Couchsurfing (Parte 1)

Mi Casa, Su Casa


Tóquio, uma megalópole couchsurfer
Existem milhares de anfitriões em Tóquio, muito disputados pelos inúmeros visitantes da sempre dispendiosa capital nipónica.
Ogimachi, Hida, Japão
Uma das povoações tradicionais da comuna de Shirakawa-Go, uma das regiões mais nevosas do mundo. Ali, as habitações foram construídas com telhados em forma de A, por forma a impedir os desabamentos devidos à acumulação de neve.
Dhukurpokhari
As pousadas de Dhukurpokhari, providenciais mais ou menos a meio do caminho entre Chame e Pisang.
Ascensão em loop
Visitantes sobem a escadaria de acesso ao restaurante do Museo del Campesino.
Herança Colonial
Parcialmente isolada do mundo devido à rigidez do regime militar, Yangon é uma das cidades do Sudeste asiático com mais edifícios coloniais.
No conforto do Lar
Jovem família na sua casa nos arredores de Suva.
Varandas a cores
Varandas trabalhadas numa ruela do forte .
Casario cúbico
Cores e formas bem cúbicas do bairro de San Juan.
suzdal-anel-dourado-russia-moda-antiga-mil-anos-Irina-Zakharova
Dª Irina Zakharova prepara um pequeno-almoço na sua pousada familiar.
Afazeres rurais
Moradores de Braga forram um curral de uma mistura de feno e caruma.
Em 2003, uma nova comunidade online globalizou um antigo cenário de hospitalidade, convívio e de interesses. Hoje, o Couchsurfing acolhe milhões de viajantes, mas não deve ser praticado de ânimo leve.

Parece simples, o Couchsurfing.

Entra-se online, regista-se uma conta e preenche-se um perfil e fornecem-se mais alguns dados. A partir de então, torna-se possível dormir sem gastos com hostels ou hotéis em domicílios de milhões de anfitriões de literalmente todos os países do Mundo, Coreia do Norte incluída.

Em 2013, existia mais de um milhão de utilizadores registados, com uma média de 28 anos. Até Julian Assange da Wikileaks fazia parte da comunidade mas, agora, é a Embaixada do Equador – que saibamos, não registada no site – que o acolhe há um bom tempo.

De Movimento Espontâneo a Comunidade Online HiperOrganizada

De início, liderava esta comunidade, sem fins lucrativos e óptimas intenções, um grupo de voluntários idealistas mas a fama inesperada do projecto veio a corromper os ideais originais de partilha e convívio. Mesmo assim, inúmeras pessoas continuam a esforçar-se para fazerem mais feliz quem viaja.

Em troca do alojamento de que necessitamos, é suposto pelo menos um ou outro desses milhões de utilizadores registados também poderem ficar em nossa casa, algumas vezes por ano.

A partir daí, a relação estabelecida depende da boa vontade e abertura de espírito tanto do hóspede como do viajante mas, como nem sempre tudo corre como esperado, deixamos-lhe aqui um apanhado do melhor e pior do Couchsurfing, com alguns exemplos pessoais.

Santos da Casa nem sempre Fazem Milagres

Falsas Ofertas do Couchsurfing:

parte dos alegados hóspedes atraem viajantes para os seus perfis e até para as suas propriedades com o único intuito de lhes impingirem estadias a cobrar, com valores semelhantes aos de hostels e pousadas.

Por vezes, isso é declarado no perfil mas, noutras permitem uma primeira noite gratuita e anunciam que há um valor a pagar – por um motivo ou outro – na manhã seguinte. Esta foi uma questão com que nos deparámos dezenas de vezes em duas viagens de volta ao mundo e volta ao Pacífico.

Felizmente, com cuidado na leitura dos perfis e das mensagens trocadas, bem como atenção às conversas telefónicas, conseguimos geri-la com relativa facilidade.

