 1 km de comprimento. Ainda que a separação estabelecida pela foz do rio Vermelho lhe confira um cenário distinto tão ou mais apelativo.

Talvez já fartos da sequenciação balnear, as agências e o turismo do Morro de São Paulo, optaram por divulgá-la como Praia do Encanto.

Outro tipo de apelo dos sentidos leva-nos a aderir uma nova peregrinação, desta feita, vespertina.

O Ocaso Quase Sagrado do Forte do Morro

Por volta das cinco, seguimos o fluxo de dezenas de veraneantes que percorrem o caminho paralelo às muralhas da velha fortaleza do Morro e se instalam no que resta das ameias.

Velha Protecção

O forte velho, em tempos essenciais para defesa dos ataques de embarcações inimigas.

Vêm quase todos munidos de máquinas fotográficas. Alguns poucos destes adoradores do crepúsculo privilegiam as violas e os jambés e animam o estranho cerimonial com temas clássicos e rejuvenescidos de samba e bossa-nova.

Quando o sol se aproxima da linha do horizonte, o forte é já uma bancada que o público sobrelotou. Fica vários metros acima de um mar translúcido contido, logo abaixo, pela ruína do paredão secular.

Vida submarina a dois

Casal faz snorkeling nas piscinas naturais em frente ao Morro do Farol.

Nos dias anteriores, a meteorologia havia-nos prendado quase só com céu limpo. De novo, nesse delicioso anoitecer, o firmamento imaculado assume tonalidades quentes.

Os contornos da ilha de Tinharé tornam-se mais nítidos que nunca.

Transbordo delicado

Nativo tenta chegar ao seu barco sem molhar a roupa.

A pouco e pouco, o sol abriga-se do outro lado do Mundo. Deixa padrões incandescentes acima do horizonte e uma aura celestial que progride de rosa-suave para lilás e, junto ao oceano Atlântico, se colore de um roxo intenso.

Fartos de admirar o lento mergulho da estrela, divertimo-nos a apreciar como, malgrado a adesão massiva dos forasteiros, a maior parte dos nativos ali presentes ignorava o romantismo universalizado do momento.

Pescaria em equilíbrio

Amigas pescam à mão na barra do rio Vermelho.

Alguns aproveitam a vulnerabilidade sensorial da multidão, para vender gelados.

Outros, disputam peladas de três para três (com balizas de um passo) num campo improvisado entre coqueiros altivos.

Destes últimos, o único comentário alusivo ao grande astro digno de registo foi proferido, com indisfarçável mau génio, por um “peladeiro” irascível saturado de criticismo:

“ Que é que você quer rapaizzz?! ‘Tô levando com esse sol nos olhos! Não vi o cara vindo, não!”

Manaus, Brasil

Os Saltos e Sobressaltos da ex-Capital Mundial da Borracha

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Florianópolis, Brasil

O Legado Açoriano do Atlântico Sul

Durante o século XVIII, milhares de ilhéus portugueses perseguiram vidas melhores nos confins meridionais do Brasil. Nas povoações que fundaram, abundam os vestígios de afinidade com as origens.

Ilhabela, Brasil

Ilhabela: Depois do Horror, a Beleza Atlântica

Nocenta por cento de Mata Atlântica preservada, cachoeiras idílicas e praias gentis e selvagens fazem-lhe jus ao nome. Mas, se recuarmos no tempo, também desvendamos a faceta histórica horrífica de Ilhabela.
Ilhabela, Brasil

Em Ilhabela, a Caminho de Bonete

Uma comunidade de caiçaras descendentes de piratas fundou uma povoação num recanto da Ilhabela. Apesar do acesso difícil, Bonete foi descoberta e considerada uma das dez melhores praias do Brasil.
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Ilha Margarita ao Parque Nacional Mochima: um Caribe bem Caribenho

A exploração do litoral venezuelano justifica uma festa náutica de arromba. Mas, estas paragens também nos revelam a vida em florestas de cactos e águas tão verdes como a selva tropical de Mochima.
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Gili: as Ilhas da Indonésia que o Mundo Trata por "Ilhas"