Por vezes, mesmo contra os princípios fundadores da comunidade Couchsurfing, não conseguíamos alojamento a preços comportáveis num outro lugar e altura e, para sermos sinceros, acabamos por ficar em quartos/casas “anunciados” no site da Couchsurfing.

Diga-se de passagem que nos lembramos deste problema nos imensamente dispendiosos territórios ultramarinos franceses – Polinésia FrancesaAntilhas Francesas. É natural que aconteça um pouco por toda a parte.

O Hóspede Solitário e/ou com Interesses Pré-definidos do Couchsurfing: 

é uma das situações realmente comuns na comunidade Couchsurfing. Inúmeros anfitriões sentem-se sós ou por problemas psicológicos, familiares e de enquadramento social ou porque vivem expatriados, desenquadrados dos lugares e culturas para que mudaram e esperam que os hóspedes lhes apimentem a existência.

Esta realidade torna-se realmente desagradável quando já idealizaram que vão ter a companhia dos hóspedes 24 horas por dia e tolhem a sua liberdade ou os seus planos. Passámos por várias situações deste género, com vivências e resultados completamente distintos.

Correu Bem: nos arredores de Perth, Austrália OcidentalTim tinha-se recentemente divorciado. Vivia apenas com um filho que o ignorava por completo. 

Acolheu-nos e a um casal de alemães. Dormiu ele no sofá, ofereceu-nos o carro para explorarmos a Great Ocean Road e levou-nos a ver um jogo de futebol australiano entre várias outras incríveis simpatias. Apesar do seu trato algo coloquial, tivemos inúmeras conversas divertidas. 

Já o louvámos em vários artigos sobre Melbourne e nunca o esqueceremos. Se vier a Portugal, fazemos questão que fique connosco.

Correu Mal: em Utsunomya, no Japão, a meio caminho de Nikko e do seu complexo de templos, fomos acolhidos por um adolescente japonês obcecado por aprender inglês que, além disso, apesar de não o informar, vivia num T0 diminuto.

Como já chegámos à sua casa às tantas da noite e estávamos longe de qualquer alternativa, acabámos a dormir os três no chão, lado a lado com as pernas debaixo de uma mesa.

Mas nem sequer foi isso que mais nos incomodou. O pior foi que, no dia seguinte, se tentou colar a nós de forma tão declarada e opressiva que tivemos que inventar uma desculpa para o deixar a meio da tarde.

Lares Doces Lares ou Nem Tão Doces Quanto Isso

Também ficámos em domicílios sofisticados e imaculados e evitámos ou deixámos, assim que possível, lares, para nós, inabitáveis. Não é que o tenhamos conseguido sempre cumprir mas é importante ter sempre um plano alternativo de outros Couchsurfers ou, não sendo possível, de outro tipo de alojamento, para quando as coisas não correm como se esperava.

Correu bem: num dos bairros mais conceituados de Tóquio, o anfitrião americano, consultor numa multinacional recebeu-nos a dizer que tínhamos batido o recorde da demora a chegar da entrada do prédio à porta de sua casa, tal era a complexidade tecnológica do prédio em que vivia.

Como é de calcular, neste caso, sentimo-nos fisicamente confortáveis na sua casa moderna, quase futurista, mesmo se ele se veio a provar uma pessoa demasiado corporativa e “numérica” para os nossos padrões – o típico americano ansioso por se tornar no próximo “Lobo de Wall Street“.

Correu mal: em Christchurch, na ilha do Sul da Nova Zelândia, tivemos uma resposta de um estudante com vinte e tal anos.

Quando chegámos a sua casa, não estava. Mas estavam seis ou sete outras jovens, quase todas mulheres, também couchsurfers, disseminadas um pouco por toda a casa. Uma delas deu-nos as boas-vindas e disse-nos para nos instalarmos onde quiséssemos.

Em redor, tudo era um caos desarrumado, sujo e repulsivo e estamos muito longe de nos considerarmos mimados. Agradecemos mas transmitimos da forma o mais sensível possível àquela amiga que afinal não íamos ficar. Ainda hoje nos ocorre que, ou o anfitrião era, ele próprio mas só ele, irresistível, ou aquelas raparigas estavam realmente sem um tostão.

O SexSurfing e as Ciladas

Nem era preciso referir que, mesmo que alguns países praticamente não mereçam preocupações, ande por onde andar, a questão da segurança deve estar na mente de qualquer couchsurfer.

Uma das críticas mais apontadas recentemente à comunidade é que abriga demasiados hóspedes e também viajantes cujo interesse é meramente sexual. Se bem que quase todas as relações acabam por se dar de forma consensual, tornaram-se cada vez mais frequentes as notícias de relações sexuais forçadas, algumas com violência extrema.

São as próprias directivas do Couchsurfing a aconselhar que mulheres a viajar sozinhas ou até mesmo em pequenos grupos femininos evitem procurar e aceitar acolhimento de hóspedes masculinos.

Por último, em alguns países com reconhecidos problemas de criminalidade, até o Couchsurfing passou a ser usado como instrumento para roubos e raptos. Os procedimentos maldosos são simples de calcular, o anfitrião mal-intencionado cria um perfil falso e atrai vítimas onde lhe for mais conveniente, não necessariamente à sua casa.

Para evitar estes dois problemas acima, leia com extrema atenção os perfis e todas as referências das pessoas que contactar e lhe responderem. Não confie em hóspedes sem perfis completos.

Aliás, confie apenas em hóspedes com várias referências positivas de outros couchsurfers de distintas partes do mundo. Investigue também o máximo que puder da restante presença online da pessoa. Aqui, o Facebook tem, como é óbvio um papel de destaque.

O site Couchsurfing lançou ainda, há algum tempo, um sistema de verificação de cartão de crédito pago que permite associar de forma alegadamente segura (com envio de código) um nome e um e-mail a uma conta mediante um pagamento de cerca de 20€.

Esta verificação tornou-se na principal fonte de receita do Couchsurfing mas é muito criticada porque, na prática, é amplamente ignorado já que aquilo que se compromete a fazer não dá quaisquer garantias de real segurança.

Para mais informações e conselhos de segurança do próprio Couchsurfing, aceda a Dicas de Segurança do site Couchsurfing .

Viajar não custa

Sincronize-se com as Horas de Check In e Check Out

Após um longo voo ou sequência de voos, chega ao hotel de rastos mas tem que esperar para poder dar entrada no quarto. Saiba o que pode fazer para precaver ou suavizar esse drama.
Viajar não custa

Reserve Estadias Confortáveis Também para as Suas Finanças

Tal como acontece com os voos, marcar alojamento tem os seus segredos. Saiba quais as estratégias para garantir estadias acolhedoras e financeiramente recompensadoras.
Viajar Não Custa

Na próxima viagem, não deixe o seu dinheiro voar

Nem só a altura do ano e antecedência com que reservamos voos, estadias etc têm influência no custo de uma viagem. As formas de pagamento que usamo nos destinos pode representar uma grande diferença.
Casario

Lares Doces Lares

Poucas espécies são mais sociais e gregárias que a humana. O Homem tende emular outros lares doces lares do mundo. Alguns desses casarios revelam-se impressionantes.
Perth, Austrália

A Cidade Solitária

A mais 2000km de uma congénere digna desse nome, Perth é considerada a urbe mais remota à face da Terra. Apesar de isolados entre o Índico e o vasto Outback, são poucos os habitantes que se queixam.
Apia, Samoa Ocidental

A Anfitriã do Pacífico do Sul

Vendeu burgers aos GI’s na 2ª Guerra Mundial e abriu um hotel que recebeu Marlon Brando e Gary Cooper. Aggie Grey faleceu em 1988 mas o seu legado de acolhimento perdura no Pacífico do Sul.
Osaka, Japão