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Na 2ª Guerra Mundial, uma frota nipónica falhou em ocultar-se ao largo de Busuanga e foi afundada pelos aviões norte-americanos. Hoje, os seus destroços subaquáticos atraem milhares de mergulhadores.
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Décadas após o ataque a Pearl Harbor e da capitulação na 2ª Guerra Mundial, os japoneses voltaram ao Havai armados com milhões de dólares. Waikiki, o seu alvo predilecto, faz questão de se render.
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Em 1964, Katsura Morimura deliciou o Japão com um romance-turquesa passado em Ouvéa. Mas a vizinha Île-des-Pins apoderou-se do título "A Ilha mais próxima do Paraíso" e extasia os seus visitantes.
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Um Legado da Febre do Ouro

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Brasília: da Utopia à Capital e Arena Política do Brasil

Desde os tempos do Marquês de Pombal que se falava da transferência da capital para o interior. Hoje, a cidade quimera continua a parecer surreal mas dita as regras do desenvolvimento brasileiro.
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Lençois da Bahia: nem os Diamantes São Eternos

No século XIX, Lençóis tornou-se na maior fornecedora mundial de diamantes. Mas o comércio das gemas não durou o que se esperava. Hoje, a arquitectura colonial que herdou é o seu bem mais precioso.
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O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

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O Pantanal das Pampas

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Património Mundial UNESCO
Xilitla, San Luís Potosi, México

O Delírio Mexicano de Edward James

Na floresta tropical de Xilitla, a mente inquieta do poeta Edward James fez geminar um jardim-lar excêntrico. Hoje, Xilitla é louvada como um Éden do surreal.
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Nos Passos do Grizzly Man

Timothy Treadwell conviveu Verões a fio com os ursos de Katmai. Em viagem pelo Alasca, seguimos alguns dos seus trilhos mas, ao contrário do protector tresloucado da espécie, nunca fomos longe demais.
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Da Península de Samaná aos Haitises Dominicanos

No recanto nordeste da República Dominicana, onde a natureza caribenha ainda triunfa, enfrentamos um Atlântico bem mais vigoroso que o esperado nestas paragens. Lá cavalgamos em regime comunitário até à famosa cascata Limón, cruzamos a baía de Samaná e nos embrenhamos na “terra das montanhas” remota e exuberante que a encerra.
Forte de São Filipe, Cidade Velha, ilha de Santiago, Cabo Verde
Religião
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Cidade Velha: a anciã das Cidades Tropico-Coloniais

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white pass yukon train, Skagway, Rota do ouro, Alasca, EUA
Sobre Carris
Skagway, Alasca

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aggie grey, Samoa, pacífico do Sul, Marlon Brando Fale
Sociedade
Apia, Samoa Ocidental

A Anfitriã do Pacífico do Sul

Vendeu burgers aos GI’s na 2ª Guerra Mundial e abriu um hotel que recebeu Marlon Brando e Gary Cooper. Aggie Grey faleceu em 1988 mas o seu legado de acolhimento perdura no Pacífico do Sul.
Cruzamento movimentado de Tóquio, Japão
Vida Quotidiana
Tóquio, Japão

A Noite Sem Fim da Capital do Sol Nascente

Dizer que Tóquio não dorme é eufemismo. Numa das maiores e mais sofisticadas urbes à face da Terra, o crepúsculo marca apenas o renovar do quotidiano frenético. E são milhões as suas almas que, ou não encontram lugar ao sol, ou fazem mais sentido nos turnos “escuros” e obscuros que se seguem.
Ponte de Ross, Tasmânia, Austrália
Vida Selvagem
À Descoberta de Tassie, Parte 3, Tasmânia, Austrália

Tasmânia de Alto a Baixo

Há muito a vítima predilecta das anedotas australianas, a Tasmânia nunca perdeu o orgulho no jeito aussie mais rude ser. Tassie mantém-se envolta em mistério e misticismo numa espécie de traseiras dos antípodas. Neste artigo, narramos o percurso peculiar de Hobart, a capital instalada no sul improvável da ilha até à costa norte, a virada ao continente australiano.
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Os Fiordes dos Antipodas

Um capricho geológico fez da região de Fiordland a mais crua e imponente da Nova Zelândia. Ano após anos, muitos milhares de visitantes veneram o sub-domínio retalhado entre Te Anau e Milford Sound.