Na Companhia de Mayu

A noite japonesa é um negócio bilionário e multifacetado. Em Osaka, acolhe-nos uma anfitriã de couchsurfing enigmática, algures entre a gueixa e a acompanhante de luxo.
Mendoza, Argentina

Viagem por Mendoza, a Grande Província Enóloga Argentina

Os missionários espanhóis perceberam, no século XVI, que a zona estava talhada para a produção do “sangue de Cristo”. Hoje, a província de Mendoza está no centro da maior região enóloga da América Latina.
Chã das Caldeiras, Ilha do Fogo Cabo Verde

Um Clã "Francês" à Mercê do Fogo

Em 1870, um conde nascido em Grenoble a caminho de um exílio brasileiro, fez escala em Cabo Verde onde as beldades nativas o prenderam à ilha do Fogo. Dois dos seus filhos instalaram-se em plena cratera do vulcão e lá continuaram a criar descendência. Nem a destruição causada pelas recentes erupções demove os prolíficos Montrond do “condado” que fundaram na Chã das Caldeiras.    
Passo do Lontra, Miranda, Brasil

O Brasil Alagado a um Passo da Lontra

Estamos no limiar oeste do Mato Grosso do Sul mas mato, por estes lados, é outra coisa. Numa extensão de quase 200.000 km2, o Brasil surge parcialmente submerso, por rios, riachos, lagoas e outras águas dispersas em vastas planícies de aluvião. Nem o calor ofegante da estação seca drena a vida e a biodiversidade de lugares e fazendas pantaneiras como a que nos acolheu às margens do rio Miranda.
Castro Laboreiro, Portugal  

Do Castro de Laboreiro à Raia da Serra Peneda - Gerês

Chegamos à (i) eminência da Galiza, a 1000m de altitude e até mais. Castro Laboreiro e as aldeias em redor impõem-se à monumentalidade granítica das serras e do Planalto da Peneda e de Laboreiro. Como o fazem as suas gentes resilientes que, entregues ora a Brandas ora a Inverneiras, ainda chamam casa a estas paragens deslumbrantes.
Grande Zimbabwe

Grande Zimbabué, Mistério sem Fim

Entre os séculos XI e XIV, povos Bantu ergueram aquela que se tornou a maior cidade medieval da África sub-saariana. De 1500 em diante, à passagem dos primeiros exploradores portugueses chegados de Moçambique, a cidade estava já em declínio. As suas ruínas que inspiraram o nome da actual nação zimbabweana encerram inúmeras questões por responder.  
Izamal, México

A Cidade Mexicana, Santa, Bela e Amarela

Até à chegada dos conquistadores espanhóis, Izamal era um polo de adoração do deus Maia supremo Itzamná e Kinich Kakmó, o do sol. Aos poucos, os invasores arrasaram as várias pirâmides dos nativos. No seu lugar, ergueram um grande convento franciscano e um prolífico casario colonial, com o mesmo tom solar em que a cidade hoje católica resplandece.
Cape Coast, Gana

O Festival da Divina Purificação

Reza a história que, em tempos, uma praga devastou a população da Cape Coast do actual Gana. Só as preces dos sobreviventes e a limpeza do mal levada a cabo pelos deuses terão posto cobro ao flagelo. Desde então, os nativos retribuem a bênção das 77 divindades da região tradicional Oguaa com o frenético festival Fetu Afahye.
Fish River Canyon, Namíbia

As Entranhas Namibianas de África

Quando nada o faz prever, uma vasta ravina fluvial esventra o extremo meridional da Namíbia. Com 160km de comprimento, 27km de largura e, a espaços, 550 metros de profundidade, o Fish River Canyon é o Grand Canyon de África. E um dos maiores desfiladeiros à face da Terra.
Tonga, Samoa Ocidental, Polinésia

Pacífico XXL

Durante séculos, os nativos das ilhas polinésias subsistiram da terra e do mar. Até que a intrusão das potências coloniais e a posterior introdução de peças de carne gordas, da fast-food e das bebidas açucaradas geraram uma praga de diabetes e de obesidade. Hoje, enquanto boa parte do PIB nacional de Tonga, de Samoa Ocidental e vizinhas é desperdiçado nesses “venenos ocidentais”, os pescadores mal conseguem vender o seu peixe.
Circuito Annapurna: 2º - Chame a Upper PisangNepal

(I)Eminentes Annapurnas

Despertamos em Chame, ainda abaixo dos 3000m. Lá  avistamos, pela primeira vez, os picos nevados e mais elevados dos Himalaias. De lá partimos para nova caminhada do Circuito Annapurna pelos sopés e encostas da grande cordilheira. Rumo a Upper Pisang.
Jaisalmer, Índia

Há Festa no Deserto do Thar

Mal o curto Inverno parte, Jaisalmer entrega-se a desfiles, a corridas de camelos e a competições de turbantes e de bigodes. As suas muralhas, ruelas e as dunas em redor ganham mais cor que nunca. Durante os três dias do evento, nativos e forasteiros assistem, deslumbrados, a como o vasto e inóspito Thar resplandece afinal de vida.
Usbequistão

Viagem Pelo Pseudo-Alcatrão do Usbequistão

Os séculos passaram. As velhas e degradadas estradas soviéticas sulcam os desertos e oásis antes atravessados pelas caravanas da Rota da Seda. Sujeitos ao seu jugo durante uma semana, vivemos cada paragem e incursão nos lugares e cenários usbeques como recompensas rodoviárias históricas.
Table Mountain, África do Sul

À Mesa do Adamastor

Dos tempos primordiais das Descobertas à actualidade, a Montanha da Mesa sempre se destacou acima da imensidão sul-africana e dos oceanos em redor. Os séculos passaram e a Cidade do Cabo expandiu-se a seus pés. Tanto os capetonians como os forasteiros de visita se habituaram a contemplar, a ascender e a venerar esta meseta imponente e mítica.
Fiéis saúdam-se no registão de Bukhara.
Cidade
Bukhara, Uzbequistão

Entre Minaretes do Velho Turquestão

Situada sobre a antiga Rota da Seda, Bukhara desenvolveu-se desde há pelo menos, dois mil anos como um entreposto comercial, cultural e religioso incontornável da Ásia Central. Foi budista, passou a muçulmana. Integrou o grande império árabe e o de Gengis Khan, reinos turco-mongois e a União Soviética, até assentar no ainda jovem e peculiar Uzbequistão.
Anfitrião Wezi aponta algo na distância
Praia
Cobué; Nkwichi Lodge, Moçambique

O Moçambique Recôndito das Areias Rangentes

Durante um périplo de baixo a cima do (lago) Malawi, damos connosco na ilha de Likoma, a uma hora de barco do Nkwichi Lodge, o ponto de acolhimento solitário deste litoral interior de Moçambique. Do lado moçambicano, o lago é tratado por Niassa. Seja qual for o seu nome, lá descobrimos alguns dos cenários intocados e mais impressionantes do sudeste africano.
Leão, elefantes, PN Hwange, Zimbabwe
Safari
PN Hwange, Zimbabwé

O Legado do Saudoso Leão Cecil

No dia 1 de Julho de 2015, Walter Palmer, um dentista e caçador de trofeus do Minnesota matou Cecil, o leão mais famoso do Zimbabué. O abate gerou uma onda viral de indignação. Como constatamos no PN Hwange, quase dois anos volvidos, os descendentes de Cecil prosperam.
Jovens percorrem a rua principal de Chame, Nepal
Annapurna (circuito)
Circuito Annapurna: 1º - Pokhara a ChameNepal

Por Fim, a Caminho

Depois de vários dias de preparação em Pokhara, partimos em direcção aos Himalaias. O percurso pedestre só o começamos em Chame, a 2670 metros de altitude, com os picos nevados da cordilheira Annapurna já à vista. Até lá, completamos um doloroso mas necessário preâmbulo rodoviário pela sua base subtropical.
Luderitz, Namibia
Arquitectura & Design
Lüderitz, Namibia

Wilkommen in Afrika

O chanceler Bismarck sempre desdenhou as possessões ultramarinas. Contra a sua vontade e todas as probabilidades, em plena Corrida a África, o mercador Adolf Lüderitz forçou a Alemanha assumir um recanto inóspito do continente. A cidade homónima prosperou e preserva uma das heranças mais excêntricas do império germânico.
Totems, aldeia de Botko, Malekula,Vanuatu
Aventura
Malekula, Vanuatu

Canibalismo de Carne e Osso

Até ao início do século XX, os comedores de homens ainda se banqueteavam no arquipélago de Vanuatu. Na aldeia de Botko descobrimos porque os colonizadores europeus tanto receavam a ilha de Malekula.
Saida Ksar Ouled Soltane, festival dos ksour, tataouine, tunisia
Cerimónias e Festividades
Tataouine, Tunísia

Festival dos Ksour: Castelos de Areia que Não Desmoronam

Os ksour foram construídos como fortificações pelos berberes do Norte de África. Resistiram às invasões árabes e a séculos de erosão. O Festival dos Ksour presta-lhes, todos os anos, uma devida homenagem.
Tequila, cidade de Jalisco, México, jima
Cidades
Tequila, JaliscoMéxico

Tequila: a Destilação do Oeste Mexicano que Anima o Mundo

Desiludidos com a falta de vinho e de aguardente, os Conquistadores do México aprimoraram a aptidão indígena milenar de produzir álcool. No século XVII, os espanhóis estavam satisfeitos com a sua pinga e começaram a exportá-la. A partir de Tequila, o pueblo, hoje, centro de região demarcada. E nome por que se tornou famosa.
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Comida
Vale de Fergana, Usbequistão

Uzbequistão, a Nação a Que Não Falta o Pão

Poucos países empregam os cereais como o Usbequistão. Nesta república da Ásia Central, o pão tem um papel vital e social. Os Uzbeques produzem-no e consomem-no com devoção e em abundância.
Espectáculo Impressions Lijiang, Yangshuo, China, Entusiasmo Vermelho
Cultura
Lijiang e Yangshuo, China

Uma China Impressionante

Um dos mais conceituados realizadores asiáticos, Zhang Yimou dedicou-se às grandes produções ao ar livre e foi o co-autor das cerimónias mediáticas dos J.O. de Pequim. Mas Yimou também é responsável por “Impressions”, uma série de encenações não menos polémicas com palco em lugares emblemáticos.
Natação, Austrália Ocidental, Estilo Aussie, Sol nascente nos olhos
Desporto
Busselton, Austrália

2000 metros em Estilo Aussie

Em 1853, Busselton foi dotada de um dos pontões então mais longos do Mundo. Quando a estrutura decaiu, os moradores decidiram dar a volta ao problema. Desde 1996 que o fazem, todos os anos. A nadar.
Tsitsikamma Parque Nacional
Em Viagem
Garden Route, África do Sul

O Litoral Jardim da África do Sul

Estendida por mais de 200km de costa natural, a Garden Route ziguezagueia por florestas, praias, lagos, desfiladeiros e parques naturais esplendorosos. Percorremo-la de leste para oeste, ao longo dos fundos dramáticos do continente africano.
Capacete capilar
Étnico
Viti Levu, Fiji

Canibalismo e Cabelo, Velhos Passatempos de Viti Levu, ilhas Fiji

Durante 2500 anos, a antropofagia fez parte do quotidiano de Fiji. Nos séculos mais recentes, a prática foi adornada por um fascinante culto capilar. Por sorte, só subsistem vestígios da última moda.
arco-íris no Grand Canyon, um exemplo de luz fotográfica prodigiosa
Portfólio Fotográfico Got2Globe
Luz Natural (Parte 1)

E Fez-se Luz na Terra. Saiba usá-la.

O tema da luz na fotografia é inesgotável. Neste artigo, transmitimos-lhe algumas noções basilares sobre o seu comportamento, para começar, apenas e só face à geolocalização, a altura do dia e do ano.
Kronstadt Rússia Outono, dona do Bouquet
História
Kronstadt, Rússia

O Outono da Ilha-Cidade Russa de Todas as Encruzilhadas

Fundada por Pedro o Grande, tornou-se o porto e base naval que protegem São Petersburgo e o norte da grande Rússia. Em Março de 1921, rebelou-se contra os Bolcheviques que apoiara na Revolução de Outubro. Neste Outubro que atravessamos, Kronstadt volta a cobrir-se do mesmo amarelo exuberante da incerteza.
Roça Bombaim, Roça Monte Café, ilha São Tomé, bandeira
Ilhas
Centro de São Tomé, São Tomé e Príncipe

De Roça em Roça, Rumo ao Coração Tropical de São Tomé

No caminho entre Trindade e Santa Clara confrontamo-nos com o passado colonial terrífico de Batepá. À passagem pelas roças Bombaim e Monte Café, a história da ilha parece ter-se diluído no tempo e na atmosfera clorofilina da selva santomense.
Barcos sobre o gelo, ilha de Hailuoto, Finlândia
Inverno Branco
Hailuoto, Finlândia

Um Refúgio no Golfo de Bótnia

Durante o Inverno, a ilha de Hailuoto está ligada à restante Finlândia pela maior estrada de gelo do país. A maior parte dos seus 986 habitantes estima, acima de tudo, o distanciamento que a ilha lhes concede.
Recompensa Kukenam
Literatura
Monte Roraima, Venezuela

Viagem No Tempo ao Mundo Perdido do Monte Roraima

Perduram no cimo do Monte Roraima cenários extraterrestres que resistiram a milhões de anos de erosão. Conan Doyle criou, em "O Mundo Perdido", uma ficção inspirada no lugar mas nunca o chegou a pisar.
Salto Angel, Rio que cai do ceu, Angel Falls, PN Canaima, Venezuela
Natureza
PN Canaima, Venezuela

Kerepakupai, Salto Angel: O Rio Que Cai do Céu

Em 1937, Jimmy Angel aterrou uma avioneta sobre uma meseta perdida na selva venezuelana. O aventureiro americano não encontrou ouro mas conquistou o baptismo da queda d'água mais longa à face da Terra
Sheki, Outono no Cáucaso, Azerbaijão, Lares de Outono
Outono
Sheki, Azerbaijão

Outono no Cáucaso

Perdida entre as montanhas nevadas que separam a Europa da Ásia, Sheki é uma das povoações mais emblemáticas do Azerbaijão. A sua história em grande parte sedosa inclui períodos de grande aspereza. Quando a visitámos, tons pastéis de Outono davam mais cor a uma peculiar vida pós-soviética e muçulmana.
Bando de flamingos, Laguna Oviedo, República Dominicana
Parques Naturais
Laguna de Oviedo, República Dominicana

O Mar (nada) Morto da República Dominicana

A hipersalinidade da Laguna de Oviedo oscila consoante a evaporação e da água abastecida pela chuva e pelos caudais vindos da serra vizinha de Bahoruco. Os nativos da região estimam que, por norma, tem três vezes o nível de sal do mar. Lá desvendamos colónias prolíficas de flamingos e de iguanas entre tantas outras espécies que integram este que é um dos ecossistemas mais exuberantes da ilha de Hispaniola.
Vulcão Teide, Tenerife, Canárias, Espanha
Património Mundial UNESCO
Tenerife, Canárias

O Vulcão que Assombra o Atlântico

Com 3718m, El Teide é o tecto das Canárias e de Espanha. Não só. Se medido a partir do fundo do oceano (7500 m), só duas montanhas são mais pronunciadas. Os nativos guanches consideravam-no a morada de Guayota, o seu diabo. Quem viaja a Tenerife, sabe que o velho Teide está em todo o lado.
Casal de visita a Mikhaylovskoe, povoação em que o escritor Alexander Pushkin tinha casa
Personagens
São Petersburgo e Mikhaylovskoe, Rússia

O Escritor que Sucumbiu ao Próprio Enredo

Alexander Pushkin é louvado por muitos como o maior poeta russo e o fundador da literatura russa moderna. Mas Pushkin também ditou um epílogo quase tragicómico da sua prolífica vida.
Vilanculos, Moçambique, Dhows percorrem um canal
Praias
Vilankulos, Moçambique

Índico vem, Índico Vai

A porta de entrada para o arquipélago de Bazaruto de todos os sonhos, Vilankulos tem os seus próprios encantos. A começar pela linha de costa elevada face ao leito do Canal de Moçambique que, a proveito da comunidade piscatória local, as marés ora inundam, ora descobrem.
Jerusalém deus, Israel, cidade dourada
Religião
Jerusalém, Israel

Mais Perto de Deus

Três mil anos de uma história tão mística quanto atribulada ganham vida em Jerusalém. Venerada por cristãos, judeus e muçulmanos, esta cidade irradia controvérsias mas atrai crentes de todo o Mundo.
Train Fianarantsoa a Manakara, TGV Malgaxe, locomotiva
Sobre Carris
Fianarantsoa-Manakara, Madagáscar

A Bordo do TGV Malgaxe

Partimos de Fianarantsoa às 7a.m. Só às 3 da madrugada seguinte completámos os 170km para Manakara. Os nativos chamam a este comboio quase secular Train Grandes Vibrations. Durante a longa viagem, sentimos, bem fortes, as do coração de Madagáscar.
Corrida de Renas , Kings Cup, Inari, Finlândia
Sociedade
Inari, Finlândia

A Corrida Mais Louca do Topo do Mundo

Há séculos que os lapões da Finlândia competem a reboque das suas renas. Na final da Kings Cup - Porokuninkuusajot - , confrontam-se a grande velocidade, bem acima do Círculo Polar Ártico e muito abaixo de zero.
Vendedores de fruta, Enxame, Moçambique
Vida Quotidiana
Enxame, Moçambique

Área de Serviço à Moda Moçambicana

Repete-se em quase todas as paragens em povoações de Moçambique dignas de aparecer nos mapas. O machimbombo (autocarro) detém-se e é cercado por uma multidão de empresários ansiosos. Os produtos oferecidos podem ser universais como água ou bolachas ou típicos da zona. Nesta região a uns quilómetros de Nampula, as vendas de fruta eram sucediam-se, sempre bastante intensas.
Hipopótamo na Lagoa de Anôr, Ilha de Orango, Bijagós, Guiné Bissau
Vida Selvagem
Ilha Kéré a Orango, Bijagós, Guiné Bissau

Em Busca dos Hipopótamos Lacustres-Marinhos e Sagrados das Bijagós

São os mamíferos mais letais de África e, no arquipélago das Bijagós, preservados e venerados. Em virtude da nossa admiração particular, juntamo-nos a uma expedição na sua demanda. Com partida na ilha de Kéré e fortuna no interior da de Orango.
Passageiros, voos panorâmico-Alpes do sul, Nova Zelândia
Voos Panorâmicos
Aoraki Monte Cook, Nova Zelândia

A Conquista Aeronáutica dos Alpes do Sul

Em 1955, o piloto Harry Wigley criou um sistema de descolagem e aterragem sobre asfalto ou neve. Desde então, a sua empresa revela, a partir do ar, alguns dos cenários mais grandiosos da Oceania.